Alice in My Veins escrita por Miss Atomic Bomb


Capítulo 9
Se preparando para a missão


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal ^^ mil perdões pela demora, estava/estou com um projeto de fanfic nova na cabeça e estava pensando nos detalhes e não conseguia escrever nada kkk Agora que já planejei tudo, estou mais tranquila. Eu particularmente gostei deste capítulo e espero que gostem também. Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/529716/chapter/9

Capítulo 9 - Se preparando para a missão

Alexia não sabia ao certo quantas horas haviam se passado desde a hora em que se encolheu para ficar sozinha naquele cubículo. Pode ter sido horas ou talvez apenas alguns minutos.

Foi despertada quando Jared entrou cautelosamente no local, com passos leves e uma expressão preocupada.

– Desculpe invadir sua privacidade – Ele deu um pequeno sorriso torto – E não me mate.

Alexia sorriu de leve, fungando o nariz enquanto Jared se sentiu ao seu lado e a garota encostou a cabeça em seu ombro. Já ele levou sua mão até o seu cabelo, acariciando-o de leve com um sorriso querendo se formar em sua boca. Alexia sempre se surpreendia com a calma do rapaz. Eles eram o oposto.

Ela era a tempestade forte e destruidora. Ele era a brisa quente, calma e convidativa de verão.

Ela era o frio. E ele era o calor.

– Eles estão exigindo da gente praticamente o impossível – Resmungou Alexia com um tom de voz quase inaudível.

– O que nós podemos fazer? – Ele levantou um pouco a cabeça, olhando em direção para Alexia, mas sem perder seu semblante sereno – Pegar o gira tempo da Hermione e ir encontrar Alice antes dela fazer todas as suas burradas? Iriamos ficar aqui quase um dia todo de tanto girar aquele trambolho – Ele disse tentando fazer Alexia rir.

E com sucesso. Esta era uma habilidade que Alexia apreciava muito no rapaz.

– Seria uma boa ideia... – Alexia assentiu.

– O quê?! – Disse ele ficando exaltado. Mas algo lhe dizia que era apenas para diverti-la – Nós nem sabemos como encontrar esse treco.

Alexia não suportou e gargalhou, negando com a cabeça novamente. Podia notar o sorriso no rosto de Jared, com um ar de missão cumprida.

– Tudo bem... Mas se a Vermelha nos pegar, perdemos nossos pescoços. – Estremeci.

– Ah ela não vai nos pegar – Jared garantiu – É só corrermos. Na hora das curvas sua cabeça vai pesar e ela vai tombar para o lado, rolando para qualquer lugar aleatório.

Alexia riu novamente.

– Sinto lhe informar, mas não acho que a Vermelha seja como nos filmes. A lagarta mesmo agora é um homem de cartola. E as flores são carnívoras.

– É mas isso não a impede ter um cabeção – Jared deu de ombros – Ora, vamos Alexia. Tenha um pouco de otimismo nesse seu coraçãozinho gelado!

Alexia suspira ainda pensativa. Não estava muito convencida.

– Vamos, Alexia! – Disse Jared encorajando-a – Você quer sair daqui, não quer? Não quer ter uma vida lá fora? Ter um futuro? Vamos, não podemos ficar presos aqui.

– Está bem, está bem – Resmungou Alexia se levantando e limpando a batendo as mãos em sua saia, mesmo que o local não estivesse sujo. Era um costume. – Vamos precisar de ajuda. Se Morfeu acha que vou para lá de mão abanando correndo o risco de ser pega, ele está muito enganado.

Jared deu de ombros. Contanto que ela confirmasse que iria acabar com tudo aquilo, qualquer coisa estava valendo.

Então Alexia saiu do local e começou a caminhar pelos corredores com passos apertados. Jared não precisava ser nenhum adivinho para saber que ela estava procurando por Morfeu.

Logo ela entrou na sala onde havia os livros, os desenhos sobre Alice, sobre sua mãe e muitas outras coisas. Morfeu estava lá, sentado sobre uma das poltronas, tomando tranquilamente seu chá como se nada tivesse acontecido alguns minutos antes. Nem mesmo propor uma missão impossível.

– Quem é vivo sempre aparece, não é mesmo? – Ele sorriu se levantando – Querem um pouco de chá? – Perguntou ele olhando para Alexia e Jared que havia chegado há alguns segundos.

– Sem rodeios por favor, Morfeu... – Suspirou Alexia impaciente e esgotada. – Nos diga o que temos que fazer para conseguir chegar ao castelo da Vermelha e pegar a maldita Espada Vorpal.

– Tenha mais respeito, Lexy... – Disse ele parecendo ofendido – Esta espada é única. Nunca foi criada uma semelhante. Nem em toda a minha existência. E saiba você, que aqui no país das maravilhas, eu não envelheço. Esta espada deve custar mais do que a sua casa.

– Ótimo, então vendemos sua casa e trazemos a espada, o que acha, Lexy? - Disse Jared sorrindo mas ficou sério assim que viu o olhar ameaçador que Alexia o mandou.

– Não é tão fácil assim, meu querido... – Disse Morfeu colocando a xícara de chá sobre a mesa de vidro e se levantando – A espada não é paga com o seu dinheiro... Mundano e sujo – Morfeu fez uma careta – A vermelha guarda-a com uma terrível fera. A espada é a única coisa que pode tirar a Vermelha do poder.

– E como vencer esta... terrível fera? – Alexia arqueou a sobrancelha dando ênfase as duas últimas palavras.

– Você não estará sozinha – Assegurou Morfeu – Para chegar lá, pode pegar os caminhos da terra do chá da tarde. Lá encontrará o Chapeleiro, que com certeza lhe ajudará. Ele vive reclamando que as festas e o chá nunca mais foram os mesmos desde que a Vermelha retomou o poder.

– Como assim retomou? Não sabia que ela havia perdido... – Alexia arqueou a sobrancelha desconfiada. Morfeu corou, desviando o olhar, aparentemente pensando no que dizer novamente.

– É sim. É perdeu o poder e agora o tem de volta. E não quer perde-lo. Mas voltando ao que interessa – Ele pigarreou – Você poderá pedir ajuda para o Chapeleiro Maluco. Junto com ele vem a pequena ratinha. Rábido Branco já está do seu lado, porém não poderá ir para a luta. Como um antigo servo da rainha Vermelha ele deveria segui-la. Como você está aqui ele não precisa mais, mas também não pode lhe fazer algum mal.

Alexia assentiu com a cabeça e mordeu o lábio inferior. De qualquer modo, ele era pequeno demais para conseguir lutar, apenas lhe retardaria.

– Pode até levar este humano com você – Morfeu assentiu com a cabeça – Apesar de eu pensar que ele não seria muito útil... – Murmurou ele pensativo.

– Sou mais útil do que pensa – Ralhou Jared mais do que imediatamente.

Morfeu sorriu e fez uma pequena reverência como sinal de desculpas mas pareceu um tanto irônico para Alexia.

– Então... Você virá conosco? – Alexia perguntou, mudando de assunto.

– Ah eu gostaria, Lexy... Mas tenho muitos problemas a tratar aqui. Mas posso dar a você alguns itens para te ajudar em sua jornada. Venha comigo – Morfeu sorriu.

Morfeu caminhou pela sala enquanto Alexia o seguia. Jared veio logo atrás, mas Morfeu parou.

– Você não, meu caro... – Disse ele negando com a cabeça.

– Eu vou onde Alexia for – Disse Jared firme.

– Sinto muito mas realmente não será possível. Não se preocupe, ela estará segura comigo. Vá tomar um banho e descanse um pouco, terão uma grande viagem pela frente.

– Eu não confio é em você – Ralhou ele.

– Eu insisto – Ralhou Morfeu de volta.

– Por favor Jared... Está tudo bem – Alexia assentiu, acalmando-o.

Jared então viu que não tinha escolhas e bufou, dando meia volta e saindo da sala, indo em direção ao seu quarto.

– Agora venha, querida – Sorriu Morfeu puxando-a para uma outra sala.

Dentro dela havia lanças, espadas, arco e flechas e algumas armas que Alexia não conseguia compreender. Haviam muitas mesas repletas de facas, adagas e punhais. Em uma das paredes haviam armaduras de todos os tamanhos, cinzentas.

Já no meio da sala havia uma armadura diferente. Era branca e reluzente. Seu manequim mantinha os braços esticados para frente, com as palmas das mãos viradas para cima, como se segurasse algo valioso e importante.

– O que é isso? – Perguntou Alexia um tanto encantada.

– Ah é a armadura do nosso melhor guerreiro – Ele suspirou – Como pode ver, falta uma arma. E é esta arma, minha querida, que está indo buscar.

Alexia estremeceu e assentiu com a cabeça engolindo em seco. Tinha que fazer isso, como tornaria a ver seus pais?

– E então... O que tem para me oferecer? – Alexia mudou de assunto, cruzando os braços.

– Posso dar-lhe algumas poções para encolher e....

– É possível encolher mais do que isso? – Alexia o cortou, franzindo o cenho. As vezes se esquecia, que estava bem menor do que seu tamanho normal.

– Sim, meu amor, é – Disse Morfeu um tanto irritado e impaciente por ter sido cortado – Também posso lhe oferecer o bolo do crescimento que é muito útil para... esmagar inimigos e derrubar paredes – Morfeu sorriu – Também irá pegar uma arma. E lhe daremos uma mochila com roupas de tamanhos variados com uma espécie de encantamento. Assim quando crescer ou diminuir, ela lhe acompanhará. Terá roupas de diversos tamanhos também.

– Não era mais fácil me dar uma roupa com um encantamento para crescer e diminuir? – Bufou Alexia.

– Sim, mas irá correr perigos durante o caminho, e vai precisar trocar de roupa – Morfeu revirou os olhos como se aquilo fosse óbvio. Alexia franziu o cenho. Eles por acaso não tinham nenhum encantamento que mantivesse a roupa longe da sujeira? Isto sim seria muito útil. Até mesmo no mundo dos humanos.

– E Jared? Ele também receberá tudo isso? – Perguntou Alexia.

– Sim, ele vai – Suspirou Morfeu como se tivesse percebido que se a resposta fosse negativa, Alexia insistiria. – Traremos ele aqui mais tarde para escolher sua arma. Mas você terá mais do que ele. Algo que ele não tem e que eu não poderia dar.

– E o que seria? – Alexia franziu o cenho e Morfeu gargalhou da inocência da garota.

– O que você tem não é só uma maldição, Lexy... Vamos lá fora, irei mostrar a você – Disse Morfeu oferecendo o braço a garota que o aceitou, entrelaçando os seus no dele e caminharam tranquilamente pelo local, até que chegaram em um jardim subterrâneo.

Alexia achou engraçado chamar aquilo de Jardim subterrâneo. Afinal todo o país das maravilhas já era subterrâneo, por isso se chamava submundo. Mas logo percebeu que ainda tinha como ir mais além.

O local era cheio de árvores com árvores de folhas neon e um gramado extremamente verde. O local era úmido. Era magnífico como a superfície do submundo. A diferença é que não havia flores carnívoras. Pelo menos, Alexia esperava que não.

– E então, o que tem a me mostrar? – Alexia perguntou curiosa e Morfeu riu.

Logo em seguida, ele olhou para uma das árvores que havia ali. Ela continha vários cipós. Em um piscar de olhos eles pareciam ter criado vida própria, como cobras peçonhentas, atentas, deslizando por ai, focando em suas presas.

Alexia viu elas crescerem e num passe de mágica, envolveram seu pulso e seu calcanhar. Franziu o cenho puxando seus braços e tentando andar, mas os cipós a mantinham ali e a cada movimento, eles a apertavam mais e mais.

– A força brusca não é a solução, Lexy... – Dizia Morfeu com uma voz rouca observando o que acontecia com certo interesse. – Relaxe, e se concentre. Tente controla-las.

Alexia cerrou o maxilar. Sentia raiva de Morfeu. Por que estava fazendo aquilo com ela? Aquilo doía. Continuava tentando inutilmente lutar contra ela enquanto apertavam-na ainda mais.

– Parece que está precisando de um incentivo – Morfeu sorriu maliciosamente se aproximando de Alexia.

Alexia franzindo o cenho com os olhos pegando fogo. O que ele iria aprontar agora?

Então Morfeu, com um semblante extremamente calmo mas ao mesmo tempo perturbador, enrolou uma das mechas do cabelo de Alexia em seus dedos. Levou-os cuidadosamente até a nuca da garota e puxou-a bruscamente até ele, selando seus lábios.

Alexia arregalou os olhos surpresa ao se sentir tão... Invadida daquele jeito. Mas não recuou logo de cara. Algo nele lhe despertava o desejo. E se ver tão submissa a ele, sem poder mover suas mãos e suas pernas apenas aumentava cada vez mais seu tormento.

Ele então puxou sua cintura, colando seus corpos. Alexia se sentiu relaxar e retribuir o beijo devagar. Aos poucos os cipós iam se afrouxando e se afastando da garota.

Logo em seguida, uma onda de raiva tomou sua consciência. Quem era ele para fazer isso com ela? Eles mal se conheciam. Alexia se afastou bruscamente e desferiu um tapa no rosto do homem.

Sua consciência ainda pegava fogo, estava irritada. Viu os cipós rastejarem rapidamente até Morfeu, enrolando-o como uma múmia. Ele apenas sorriu.

– Temos uma gatinha brava aqui... Iremos praticar isso mais vezes – Diz ele lambendo o lábio inferior, mordendo-o logo em seguida.

– Nem sonhando – Ralhou Alexia que saiu logo em seguida, pisando forte.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, o que acharam?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Alice in My Veins" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.