Era o ‘’grande’’ dia. Regina estava totalmente desesperada, não conseguiu dormir à noite e estava cheia de olheiras no dia seguinte. Estava tão nervosa que talvez isso a prejudicasse, mas Emma estaria lá e seu advogado também. Emma estaria lá. Era o que a loira repetia a noite inteira para a morena, e era a verdade, Emma não sairia nenhum segundo de perto da morena.

– Calma, amor. Vai dar tudo certo. – Falava a loira pela milésima vez.

– Eu não sei Em, e se ele não aceitar o acordo? E se ele quiser fazer algo contra nós? – Regina falava e gesticulava com as mãos, sentada na cama e Emma estava em seu lado com a mão depositada carinhosamente na coxa da morena.

– Querida, se ele não aceitar, vamos ao tribunal! Você não vai perder nada pra ele. Nós vamos fazer propostas e escutar as dele, se ele não aceitar ou se você não aceitar, decidimos isso no tribunal. Você sabe disso. – Emma sorriu brevemente. – Vem, agora vamos nos arrumar. – Levantou da cama e esticou a mão para Regina que pegou e entrelaçou os dedos nos da namorada.

– Obrigada por estar comigo! – Sorriu envergonhada por ter feito uma ‘’tempestade em copo d’água’’.

– Não há outro lugar que eu queira estar! – Sorriu de volta e segurou o queixo da amada, beijando-a em seguida, transmitindo todo o carinho e a cumplicidade que Emma tinha para dar.

– Amo você! – Sussurrou Regina com os braços ao redor da cintura da loira.

– Amo você! – Repetiu dando um abraço apertado na psicóloga. Ficaram por alguns minutos se curtindo e foram se arrumar. Teriam que estar no Fórum Municipal às 09h00min, e ainda era 07h37min, teriam bastante tempo para se arrumarem, e tomarem café. Emma fez questão de ficar ao lado da amada controlando o tempo, por isso quis que as duas começassem a se arrumar naquele horário, parecia cedo de mais, porém queria Regina ocupada com alguma coisa. Logo após, acordariam Henry, pois Cora já estava na cozinha fazendo o café para os quatro.

Regina vestiu uma calça social preta, uma regata branca e um blazer da mesma cor da calça por cima da regata e, claro, seus inseparáveis saltos pretos. Emma, por sua vez, colocou um vestido azul bebê, até na altura dos joelhos, e calçou uma sapatilha dourada, amarrou os cabelos e colocou seus costumeiros óculos pretos.

– Bom dia, mamãe. – Falou Regina entrando na cozinha e dando um beijo na bochecha da mulher mais velha.

– Bom dia filha! Que cara é essa? – Perguntou à filha percebendo que ela estava com olheiras.

– Não dormi nada essa noite, mãe! Daqui a pouco, com a maquiagem, não aparece mais. – Sorriu de leve.

– Cadê Emma? – Perguntou sentando-se à mesa.

– Foi acordar Henry. – Sorriu novamente, pensar nos dois trazia uma paz para Regina. Depois de um tempo, Emma entrou na cozinha com Henry no colo, o pequeno estava deitado em seu ombro com uma carinha de tristeza e havia chorado recentemente.

– O que foi meu amorzinho? – Regina pegou Henry no colo e falava com o pequeno.

– Dor, mamãe. – Choramingou e pôde perceber os olhos de Emma marejados.

– Onde, amor? – Regina estava visivelmente preocupada. Henry apenas apontou para a própria barriga, a morena deu um beijinho aonde o menino apontou. – Vamos comer... Depois a mamãe te dá um remedinho, ok? – O pequeno assentiu.

* * *

– Amor, será que não é bom você ficar aqui com Henry? – Regina perguntou à namorada enquanto se maquiava em frente ao enorme espelho que possuía no banheiro do quarto.

– Não amor, nós levamos ele. Sua mãe disse que fica cuidando dele enquanto estivermos lá dentro. E depois se a dor não melhorar, o levamos ao médico. Tudo bem? – Emma respondeu enquanto ninava Henry. Apesar de ter três anos, Emma fazia questão de ainda niná-lo para dormir, era uma coisa de mãe que ela tinha, não queria perder nenhum momento do crescimento de Henry.

– Ok. Estou pronta. – Falou retornando ao quarto. – Dê-me ele aqui e termine de se arrumar. – Sorriu enquanto a loira passou Henry para seu colo, que se ajeitou da melhor maneira para os dois, e Emma deu um selinho demorado na namorada. Depois de longos minutos, Emma voltou para o quarto.

– Até que enfim, né amor?! – Regina brincou. – Henry quis ir com minha mãe, os dois devem estar na sala nos esperando.

– Ok. Agora vem cá... – Disse se aproximando da morena, segurando-a pelos ombros e encostando seus lábios. Ambas estavam com os batons da mesma cor, vermelho sangue, caía muito bem nos lábios de Regina e nos de Emma também. – Fique tranquila. Dará tudo certo. – Garantiu.

– Eu sei. Você estará lá. – Sussurrou arrancando um sorriso lindo de Emma. Foram juntas até a sala, as três mulheres conversaram mais um pouco e, logo em seguida, foram para o Fórum.

Quando chegou ao local, Regina e Emma trocaram mais alguns carinhos, o que deixou a morena totalmente aliviada. Seu advogado já estava lá e estava tudo pronto para começar as propostas. Primeiramente, o juiz que acompanhava o caso, deu um discurso totalmente chato dizendo o que podia ou não fazer naquela sala com uma mesa grande e três cadeiras de cada lado, na ponta da mesa estavam o juiz e duas testemunhas. Primeiro, o juiz pediu para que Graham fizesse sua proposta.

– Eu proponho que Regina fique apenas com o apartamento e que as outras duas moradias e o carro fiquem para mim, e todo o dinheiro seja separado de maneira igual. – Falou Graham.

– Eu não aceito. Temos dois carros, um já é seu e o outro é meu, nosso casamento não foi feito para que separasse os bens corretamente, sabíamos disso desde o início. – Regina falou com nojo do ex-marido. – O apartamento foi deixado para mim, pelo meu pai, por que ele ficaria para mim se já é meu? O que temos para dividir mesmo, querido? – Falou com sarcasmo. – O que você quer dividir? As outras duas moradias? Aquela que você levava as vagabundas que arrumava? Pode ficar para você. Não me importo, elas já eram suas e continuarão sendo, você terá um carro e duas moradias, terá o dinheiro que sempre esteve em sua conta, eu não quero nada que seja seu. – Graham estava acuado e com raiva, não tinha o que falar, não sabia mais o que falar. Achou que com sua proposta, Regina aceitasse, mas parando para pensar, não tinham o que dividir, além de duas moradias mais afastadas da cidade.

– O que aconteceu com você, Regina? – Perguntou Graham com ódio. – Ficou louca?

– Na verdade, eu amadureci. Comecei a entender as coisas depois que descobri várias coisas sobre você e principalmente depois que me agrediu. Não esqueça que daqui algumas semanas, você responderá por isso e por outras coisas. – Sorriu vitoriosa.

– Nenhuma das partes está querendo fazer o acordo? – O juiz interferiu.

– Não. – Respondeu Graham.

– Na verdade, não há o que separar entre nós dois. As duas moradias já eram dele e continuarão sendo. – Regina disse.

– Então não sei o que estão fazendo aqui. – O juiz disse não entendendo.

– Eu também não. – Foi a vez de só a morena falar.

– Eu declaro o caso encerrado! E nos vemos daqui a algumas semanas no tribunal. – Dito isso, se retirou, Regina fez o mesmo e viu Graham furioso vir atrás dela.

– Você sabe que eu não fiz de propósito, não é? – Indagou.

– O que? Não foi de propósito que me bateu? – Riu com satisfação totalmente irônica. – Querido, tenho mais o que fazer. Com licença. – Disse e se retirou, indo para o lado de sua família.

– Está tudo bem? – Emma perguntou receosa.

– Melhor impossível. – Sorriu Regina com um brilho indecifrável nos olhos. – Como Henry está? – Perguntou quando estavam do lado de fora do estabelecimento.

– Ele está melhor, está dormindo e não se queixou nenhuma vez de dor. – Foi Cora quem respondeu, deixando Emma e Regina totalmente aliviadas.

* * *

Dias se passaram e era véspera de Natal. Emma tinha planejado tudo, Henry ficaria com Cora no apartamento enquanto as duas passavam a noite na fazenda. Precisavam matar a saudade que sentiam do corpo da outra e assim seria feito.

Regina acordou e não tinha ninguém ao seu lado, apenas uma caixa amarrada por um laço e com um cartão que dizia ‘’Para a melhor namorada do mundo’’. Sorriu, sentou-se na cama e abriu a caixa. Possuía uma lingerie preta, com corpete e saltos totalmente altos na mesma cor. Tudo extremamente sexy e no fundo da caixa tinha um bilhete que dizia:

‘’É um dos seus presentes para essa noite. Encontre-me as 22h00min na fazenda, coma algo antes de vir, nós vamos aproveitar a nossa primeira noite de natal.

Tenha um bom dia, e até a noite!

Amo você,

Em. ’’

Um sorriso brotou nos lábios de Regina quando acabou de ler. Guardou tudo na caixa novamente, levantou-se, tomou café, brincou um pouco com Henry, almoçou e foi para o trabalho.

O resto do dia passou tranquilamente, e Regina estava totalmente curiosa. Chegou em casa já passava das sete da noite, tomou um banho, vestiu o presente de Emma e colocou um vestido por cima. Comeu alguma coisa, como a loira havia pedido, fez uma maquiagem forte, despediu-se de sua mãe e de Henry e foi para o local marcado.

Chegou ao local e a casa estava toda decorada para o natal, como já era conhecida ali, pôde entrar na casa sem pedir permissão a ninguém. Entrou e viu que a sala estava toda decorada, cheia de velas espalhadas, algumas flores e um bilhete em cima da mesa.

‘’Vá para o nosso quarto, tire seu vestido, fique só com o presente que te dei e sente-se na cama. ’’

Prontamente, fez o que a namorada disse. Quando chegou no quarto, ele estava mais decorado que a sala, a cama possuía lençóis vermelhos e várias pétalas de rosas também vermelhas espalhadas por cima. Sentou-se e ficou esperando por Emma enquanto olhava ao redor.

A porta do banheiro se abriu, a luz do quarto também era vermelha, por conta da lâmpada que Emma fez questão de trocar. Quando avistou a namorada, o queixo de Regina quase caiu. Emma estava vestida de ‘’Mamãe Noel Sexy’’, sorriu totalmente maliciosa enquanto Emma se aproximava de onde Regina estava sentada.

Emma vestia um corpete vermelho, que deixava seus seios fartos ainda mais empinados e convidativos, usava uma saia totalmente curta, que ficava na metade de seu bumbum, na ponta possuía penas brancas, simbolizando a fantasia do Natal, por baixo da saia, dava para ver uma calcinha totalmente pequena, que deixava seu bumbum totalmente à mostra, usava uma cinta-liga que prendia às meias que iam até a coxa e um salto alto vermelho. Sua maquiagem era pouca nos olhos, porém nos lábios, vermelho sangue! Seus cabelos estavam soltos e usava uma touca de Papai Noel. Estava totalmente sexy.

– Meu Deus! – Regina exclamou olhando a namorada da cabeça aos pés. – Como você está gostosa! – Exclamou levantando e indo até a mulher. Emma soltou uma risada. A morena agarrou a cintura da namorada e beijou-lhe os lábios, pedindo passagem para sua língua e já tentando tirar a fantasia da mulher, porém Emma a afastou.

– Nã, nã, não! – A loira empurrou a namorada novamente para sentar-se na cama, arrancando um suspiro de Regina. – Vamos devagar! – Sorriu satisfeita ao ver o brilho nos olhos de Regina.

Emma colocou um pé apoiado na cama, ao lado de Regina, que secou completamente com os olhos a perna perfeita de sua namorada.

– Tira! – Emma disse com voz firme. Regina desprendeu a cinta-liga e tirou o salto da mulher para tirar a meia fina. – Agora coloque novamente o salto. – Aquela voz autoritária de Emma estava excitando completamente Regina, nunca imaginaria que Emma seria capaz de uma coisa assim, até porque a loira era totalmente tímida e envergonhada.

Regina fez o mesmo com a outra perna de Emma, a loira esticou a mão para Regina, que pegou fazendo com que ela se levantasse. Emma ficou de costas para a namorada que a abraçou por trás.

– Desfrute de meu corpo. – Sussurrou Emma deixando a morena totalmente excitada que deixou um gemido escapar.

A psicóloga manteve Emma de costas para ela e começou a passear as mãos pelo corpo da namorada. Primeiramente, apalpou os seios da mulher e foi abaixando a mão direita, enquanto a esquerda ainda se encontrava no seio de Emma, e apalpou seu sexo que estava totalmente molhado.

– Querida, você está totalmente sexy assim. – Sussurrou Regina e a loira suspirou de satisfação. – É uma pena que eu tenha que tirar toda essa fantasia. – Sorriu maliciosa. – Fique ai, paradinha. – Regina se afastou um pouco e tratou de tirar o próprio corpete, a cinta-liga, a calcinha e a meia, ficou apenas de salto alto.

– Muito bem. Agora vamos nos divertir. – Regina disse se encostando ao corpo da mulher novamente, Emma gemeu ao perceber que Regina estava sem nenhuma peça.

A morena empurrou Emma até a parede, deixando ela ainda de costas para Regina, começou a desamarrar o corpete que era trançado. Após fazer isso, o corpete saiu no chão, deixando Emma com os seios expostos. Agora a loira estava apenas de calcinha e saltos. Regina apertou os seios de Emma novamente e ela gemeu baixinho.

– Você está me deixando louca. – Emma murmurou.

– Não tanto quanto você está me deixando. – Sussurrou de volta. A mão de Regina foi para dentro da pequena calcinha de Emma e começou a masturbá-la devagar.

– Amor... Mais rápido. – Choramingou Emma.

– Calma, apressadinha. – Sorriu e tirou a mão de lá. Virou Emma e a beijou com volúpia e ardência empurrando ela até a cama caindo sobre Emma. Tirou a calcinha da loira e penetrou dois dedos em Emma que gritou por surpresa e arqueou as costas.

– Isso amor! – Exclamou de olhos fechados. – Mais rápido! – Pediu enquanto seus quadris dançavam junto com os dedos de Regina. A morena escorregou mais um dedo para dentro de Emma que soltou um gemido alto. Regina colou a boca na de Emma que chegou ao orgasmo rapidamente.

Regina não tinha feito nenhuma preliminar, tinha feito Emma gozar tocando-a, agora esperava a namorada se recuperar enquanto isso beijava e chupava o pescoço dela, deixando marcas vermelhas que se tornariam roxas no próximo dia. Beijava os seios se Emma com volúpia e a ela começava a ficar excitada novamente. Desceu mais um pouco, beijou as coxas e o sexo de Emma. Com os dedos, abriu os grandes lábios da vagina de Emma e passou a língua por lá. Começou a chupar o sexo da amada devagar, mas quando sentiu as mãos de Emma em seu cabelo pressionando-a contra a vagina encharcada, a morena começou com movimentos mais rápidos. Penetrou Emma com a língua e começou a tocar o clitóris inchado da namorada. Emma gozou pela segunda vez na noite.

Agora, Emma não precisou se recuperar do orgasmo, virou Regina e ficou sobre ela, colou seus sexos molhados e começou a se movimentar. As mãos da morena estavam segurando Emma firmemente pela cintura, e conduzia o movimento da loira que, ora eram rápidos, ora lentos. Estavam no ritmo certo, queriam desfrutar ao máximo daquele momento. Ficaram longos minutos assim, sussurrando o nome uma da outra, beijando-se, gemendo e logo após, gozaram juntas. Emma caiu exausta por cima de Regina.

– Você estava maravilhosa. – Sorriu Regina de olhos fechados.

– Eu sei. – Balbuciou cansada no pescoço da namorada.

– Feliz Natal, querida. – Regina falou ao constatar que já passava da meia noite.

– Feliz Natal, meu amor. – Emma respondeu de volta, levantando a cabeça e beijando Regina ternamente.