Slenderman: Beginning escrita por Beyond B Nat


Capítulo 12
Hell's Jack


Notas iniciais do capítulo

Custei pra terminar esse capítulo x_x Simplesmente veio uns brancos quanto aos detalhes do capítulo, mas espero que gostem.

Esse é um capítulo diferente, do qual Slender irá narrar sem levar muito em consideração sua presença e seus pensamentos. Ele será um narrador observador.



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Os dias passaram e entre umas mortes e outras de pessoas aleatórias em cidades próxima do lugar do qual possuo receio que alguém visite, tenho observado um garoto de 14 anos chamado de Jackson e que sua irmã mais nova carinhosamente o chamava somente de Jack. Ele a todo momento perto da irmã era sorridente, mas ela não percebia que a mãe de ambos os tratava de meneira diferente. A mulher tinha preferência maior pela filha mais nova. O filho mais velho era tratado de maneira mais rídida e reprimida. O principal motivo é que a cada ano ele ficava mais parecido com o pai e a mulher detestava aquele homem desde o dia que ele a traiu e foi embora.

Na primeira vez que o vi, após entrarem na casa, a mãe ficou irritada por que a brincadeira deles encheu toda a roupa da caçula de neve:

– Droga, sujou todo o seu vestido de neve... - disse a mulher mexendo no vestido da menina.

– Vai derreter, não tem problema - o garoto falou

A mãe se levantou e deu um tapa na cabeça dele.

– Ai!

– Pare de fazer esse tipo de brincadeira com a sua irmã, eu já disse!

– Estávamos só brincando na neve! O que queria? Que eu pegasse uma boneca pra brincar com ela de casinha?!

A mãe o olhou com um olhar assustador e o garoto mediu suas palavras e abaixou sua cabeça.

– Me desculpa, me desculpa!

Ela se aproximou dele e falou baixo para que a mais nova não ouvisse:

– Fale nesse tom comigo mais uma vez e bato em você com um pedaço de pau.

Ele engoliu em seco e disse "sim senhora" e então ela mandou ele ir ao seu quarto e o garoto obedeceu. Quando ia em direção à porta, por um segundo notou "algo" na janela, mas quando olhou de novo não viu nada.

Ele entrou no quarto e ficou frustrado deitado na cama. Era raro ele brincar com a irmã por causa da diferença de sexo e idade, mas, quando o dia está perfeito pra brincar com a neve ele é reprimido de tal maneira? Isso deixaria qualquer um chateado, ainda mais por que ele gostava da irmãzinha.

De repente a criança entrou no quarto:

– Oi, Jack. Está tudo bem?

– Oi, Sara. Sim está.

– Me desculpa... Mamãe brigou contigo por que sujei o meu vestido.

Ele sorriu com uma expressão de "está tudo bem" e fez sinal pra ela chegar mais perto e assim ele passou a mão na cabeça dela.

– Jack, será que mamãe não brigaria contigo se eu fosse menino também? É que... Eu sei que toda vez que a gente brinca não é algo pra uma menina brincar, aí ela fica chateada.

– Ora, do que está falando? Isso pra mim não importa desde que eu brinque com a minha "princesinha", hu hu. Olha, vou ir rápido lá fora cortar lenha antes que nossa mãe brigue comigo por ter esquecido, ok?

– Certo! Hi hi.

Ele saiu do quarto e foi pegar o machado e sair pela porta dos fundos. Quando separou umas toras de madeira para cortá-las, ele parou e olhou por alguns segundos para a floresta. Ele tinha a sensassão de que algo o estava observando mais cedo, será que foi impressão? Ele ignorou os pensamentos e começou a cortar a madeira.

Passaram alguns dias, numa noite ele sonhou que estava sozinho na floresta, no escuro. Ele não tinha nada em mãos além do machado que usa pra cortar lenha. Ele tinha uma sensassão estranha e além de um som esquisito que parecia uma espécie de xiado ele ouvia uma voz sinistra dizendo várias vezes "kill". De repente ele viu um volto nessa floresta, então ele acordou. Estava apavorado e não conseguiu dormir mais. Havia a sensassão de que tinha algo lá fora o observando.

No dia seguinte, sua irmã foi levada pra casa de uma amiga para brincar, enquanto isso ele tinha que comprar umas coisas. Praticamente ele tinha que fazer isso já que sua mãe tinha que arrumar a casa. Circulava pela cidade boatos de algumas pessoas, principalmente crianças e jovens desaparecendo. O Inverno estava acabando e ainda tinha isso sendo ouvido... Parecia ser assustador, mas o garoto não se importou, pra ele eram só histórias pra assustar crianças e ele praticamente nem era mais uma.

De repente, no meio do caminho de volta, ele ouviu o grito de uma mulher e correu naquela direção pra saber a causa. Haviam várias pessoas lá, ele se aproximou tentando ver o que era e aquilo que viu foi chocante: Estava lá um menino aproximadamente de sua idade, pendurado numa árvore, com uma corda no pescoço e abaixo dele, desenhado com sangue, um círculo cortado com um "x". Dava pra ver que o menino provavelmente fez o desenho, pois dois dedos de sua mão direita tinham um corte do qual de onde ainda pingava um pouco de sangue.

Aquilo era um pouco assustador e medonho, de tal modo que o dava vontade de vomitar. Jack saiu rapidamente dequele local, quando percebeu estava em casa.

– Por que demorou tanto? - sua mãe perguntou.

– Acabou... Acontecendo uma coisa... Vou pro meu quarto.

– Não esqueça de cortar mais lenha antes de anoitecer. A quantidade que você cortou ontém mal deu pra esquentar a janta.

Ele se fechou em seu quarto e ficou pensativo. O que aquele simbolo significava? Por que aquele garoto se matou? Ou será que na verdade ele foi morto?

Jackson ficou distraído com uma caneta e umas folhas de papel e fez o síbolo estranho várias vezes, com a intenção de, de repente, entender o que aquilo quaria dizer. Ele acabou naquilo tudo caindo no sono, mesmo ainda sendo muito cedo pra isso. Ele sonhou de novo com o tal vulto na floresta, dessa vez ele viu algo bizarro: O ser não possuía rosto.

Ele acordou repentinamente com a mãe lhe chamando. Ela brigou com ele por não ter saído pra cortar lenha, então ele tinha que ir no exato segundo fazer isso caso não queira que ninguém em casa congele ou coisa pior.

Sem demora Jack seguiu direto pra floresta encontrar madeira. Veio nele uma leve sensassão de medo, pois aquilo lembrava seus sonhos, mas ele preferiu não levar isso a sério. Quando ele estava arrastando um bom pedaço de madeira que havia encontrado ele parou e quase gelou. Ele viu o tal ser dos seus pesadêlos. Estava fazendo nada, apenas o observando, mesmo assim vinha no garoto uma sensassão de medo e intrigação. O que era aquilo e por que estava alí? No momento que o garoto piscou o ser sumiu, então ele recobrou o foco no que estava fazendo.

Jackson voltou aos seu afazeres e quando voltou pra casa com a madeira já cortada só faltou sua mãe lhe bater.

– Eu disse pra não demorar! Onde você se meteu?!

– Mas fui fazer o que a senhora mandou.

– E por acaso tinha que levar uma horas pra fazer isso?! Acha que nessa casa todo mundo tem que depender da sua boa vontade?!

– Não. Não...

Ele viu a irmãzinha vendo do corredor a briga. O mais velho tentou sorrir pra querer dizer que estava tudo bem, mas era óbvio que não estava.

– Pode ir direto pro seu quarto e não saia de lá. Não vou preparar jantar pra você hoje.

– Sim senhora.

– E, Sara, não entregue comida pro seu irmão. Ele foi um mal menino.

– Tá, mamãe...

O jovem trancou-se no quarto e quase chorou de raiva. Por que sua mãe tinha que tratá-lo dessa maneira? Por que nunca ela o tratava gentilmente?

"Não devia... Deixa... Ser tratado assim..."

Ele ouviu uma voz sinistra pausadamente. Na verdade, não estava tão sinistra como antes.

"Não devia deixar..."

– O quê?

"Não deixe... Não deixe..."

A voz se silenciou e o garoto ficou lá em sua cama, confuso. Como não tinha mais nada para fazer, ele deitou-se e dormiu.

No dia seguinte ele acordou com sua irmã pulando em sua capa:

– Acorda, Jack! Acorda!

– Hã? O quê?

– Feliz aniversário, mano!

– A... - ele havi esquecido o próprio aniversário - Obrigado por lembrar, hu hu.

– Ora, por que eu iria esquecer, seu bobo!

– Mamãe já acordou?

– Não, por quê?

– Quer brincar na neve?

– Quero!

Os dois saíram correndo pra fora e fizeram um monte de coisas como bonecos de neve, guerra de bolas de neve... Simplesmente estavam se divertindo, apesar de o chão não estar mais tão braco, dentro de poucos dias chegaria a primavera. De repente ao longe eles conseguiram avistar a mãe os procurando.

– Ah, então é aí que vocês estavam.

– Bom dia, mãe... - o garoto falou com receio de levar uma bronca de novo.

– Dia. Sara, não devia estar brincando agora, daqui a pouco você tem escola.

– Hum, é mesmo...

– Vá se arrumar.

A menina voltou pra casa.

– E você, quero que compre umas coisas.

– De novo? Já comprei um monte de coisas ontém.

– Vaí mesmo me questionar?

"Não deixe... Não deixe..."

– Não, não vou.

Ela pegou um papel e passou pra ele. Eram muito mais coisas do que no dia anterior. Algumas coisas difíceis de encontrar.

– Agora saia logo daqui e não volte até ter comprado tudo.

– Certo.

Ele saiu. Alguns pedidos ele teve que passar em mais de um lugar para procurar, mesmo assim ele conseguiu achar quase tudo. Jack considerou que a mãe ficaria irritada com ele se ele esquecesse algumas coisa (e ela sempre fica) então ele teve que procurar muito bem tudo. Acabou que se passaram várias horas. O garoto já estava com fome por não ter comido nada desde que acordara, mas não podia voltar ainda, tinha um remédio na lista que ele tinha que comprar, mas não achava em lugar algum.

De repente, quando ele estava sentado em um banco pensando na fome e no que iria fazer apróximou-se dele uma senhora que já era uma velha amiga.

– Olá, Jackson. O que faz aqui sozinho parecendo tão triste?

– Olá, senhora Hill. Minha mãe mandou comprar umas coisas, mas não estou conseguindo achar tudo.

– Por que não volta pra casa e diz que não conseguiu achar?

– Sinceramente, a cada dia que passa parece que ela me odeia cada vez mais... E ela me disse pra não voltar pra casa sem comprar tudo. pra falar a verdade, eu mesmo não quero voltar pra casa...

– Compreendo... Deixe-me ver essa lista, pode ser que eu tenha algo em casa.

Ele a entregou o papel e realmente o que faltava a senhora tinha em casa, então ela o convidou para casa. Além disso, a idosa deu ao garoto um bolo, já que o jovem estava com fome, e o desejou um feliz aniversário. Passou o tempo e o garoto se tocou que já estava tarde só quando já estava anoitecendo.

– Ah! Está ficando tarde! Tenho que ir.

– Certo, tome cuidado, hu hu.

O jovem correu direto pra casa. Quando chegou lá sua mãe estava sentado num banco o encarando.

– Comprou tudo?

– Sim.

– Então pra que tanta enrolação?

– Eu quase não consegui achar, mas eu...

– Sem "mas".

– Hum... Cadê Sara?

– Eu que pergunto.

"Ela quer te matar..."

– Você estava demorando de mais e ela saiu da casa e não voltou mais, hu. Até que isso é bom... Ela gosta tanto de você sem se tocar o quão imprestável você é que não entenderia caso "algo" acontecesse.

Ele imediatamente percebeu a mulher pegando uma faca e tentou correr, mas ela pôs-se a frete da porta.

– Cada dia, cada ano, você fica mais parecido com aquele imprestável! Você me enoja! Você devia morrer!

– Não! P-por favor mãe!

– NÃO ME CHAME DE MÃE!

E mulher tentou atingí-lo, mas por pouco o garoto conseguiu se desviar. O que ele devia fazer?

– Fique quietinho, só quero deixar o seu rosto diferente do dele, hu hu, se você deixar prometo ser boa com você. Você não quer isso? He he.

"Não devia deixar ser tratado assim" aquela voz falou naquela vez. A mãe desse garoto é louca. Mesmo se ela desfiguar o rosto dele, ela não vai deixá-lo em paz, sua vida continuará um inferno. De repente veio algo crescendo dentro do garoto, como se de repente o medo que ele estava sentindo simplesmente sumisse o fosse tomado por um outro sentimento no lugar.

Numa tentativa de atingí-lo de novo, o garoto se esquivou e pegou o machado e com o objeto fez a mulher largar a faca quase arrancando a mão da mulher forar.

– AARG! SEU DEMÔNIO!

– Eu sou um demônio? Hu hu hu - Escapou da garganta do garoto uma risada psicopata, como se "aquele Jack" tivesse morrido no segundo que aquele sentimento o tomou - Talvez... Já que sei como é o inferno. Você quer visitá-lo? He he he!

Realmente, não parecia o mesmo garoto de antes. Aquele olhar e aquele sorriso eram psicopatas. Ele na verdade tinha uma sentelha desse sentimento todas as vezes que pegava aquele machado, mas nunca foi tão forte. Não ao ponto dele querer matar.

Ele avançou na direção da mulher sem dar a ela chance de reagir. Atingiu a lateral de sua cabeça e logo em seguida deu outros golpes com o machado. A cada golpe que ele dava, mais ele ria. Ele estava ficando louco, pois estava gostando do que estava fazendo.

Finalmente ele terminou com o corpo da mulher em pedaços então ele voltou a si. O que ele faria agora? Se a irmã voltar e ver essa cena ficará chateada.

Não demorou muito e logo ele ouviu um barulho vindo da porta. Ele rapidamente foi pra lá, pois sabia quem era.

– Jack?!

– Está tudo bem, princesinha, está tudo bem. - ele falou a abraçando e não permitindo que ela visse o que há atrás da porta.

– Onde você tava, seu bobo?! Eu te procurei em todo canto!

– Me desculpe. - ele falou sorrindo - Me desculpe... ("apesar de eu não me arrepender do que fiz. Ela mereceu!")

– O que foi?

– Mamãe queria me machucar. Acabei machucando ela um pouco tentando pará-la.

– Jack...

– Quando ela acordar ficará irritada, além disso, ninguém vai entender e vai achar que sou mal.

– Mas você não é mal!

– Não sou. Vou ter que ir embora... Quer ir comigo, princesinha?

– Se eu não for Jack ficará sozinho, não quero que você fique sozinho.

Ele sorriu. De repente ele olhou para o que havia atrás deles, aquela criatura sem face.

– Tudo bem, Jack! Esse "tio" me levou até aqui. Eu tava perdida, mas ele me ajudou.

O jovem ficou encarando aquele ser e pensou:

"Então era você que estava nos meus sonhos e falando em minha cabeça..."

"Exato."– respondi

"Obrigado por abrir meus olhos."

– Por quê? - ele falou - Por que estava por perto? E por que me ajudou?

"Senti algo interessante vindo de ti. Apesar da minha aparência, não somos tão diferentes. Além disso, eu não fiz nada.Todos os seus passos já estavam determinados, já estava determinado que alguma hora 'algo' dentro de ti despertaria. Eu apenas trouxe um implulso."

– Compreendo. Mas devo supor que não é apenas por isso, não é? Há algo a mais que você quer.

"Mesmo nunca tendo me visto antes você já sabe, hum? Bem, depois desse assassinato que você cometeu, é certo de que não poderá ficar mais aqui, ou em qualquer lugar em que alguém possa reconhecê-lo e entregá-lo à polícia. Não muito distante daqui, há uma cidade que encontra-se deserta da qual tenho interesses de que ninguém passe por lá e descubra o que ocorreu. Já que o trouxe o 'impluso', gostaria que você fosse um 'guardião' daquele lugar. E isso não é um pedido."

– Não precisa ser, eu não me importo, contanto que eu fique nm lugar tranquilo.

– Do que vocês estão conversando?

– Vamos para uma cidade deserta, pincesinha. Imagine, uma cidade inteira só nossa!

– Legal!

"O mais importante, não importa quem seja, se alguém visitar aquela cidade, esta pessoa deve morrer."

– Entendi. Nenhum ser humanos chegará-la.

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Esse foi o meu último contato com aquele garoto e também a última vez que estive naquela cidade. Pouco depois parti de vez e garanti que, em hipótese alguma, ninguém deveria mencionar o nome daquela cidade ou dizer o que acontece lá. Aos poucos, com o tempo, aquela cidade será esquecida. Enquanto isso, aquele garoto, quem com o tempo se tornou um homem, foi quem matou qualquer um que chegasse naquela cidade, naquele inferno.

Essa talvez seja uma lenda da qual ninguém deve contar, a lenda da Hell's Jack, a cidade guardada pelo meu primeiro proxy.


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Notas finais do capítulo

Acho que, mesmo sendo óbvio, sou obrigada a falar que Jack, o "primeiro proxy", é uma creepypasta de criação minha =P kkk

Ele ficou quase uma mistura do Ticc Toby com Nina The Killer, mas ainda assim acho que ficou legal, apesar de eu não deixar muitos detalhes sobre ele.