Latch - Perina escrita por Camila jb


Capítulo 17
Cap. 17 - O último capítulo.


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu. No ultimo cap da fic! Pois é. Pegos de surpresa, ne? Capitulo passado, eu perguntei se vocês queriam 2ª temporada e nesse to me despedindo. Eu sei que a maioria pediu 2ª temporada, mas eu avaliei dois comentarios, os unicos que me pediram para não fazer 2ª temp, e eu achei conveniente não fazer. Os motivos:
1º Porque, como relatado no comentario, a fic poderia se tornar muito longa e seria chato.
2º A fic já teve um nucleo diferenciado, e eu não queria aumentar e formar uma "bola de neve".
Acho que expliquei.
Esse é o ultimo capitulo como falei lá em cima. Nunca fui boa com despedidas (melancolico, ne kkk). Acho que nunca demorei tanto para escrever um capitulo tão pequeno, eu, realmente, não queria me despedir dessa fic. E na hora de escrever um texto pra agradecer a todos vocês que leram, comentaram, enfim, eu fiquei olhando pra pagina em branco do WordPad, imaginando como eu iria me despedir. Não tenho palavras, essa é a verdade. Bem, eu só queria agradecer mesmo e dizer que nós ainda vamos nos esbarrar muito porque vem fic pela frente.



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– Não, eu não quero. Eu quero a Karina, a minha Karina. – ele decretou.

– Você não ama essa garota.

Jade afirmou. Ele poderia exibir varias afirmações, mas as verdades em seu coração já eram suficientes para provar que ele a amava mais do que qualquer outra que já passou em sua vida.

– Eu não vou discutir com você, Jade.

– Então, é ela?

– É ela, sempre foi ela.

– Você não quer ao menos ver a Priscila?

Ele suspirou. Seu olhar repousou sobre o da morena a sua frente, ele não sabia. Da mesma forma que ele amava Karina, ele amava Pri, de maneira diferente, mas amava, apesar de tudo que ela fez, ela cuidou dele. Respirou fundo, antes de falar qualquer coisa.

– Não, eu não quero. – falou.

– Tem certeza? Você não quer ver a mulher que você já tanto amou?

– Não, Jade. Sabe por que? Porque eu amei muito ela, muito. Mas acabou, sabe? Eu ainda a amo, de maneira diferente, mas amo. Eu não quero sofrer, não quero reativar as chamas de um amor esquecido. Eu amo muito a Karina.

– Não, você acha que ama. Pedro não se engane.

– Sabe o que é o amor, Jade? Sabe? Eu sabia, ao menos achava que sabia, mas não, eu nunca soube. Foi com a Karina, a garota que você afirma que eu não amo, que eu aprendi. Foi ela que me ensinou que amor não é uma simples declaração, uma cartinha de amor, mas amor são descobertas, são vitórias. Amor é poder pedir desculpa sem ter vergonha, é perdoar sem culpa, é poder amar sem medo.

– Pedro, você me cansa.

– Você é a amiga da Pri, é obvio que você não vai aceitar ver o garoto que a sua amiga gosta afim de outra.

– Não é isso, Pedro, eu apenas não sinto que você a ama.

– Você não sente, mas eu sinto. Eu a amo, e não preciso de você pra ter certeza que esse amor é verdade. Agora eu tenho que ir. Tchau, Jade.

A morena assentiu, observou ele se levantar e sair do bar. O advogado seguiu até seu carro, entrando e dando a partida. A rua estava vazia, então não demorou para chegar em casa.

Abriu a porta, as luzes apagadas informavam que Karina já dormia. Ele foi até o quarto, olhando pela fresta da porta a loira dormindo. Sorriu. Até dormindo, ela era linda.

Sem sono, Pedro decidiu beber alguma coisa, no dia seguinte seria sábado mesmo. Preparou um café amargo, do jeito que ele gostava. Sentou-se no sofá, repousando o copo no chão, e ligando a televisão. Ele não se importou se o que passava era um documentário sobre golfinhos, só queria o barulho da televisão. Abriu um livro, lendo-o em silêncio. O livro relatava a história de um amor difícil. Seria clichê falar que ele havia se identificado, mas ele se identificou, Pedro pode perceber que não importa quão difícil seja esse amor, se você ama realmente, você lutara para tê-lo.

Por vezes, alternava seu olhar entre o livro e o corredor que daria para o quarto em que Karina descansava. Deixou o livro de lado, sobre o sofá. Seguiu até o quarto, estava com sono, e queria descansar. Deitou-se na cama, ao lado de Karina. O cheiro dela, seu toque, ela. Ele era otário por ela. Riu. Deu um beijo na nuca dele, e logo adormeceu.

(...)

– Você é linda.

Sussurrou em seu ouvido, fazendo a loira ficar arrepiada, seu hálito quente batendo contra sua nuca. Ela suspirou, sussurrado palavras que ele não entendeu. Karina se remexeu na cama, ficando de frente pra ele.

– Você também é lindo. – ela fala com voz de sono.

Ele se levantou da cama, esticando a mão para ela, pedindo para que ela fosse com ele até a cozinha. A advogada se espreguiçou, levantando da cama e seguindo para a cozinha com ele. Pedro passou o braço pela cintura dela, fazendo com que seus corpos ficavam a pouquíssimos centímetros de distância. Selou um beijo em sua testa, enquanto acariciava seu cabelo com a mão.

– Quer um café? – Karina pergunta, observando Pedro assentir e ir para sala.

A loira entrou na cozinha, já separando alguns ingredientes para o café da manhã. Fez o café lentamente.

Pedro levantou do sofá e foi sorrateiramente até a cozinha. A loira sem perceber sua presença não falou nada. Ele a puxou, colando seu corpo no dele, fazendo ela dar um pulo.

– Que susto!

Ela fala. Ele encaixa sua cabeça entre o pescoço e ombro da loira. Inala o perfume dela, e ouve um gemido baixo dela assim que morde seu pescoço.

– Já ta pronto, namorada?

– Já, pega ali em cima as torradas.

Pedro pegou as torradas, colocando-as sobre a bancada. Esperou Karina com o café, mas a loira não demorou a chegar.

Eles tomaram café em silêncio. Ele estudava seu rosto o tempo todo, e ela até estranhava o fato, mas não comentava nada.

– Ta tudo bem, Pê?

– Ta.

– Então por que você não para de me olhar?

– Olhar pra você é bom.

– Posso saber o por quê?

– Claro. Eu gosto do seu olhar. O modo como você saber trocar palavras com ele. Eu posso te entender pelo olhar, saber quando você ta feliz, triste, até mesmo quando você quer me tacar da janela. – riu. – Viu. Agora você tá feliz.

– Você é, realmente, um bobo.

– Realmente, seu bobo.

Pedro se aproximou dela. Chegou mais perto de seu corpo. Deu um beijo no canto de sua boca. Beijou seu queixo, fazendo uma trilha até seu pescoço. Desgrudou um pouco seus corpos, mas envolveu sua mão na cintura dela, a impedindo de sair do contato com ele. Puxou os fios da nuca dela e enfim selou seus lábios no dela. Seu hálito mentolado se misturou com o doce do hálito dela. Suas línguas travavam uma batalha, mas tudo calmamente para aquele beijo demorar a cessar.

Karina arfou ao sentir suas costas colidirem com a parede da cozinha por conta do impulso que ele ocasionou no seu corpo. A loira olhou nos olhos de Pedro e suspirou ao notar o desejo nítido em seu olhar.

A advogada subiu sua mão pelas costas dele e segurou nos cabelos da nuca de Pedro. O descabelado selou seus lábios com o da pequena e sorriu ao sentir ela se derreter com o contato.

– Você é tão linda!

– Você já falou isso hoje. – ela riu.

– Nunca vou cansar de repetir.

– Aconteceu alguma coisa, Pedro.

– E por que teria acontecido.

– Ta muito romântico.

– Só descobri o real significado do amor.

– Pensei que já tivesse descoberto.

– E já mesmo. Só que ontem, eu confirmei que eu, realmente, te amo.

– Confirmou como?

– Não importa, eu confirmei.

Ela sorriu, assentindo. A verdade era que não importava mesmo, a única coisa que importava era o amor deles, e isso eles tinham.

– E se a gente saísse? – Pedro sugeriu.

– E pra onde?

– Praia.

– Já vou me arrumar. – ele riu com o entusiasmo da loira.

Sentou-se no sofá, enquanto, esperava a loira se arrumar. Não demorou pra ela aparecer pronta. Ele foi vestir uma bermuda. E logo voltou para a sala.

– Vamos?

Karina confirmou com a cabeça. Eles saíram do apartamento em meio a sorrisos e beijos. Seguiram até a praia que era próxima ao apartamentos deles.

Assim que chegaram a praia, se sentaram na areia. A linha do horizonte, traçada pelo mar. O dia ensolarado que parecia estar ali só para prestigia-los.

– Você fica ainda mais linda refletida pela luz do Sol.

– Pedro! – riu.

Ele a puxou para perto de si. Prendeu o lábio inferior da loira entre seus dentes e o chupou lentamente, fazendo um barulho estalado ao soltar. Suas mãos desceram até a cintura dela onde ele apertou. Ela suspirou e pressionou o rosto dele contra o seu. Sem conseguir se conter, a mão dele subiu até os cabelos longos da loira, onde ele os segurou com força, arrancando um gemido baixo da pequena. Apenas lábios com lábios, Pedro chupou o lábio inferior de Karina e o mordiscou antes de soltar. Os dois se afastaram um pouco e sorriram um para o outro.

Ficaram em silêncio, apenas observando a pontinha de Sol que descia e se escondia atrás do mar.

Desde pequena, Karina sempre imaginava que todos os dias, no final de tarde, o Sol entrava dentro do mar e só saía no amanhecer do outro dia. Claro, que agora ela sabia o que acontecia realmente, mas preferia continuar a acreditar na ideia pura da mente de uma criança.

– Eu te amo, K.

– Eu te amo, Pê.

Eles se beijaram. Assim que finalizaram o beijo, se deram conta de que o Sol também foi embora junto ao termino do beijo deles como se o Sol estivesse esperando aquele acontecimento.

– Eu nunca vou te deixar ir. Nunca.

– Que clichê, Pedro. - Karina riu.

– Não estraga o clima. Você tinha que repetir.

– Ok, ok. Eu nunca vou te deixar ir. Nunca.

Riram juntos. Felizes como nunca antes.

I'm latching onto you

I'm latchin on...

I won't let go again

(Eu estou trancado em você

Estou grudado em você

Não deixarei você partir)


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