Slenderman: Beginning escrita por Beyond B Nat


Capítulo 26
Floresta


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo começa no mesmo dia que o capítulo anterior.



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Após um tempo se distraindo ouvindo música (Tom acabou nem fazendo dever de casa), o rapaz desceu para jantar antes que sua mãe o chamasse. Nessa hora seu pai estava vendo TV enquanto a mãe terminava de arrumar a mesa.

— Tom, a janta está quase pronta, hoje vai ser espaguete.

— Mesmo? Faz tempo que a senhora não prepara uma massa.

— É bom variar o cardápio às vezes.

— Ok…

“Eu poderia questionar e dizer que ela só tá fazendo isso pra me agradar e afastar meu mau humor, mas nem ligo. É MACARRÃO!”

Tom olhou em direção à televisão enquanto seu gato era afastado das costas do sofá pelo seu pai. Estava passando o jornal local e com notícia de algum incidente que ocorreu nesta tarde.

— Devia dar um jeito pra esse gato parar de subir nos móveis, ele tá acabando com o sofá.

— Compre um arranhador pro Orion, ora. Ele não tem nada de mais pra fazer - Tom pegou o gato enquanto se sentou no sofá - O que rolou nessa notícia aí?

— Um certo incidente, foi num bairro um pouco mais nobre aqui da cidade. Uns garotos invadiram uma casa onde estava ocorrendo uma festa e rolou uma grande confusão, parece um “acerto de contas” ou algo assim, eles estavam atrás de um garoto que estava na festa. Terminou com alguns desses garotos mortos e o que estava sendo perseguido com o rosto com queimaduras.

— Oi?!

— Um dos garotos jogou fogo no rosto dele, praticamente… Bom, isso não é muito agradável de ser dito quase na hora da janta.

— Não mesmo! - a mãe falou - Desliguem essa televisão, o jantar está na mesa.

Todos jantaram e enquanto isso Tom ficou levemente curioso com a situação da notícia. Não vou mentir, também fiquei um pouco. Ele decidiu que depois iria pesquisar. Após jantar e ajudar com a louça, ele voltou pro seu quarto e pesquisou no notebook sobre o incidente.

Lendo a notícia, com mais detalhes do que seu pai falou, o que ocorreu foi um grupo de garotos invadiram uma festa de aniversário com armas de fogo atrás de um garoto, Jeff Woods, este foi agredido pelo invasores, além de golpes uma garrafa de bebida quebrada em sua cabeça, até que decidiu revidar e terminou um garoto espancado até a morte, outro com um ferida na cabeça por ter levado um golpe de um cabo de toalheiro e o último também sofrei o tal golpe, mas quando a ambulância chegou ele já estava morto pela batida ter sido mais forte e ter rachado seu crânio. Quanto a Jeff, não houve testemunhas do que ocorreu no banheiro, mas o que os convidados da festa viram foi ele cair das escadas com o rosto pegando fogo e assim houve tentativas de apagar as chamas. Ele está vivo, mas as queimaduras em seu rosto foram gravíssimas.

— E esses moleques eram crianças? Mas que PORRA?! Hum… E esse cara aí que saiu queimado, não duvido de depois nunca mais poder se olhar no espelho, he.

“Maldade da minha parte pensar nisso.”

— Isso foi sinistro.

Ele fechou o notebook e pensou um pouco. Esse acontecimento ao ver dele foi um tanto assustador e insano. De repente ele teve uma sensação estranha e sentiu um formigamento nos pulsos. Ele esfregou o de uma das mãos pensando “Isso de repente?”. Tom já teve essa sensação antes. Estranho…

Formigamento… De repente senti os meus tentáculos sair. Por quê?

Sinto alguma coisa com isso.

Alguma coisa distante.

Alguma coisa familiar.

Mas o que?

Eu não consigo me lembrar…

De repente meus pensamentos foram desviados com uma leve agitação vinda do quarto do garoto.

— Que foi Orion?

O gato dele ficou assustado e derrubou umas coisas que estavam sobre a mesa da quarto. Sua pelagem ficou toda arrepiada. O animal correu para fora do quarto, acho ele pode ter percebido algo vindo de mim.

— Estranho… - Tom falou olhando na direção que o gato seguiu.

Eu quem diga… Meus tentáculos apareceram sem minha vontade. Há realmente alguma coisa nesse garoto.

No dia seguinte ele seguiu para sua aula. Notei quando ele estava saindo que seu gato ficou olhando pra minha direção. Nem posso fazer nada quanto a isso… Simplesmente ignorei e usei um pássaro para observar Tom.

Chegando perto do colégio, ele avistou dois dos que estavam com Soph no dia anterior. Ele acelerou o passo e foi até eles.

— Ei! - ele chamou a atenção de ambos, eles deram uns passos antes de parar.

— Ah… E aí?

— Vocês conversaram comigo ontem, eu queria saber uma coisa.

— A gente não “beeem” conversou...

— É, por causa do rato, hehe.

— Ou por que por alguma porra de motivo vocês tem alguma coisa comigo.

Que grosseria é essa que veio de repente? Eu não esperava por isso.

— Oh, calma aí, não é nada contigo!

— Ah, fou mal… - Tom deu de ombros.

— A gente não devia falar?

— É, nem acredito muito nisso e acho meio injusto…

— Do que vocês estão falando?

— Ninguém tem problema contigo, só que a primeira vista você lembra um pouco “ele”.

— Quê? - ele ficou confuso.

— Sabe, o povo meio que tá sabendo que você mora perto daquele parque a umas quadras daqui e lá vive uma coisa assustadora.

— Dizem - o outro continuou - que “ele” é um monstro alto e magro.

— E, na boa, você é mó fechadão e o povo acabou lembrando dele por que, bom - ele olhou Tom de cima a baixo como indicação do seu físico.

—  Está dizendo que praticamente boa parte do colégio me evita, me ignora e cochicha pelos cantos só por causa de uma lenda?

— Nada pessoal.

— Isso é ridículo!

— Pense o que quiser.

— Mas, na boa, tem nada naquela floresta.

— Já passou a noite dentro dela pra saber por acaso?

— Não dá ideia, Josh, hehe.

—Bom, a gente tem que ir logo. Não leve a mal, mas não tou a fim de ser pego falando com você.

Tom abriu a boca pra responder, mas eles se viraram e foram seguindo o seu caminho, aí ele desistiu de falar. O rapaz ficou parado por uns minutos e cerrou suas mãos em punho. Era visível a sua expressão de irritação.

Tom respirou um pouco para se acalmar e seguiu sua rotina normalmente. Fora um professor ter chamado sua atenção por entrar em sala atrasado, ele evitou ao máximo trazer atenção para si.

Ele ficou quieto o dia todo e vez  ou outra encarava algumas pessoas que cochichavam quando o notavam em certo local, inclusive, aquele grupo próximo daquela garota. Consegui ouvir um pouco da conversa deles:

— Quê? Você falou pra ele do monstro? - Soph falou quase gritando

— Falei. Nem acredito nessa lenda muito, você sabe.

— Se ele entrar naquele lugar, só lamento.

— Também, vocês tratam isso como se fosse brincadeira! O Slenderman É REAL.

— Calma, Soph. A gente falou da floresta só de brincadeira e, bem, alguma hora o povo vai esquecer das piadas por ele morar perto daquele lugar e de boa. Se não, todos estamos no terceiro ano mesmo, ele se forma e vaza.

— Que frieza a de vocês, em… E não deviam zombar disso, não está na cara de que ele não gosta da situação?

— O que tá é que ele não gosta de nada. Não é só o lance da floresta, o cara já é meio sinistro e fechadão.

Soph cruzou os braços e fez uma expressão de irritação. E grupo ficou quieto por um tempo, até decidir conversar sobre outra coisa.

 

Admito que já vi essa garota rodear as grades da floresta um tempo atrás, antes de Tom se mudar, e falar coisas como “Tem alguém, ou algo, aí?”, “Quem ou o que é você?”. Ela sabe que existo e por algum motivo possui uma fixação, apesar de nunca ter arriscado entrar na floresta, nem durante o dia. Talvez seja porque ela sabe o destino das pessoas que entraram aqui e prefere evitar morrer em vão.

Após a última aula, Tom pegou suas coisas e foi direto pra casa. Ao chegar, ele não estava tão irritado como aparentava mais cedo, apenas chateado.Após anunciar sua chegada, ele seguiu para seu quarto, deixou a mochila de lado e se deitou na cama, ficando alguns minutos lá.

O rapaz ficou pensando sobre o que o falaram mais cedo e se faria o mínimo de sentido, ainda se, caso ele deixasse pra lá, a sua situação mudaria naturalmente, já que seria tudo esquecido. Ele não leva muita fé em que as outras pessoas deixariam isso pra lá, no mínimo uma ou outra continuaria a agir daquela maneira com ele.

Tom suspirou, seguiu para a janela, e encarou a floresta.

— Tudo por causa desse lugar, hum? Isso é besteira, não há nada nessa merda de floresta!

Ele ficou em silêncio por um tempo, até que pensou “Eu vou provar pra eles.”


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Notas finais do capítulo

Quem acha que vai dar ruim, levanta a mão o/
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Enfim, mais um capítulo de SMB pra vocês! XD Por favor, não esqueça de deixar seu comentário, ok?

Até mais!



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