I See Fire escrita por Diana Vieira


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Novo capítulo com mais um pouco de Captain ~sexy~ Swan! :D
Espero que gostem.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/531184/chapter/3

– Eu conheço o homem do café. - Henry comentou enquanto eu puxava os lençóis da sua cama para cima.

Meu corpo gelou. Não. Era impossível.

– Eu vi ele no teu computador. - admitiu, olhando as mãozinhas juntas no seu colo. - Uma vez ou duas.

Engoli em seco. Nunca deixara Henry ter acesso aos meus casos. Saber de Killian não era grave, mas se ele o viu, talvez tenha visto mais e piores.

– É filho, ele foi um dos meus casos. - tentei não ser muito dura.
– Porquê? O que ele fez? - perguntou, tanto assustado como preocupado.
– Nada muito grave, garoto. Ele não pagava umas coisas e pediram para eu o pegar.

A sua expressão de alívio me fez rir. Com certeza que sua cabecinha estava criando um filme de terror digno de um Óscar onde Killian era um assassino em série e era eu a próxima vítima.

– Conseguiu pegá-lo?
– Claro! - toquei a sua barriga fazendo cócegas, ele gargalhou.
– E ele pagou?

Não respondi. Beijei sua testa, puxei os cobertores para o cobrir e arrumei seu cabelo.

– Dorme bem garoto.
– Te amo mamãe.

Sorri. Não existia nada melhor no mundo do que ouvir essas palavras. Fui direta para a minha cama. Era cedo da noite mas eu precisava descansar, dormir.

E se não fossem as perguntas a corroer o meu sono, eu teria conseguido. Precisava compreender. O que Killian estava fazendo aqui? Porquê Storybrook? O que merda tinha acontecido nos 2 anos? Como ele tinha dinheiro para pagar a dívida? Aliás, ele tinha pago a dívida?

***

– Frank? Bom dia. - cumprimentei quando ele atendeu o celular.
Bom dia Emma! - parecia muito alegre. Otário. - Como você está?
– Bem, trabalhando. - oops. - Na verdade eu liguei para te perguntar uma coisa.
Fico contente por estar trabalhando. E sim, manda vir.
– Lembra do Killian Jones? - tentei não deixar transparecer a minha curiosidade.
Muito, muito bem. Porquê?

Ótimo. Agora eu tinha que inventar uma desculpa que o convencesse.

– É que... - engoli. - eu sonhei com ele essa noite. - mandei.

Ah... puta que pariu. Fechei os olhos com toda a força, burra, burra! Sonhei com ele?! Que pesadelo!

Bom– Frank limpou a garganta e eu nem sabia se queria que ele tivesse acreditado. - Espero que o tenha parado nesse sonho Emma.
– Porquê?
O Jones está de novo na nossa mira.

***

O barulho do prato embatendo no chão ecoou na minha cabeça. Numa fração de segundos, os cacos estavam espalhados por todo lado. Fechei os olhos desejando ser possível ignorar o que tinha feito. Merda!

– Emma, querida, está tudo bem? - Granny me perguntou do outro lado do balcão. - Se machucou?

Olhei para ela. Estava tudo bem. Além do fato de estar vivendo entre um criminoso procurado, tudo estava bem.

– Estou bem, Granny. Só... - olhei os cacos no chão. - Distraída. Vou arrumar isso tudo rápido, desculpe.
– Não tem mal, querida. Se eu fosse contar os que eu já parti, perderia a conta. - sorriu. - Eu te ajudo.

A sorte é que era uma hora calma. Os almoços já tinham sido servidos e só uma mulher em volta dos 30, de cabelo negro e curto, tomava um café, lendo um jornal qualquer.

O dia estava a ser ainda mais cansativo do que o anterior. A notícia de que Killian era novamente procurado me deixou inquieta. Frank não podia dizer o que ele tinha feito para ser procurado de novo e isso me frustava.

Talvez porque eu não tinha revelado que ele estava em Storybrook. Talvez.

Eu queria saber qual era o motivo. Frank admitira que ele tinha realmente pago o que devia depois de eu o pegar. Mas então qual seria o caso agora?

Ugh.

Quando eram horas de Henry sair da escola pedi a Granny para ir pegá-lo. Não o deixaria sozinho pela cidade sabendo que Jones estava por ali.

Assim que me viu, Henry correu até mim, deixando alguns amiguinhos com que conversava para trás. Sorri ao ver que ele tinha realmente feito amigos.

Voltamos para o café e, uma hora mais tarde, para casa. Jantámos, fizemos seus deveres de casa e ficamos pelo sofá, assistindo algum desenho animado.

– Mamãe... o homem de ontem foi no café hoje? - Henry inquiriu.

Virei a cabeça para o poder fitar.

– Porquê garoto?

Encolheu os ombros e fez uma expressão de "sei lá". Qual seria o possível interesse de Henry em Killian?

– Não, Henry. - desviei os olhos para a TV. - E ainda bem.

Não queria dar muita importância a Jones, especialmente em frente a Henry. Provavelmente a sua imaginação, fértil demais, já estava pensando em alguma teoria.

Minutos depois fui deitá-lo e não houve mais perguntas relacionadas com o sujeito. Fui tomar um banho quente e dormir.

Na manhã seguinte e já no café, depois de ter deixado Henry na escola, David e sua mulher, que eu também já conhecia, apareceram.

– Mas e então Emma, esse coração como vai? - Mary perguntou, interessada.

Ri em seco. O coração bate e bombeia sangue para o resto do corpo.

– Bom, as tensões baixas.
– Não é isso! - interviu rapidamente, sorrindo. - De amores?

Olhei a rua por breves momentos. Não experimentava amor desde que Neal desaparecera da minha vida. Namoros da ocasião eram tudo menos amor.

– O normal. - dei de ombros. - Acabei de mudar de cidade, mãe solteira... as coisas não estão fáceis nesse campo.
– Mas com certeza que tem algum camarada pairando por aí. - David meteu o bedelho na conversa, me olhando com ar sugestivo.

Dei uma risada. Não tinha realmente ninguém que eu considerasse sequer como tal.

O dia foi passando normalmente. O café não tinha muito movimento e Granny me obrigou, literalmente, a sair um pouco antes de pegar Henry para "conhecer melhor a cidade".

Mal não faria e, para ser sincera, assim que pisei fora do café senti que estava precisando.

Fui caminhando pelas ruas de Storybrook. Não eram muitas mas o comércio era uma agradável surpresa. Aproveitei e comprei um vestido preto básico que estava precisando e uns sapatos de arrasar em promoção. Passei por uma livraria e fiquei novamente agradada com a montra que além de mostrar uma ótima oferta, mostrava também um bom gosto enormérrimo da parte de que a enfeitou.

No fundo vi o livro que ansiava comprar desde Nova Iorque. 50 Sombras de Grey.

– Swan.

Dei um pequeno salto com o enorme susto que apanhei, de novo. Estava tão atenta e perdida nos pensamentos que não ouvira a pessoa se aproximar. E não precisava virar costas para saber quem era mas ainda assim, voltei-me para Killian. O capeta me encarava com o sorrisinho provocador nos lábios.

E que lábios...

– Ora, se não é o criminoso procurado. - cruzei os braços sobre o peito e adotei uma posição provocadora.

Sim, porque duas pessoas podem jogar o mesmo jogo.

Ele continuou sorrindo, fazendo um truque com a sobrancelha que eu podia jurar que ele tinha aprendido com o diabo.

– Mesmo na tua frente, love. - comentou.
– Você sabe, eu podia nesse mesmo instante ligar para meu chefe e contar que esbarrei contra Killian Jones em Storybrook.
– Não me parece que o vá fazer, Swan.

A firmeza na sua voz dizendo que eu não era capaz lançou um desafio que eu não podia ignorar e o filho da puta sabia disso.

– Você sabe, - ele me imitou, se aproximando de mim. Encarou o fim da rua, no sentido do café da Granny por segundos e me olhou de volta. - Eu suspeito que o teu chefe já não seja o teu chefe.

A minha expressão o fez rir, rouco.

– Porque se ele fosse... eu já estaria em tua casa... - continuou e à medida que falava ia baixando o tom de voz, me olhando diretamente. - Algemado.– sussurrou.

Abri a boca mas a minha mente não conseguiu pensar e a resposta foi o silênco. Fechei a boca e respirei fundo. Eu destestava Killian Jones, do fundo do coração, por todo o tempo em que ele me provocou.

Por outro lado, eu sempre o achara demasiadamente sexy. Esse fato eu não podia negar a mim mesma. Era alguma coisa nele, alguma coisa que me atraía tanto que eu me afastava o mais possível.

Era completamente anti ético eu me envolver com alguém de um caso. Além disso eu nunca, nunca o consideraria pelo simples fato de Killian Jones ser um criminoso, um fugido da lei.

Porém, o fato de eu não me querer, de forma nenhuma, envolver com ele, não significava que não podia jogar o mesmo jogo que ele.

Docinho– sorri e deixei os meus olhos apreciarem os seus lábios. - quando eu te quiser pegar, eu o farei.

Subi o olhar para os seus olhos, observando antes as suas narinas dilatarem e os seus lábios se curvarem em um sorriso desafiador.

– Você sabe onde eu estou, beautiful. - deixou a frase no ar e, brincando com a sobrancelha, seguiu caminho na direção do café.

Apertei os lábios, perguntando a Deus o porquê de ter colocado Killian em Storybrook.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Quero as vossas opininões, por favor! É muito importante para mim o que vocês pensam sobre o que estou fazendo com a história... :)
Conto com vocês!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I See Fire" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.