Slenderman: Beginning escrita por Beyond B Nat


Capítulo 2
Slender


Notas iniciais do capítulo

MIL DESCULPAS pela enorme demora em postar esse capítulo DX.

Acontece que, quando eu ia postá-lo no Nyah, descobri que, infelizmente, a minha mãe apagou TODO o capítulo 2 quando foi fazer o logoff para entrar na página dela. Sim, perdi o capítulo todo, fiquei muito irritada e quase não arrumei tempo, coragem e paciência para escrever tudo de novo, mas, felizmente consegui u_u

Espero que gostem, até o/

Nota: Aqui a fic ocorre entre o final do século XIX e começo do século XX, lá pra 1890, mais ou menos, consequentemente, no EUA não existia o ensino médio nessa época, apenas o infantil e o fundamental. Só para orientá-lo historicamente ;)



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Acordei com a luz do sol ofuscando meus olhos, pois havia esquecido de fechar as cortinas de meu quarto na noite anterior. Levantei-me e, tranquilamente, porém sem demora, vesti-me as roupas que havia separado, tomei um breve café da manhã, peguei o que precisava e segui a sair de casa.

Andei lentamente pelas estreita trilha que atravessava a floresta e ligava minha casa à área principal dessa pequena cidade. Era possível ver através dos ramos das árvores centenárias os raios de sol as atravessando e pequenos animais passando discretamente entre uma árvore e outra. À noite ela é tão tranquila e silenciosa e durante o dia possui uma melodia calma com o canto dos pássaros e os sons dos roedores.

Chegando na cidade, era já possível ver algumas pessoas andando na rua. Cheguei na farmácia em que trabalho e nesse momento Jonathan, o proprietário da loja, a estava abrindo.

– O quê? Como consegue chegar exatamente na hora que estou a abrir? - disse ele, impressionado.

– Sinceramente, chegaria antes, mas movi-me mais lentamente hoje.

– Certo, aproveitando, ajude-me com uns pacotes que chegaram.

– Sim, senhor.

Trabalho nessa farmácias a uns dois ou três anos. O dinheiro não é muito, mas é o suficiente para conseguir me sustentar. Ajudo apenas em organizar os medicamentos nas prateleiras e a pegá-los quando Jonathan os solicita. Quase não interajo com os clientes, é melhor assim, pois não sou bom em lidar com as pessoas e elas não são boas em lidar comigo.

Não compreendo por que é assim. Antes da morte dos meus pais já era complicado, ninguém da minha idade se aproximava de mim e os que se aproximavam faziam isso apenas para me azucrinar. Depois da morte deles então... Aí que não me aparecia mais nenhum motivo para sorrir, digamos assim.

Fui várias vezes ignorado ou apelidado por causa da minha altura, tenho exatos dois metros, sempre fui maior e mais magro que os outros da minha idade, porém jamais incomodei-me com isso. A questão era que parecia que os outros se incomodavam, achavam estranho ou simplesmente queriam alguém para ofender e apelidar, nesse caso o alvo acabou sendo eu. Muitas vezes fui chamado de "Slender" ou "Slender Man", raros são os que chamam-me diretamente pelo meu nome ou sobrenome. Sempre slender, slender, slender...

Aliás, chamo-me Andrew Collins, eu mesmo não creio que ainda consiga me lembrar disso. Não seria estranho se me esquecesse.

Num momento em que a loja estaca praticamente vazia, eu estava apenas virando os rótulos para ficar visível o que era cada medicamento (e para distrair-me), até que a sineta sobre a porta da loja tocou e por reflexo me virei para ver quem era, mesmo não sendo minha obrigação atender os clientes. Infelizmente o que eu vi foi a última pessoa que eu gostaria de ver na face da Terra: Noah Evan.

– Olá, Slender.

Engoli em seco e disse:

– O que deseja?

– Talvez um analgésico e um "anti-gigantismo" huhu.

– Hum, infelizmente essa segundo está em falta quer que eu faça uma reserva?

Ele riu de meu sarcasmo. Esse homem adora me irritar... Sua infantilidade é tamanha que nem parece que ambos temos a mesma idade.

– Diga-me o que realmente quer logo de uma vez, tenho que voltar ao trabalho.

– Oh! "Ajudante de farmacêutico", que trabalho extraordinário!

"Melhor que ser um vagabundo 'filhinho de papai'." pensei.

Só não disse tais palavras primeiro por que estava trabalhando, segundo, por que se eu falar de mais esse homem irá acabar comigo. Já ocorreu de ele e uns outros me deixarem com o corpo dolorido e cheio de hematomas por falar "o que não devia". Ele consegue me tratar pior do que como os escravos eram décadas atrás...

– EI! Se não for comprar nada, saia daqui! - Jonathan apareceu de repente, ainda bem.

– Certo, já estava de saída mesmo. Ei, Slender, só vim aqui para avisar que fique longe do parque, as criancinhas não merecem aturar a sua presença desagradável.

Cerrei as mãos em punho e apenas encarei esse se virando e saindo da loja. Sempre é assim, ele sempre aparece na minha vida para torná-la um inferno.

Senti um leve formigamento na minha espinha, mas não tive tempo de pensar muito nisso, Jonathan se aproximou de mim e disse:

– Você está bem, Collins?

– Estou, desculpe-me pelo transtorno.

– Tudo bem. Volte ao trabalho que daqui a pouco você poderá ir.

– Certo.

Poucos segundos depois a sineta toca de novo, dessa vez quem entrou foi um velho senhor. O reconheço, ele era alfaiate do meu pai.

– Jesus! Nem parece que foi aquele garotinho de dez anos atrás!

– A quanto tempo, sr. Adam King.

– Olá meu rapaz.

– O que o trás de volta? Não estava em Washington, da última vez que eu soube?

– Sim, por um tempo estive por lá, ironicamente tive a honra de fazer umas roupas ao Benjamin Harrison, alguns anos antes dele torna-se presidente, mas, casos a parte, vim primeiramente para pedir meus pêsames pelo ocorrei com seus pais cincos anos atrás.

– Isso é passado, mesmo assim agradeço.

– E em segundo lugar, bem... Quando você nasceu seu pai encomendou-me que fizesse a você umas peças quando você chegasse à maior idade. Faz 18 anos hoje, estou certo?

– Sim.

– Aqui está. - ele estendeu-me um pacote - Olhando como estás creio que o tamanho esteja correto, de qualquer modo, se precisar de ajustes, terei o maior prazer em fazer isso, por minha conta.

– Agradeço.

– Bem, ficarei aqui na cidade até me aposentar, em outras palavras "quando eu morrer", hehe. Qualquer coisa encontre-me no meu velho aterriê, voltarei a trabalhar lá.

– Certo, até mais.

Não se passou dois segundos após o senhor ter saído e Jonathan falou:

– O quê? Hoje é seu aniversário? Por que não me contou?!

– Não é uma data muito importante, pra mim não passa de um dia comum.

– Lamento dizer isso, mas você é um homem estranho.

Um aniversário é apenas mais um dia vivido como os outros, além do mais, isso apenas quer dizer que a cada ano que passa você está mais perto da morte. Mas não vou mentir e dizer que não fiquei feliz em ter recebido algo, ainda mais, sendo um presente de meu pai. Indiretamente do velho também, não custava nada ele simplesmente deixar a encomenda de lado.

Finalmente acabou o meu turno e saí do trabalho. Peguei as minhas coisas, saí junto com Jonathan e despedir-me deles enquanto ele trancava a loja.

Ao andar para minha casa, é inevitável passar pelo parque e ver aquelas crianças lá, brincando e sorrindo. Sempre quando passo por lá fico distraído, não dá para evitar. À distância fiquei observando aqueles pequenos, eles estavam se divertindo muito.

Queria quando criança ter me divertido assim, invejo um pouco isso, mas não fico irritado por vê-las tendo o que não tive, na verdade, me sinto bem.

De repente uma bola rolou em minha direção. Abaixei-me para pegar o objeto e no momento que inclinei a cabeça vi uma menina com algo entorno de uns 5 anos parada diante de mim.

– Você... Pode me devolver a bola, moço?

– Mas é claro.

– Anna! - ouvi um menino a chamar - Não fale com ele! Mamãe já te falou pra não falar com estranhos!

– Mas eu só ia pegar a bola...

– Não interessa!

– Ele é esquisito. - disse um segundo garoto - E fica encarando todo mundo que brinca aqui, é assustador.

De repente aquele arrepio nas minhas costas veio de novo e simplesmente saíram da minha boca as palavras "E você? Sua mãe não te ensinou a respeitar os mais velhos?"

O menino fez um olhar de apavorado e recuou. Eu mesmo me assustei com o tom que falei. O que foi isso?

– Anna! Castian! Chalie! Venham, está ficando tarde! - gritou uma mulher ao longe, provavelmente era a mãe das crianças.

– Já vamos! - disse o primeiro menino recuando e puxando a menina pelo pulso. O outro garoto foi junto.

Enquanto se afastava, por um segundo a menina olhou pra trás e disse a mim "obrigada". Que bom, ao menos não a assustei.

É estranho, nunca falei com ninguém daquela maneira e nunca ocorreu de alguma criança se incomodar com a minha presença assim. Talvez seja por que nunca notei.

Virei-me e segui para a trilha que cortava a floresta. O céu estava começando a ficar num tom alaranjado e o silêncio começava a tomar conta dela. Em breve ela ficará escura e poderei passar um tempo admirando seu belo silêncio.

Mas antes, tinha que saber o que ganhei. Entrei no meu quarto, sentei-me na cama e lentamente abri o pacote. Por ser uma encomenda feita a um alfaiate é óbvio que fosse algum terno ou algo do gênero. Não estava errado, só não esperava tal perfeição no conjunto.

Olhei melhor as peças. Eram perfeitamente trabalhadas. O tecido era negro e a textura bem confortável e suave. Não me contive em experimentar. Vesti-me e vi que o caimento era perfeito. A calça social estava exatamente correspondente ao comprimento de minhas pernas, o colete bem colocado e o terno impecável e com os botões fechados ficava mais perfeito ainda.

Incrível! Caiu como uma luva sem que fosse necessário ter sido feito as minhas medidas. Por tal motivo meu pai preferia suas roupas feitas somente por aquele homem, seu trabalho é impecável.

Não contive-me em sorrir com isso. Obrigado pai, visitarei você e minha mãe amanham.

Subitamente senti uma presença, virei-me, mas não vi nada. Andei para olhar através da janela. Já estava um pouco escuro, não dava para enxergar direito, mas pareci que vi alguma alguma coisa se mover rápido. Parecia um cão.

Foi muito estranho, mas não dei importância...


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Notas finais do capítulo

Peço desculpas de novo por ter demorado tanto e, por favor, comentem!!! T-T Acredite, foi por causa de comentário que não chutei o balde =/

*NOTA: Querem saber como vou indo nesse e nas minhas outras fics? Curtam a minha página no Face, lá ás vezes deixo uns avisos prévios caso tenha chande de eu atrasar alguma fic, algumas informações dos meus projetos e muito mais. Deem uma olhada ;)

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AVISO 05/09/2014: Atividades temporariamente inativas!

Temporariamente não postarei mais nada aqui. Terei de dar uma pausa por causa do Enem, se eu não focar será mais um ano perdido e quero conseguir passar pra tirar o peso do vestibular das minhas costas.

Espero que vocês entendam e desculpem-me por esse transtorno, até mais o/