Latch - Perina escrita por Camila jb


Capítulo 16
Cap. 16


Notas iniciais do capítulo

Hey. Sim, eu sei que fiquei quase um mês sem postar, mas estou de volta, e eu tenho uma pergunta importante a fazer, e quero respostas, quem não tem conta aqui no Nyah, me responda no tt: @CaptainSantoni e não precisa ter vergonha! Haha.
EU QUERO SABER SE VOCÊS QUEREM 2º TEMPORADA OU NÃO. SE SIM, RESPONDA SIM. SE NÃO, RESPONDA NÃO.
Meio obvio, mas td bem. Eu perguntarei nas notas finais porque nem sempre todos leem o que eu escrevo aqui.
E obrigada, galera. Vcs todos são bem importantes pelo crescimento da fic!
LEIA AS NOTAS FINAIS. LEIA AS NOTAS FINAIS. LEIA AS NOTAS FINAIS. AVISO IMPORTANTE!



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Dois pesos na balança. De um lado um passado invejável. Do outro um presente melhor ainda. Mas entre os dois qual ele escolheria?

O passado lhe trazia memórias dignas de um roteiro de cinema.

Já o presente lhe dá cada dia memórias melhores.

De um lado seu refúgio, sua paz interna, sua luz.

Do outro lado seu tormento, seu desprazer e prazer interno, seu fogo.

E então, entre o bem e o mal, o passado e o presente, qual ele escolheria?

Pedro batucou na mesa, impaciente. Já não aguentava mais esperar pela cliente. E ainda tinha uma decisão a tomar, e isso já o deixava completamente irritado. Ele não queria perde-la, mas ao mesmo tempo não queria perder a oportunidade de ver ela de novo. Aquela decisão era como um elástico, que poderia ferir ambos os lados, e ele sabia que dependendo da decisão, alguma das duas iria se decepcionar.

As palavras de seu pai ainda martelavam em sua cabeça. "Você terá que escolher, mas saiba, Pedro, que uma das duas, você irá machucar." Suspirou profundamente, deslizando os dedos pelo cabelo. Pousou os cotovelos na mesa, apoiando a cabeça na mão. Fechou os olhos e se deixou ser levado a todos os seus estoques de memórias.

– Pedro. - a voz de Karina soa pela sala, fazendo ele sair do transe e se virar pra ela. - A cliente virá amanhã. Ta tudo bem?

– Ta. Só to com um pouco de dor de cabeça.

Ela concordou com a cabeça, apesar de não ter acreditado no que Pedro dissera. Se sentou em sua cadeira e arquivou os documentos de seus clientes.

– Ta bem mesmo? - ela pergunta, novamente, mas dessa vez preocupada.

– Sim.

– Não parece. Você não fez nada até agora, Pedro.

– Fica tranquila, esquentadinha. Eu sei o que eu faço.

– Tem certeza?

Ele assentiu, apesar de saber que se tinha uma coisa que ele não tinha certeza era do que estava fazendo. Karina se levantou, indo em direção a ele.

– Você não ta bem, Pedro. - pousou sua mão no ombro do advogado. - Vai pra casa. Eu termino seu trabalho.

– Não. Eu to bem.

– É uma ordem.

– Desde quando você manda em mim? - sorriu.

– Desde que eu descobri que te amo. Eu me preocupo com você, moleque.

As palavras de Karina atuou nele como uma bomba. Uma bomba cheia de emoções. “Desde que eu descobri que te amo”, as palavras se repetiam na mente dele, continuamente.

– Eu acho que vou pra casa. Pode avisar o Gael?

– Claro.

Pedro se levantou, deu um beijo na testa da advogada e saiu da sala com apenas seu celular em mãos.

O descabelado se dirigiu ao carro, rapidamente, ele precisava urgentemente relaxar. Ele dirigia, atentamente, e não demorou para chegar em seu prédio.

Abriu a porta do apartamento, logo se dirigindo pro sofá e se sentando ali. Seus pensamentos o inebriavam, ele teria que tomar uma atitude e quanto antes melhor. Pegou seu celular, discando o numero da mulher que o atormentava.

– Pedro!? – a voz dela era preocupada do outro lado da linha.

– Eu decidi.

– Fala.

– Por telefone, não. A gente precisa se encontrar.

– As nove em frente ao bar que fica do lado do meu prédio.

Ele fez um som nasal em concordância e desligou a chamada. Pedro foi em direção a cozinha para tomar um café. Não que aquela bebida fosse lhe tirar o tormento de ter que abandonar a pessoa que ele mais amava, mas o daria um conforto, o conforto de saber que por mais que ela não tivesse do seu lado, ele ainda teria uma bebida para lhe aquecer o coração.

Se dirigiu ao quarto com o copo de café na mão. A primeira coisa que fez foi sentar na cama, mas logo se levantou, abrindo a porta do armário. Ele pegou a pequena caixa na qual ele nunca esqueceria, e na qual sempre guardaria um pedaço seu. O advogado abriu a caixa já sendo invadido com as memorias que ele nunca esquecera.

As palavras distribuídas, as palavras recebidas, o amor, o carinho, um misto de tantos sentimentos que Pedro já chegara a duvidar que coubesse em um ser humano. Ele não se impediu de sofrer vendo as palavras naquelas cartas, tampouco, parou de ler quando as lagrimas pingaram nas folhas, borrando a caligrafia dedicada nas cartas de amor.

Fechou a caixa junto com o passado que lhe atormentou durante o tempo que passou lendo as palavras da mulher que ele tanto amou um dia.

Ele se levantou da cama, se dirigindo para o banheiro, queria tomar um banho. Não demorou para sair do banho, enrolado na toalha. Riu. Foi naquele banheiro que ele viu Karina nua pela primeira vez. Parecia fazer tanto tempo, mas só se passaram dois meses. Dois míseros meses e ele se descobriu, novamente. Sim, descobriu, ele amou ela, ele se perdeu nele, ele se descobriu nela. Ele se transformou em outro.

A verdade é que ele não sabia se iria aceitar a proposta da morena. Ele pensou por dias naquilo e mesmo assim não tomara uma decisão, não decidiu se amava uma ou outra, ele já chegou a pensar que era incapaz de amar. Mas não, ele ama e muito, só não é capaz de diferenciar o amor por outro pelo amor que sente pela a outra.

Assim que se vestiu, foi para a sala, ligando a televisão para ocupar o espaço silencioso no pequeno apartamento. Se sentou no sofá, esperando a hora passar. Ele ainda teria que encarar Karina já que loira chegaria antes das oito, que seria quando ele iria se encontrar com a morena. Pedro não queria ter de vê-la, ele não queria beija-la pois ele sabia o quão errado ele estava sendo em engana-la, e sabia também que será errado na decisão.

A hora demorou a passar. Mas assim deu 18h, Karina chegou. Ele se levantou devagar para abrir a porta, logo se deparando com o sorriso que tanto adorava na loira. Por puro hábito e prazer, sorriu junto com ela.

– Está melhor? – ela pergunta, entrando no apartamento.

– Até que sim. – Pedro dá um sorriso triste, e segue para a cozinha junto a ela.

– Quer comer alguma coisa? – ela abre a geladeira.

Ele balançou a cabeça em negação e se encostou na bancada, observando o que a advogada fazia. A loira fazia um omelete que, apesar não parecer um dos melhores, explorava o ambiente com um aroma delicioso.

– Eu vou deitar um pouco. Daqui a pouco vou sair. – ele falou ainda arquitetando a mentira que contaria.

– Pra onde?

– Encontrar uns amigos que não vejo há tempos.

– Que amigos?

– Você não conhece, esquentadinha. Eu vou descansar.

Ela assente sem tirar os olhos da panela. Então ele segue para o quarto onde deita na cama, esperando dar oito horas para sair de casa. Pedro ainda pensava em sua decisão. Não seria nada fácil para escolher entre uma e outra.

Assim que seu celular apita, avisando que a maldita hora havia chegado. Ele se levanta, e vai em direção ao aparelho, o pegando e colocando no bolso da calça. Saiu do quarto, indo em direção a sala na qual Karina se encontrava sentada no sofá, comendo o seu omelete.

– Tchau, K.

Ele da um beijo em sua testa. E saiu do apartamento. Ele entrou no carro já sem ideias do que falaria, do que faria. Dirigiu com a cabeça a mil, e assim que estacionou o carro em frente ao bar, já viu a morena sentada, bebericando alguma bebida que ele não conseguira descobrir.

Pedro entrou no bar, indo em encontro com ela. Assim que Jade o viu, já dera um de seus sorrisos e o convidou com a mão para se sentar. Ele se sentou, a encarando.

– E então já decidiu? – ela pergunta.

– Por que você esta fazendo isso?

– Eu falei que iria te contar, né? – ela sorri. – Eu conheço ela há tempos, e ela pediu pra mim te perguntar o que faria e quem escolheria. E fala logo porque eu estou atrasada para um compromisso.

– Eu amo a Karina.

Amor. De quantas formas você pode amar alguém? Um sentimento que parece ser mínimo, consegue se diferenciado em vários tipo? Amar por amar, amar por motivo, amar por saudade, amar por necessidade, amar por, simplesmente, querer alguém que possa lhe dar o conforto de saber que você também é amado. Amor de mãe, amor de irmão, amor de amigo, amor de amor. Amor sem jeito, amor com atitude, amor com paixão, amor e só amor. É possível alguém mudar pelo amor? É possível um ser humano amar de tantas formas? Ser capaz de cuidar por amor, de ver o lado positivo por amor? Amar é difícil, nunca será uma tarefa fácil. Amar não é, simplesmente, falar: eu te amo, mas é abrir seu coração como se a pessoa fosse você, como se ela tivesse um pedaço seu, como se ele se machucasse e você sentisse. Perdoar por amor é uma virtude. A vida é engraçada, lhe prega peças o tempo todo e são nessas peças que nós percebemos que amor é uma dádiva. Nós recebemos gratuitamente e damos gratuitamente.

Será que a Lua e Sol se separarão? O amor entre eles nunca acabará, mas eles podem se separar, não? Mas mesmo separados sempre terá o eclipse para uni-los.


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Notas finais do capítulo

EU QUERO SABER SE VOCÊS QUEREM 2º TEMPORADA OU NÃO. SE SIM, RESPONDA SIM. SE NÃO, RESPONDA NÃO.
Quem não tiver conta no Nyah, me responda pelo tt: @CaptainSantoni
Preciso de respostas. Obrigada, galera!