Traiçoeiro escrita por Roses


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores lindos e maravilhosos. Eu sei que demorei um bocado mas a autora que lhes fala é uma azarada sem tamanho. Espero que gostem do capítulo.

Boa leitura.



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O encarei. Eu esperava ter que argumentar sobre o por quê ele teria que me ajudar , e o que ele poderia ganhar em troca. Nunca pensei que seria assim tão fácil.

–Vai me ajudar?- perguntei incrédula. Ele parou e me olhou impaciente.

–Não acabei de perguntar do que você vai precisar?- indagou com sarcasmo na voz enquanto se levantava e guardava as coisas que tirou do lugar.

–Bem...- hesitei um pouco antes de continuar. Do que eu iria precisar?- Eu não sei direito. Achei que armaria o plano enquanto estivesse escondida em seu navio e...- falar disso me levou a lembrar de uma coisa.- Você sabia quem eu era!- acusei apontando o dedo

Gancho riu dando de ombros.

–Como?- minha voz se elevou alguns decibéis enquanto eu tentava me lembrar de alguma falha no meu disfarce.

–Se trocar na praia certamente não é um lugar discreto para que não te descubram.- me respondeu irônico,puxando a cadeira para se sentar,ficando de frente para mim de braços cruzados.

Minha mente começou a trabalhar no que ele disse e então encontrou. Eu tive a sensação de estar sendo vigiada aquele dia.

–Mas como?- insisti não querendo aceitar que havia sido pega antes mesmo de tentar. Ou não querendo aceitar o fato que ele havia me visto... nua.

Era vergonhosa essa opção.

Gancho soltou um suspiro irritado.

–Eu estava saindo do castelo e a vi saindo correndo. Fiquei curioso e à segui, não é sempre que vemos uma senhorita fugindo de um baile no castelo de um rei.

–O que você estava fazendo no castelo?- indaguei desconfiada me lembrando da conversa que ouvira entre os guardas do palácio.

–Você é inacreditável. Acabei de lhe falar que te vi praticamente nua e você quer saber o que estava fazendo no castelo?- perguntou divertido.

Vergonhosamente corei.

–Prefiro ignorar essa parte... Então por quê deixou que eu fizesse tudo isso?- quis saber, ainda não fazia sentido.

–Queria ver até quando você iria aguentar ou seria descoberta. Devo dizer que fiquei desapontado de ver como você foi relaxada. Sua sorte é que meus homens são burros o suficiente para achar que seu grito era de um fantasma.

–Crenças não são burrice.- rebati me irritando.

–Mas essa conversa não me diz como ajudá-la.- lembrou fazendo um gesto com a mão e notei que ele usava anéis.- Você precisa achar sua mãe, mas ela não estava morta?

–Bom...- comecei.- Era o que eu achava. Até que recebi uma carta dela,me contando que esta viva, porém escondida. E imaginei que se eu entrasse em um navio pirata que viaja para todo canto eu poderia achá-la.- contei minha linha de raciocino para ele com toda segurança que pude. Ainda achava,melhor tinha certeza que estar ali era uma péssima ideia.

Então ele começou a rir. Rir com gosto, de até se dobrar com falta de ar. Continuei sentada estupefata com sua crise de riso , o assistindo se divertir com gosto de algo que eu não tinha a menor ideia do que era.

Esperei pacientemente ou talvez nem tanto, até que ele parou de rir.

–Posso saber qual é a maldita graça?

–Você- ele respondeu como se fosse a coisa mais obvia do mundo.- O que você imaginou? Que iríamos atracar em qualquer ilha e sua mamãe estaria lhe esperando de braços abertos? Tem alguma noção de como o mundo é grande e ela pode estar escondida em qualquer lugar? E você não tem nem uma pista por onde começar. Isso é maluquice.

Senti a raiva se apossando de mim.

–Você acha que eu não sei?!- gritei me levantando e me virando para a janela.- Eu tenho noção disso eu só... Você nunca sentiu que...- parei procurando a coisa certa para dizer- você não tem escolha, simplesmente tem que se arriscar porque ama a pessoa? Minha mãe é a coisa que eu mais amo até agora. Se não for aqui,neste navio e com sua ajuda, será em outro. É so me deixar no próximo porto que atracarmos.

Terminei de falar e o encarei. Ele me fitava com aqueles olhos azuis,que deveriam ser considerados um crime de tão lindos. Tinha o indicador pousado nos lábios.

–Não precisa mudar sua rota, nada disso. Não estou pedindo isso. Estou pedindo para que me deixe ficar aqui no navio. Essa na verdade é a única ajuda que eu peço. Que me deixe fazer parte da tripulação para que eu siga com a minha busca. Se eu for bem sucedida será recompensado.

–E se não for?- questionou ainda me fitando.

Dei de ombros.

–Então você pode me deixar em casa e será recompensado do mesmo jeito. Como pode ver de qualquer maneira você ganha. Só quem tem a perder sou eu. Então?

Gancho ficou em silêncio ponderando minhas palavras. Ele não podia se negar a isso, eu só estava pedindo um jeito de me locomover, não que ele viesse comigo ou mudasse todo o curso das suas pilhagens.

Depois de um longo tempo ele assentiu com a cabeça.

–Tudo bem. Parece justo. Mas você terá que ajudar...

–Eu irei.

–E participar dos saques.

–O que?!

–Isso mesmo que você ouviu.Uma donzela em perigo pode vir a calhar na hora de roubarmos. Todos ficarão assustados e tentando salvá-la. Irão nos entregar tudo.

–Isso não é legal.

–Meu amor, agora você faz parte da tripulação. Tem que agir como uma pirata. Acha que pode fazer isso, querida?- Gancho questionou se aproximando de mim e erguendo meu queixo com seu gancho.

Estava próximo demais,próximo demais.

Relutante assenti.

–Acho que sim.

–Ótimo. Vou arrumar algo para que você possa fazer no navio enquanto os homens não se acostumam com você. E arrumar roupas decentes. Onde você arrumou essas?- ele me esquadrinhou de cima à baixo.

–Roubei de Graham.

–E quem ser Graham?- sua voz adotou um leve tom de desprezo ao dizer o nome do meu amigo. Não pude deixar de dar um leve sorriso.

–Um amigo importante.- disse simplesmente. Gancho fez uma careta.

– E por que seu amigo importante não está te ajudando nisso?- indagou enquanto revirava um baú.

–Ele não sabe.

–É seu amigo mas você não contou a ele? Amizade interessante essa.

–Você não entende, tudo bem? Ele é oficial do condado e me prenderia em uma torre se assim garantisse que eu não fosse atrás de minha mãe.- não pude deixar de revirar os olhos ao imaginar a cena. Seria realmente uma coisa que Graham iria fazer. Gancho parecia não estar me ouvindo, revirando a cabine em busca de alguma coisa.- Precisa de ajuda?

–Ele parece gostar de você.- observou Gancho,ignorando minha pergunta.

–Acho que sim.- respondi em um murmúrio me lembrando das várias vezes que ele propôs que nos casássemos . Comecei a caminhar pela cabine, olhando tudo o mais atentamente possível enquanto Gancho continuava procurando algo incansavelmente pela cabine, então meus olhos caíram em uma mesa com alguns desenhos.

Olhei para Gancho que parecia alheio a tudo e lentamente,com as pontas dos dedos afastei os papeis para ver os outros desenhos. Peguei um deles na mão, o desenho de uma mulher muito bonita, continuei mexendo e achei mais alguns esboços da mesma mulher.

–Eu sabia que ainda estavam aqui.- a voz de Gancho me fez virar para olhá-lo, largando os desenhos rapidamente como se estivesse fazendo alguma coisa muito errada.

Fui até ele que segurava vitorioso umas peças de roupas, então as jogou na cama.

Olhei com curiosidade para elas, até que reconheci ser de mulher. Já tinha visto algumas mulheres do condado usando quando voltavam da caça.

–Não vai me dizer que essas roupas são suas?- perguntei brincando. Gancho me olhou com um sorriso de tirar o fôlego, parecendo divertido.

–Pode ter certeza que se fossem minhas eu seria a mulher mais linda que você teria visto.

–Você é tão humilde.

–Eu sei. E gostoso também.

Soltei uma risada e balancei a cabeça.

–Não sei como o navio não afundou com o tamanho do seu ego.

–Reclame menos, amor. Se vista e me encontre no convés, iremos conversar com a tripulação.

Assenti pegando o corpete que estava na cama nas mãos.

–Obrigada.

Gancho... Argh! Eu tinha que parar de chamá-lo assim. Ele me olhou sério e com um olhar profundo.

–Você pode pensar em outros jeitos de me agradecer. Logo o “obrigada” vai ficar enjoativo.

Revirei os olhos e ele piscou para mim, indo em direção a porta.

–Espere!- chamei e ele girou nos tornozelos me olhando com um sorriso malicioso.

–Foi mais rápido do que eu imaginei.

–Não é isso... Eu quero saber como devo te chamar.

Gancho pareceu confuso.

–Me chame de capitão.

–Mas esse não é o seu nome.Preciso saber do seu nome para que eu pare de te chamar do apelido ridículo que eu me refiro à a você na minha cabeça. Você não tem curiosidade de saber o meu?

Gancho ficou me encarando e por fim deu de ombros.

–Não, não tenho.- respondeu fazendo um biquinho.- Como você me chama na sua cabeça? Gatão? Tesudo?- sugeriu dando dois passos para dentro da cabine.

Bufei exasperada e me virei para a cama, perdendo a paciência com ele. Me deixei cair na cama,analisando as roupas que ele me dera. Por que ele as tinha ali? Será que pertencerá a alguém que já havia morado ali?

–Killian.- a voz dele chegou até os meus ouvidos.-Killian Jones.

Balancei a cabeça afirmativamente continuando em silêncio.

–Não vai me dizer o seu?

–Achei que não quisesse saber.- rebati e o olhei ainda parado na porta.

Killian abriu um sorriso... tímido?

–Acho que eu quero saber.

–Swan. Emma Swan.

–Emma Swan.- Killian murmurou com se estivesse testando meu nome em sua boca.- Agora que estamos formalmente apresentados se troque me encontre lá encima.

Sem esperar por uma resposta, Killian saiu e fechou a porta atrás de si.

Rapidamente arranquei as roupas e comecei a substituí-la pelas que ele havia me dado. A sensação de trocar de roupa só seria melhor se acompanhada com direito a um banho, porém só o fato de ter ganho roupas “novas” já era melhor que nada.

As roupas ficaram um pouco largas em mim, certamente a mulher que as usara antes de mim devia ter mais corpo que eu. Eu era tão magricela que as vezes era desconcertante.

Me olhei no pequeno espelho da cabine. Para um homem tão cheio de si como Killian é,achei estranho o fato dele só ter aquele espelho para admirar sua beleza. Tentei dar uma arrumada nos meus cabelos,porém eles estavam indomáveis. Um coque teria que dar para o gasto,até que eu conseguisse lavá-los.

Respirei fundo ao abrir a porta. Os homens não iriam me machucar,pelo menos estava contando com isso. O homem que me bateu seria abandonado. Eu iria começar a procurar minha mãe.

E desejando com todas as forças do meu ser,para que a sorte estivesse ao meu lado, eu iria encontrá-la.


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Notas finais do capítulo

Bom galera,foi esse o capítulo espero que tenha ficado... decente.

Vou explicar rapidinho aqui: Eu escrevo pelo note,e lá tem tudo, rascunhos e monte de coisa mas ele do nada não quis ligar ou seja perdi tudo que esta lá,inclusive os rascunhos da fic e o capítulo que tava praticamente pronto. Tive que reescrever e obvio que não ficou tão bom quanto o primeiro,por mais que eu tentei lembrar.

Me desculpem se não ficou grande coisa,eu poderia esperar o note ficar pronto mas iria demorar.

É isso pessoas.

Beijos.