Slenderman: Beginning escrita por Beyond B Nat


Capítulo 11
Tempo monocromático


Notas iniciais do capítulo

Galera, me desculpem por ter demorado tanto para postar esse capítulo. Eu não tava psicologicamente bem. É meio complicado de explicar... Sabe, pode não parecer tanto por que escrevo esse tipo de fic e conheço histórias de várias creepypastas, mas morro de medo de coisas ligadas a terror. É algo psicológico mesmo, mesmo tal coisa sendo algo bem besta, psicológicamente fico mal aí rola de eu ficar uns dias sem dormi e outras coisas mais. Eu estava desde o dia da postagem do último capítulo dando uma pesquisada pra colocar ideias na fic, aí acabou me vindo, com algumas histórias que pesquisei, um certo mal estar, sensassão se estar algo observando (no eyes? kkk) e até certo medo de sonhar com tal coisa x_x

Deixei um texto sobre isso na minha página no Face (6 de março de 2015), lá explico um pouco melhor...

Enfim, mais uma vez peço desculpas pela demora, aproveitem o capítulo.

NOTA: Fic de cara nova XD



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Na verdade, não saí da cidade de imediato, afinal, não sabia pra onde ir de qualquer forma. Além disso, aquele surte me deixou um pouco exausto, então repousei por algumas horas, apenas encostado em uma árvore, para depois decidir o que fazer. Após acordar, transportei-me para minha casa. A analizei e tinha alguns vidros quebrados, um dos degraus também estava e em algumas partes estavam rachadas e com marcas do impactos de pedaços de metal e até machados. Não havia motivos para vandalizar a casa de minha família, queriam deixá-la destruída de novo?

Considerei a hipótese de arrumá-la assim como fiz com o meu terno, então toquei nela e concentrei-me um pouco. Eu podia sentir ela se concertando, não só os estrago que aqueles homens fizeram como uns adicionais que foram feitas apenas pelo tempo. Acho que já é o suficiente, ela está melhor.

Logo em seguida fui para a gruta. Ela estava cheia com os corpos de todos os moradores da cidade. Só tem umas pessoas que não merecem apodrecer aqui. No incoveniente, claro que matei Adam King, Jonathan, aquela garotinha... Eu até que não queria matá-los, mas naquela situação não tinha como evitar. Me concentrei neles e transportei-nos para o cemitério. Sim, eles merecem um respeito. Enterrei cada um onde achei mais apropriado.

Após isso, voltei para a beira do lago, onde o corpo de Isabella ainda estava. Tão bela e serena... O que posso fazer com ela? Enterrá-la também, talvez? Fiz isso de maneira respeitosa ao corpo, pena que, como agora é outono, não há flores para colocar aqui, mas usei as folhas secas mesmo. Terminou com um buraco raso e ela envolvida com várias folhas, não importa muito, achei que ficou bonito, pela que com o tempo esse corpo irá se decompor...

Ignirei minha distração e voltei para a casa, estava anoitecendo novamente e, apesar de não me incomodar, estava esfriando. Tão silêncioso... No espelho próximo à escada era possível ver uma criatura sem pelos, uma face vazia, sem olhos, nariz, boca, orelhas; pele pálida como a morte e usando um terno negro como a noite. Não há nada de humano nisso, o humanos que ainda restava em mim é algo pequeno e imperceptível comparado com esse monstro. Creio que só não sou mais mosntro do que sou por que ainda possuo o meu lado racional.

Fui para o escritírio para reler uns livros. Mesmo sendo muitos, em um ano censegui ler todos nos momentos em que eu não estava com vontade de fazer nada ou fazer "alguns testes". Enquanto estava lendo um livro, Smile apareceu, mas o ignorei até que ele decidiu puxar assunto.

"Oi? Por que ainda está aqui? Não havia dito que iria embora?"

"Irei quando tiver vontade. Tenho todo tempo do mundo, não há ninguém na cidade, então por um tempo não preciso me preocupar. Além disso, não tenho no momento nenhum lugar em mente para ir... E você? Por que continua aqui? Vai ficar nesse lugar deserto, onde não pode amaldiçar ninguém?"

"Está insinuando que não gosto de amaldiçoar humanos? Ha ha ha ha ha! Não me faça rir! Diferente de você, posso estar em qualquer lugar a qualquer hora e, se quiser, em dois ao mesmo tempo. Tanto no mundo real como na mente. Não sou um ser físico."

"Você é uma espécie de entidade?"

"Talvez sim, talvez não... Um demônio, um fantasma... Não levo importância pra isso, só quero me divertir um pouco."

"Entendo."

Continuei em silêncio lendo o livro que estava em minhas mãos, era Hamlet, escrito por Shakespeare. "Há mais coisas no Céu e na Terra do que sonha a nossa filisofia" não é mesmo?

Passaram-se alguns dias, porém eu ainda não saíra dessa cidade. Posso ter lembraças ruins desse lugar, mas ainda há algo que me trouxe um motivo pra ainda ficar. Apareceu um homem para entregar uma carta vinda de outra cidade. Não cogitei essa possibilidade antes, mas, apesar de pequena, existem pessoas que conhecem e podem vir a essa cidade. O que pode acontecer se o fato desse lugar estar deserto chamar a atenção? O que pode ocorrer se descobrirem o que aconteceu? O que acontecerá se, mesmo sendo loucura, alguém tentar repovoar essa cidade? Poderiam destruir as casas e contruir novas no lugar? Poderiam destruir a casa de minha família ou ainda derrubar um pouco da floresta para expandir mais a cidade?

Vieram-me tais temores quando senti uma pessoa chegando nessa cidade deserta. O homem ficou confuso "Como a essa hora não há ninguém na rua?". Ele, sentindo medo e vindo em sua mente várias coisas que poderiam ter acontecido, bateu na porta de uma casa torcendo pra que alguém abrisse, porém não houve resposta. O pavor, a angústia e o medo foram só almentando, até que ele decidiu ir embora, mas eu não iria deixar.

Quando estava se aproximando do veículo do qual utilizara para vir aqui, entrei em sua mente e produzi aqueles "zumbidos". Ele olhou em volta apavorado, tentando descobrir de onde vinha o som. Ele queria correr, mas não conseguia se mover. O seu medo se intensificava, mas eu não queria parar de assustá-lo. Ele olhou pra trás e me viu ao longe, aquela criatura bizarra foi o extopim para ele gritar. Finalmente pode se mexer, então correu. Ele me via em várias direções que olhava, estava enlouquecendo com isso. Ele acabou entrando na floresta no desespero de me despistar, mas era inútil.

– Por favor! Por favor! Pare de me seguir!

Certo...

Apareci a sua frente, então ele caiu com o susto. Revelei os meus tentáculos e me aproximei lentamente enquanto ele gritava:

– Por favor! Por favor não faça nada comigo! Por favor! F-foi você que levou as pessoas daqui, não é?! Eu não vou dizer nada, juro! Eu só estava aqui pra entregar uma carta, por favor!

O peguei pelo pé, com um dos tentáculos, o erguendo de cabeça pra baixo, então o envolvi com outros tentáculos o deixando direito e numa altura da qual pudesse encarar-me.

"Você sente medo..."– Minha voz soava sinistra, não parecia humana, como normalmente é - "Viu o que não devia... Não posso deixá-lo fugir..."

"Essa coisa fala?!" - ele pensou.

"Sou uma coisa?"

Apliquei força em seu corpo e ele sentiu dor, como se os seus ossos estivessem perto de quebrar, possivelmente estavam.

– E-eu não... Queria ofender... Ah.. AAH! - "Ele leu meis pensamentos, agora está irritado!"

"Não estou. Pra você sou um monstro, não é?"

Ele me olhou apavorado, mas não levei menor importância, algo dentro de mim me trazia vontade me matá-lo e não parecia simplesmente por que ele "viu o que não devia".

"Morra."

Meus tentáculos revestiram o seu corpo até envolvê-lo completamente, então apliquei muita força, o que não era tão difícil de ser feito com os tentáculos, e terminou ele todo espremido e uma boa quantidade de sangue espirrou pelos lados e em mim. Não me importei e o sangue que espirrou em mim e no chão simplesmente fiz sumir. Sim, minha atitude foi bem fria, mas não me importo mais se a minha maneira de agir está sendo diferende de como eu ajiria antes antes ou não. Na verdade, a sensassão de matar está cada vez mais se tornando interessante, aliviando o meu tédio e me trazendo algo a mais que possa fazer.

Agora, quanto a minha preocupação com a cidade e minha casa... O que devo fazer?

Passaram dias, semanas, mas não conseguia ter ideia alguma. Ao menos nesse periódo a cidade não teve mais nenhum visitante, deve ser por causa do tempo, estava esfriando cada vez mais.

Já era inverno, tudo estava branco e um pouco de preto e cinza era notado apenas pelos troncos das árvores e um pouco das casas. O inverno faz parecer que tudo em volta é uma enorme foto. Vez ou outra Smile aparece pra dizer um "olá", então não fico completamente só, apesar de eu estar acortumado com a solidão a muito tempo.

A cidade pode ficar um pouco vunerável nesse período, mas creio que sair um pouco não fará tão mal. Tentei lembrar de algum lugar em uma cidade próxima, então me concentrei e no mesmo segundo apareci lá. Era uma praça próxima a um relógio, foi o único lugar que pude lembrar, já que passei por lá apenas uma vez e a trabalho, já que uns remédios por algum motivo não haviam chegado e meu chefe mandou buscá-los. Haviam poucas pessoas na rua, mas não me notaram por que assim que estive lá aproximei-me de uma sombra para esconder o meu "rosto".

Era possível avistar algumas árvores, inclusive sentir que havia uma floresta por perto, então foi pra lá onde fui, num piscar de olhos. Era estranho e ao mesmo tempo bom estar num lugar novo. Haveria mais coisas para me distrair.

De repente senti alguém se aproximando. Encostei-me em uma árvore e ocultei-me da mente da pessoa jovem que se aproximava. Eram dois irmãos: Um rapaz de 14 anos e uma menina de 8.

– Vamos lá! Você não vai me pegar!

– Não é justo! Você corre muito rápido!

– Ha ha ha!

O garoto se escondeu e preparou uma bola de neve, mas assim que se levantou para jogá-la a menina jogou uma nele. Apesar da diferença de idade, eles estão se divertindo muito.

– Parem com isso vocês dois - gritou uma mulher se aproximando - Vão acabar se resfriando jogando neve um no outro e, Sara, uma moça não se comporta assim.

– Mas eu só tava brincando com Jack, mamãe. Ele quase nunca brinca comigo.

– Isso por que ele é um garoto, agora voltem para casa.

Eles se dirigiram para uma casa de madeira, onde era possível ver uma fumaça saindo pela chaminé. Jack se sentia um pouco de irritação. Agora noto, há algo nele que está chamando minha atenção. Não sinto isso desde... "Zalgo"... Isso me deixou um tanto intrigado, o que me trouxe o motivo para continuar a observar. Se eu estiver certo, em algum momento o "monstro" oculto nele poderá acordar. Interessante...

Num momento, sua mãe mandou-lhe ir para seu quarto (francamente, ela estava irritada com algo tão pequeno...) e quando ele estava seguindo para o corredor ele olhou para a janela por um segundo e me notou, mas no momento que olhou melhor não me viu mais, dessa vez certifiquei-me disso.

Deixei-o de lado, então voltei para minha casa. Dexei a cidade sozinha tempo de mais.

"Smile!"

"He he! O que o trouxe pra me chamar assim de repente?"

"Irônico é você vir que nem um cachorrinho de estimação."

"Eu sou um cão livre! Vou a onde quiser, quando quiser! Só estou aqui por que, de todos que amaldiçoei, apesar de você não ter sido diretamente, você é o mais interessante."

"Sinto-me 'honrado'. Estive numa cidade próxima a pouco."

"Sério? Vai 'mudar-se' pra lá e matar todos da cidade como fez aqui?"

"Não cometeria o mesmo erro novamente, não quero chamar muita atenção. Se isso ocorrer as pessoas vão perceber e não seria estranho se começassem a me caçar como se fosse uma besta."

"Certo, entendi."

"Aliás, algo engraçado que talvez você entenda... Lembro bem da sensação que tive ao matar o humano que veio aqui pouco antes de iniciar o inverno. Pena e remoço já não possuo a tempos, mas, simplesmente quis matar independente se ele falasse o que viu ou não."

"Sei como é isso. Não amaldiçoo as pessoas por que não gosto delas ou por que não quis que elas me visse. Apenas fiz por que eu quis."

"Idepentente das circunstácias... Apenas era algo como 'Hum, essa pessoa me chamou um pouco a atenção, irei fazer algo com ela'."

"Exatamente. Então, matou alguém hoje?"

"Ainda não, mas senti por lá alguém que se tornará um de nós, ou não, apenas me chamou a atenção ao acaso, não sei. Não vou distraírme completamente com ele por que não preciso, já que o que perco posso ver em sua mente, mas observá-lo enquanto em paralelo faço outras coisas, como matar pessoas aleatórias, não será ruim. Poderei me distrair um pouco."

Isso também poderá ser minha oportunidade de ver do que mais sou capaz. Aliás, será que posso usar um pouco do meu poder mental para manipular completamente as pessoas? Hum... É algo para se pensar...


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Notas finais do capítulo

Ooowww, Smile tá gostando do Slender, rsrs XD (dane-se a fofura, ainda acho esse cão do capeta o_o'). Além de tudo, tio Slender tá ficando, além de frio, Irônico =P

Bem, o capítulo foi só isso, desculpem-me por ele ter demorado tanto e ter sido bem menor (em conteúdo) do que eu pretendia escrever, mas praticamente me veio um branco e achei melhor dividir a ideia e parar por aqui.

Aliás, me digam o que acharam da nova capa =P



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