Quem Nunca Amou Um Idiota? escrita por woozifer, Anya


Capítulo 14
Shrek - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Vou confessar uma coisa: Pensamos mesmo em desistir de escrever. Estávamos sem inspiração e não estávamos mais gostando da história... Até que, recebemos um recomendação, sem querer parecer clichê ou cansativo, a recomendação nos deu gás, inspiração e nos motivou muito a escrever. Acabamos percebendo que essa história merece um final digno, e é isso que vamos fazer. Então... Essa história que os autores falam de recomendação e comentários, gerar motivação, é cem porcento verdade.
Agora estamos a todo o vapor, temos dois capítulos prontinhos, e prometemos que não vamos parar de escrever até ter um final bem lindo para o nosso casal amado.
É isso maravilhas... Boa leitura.
Não deixem de comentar, recomendar e tudo mais, ok?



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Fazer as crianças montar as cabanas foi a parte fácil, a difícil foi convencer os “meninos” — por isso entende-se: Kyle e Castiel— que o certo a fazer era dividir as crianças por sexo.

— Mas têm mais garotos do que garotas, acho injusta essa divisão— reclamou Castiel.

— É por isso que vocês dois conseguem perfeitamente cuidar de todos os meninos— falei pegando um monte de cobertores.

— Você sabe que isso é descriminação, não sabe? Ninguém vai separar garotos de garotas na vida, quando eles crescerem estarão completamente despreparados! — disse Kyle e eu o olhei entediada.

— Como você é dramático— revirei os olhos.

Kyle gargalhou baixinho e começou a juntar as crianças nas cabanas, misturando-os em meninos e meninas.

— Kyle! — ralhei dando um tapa em sua mão quando ele tentava levar Louise para uma barraca cheia de meninos.

— Larga de ser chata, Sam, você também pode dormir comigo— ele sorriu malicioso e eu lhe dei outro tapa.

— Não vou dormir com ninguém que tenha voz grossa.

— Ohh meu amor, não se preocupe— Kyle tentou fazer a voz mais fina possível, enquanto passava as mãos nos seus cabelos compridos imaginários.

— Você é ridículo! — gargalhei.

Procurei Castiel em meio as crianças. Ele nos encarava emburrado. Sorri meigamente para sua cara, e por mais que eu achasse impossível, ele conseguiu fechar ainda mais a cara.

— E você é linda— disse o loiro me puxando pela cintura e eu quase cai, mas ele me segurou.

— Não acredito que disse isso! — eu ri tentando me desvencilhar dele.

— Confessa que derreteu— ele provocou me soltando.

— Ah claro— ironizei.

— Achei que tínhamos sidos convidados para cuidar das crianças e não para ficar se agarrando na frente delas— resmungou Castiel passando entre mim e Kyle e “esbarrando” no ombro do loiro que o ignorou.

— Esse seu estresse se chama Falta de Sexo, Romanov. — disse Kyle e eu segurei o riso.

Castiel voltou-se a ele fuzilando, metralhando, esquartejando, ateando fogo, e dançando tango sobre seus restos com os olhos.

— Chega vocês dois, vamos organizar isso, já ta quase na hora de por as crianças para dormir— falei e deixei os dois se encarando enquanto buscava as meninas em duas cabanas e as reorganizava pondo as meninas em um extremo do lago e os meninos em outro.

Depois de acomodar os meninos, achei que fosse dormir tranquila. Uma voz robótica soou alta.

— Samantha! Te proíbo de dormir agora! — Saí da cabana confusa, e avistei Kyle do outro lado do lago, com um megafone em mãos, aos poucos garotas ainda acordadas também saíram das cabanas.

— Mas que porra é essa? — resmunguei.

— Nós, os Lobos Alfa convidamos você, lobinhos para uma confraternização! — o loiro gritou pelo megafone.

As meninas se empolgaram, mas sossegaram pouco depois, quando Johny deu uma bronca em Kyle— Castiel riu tão alto que pude ouvi-lo e onde eu estava— e falou pelo megafone que todos deveriam dormir se não quisessem ficar de castigo.

As vezes acho que ele confunde o Acampamento com uma base militar.

Achei que depois de quinze minutos de silêncio eu poderia enfim dormir, mas esse pensamento só durou até eu ouvir um barulho do lado da minha barraca para que eu ficasse alerta novamente. Vi pelo tecido amarelo da barraca uma silhuetas alta do outro lado. Vencida pela curiosidade, me sentei e abri o zíper da abertura da barraca devagar e quando coloquei a cabeça para fora, uma mão chegou a minha boca com força e eu arregalei os olhos vendo um rosto conhecido. Kyle?

Tentei perguntar o que ele estava fazendo, mas ele levou os dedos aos meus lábios pedindo silêncio. Pensei em morder seu dedo, e realmente faria isso se ele não fosse mais rápido, me puxando de uma vez para fora da barraca e pondo algo em minha boca que logo depois percebi ser... Um pedaço de esparadrapo?

Antes que eu levasse a mão a boca para tirar aquilo de lá, ele amarrou minhas mãos e eu tentei chutá-lo, porém Kyle segurou minha perna e puxou, me derrubando e amarrando meus tornozelos. Mas o que diabos ele estava fazendo?

— Desculpa Sam, te machuquei? Ai que burro, você não pode me responder— ele sussurrou revirando os olhos claros e sorriu de um jeito fofo— Enfim desculpa por isso de novo. Vou te explicar no caminho, ok?

O olhei confusa e ele me pendurou em seu ombro sem aviso, carregando-me em silêncio enquanto parecia pensar no que dizer.

— Todo ano nós fazemos um jogo quando os Lobinhos vêm, é meio que uma captura a bandeira, mas ao invés de bandeiras escondemos uma “princesa”, e um grupo precisa guardar a princesa enquanto o outro tem que resgata-la. Você é a princesa desse ano... — QUÊ? — Você foi escolhida por unanimidade pelos instrutores, e sempre há um espião entre os instrutores dos Lobinhos, geralmente um veterano, esse ano foi eu...

[...]

POV: Castiel Romanov

Algo estava errado. As crianças estavam agitadas demais, Dennis parecia estar em ponto de ebulição, sempre em cochichos com Jaime— o furão— que ficara as últimas horas colado no protótipo-de-jogador-de-futebol-bombado-que-gosta-de-dar-em-cima-da-garota-bipolar-que-eu-gosto. E sim, estou falando de Kyle e a garota bipolar... Droga, não há a quem enganar, eu estou falando da Sam, óbvio.

— Tio Cast! — uma vozinha gritou e eu corri barraca a fora, como se já esperasse um grito desesperado dizendo que algo tinha acontecido.

— Paola— olhei assustada para a garotinha que me olhava de olhos arregalados — O que aconteceu?

— A Dona Monitora Samantha...Sumiu. — os olhinhos dele se encheram de lágrimas e eu abri o zíper da barraca onde Sam estava.

— Ela só deve ter ido ao banheiro— sugeri

— Não! Eu já procurei... Os grandões todos tão acordados— ela fungou e eu baguncei seus cabelos.

— Sam é mais dura na queda do que parece, fique tranquila— eu disse mas já estava preocupado com aquela baixinha— vou chamar Kyle e ai vamos procurar ela ok?

A menina assentiu e se agarrou a minha mão enquanto eu ia até a barraca de Kyle. Chamei seu odioso nome umas cinco vezes antes de abrir a barraca impacientemente sem encontrar ninguém ali. Merda.

— Tio Cast... — Paola puxou minha mão e apontou algo mais a frente. Todas as meninas do grupo de Sam vinham até nós acompanhadas de Alicia, que estava emburrada.

— Tentei parar com essa merda antes mesmo de começar, mas é que claro que não deu— ela resmungou sozinha, indignada.

— Alicia...? — chamei receoso

— Oi Castiel. Organize as crianças antes que Johny apareça— ela pediu.

— Jonhy? O que está acontecendo?

— Sherek está acontecendo.

— Sherek? Dá pra me explicar?

— É um jogo do acampamento. Sequestraram a Princesa e agora o acampamento é o dividido entre captores e salvadores, eu sou a líder dos salvadores, Johny dos captores e precisamos convocar nossos soldados agora, então acorde os garotos.

— Por que você não me parece muito feliz com isso? — falei indo chamar os meninos.

— Por que eu odeio esse jogo estúpido.

Vi que só metade dos meninos estavam ali, por sorte não dormiam.

— Johny já deve ter mandado o espião levar o resto— a instrutora resmungou.

Depois de levarmos todas as crianças de volta aos dormitórios do acampamento, encontramos metade dos campistas vestidos de preto, com tinta verde fluorescente pintando o rosto um dos outros.

— Meninas comigo— chamou Megan de algum lugar e as garotinhas correram até ela para o dormitório feminino.

— Romanov, tem roupas pretas para você e para os garotos no seu dormitório. Tenha certeza de que todos se trocaram e depois traga-os para Kimberly pintar os rostos deles.

Assenti confuso e depois de fazer o que ela me pediu, também fui até Kimberly que parecia nervosa. Ela me indicou um potinho com tinta verde,coloquei dois dedos lá e passei na bochecha a contra gosto, como todos faziam.

— Roamnov! — Alicia me apontou um grupo de meninos que segurava armas enormes.

— São de paint ball, estão carregadas com tinta verde— explicou um dos meninos ao ver minha cara de espanto.

Peguei a arma e mais munição extra, pondo tudo nos bolsos antes de ir ao próximo estágio, onde Lissy separava as pessoas de acordo com seu plano de ataque.

— Temos só cinco minutos antes de começar o jogo— ela suspirou cansada.

— Dura até quando?

— Até o amanhecer, se conseguirmos resgatar a princesa de lá e trazer de volta o jogo acaba. Se não conseguirmos eles vencem, o problema é que eles não sabem vencer quietos, sempre atormentam todos pelo resto do acampamento. Mas, quanto mais cedo isso acabar, melhor para a princesa.

— Quem é a princesa?

— A Sam.

Ok, agora virou uma questão de honra.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam? Gostaram do ponto de vista do Castiel?
Ansiosos para a guerra de paint ball? hahaha
Beijos e até o próximo capítulo, seus maravilhas ;***



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