By my side escrita por nah


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

- Meus amores! Perdoem-me por esse pequeno hiatus da fic, pois eu estava viajando com minha namorada, e quando voltei, sofri um pequeno bloqueio. Peço-lhes desculpa.

— Capítulo 19 já! Que lindo. 200 comentários! Muito obrigada.

— Esse capítulo inteiro será narrado por Regina, espero que gostem e que comentem!
Boa leitura.



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[Dias depois...]

(Regina)

Acordo e vejo minha amada ao meu lado, deitada em meu peito, com um braço na minha cintura e uma perna dobrada sobre minhas pernas. Estamos completamente nuas, depois de uma noite linda de amor que tivemos. Seus cabelos desalinhados estão espalhados sobre os lençóis e também sobre meu peito. Olho todas as suas curvas e percebo que não canso de admirá-las, pois Emma é uma mulher linda! Meu Deus, linda é pouco! Emma é uma mulher perfeita, com todo aquele jeito de menina mulher, que me cativou desde o primeiro dia em que a vi deitada naquela cama, depois de ter sido torturada por Neal. Ainda sinto raiva daquele vagabundo e estou esperando que façamos justiça contra ele e Graham. Mas agora não quero pensar nisso, só quero pensar na minha namorada e no nosso filho.

Como hoje é domingo, já fiz uma programação para nós. Iremos passear por Boston, talvez um piquenique, ou tomaremos sorvete. Convidarei minha mãe e também Elsa, que agora é nossa amiga, e claro não podemos deixar de levar o Henry, nosso pequeno. Como o ano novo começou, minha carga horária de trabalho está cada vez mais corrida, optei por não trabalhar aos finais de semana e nas segundas-feiras. Emma trabalha toda tarde na delegacia, e não trabalha aos finais de semana nem nas segundas-feiras, ela cuida de nosso pequeno toda manhã e a tarde ele vai para a escolinha.

Aos poucos minha namorada foi acordando e se espreguiçando. Quanto mais alongava seus músculos, mais ficava em cima de mim. As pontas de meus dedos passavam por suas costas, cintura e também bumbum e coxas. Seus lábios se abriram em um sorriso perfeito que só ela tem, sorri também. Ela ainda estava de olhos fechados apenas aproveitando minhas carícias.

– Bom dia, amor. – Sua voz rouca em meu pescoço me fazia sorrir e arrepiar.

– Bom dia, querida. – Respondi e beijei-lhe a testa. – Já tenho tudo programado para hoje. – Ri baixinho. E a vi se levantando e apoiando os cotovelos para me encarar.

– Sério? – Ela sorriu. – Então, diga-me a programação. – Comprimiu os lábios.

– Vamos passear no Central Park, levamos Henry, minha mãe e podemos convidar Elsa também... Faz tempo que não saímos em família. – Percebi que minha proposta a agradou, pois se jogou novamente em meus braços dando-me um beijo.

– Ok! Eu ligo para a Elsa! – Falou animada. A minha amada era uma criança grande, toda delicada e ansiosa, chegava a ser engraçado. Ela tinha uma inocência e isso me cativava cada dia mais. Ela saiu da cama rapidamente, nua e foi procurar o celular. Fiquei rindo sozinha e me sentei na cama. Avisei-a que iria acordar Henry e falar para ele nosso programa de hoje, peguei um roupão e fui para o quarto do nosso pequeno.

– Henry, acorda meu amor. – Falei ajoelhando ao lado do berço dele. Emma não queria tirá-lo ainda do berço, dizia que ele ainda era muito novo e quanto ele completasse cinco anos, talvez, tiraríamos ele de lá.

– Mais um pouquinho, mamãe. – Falou com a voz manhosa e meus olhos marejaram. Eu ainda não me acostumei com ele me chamando de mãe, até porque eu não podia ter filhos e isso me deixava muito triste e, além de Graham, ninguém sabia disso.

– Amorzinho da mamãe... Vamos... Hoje nós iremos sair com a mamãe, a vó Cora e a tia Elsa! – O que eu disse para meu pequeno, pareceu despertá-lo e ele se levantou rapidamente, esticando os braços para que eu o pegasse no colo.

– Tia Elsa vai? – Ele perguntou eufórico enquanto eu o deitava para trocar de roupa nele.

– Vai sim, kid. Você gosta dela né? – Perguntei enquanto ele brincava com um carrinho.

– Sim, mamãe. Ela é bem bonita! – Vi o meu pequeno sorrindo e eu sorri junto. Quando eu terminei de trocá-lo Emma entrou no quarto toda linda. Estava com um vestido azul claro com algumas flores estampadas, seu cabelo estava um pouco molhado. Deu-me um selinho e beijou a testa de Henry.

– Mamãe, é verdade que tia Elsa vai? – Perguntou Henry agora para Emma.

– Sim meu amorzinho. – Falou pegando o pequeno no colo, levantando-o no alto e fazendo-o gargalhar. – Amor... – Voltou-se para mim. – Você viu que já são onze horas? – Sorriu.

– Sim! Vou preparar nosso almoço. – Sorrimos juntas e fomos para a cozinha.

Minha mãe estava preparando o almoço e Henry ficou na cozinha com ela. Voltei para o quarto para me trocar, pois eu ainda estava de roupão. Emma foi atrás de mim, ficamos lá namorando um pouquinho, até a hora de almoçarmos. Decidimos que iríamos perto das quatro horas da tarde.

[...]

Eu e Emma estávamos passeando de mãos dadas no Central Park. Elsa, minha mãe e Henry iam mais à frente. O sorriso sempre estava estampado no rosto da minha amada e, consequentemente, no meu também. Enquanto caminhávamos, eu pensava que eu e Emma não tivemos o começo de todo casal, que começam conversando sobre sua vida, família, amigos, gostos, etc. Começamos de trás para frente. Nós precisávamos conversar, sabíamos disso. Fazia apenas três meses que estávamos juntas e não tivemos tanta oportunidade de conversar sobre o passado e sobre o futuro próximo.

Saí de meus pensamentos quando Emma me puxou para de baixo de uma macieira, para que sentássemos lá. Minha amada sentou entre minhas pernas, minha mãe um pouco mais afastada e Elsa perto de minha mãe junto com nosso pequeno. Toda nossa atenção era voltada para Henry que tomava seu sorvete de forma desajeitada e adorável. Apesar de estar se sujando todo, ele não aceitava ajuda, até parecia alguém que eu conhecia! Ri com os meus pensamentos.

– Uma flor, para a flor mais bonita de todas! – Emma esticou a flor até mim, quando ameacei pegar, ela afastou meus cabelos e colocou a flor atrás de minha orelha. – Ficou linda, amor! – Sorriu e eu repeti seu gesto e colei nossas testas.

– Porém, eu acho que tem algo de errado aqui! – Sussurrei e vi o sorriso de seu rosto se desmanchar e ficar com uma expressão de desentendida. Antes que ela pudesse falar algo, eu tornei a falar. – Você é a flor mais bonita de todas! – Dei-lhe um selinho demorado enquanto ela sorria lindamente para mim.

– Amo você! – Sussurrou. Acho que esse era o nosso infinito e o nosso ‘’codinome’’. Se para Augustus Waters e Hazel Grace era ‘’Okay? Okay.’’, o nosso era ‘’Amo você’’ sussurrado.

– Amo você! – Sussurrei de volta. Ficamos nos curtindo até que Elsa nos tirou a atenção.

– Então, minhas queridas, quando é o casamento? – Brincou rindo.

– Oh, Elsa! Se eu bem te conheço, isso é um pedido para querer ser a madrinha. Não é mesmo?! – Minha amada perguntou à nossa amiga, deixando-a envergonhada. Eu adorava o humor de minha namorada, ela ficava ainda mais adorável.

– Talvez, querida! – Falou Elsa sorrindo ironicamente.

– Pode deixar, querida! Você será a nossa madrinha. – Falei e a loira levantou e veio nos abraçar. Rimos da atitude de Elsa, Henry que estava alheio à situação, veio correndo para nós também. Minha mãe avisou que iria caminhar sozinha e ficamos nós quatro ali. Já se passavam das seis da tarde quando decidimos ir embora. Despedimo-nos de Elsa e fomos para a nossa casa.

Nosso pequeno estava no colo de Emma, reclamando de frio e fome. O que era impossível, pois ele tinha comido muita coisa nessa nossa ida ao parque. Depois de minha namorada dar um banho quente em Henry, deu alguma coisa para ele comer e logo ele estava dormindo. Eu já estava de banho tomado e esperava a minha loira sentada no sofá com um cobertor. Apesar do dia agradável que estava, quando chegava à noite, Boston dava espaço ao frio gostoso. Emma chegou na sala correndo apenas com uma camisola preta e já entrou de baixo das cobertas se aninhando a mim.

– O que foi, amor? Está com medo do bicho papão? – Gargalhei alto.

– Muito engraçada, Regina Mills! – Ela sorriu. – É que está frio, não está sentindo? – Ela passava as mãos freneticamente nos braços com a intenção de esquentá-los. Eu a puxei para os meus braços, ainda rindo, e beijei-lhe os lábios.

– Estou sim, querida! – Rimos novamente. – Bom, eu estava pensando em te fazer algumas perguntas... – Ri nervosa.

– Okay! Podes fazer! – Sorriu e sentou de maneira confortável, colocando as duas pernas para cima do sofá, sentando no meu colo.

– Parece idiotice da minha parte, mas... Eu queria saber sobre seu passado, sobre sua vida, sobre seus namorados e namoradas, sobre suas preferências, etc. Assim como eu queria contar as minhas coisas para você. – Falei-lhe e percebi que ela prestava muita atenção em mim.

– Não é idiotice, amor! Claro que eu quero te contar tudo e saber tudo sobre você! – Sorriu para mim e fiquei totalmente aliviada.

– Então, você quer começar a falar?

– Sim. – Respirou fundo uma vez e começou. – Quando eu nasci, meus pais me deram para a adoção por não ter condições de cuidar de mim. Fui adotada algumas vezes, porém eles sempre me devolviam. Eu não entendia o motivo disso, só sei que eu chorava muito por várias amigas minhas serem adotadas e eu não. Não que eu não quisesse que elas fossem adotadas, mas eu também queria ter uma família. Eu não entendia o problema que eu tinha. Fiquei no orfanato até meus dezoito anos, ai eu conheci Neal. Ele era um amor para mim, mas só nos primeiros meses de relacionamento, depois eu mal o via, e quando chegava a ver, ele arrumava alguma desculpa, dizia que me amava e transava comigo. De certa forma, eu até gostava, mas teve um dia que não usamos preservativo. Na hora, nem nos ligamos a isso. Mas depois de dois meses eu comecei a ter enjoos, etc. Era definido, eu estava grávida. – Percebi que agora seus olhos brilhavam e não tinha mais aquela angústia de quando falava de Neal. – Comecei a trabalhar de ajudante na delegacia e conheci August, ele era como um irmão mais velho para mim, contei a ele sobre minha história e ele disse que me ajudaria com o necessário. Dias depois, eu iria falar para Neal que estava grávida, mas o vi com outra, apenas terminei o nosso relacionamento e não disse para ele que esperava um filho. Durante a gravidez de Henry, não tive contato com ele, e ocorreu tudo bem. August sempre esteve lá para mim. E depois que ganhei Henry, comecei a trabalhar definitivamente como policial, mas ia apenas a alguns chamados, pois deixava Henry com uma babá na parte da manhã e tinha o resto do dia livre para ele. E bom... O resto você já sabe. – Sorriu lindamente para mim, não lhe disse nada, apenas botei as duas mãos em seu rosto e beijei-lhe ternamente os lábios. – Okay! Agora é sua vez de me contar sobre você.

– Não amor, hoje é só sobre você! – Ri. – Eu fui sua primeira mulher? – Perguntei, mas eu imaginava que a resposta era não.

– Não. Teve uma. – Ela sorriu. – Mas ficamos apenas por uma semana. – Riu sozinha. Ficamos conversando sobre mais alguns assuntos antes de irmos deitar. Eu não estava preparada para contar à Emma minha história. Eu iria esperar mais um pouco, precisava de um pouco mais de tempo e sabia que Emma não se esqueceria tão fácil dessa história.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo? Ficou bom? Então, comentem e me digam o que acharam...
O que vocês acham que Regina ''esconde''? kkkkkkk