Estava jogada na cama de Emily, com minhas mãos tapando completamente a cara, Emily estava sentada no chão, ao meu lado, com uma cara de criança que estava ouvindo uma história inédita da 5ª edição de Barney. Fui longe. Enfim... Ao acabar de contar a história, retirei a mão da cara e olhei para Emily. Não consegui definir bem, indignação misturada com adrenalina e surpresa.

-“Caramba! Estou pasma.“.
Quase acertei.
-“Acredite Emy, não estou bem diferente. Vai demorar um bocado pra eu começar a cair na realidade.“. -Sento, faço um gesto insinuando-a a sentar ao meu lado.
-“Mas então? Ele respondeu ao email?”. –Sentou ao meu lado, observando minha expressão.
-“CADÊ SEU COMPUTATOR?!”. –Corro em direção ao PC, abrindo meu email.
-“Ahm, achou!”. –Emy começa a andar em minha direção, olhando fixamente para a tela. –“AQUI! ELE RESPONDEU!”. –Berrou.

Abro o email estérica. Quando um indivíduo entra com tudo pela porta, eu e Emy começamos a gritar, enquanto o ser com um bastão na mão dizia:

-“LARGUEM JÁ ELAS! OU EU VOU ESPANCAR VOCÊ SEU TARADO!”. –Lá estava John gritando, segurando um bastão, olhando em volta desesperadamente, quando seus olhos param em nós.
-“Meu Deus seu imbecíl! Vai se danar, isso tudo foi pra assustar a gente?”. –Emy estava esperneando. –“Meu irmão é um mala”.
-“Não, lógico que não! Eu achei que vocês estavam... Esquece. Mas porque essa gritaria toda?”. –Disse John enquanto Jogava o bastão no corredor, cruzava os braços, e nos encarava.
-“Eu não vou explicar tudo de novo Emy, conte a ele enquanto eu leio aqui.”. –Disse enquanto abria o email.
Então Emily contou a história bem resumida ao John, quando ela acabou, me virei, olhando fixamente para os dois, sem demonstrar expressão alguma. Até que John não aguentou e quebrou o silêncio:

-“Fala logo!”.

Levanto, começo a pular e gritar.

-“Consegui, Emily eu consegui!”. –Disse pulando, corri e dei um abração em Emy, que pulava e gritava também.

Logo depois virei e fui dar um abraço em John, que tinha um sorriso lindo estampado no rosto. Quando o abracei foi estranho, um calor percorreu meu corpo, e minha barriga começou a doer, mas era uma dor boa. Eu não queria nunca mais soltar ele de meus braços e não queria que ele me soltasse de seus. Sentia sua respiração ofegante em meu pescoço. Quando me dei conta o abraço acabou, eu devia estar vermelha... Ele estava vermelho. E Emily tinha um sorrisinho sarcástico no rosto.

-“Meus parabéns!”. –Disse ele novamente quebrando o silêncio e voltando a sua cor normal.