Stars- Colégio Sutā (Interativa) escrita por Miss Stowfer


Capítulo 6
Desculpe por não ser o The Flash, Mama


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente queria agradecer à Dan Gomez, PokéOnze, Shine Hikari, Saah,
Malina Evans, Kiyama Kyousuke Emilly Frost, Kaori chan, Colorful, Sadie Ketchum Potter,
Ju Araujo, Sakura Midorikawa e MilaFS Sonic the Cat por comentarem o capítulo anterior. Ele foi o capítulo mais comentado até agora e isso é tudo graças a vocês, obrigada de verdade ♥ Será que esse ultrapassa ele? haha
A garota da foto é a Shine, coloquei uma foto dela porque terá o P.O.V. dela na história, apartir de agora farei assim para você irem conhecendo as personagens okay?
Boa leitura ♥



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Aisaka Taiga P.O.V.


Se quer saber, eu não recebi reclamação quando cheguei atrasada na sala, o que recebi foi bem pior.
Parece que o professor ficou bravo por eu ter chegado atrasada duas vezes em um só dia e como punição ou simplesmente porque estava querendo descontar sua raiva em alguém — que pelo o que notei, não tinha nada a ver comigo! —, ele me fez escrever 250 vezes 'EU, AISAKA TAIGA, NUNCA MAIS IREI NEGLIGENCIAR OS HORÁRIOS DA ESCOLA'.
Eu não o desobedeci.
Na verdade achei que seria uma boa oportunidade para colocar os pensamentos em ordem. A cada dia que passava, as responsabilidades ficavam ainda maiores e eu, como capitã, tinha que saber levar o time para a frente. Por mais assustadora que a situação fosse, eu não podia me deixar abalar.
Não demorei muito para terminar de escrever o que ele havia pedido, mas demorei o suficiente para que quando acabasse, todos os alunos já tivessem saído.
Encontrei o professor na diretoria e ao entregar-lhe o papel, ele somente o pegou e o jogou no meio de outros milhões de papeis, como se aquilo não significasse nada. Pelo menos eu estaria liberada e aquilo já bastava para mim.
Fui caminhando calmamente observando a paisagem pelo vidro da escola. Estava chovendo e isso me fez suspirar cansada. Procurei na minha bolsa por algo que pudesse me proteger e achei um guarda-chuva de cor clara, pequeno, mas que era melhor que nada.
Desci as escadas da saída tentando fazer o máximo de esforço para abrir aquele guarda-chuva. Será que estava enferrujado? Eu já estava pensando que seria melhor encarar a chuva do que quebrar cabeça com aquilo, quando o guarda-chuva se abriu milagrosamente. Mas antes que eu pudesse comemorar, fui acertada por algo, ou melhor, alguém.
Senti meus músculos doerem um pouco por causa da queda, mas nem causou tanto impacto quanto levantar meus olhos e encontrar ninguém menos do que Shirou Fubuki. Eu estava com raiva, mas não sabia porque meu rosto insistia em corar tanto. O empurrei para longe antes que a situação ficasse mais constrangedora —Se tinha como— e ajeitei minha saia que ficara amassada por causa da queda.
Antes que pudesse dizer o quanto ele era mal-educado e descuidado por sair tropeçando e correndo sem nem olhar para os lados, reparei algo. Seus olhos. Seus olhos estavam bem vermelhos. Era possível que ele estivesse chorando antes de me encontrar?
— O que faz aqui na chuva, Fubuki? — Perguntei tentando aliviar a tensão que aos poucos ia dominando aquele espaço. Ele me encarou feio, mas logo seu olhar se transformou em cansaço.
O que será que tinha acontecido?


Narrador P.O.V.


Shirou Fubuki parecia tão desatento que após encarar a garota por alguns minutos, abaixou a cabeça e fitou o chão perturbado com a situação. Ele não havia esquecido o que acontecera a poucos minutos atrás e tentava refletir sobre tudo que seu irmão dissera, apesar de não ser nem hora e nem lugar para se fazer aquilo.
— EU NUNCA DISSE QUE VOCÊ TINHA QUE SER ESSE TIPO DE FORTE! — Seu irmão havia lhe dito. Mas então... O que estivera tentando fazer por todo este tempo? Ele tentara provar a seu irmão, às pessoas ao seu redor e até a si mesmo que ele havia mudado... Que ele não ia mais chorar, mas o que estava fazendo agora? Chorando na frente de uma garota que mal conhecia e que das poucas experiências que tivera com ele, ele provara ser um grande idiota. Ela poderia contar a todo mundo depois o que vira e toda sua imagem construída até então, estaria despedaçada.
Mas ele não se importava...
— VOCÊ NÃO ME CONHECE. — Foi a resposta que havia dado a seu irmão, mas ele estava mentindo. Atsuya o conhecia tão bem que com poucas palavras o colocara em guerra contra suas próprias ações, pensamentos...
— Cuidado, você pode pegar um resfriado. — A voz suave de Aisaka fez as lágrimas de Fubuki pararem e ele finalmente levantou os olhos, a ponto de encontrar uma garota sorridente o cobrindo com um guarda-chuva.
— Você também. — Ele disse afastando o guarda-chuva e colocando novamente nela, preocupado. Por quê ela se importava com o quê poderia acontecer com ele? Naturalmente, era para ela o odiar e querer que ele pegasse mais do que um resfriado. Ele estava dificultando o sonho dela de se realizar, ele não estranharia se ela o chutasse quando estivesse no chão e o mandasse para o inferno.
Mas não, ela estava ali oferecendo seu guarda-chuva e dizendo para ele tomar cuidado. Isso sim era estranho.
— Não se preocupe, eu tenho uma saúde de pedra! — Ela bateu a mão no peito e riu consigo mesma. — Você sempre sai tarde da escola?
Ele hesitou um pouco. Não iria contar a verdade para ela, só estranhava o fato de ela não perguntar sobre seus olhos vermelhos ou algo do tipo.
— Também estava me perguntando a mesma coisa sobre você. — Ela riu fraquinho e se aproximou um pouco mais dele, dividindo o guarda-chuva entre os dois.
— É que eu recebi uma punição por chegar tarde na aula. — Ela coçou a nuca se sentindo envergonhada.
Um sentimento de culpa se passou pelo o garoto, ele que fora culpado por atrasar tanto as garotas, mandado-as todas para a diretoria. Mas não eram para todas terem levado punições então? Uma onda de alívio tomou conta do rapaz, talvez não fosse sua culpa afinal.
— Você pensa tanto. — Aisaka balbuciou rindo para o outro, que apenas a encarou confuso. — Parece que você está confuso com algo, mas se posso te dizer, te aconselho a não ficar pensando tanto nisso. O melhor de viver, é não pensar tanto no que pode acontecer!
— Exatamente o que você faz? — A garota das orbes castanhas pensou um pouco antes de responder para ter certeza de que aquilo não fora uma zombaria com ela, mas pelos olhos de Fubuki notou que parecia ser só curiosidade.
— Isso! Acho que quando pensamos muito em alguma coisa... Acabamos por perdê-la de vista e depois se torna tarde demais...— Um silêncio se estendeu pelos dois, depois da resposta de Aisaka. De certa forma, o conselho dado por ela havia realmente tido feito em relação à Fubuki. Ela pensava se era porque nenhum dois tinha o que falar ou porque ele não estava interessado. Convencida que nenhuma das opções parecia legal, era ajeitou a bolsa e encarou o garoto. — Eu já estou indo, já deveria estar em casa faz tempo e... — Ela olhou para sua saia e blusa, ambas sujas. — Não acho que minha mãe vai acreditar que levei duas quedas em dois dias seguidos.
O garoto das orbes claras levantou os olhos preocupados, por mais que não estivessem conversando, eram confortável ter alguém do seu lado que não ficasse lhe dizendo que ele tinha que melhorar em algo. Ela queria a companhia dele, mesmo ele sendo fraco como achava que era. O Shirou de verdade, o que tinha medo de se mostrar.
— Acho que lhe devo desculpas, não estou sendo um bom colega para você nesses últimos dias. — Ele disse, fazendo a outra, arregalar os olhos surpresa. — E mesmo assim você está sendo legal comigo, isso eu não entendo, — Aisaka já ai abrir a boca para explicar-lhe, mas ele a interrompeu. — não me interrompa por favor. Mas eu acho que estou em dívida com você, o que acha de eu lhe acompanhar até em casa e explicar a sua mãe, o que realmente aconteceu?
Aisaka não conseguia responder. Seu rosto ficara da cor de um pimentão e ela não precisava de um espelho para adivinhar isso.
Um Garoto.
Me levar até a minha casa.
Minha casa.
Um garoto.
Tudo era tão novo para a garota, mas ela notou que havia mais do que 'estar em dívida' no por quê de Fubuki querer acompanhá-la. Era como se ele estivesse fugindo de algo... Mas quem?
— Hey, quem está pensando demais agora é você. — Fubuki a chamou, fazendo a acordar de seus pensamentos. — Então, o que acha?
— Tudo bem, apesar de que realmente não acho que precise de tudo isso para mostrar que se sente arrependido por ter me tratado mal. — Ele levantou os olhos. — Na verdade, eu nunca fiquei com raiva de você. Eu só estive confusa, é como se você fosse uma pessoa legal de repente e depois se tornasse outra totalmente inalcançável... — Tudo aquilo havia pego mesmo de surpresa o rapaz, que agora parecia constrangido. — Mas não se preocupe, vamos logo antes que a chuva piore.
Ele assentiu confuso. Quando estava lhe contando aquelas coisas, era como se ela implorasse que ele dissesse o por quê de fazer tudo aquilo, mas agora agia como se não tivesse perguntado nada.
Aisaka Taiga era terrivelmente estranha para o garoto, mas ser estranha para ele, só lhe tornava mais interessante.

{...}


Assim que discutiu com seu irmão e o viu sair correndo desesperado, Atsuya começou a se sentir um pouco culpado. Ele estava determinado a falar com o irmão mais tarde e treinara o que iria dizer a ele, mas nada, nada do que ele treinara conseguira dizer a seu irmão durante sua discussão.

Talvez ele tivesse estragado tudo, mas acreditava não ser tarde demais para consertar.
Ele seguiu o irmão até as escadas e lá ficou escondido. Não queria atrapalhar e estava bastante curioso para saber quem era a garota que causava tanta confusão no irmão.
Assim que os dois sairam na direção contrária a casa dos irmãos, Atsuya tomou o seu caminho de casa, contente. Não havia com o que se preocupar, definitivamente seu irmão estava em boas mãos.


{...}


Na mansão Yamazaki, já soava o relógio avisando que era hora do jantar. Yumi tirou os seus potentes fones de ouvido e foi deslizando devagar até a porta do seu quarto. Pode fazer qualquer coisa nesta casa, mas negligenciar os horários de refeições é inaceitável, era o que a mãe lhe dizia todos os dias.
Yumi desceu descontente as escadas prestando atenção em cada detalhe da casa como se fosse a primeira vez que estivesse lá, apesar do luxo estampado em cada canto da casa, a garota sabia que trocaria tudo aquilo apenas por uma única coisa, liberdade. Encontrou sua mãe parecendo irritada na mesa e ao ver o olhar significativo que ela lhe jogou, percebeu que ela era o motivo de sua irritação:
— Quatro minutos de atraso. — Ela rangeu os dentes, fazendo com que a filha revirasse os olhos.
— Desculpe por não ser o The Flash, mama — Ela zombou e se sentou na mesa, fazendo careta ao ver o prato. — Ecaaa, quando vamos comer comidas de verdade?
— Quando você vai começar a agir como minha filha de verdade? — A mulher mais velha retrucou, fazendo com que a mais nova bufasse. Apenas sua mãe a fazia se irritar tanto, ah e tinha outra pessoa, mas no momento era desnecessário lembrar. — A propósito, viram algumas fotos suas e amaram... — A mãe deu um sorriso fazendo com que Yumi lhe encarasse confusa, 'que fotos?', ela quis perguntar. — Ah, nossa casa tem câmeras esqueceu? Já que você não cede, tenho que tirar fotos por mim mesma e parecem que ficam melhores assim. — Ela pegou uma garfada da comida. — Eles querem que você seja a modelo da capa da revista GIRLSDAY, que caso você deve saber é a revista...
— Mais famosa no mundo das adolescentes — Yumi repetiu entendiada o que sua mãe vivia lhe dizendo. Como poderia esquecer?
— Ainda bem que sabe. — Ela sorriu maliciosa. — Eles vão oferecer muito dinheiro e fama se você aceitar e por ser uma boa mãe, decidi te avisar.
Boa mãe?
— A senhora já sabe minha resposta. Nunca. Nem em um milhão de anos irei pousar para essas revistas superficiais. — Ela se levantou cansada daquele assunto.
Sempre o mesmo assunto. Sempre as mesmas baboseiras. Quando ela iria cansar daquilo?
— O jantar ainda não acabou. — Ela advertiu.
— Eu já não queria comer mesmo esse resto de experiência de laboratório. — Ela fez uma pausa e fitou sua mãe provocando-a — agora, com esse papo chato, perdi definitivamente a fome.—Ela terminou jogando o guardanapo na mesa e subindo rapidamente as escadas. A mãe simplesmente suspirou cansada e voltou a comer calmamente.

Como se nada tivesse acontecido.


Hikari Hyouga P.O.V.


— Velha, velha, velha. Que cabelo horrível, horrível...— Uma roda de garotas em minha volta gritavam a mesma coisa como se tivessem treinado para aquilo.
— Parem! Parem! — Eu gritava apertando mais meus cabelos sentindo meu rosto queimar. Por quê elas não me deixavam em paz?
— Se eu tivesse um cabelo assim, com certeza o rasparia. — Para uma garota de 10 anos, ser xingada pela cor do seu cabelo, era completamente assustador. Principalmente quando era algo que até pouco tempo ela achava bonito...
— Eu já disse para parar! — Ela disse sentindo sua raiva aumentar, não queria bater nelas, mas...
— Oh, se não pararmos vai nos bater com uma bengala? — Uma delas se atreveu e quando dei por mim, já a havia acertado. Ao ver o que eu havia feito, várias garotas sairam correndo dizendo o quanto eu era ruim e que não me queriam por perto... Eu era normal, eu não tinha culpa! A culpa era delas...
— Eu não tenho culpa de nada! — Me levantei assustada e só então reparei que tudo não havia passado de um pesadelo, um pesadelo que à muito tempo havia a assombrado na realidade.
— Okay, você não tem culpa de nada, a culpa foi toda minha... — Levantei meus olhos assustada ao ver que havia alguém na minha cama! Rapidamente o chutei para fora e só vi o estrondo de algo caindo. — Por que sempre tão brava, Hikari?
Olhei para baixo da minha cama para constatar se era mesmo a pessoa que eu achava que era, a única pessoa que insistia em me chamar de Hikari, mesmo sabendo o quanto eu não gostava de ser chamada assim. Shine era beem melhor! O encontrei com um olho vermelho, jogado no chão. Era Kiyama Hiroto, meu melhor amigo. Mesmo na pouca luz que havia no quarto, eu saberia distinguir seus cabelos ruivos e olhos verdes de qualquer um. Eu tinha acabado de bater nele duas vezes, todas sem querer. Suspirei:
— Desculpa. Eu achei que fosse um ladrão ou algo assim. — Ele se levantou ainda esfregando o olho machucado.
— Se fosse um ladrão já teria se assustado com os seus gritos. — Corei envergonhada. Quer dizer que eu havia gritado enquanto dormia? Antes que eu pudesse pensar sobre isso, senti uma mão pesada sobre o meu cabelo. — O cabelo da Hikari! Uou! Olha que co...
Rapidamente coloquei a toca impedindo-o de continuar:
— Não fale nada sobre o meu cabelo. — Disse séria, mas logo me arrependi. Hiroto não tinha culpa de meu ódio por minha cabeleira enorme. — Como entrou aqui?
— Sua mãe me pediu para te chamar. — Ele explicou calmo, abrindo as janelas.
— Minha mãe? Deixando garotos entrar no meu quarto tão fácil assim? — Perguntei irritada.
— Claro, é de mim que estamos falando não é? — Ele perguntou rindo. — Agora se troque logo senão vamos nos atrasar.
Um tempo enorme silencioso se instalou entre nós. Nesses milhares de minutos não parei de lhe encarar. Ele era mesmo tão lerdo e idiota? Fiz barulho com a garganta, conseguindo chamar-lhe a atenção:
— Eu vou me trocar.
— E o que tem? — Ele perguntou confuso.
— Que eu vou me trocar. — Ele continuou me encarando confuso. —SAI DAQUI! — Gritei jogando tudo que encontrei em cima dele, que só então percebeu o que eu queria dizer ou ficou assustado o bastante, achando que já tinha levado surra demais para um dia e saiu correndo.
Suspirei ofegante e ri repassando toda a situação.
Kiyama Hiroto, só você mesmo para me tirar do sério e me fazer rir depois.




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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Esses dois em? Prometem ♥
Gomen, Gomen, Gomen novamente por ter dito que teria nova jogadora e ela não apareceu! É que senão o capítulo ficaria estranhamente grande... Mas prometo que ela irá aparecer sem falta, okay?
Espero que todos comentem o que estam achando porque para mim a opinião de todos vocês é importantíssima, okay? ♥
Agora algumas perguntinhas:
Quais shipps que vocês já tem até agora?
Curiosas?
E é isso!
Jya nee ♥