Stars- Colégio Sutā (Interativa) escrita por Miss Stowfer


Capítulo 46
Só tenta jogar conosco hoje!


Notas iniciais do capítulo

Antes de postar, queria agradecer à Neryk, Wendy Kaori, Endou Matsukaze Yuuna, Nathy Suzuno e Livity por comentarem no capítulo anterior ♥ E queria me desculpar por não ter postado o quanto antes e demorado um tempão... Demo.. Aqui estou eu.
Pode ser que a fic pareça um pouco rápida demais. Mas é que estou tentando dar uma adiantada nos capítulo para não ficar chatinho.
É isso. Boa Leitura ♥
{ignorem o bastão naquela imagem}



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— Primos? — Emiko indagou curiosa assim que ouviu toda a história que Taiga contara a ela.

Estavam todas as meninas reunidas — com exceção de Jenny — no refeitório.

— E a Jenny já sabe? — Yuuna questionou se referindo ao fato de Haruya Nagumo estar ali no Japão. Na cidade de Suta. Provavelmente Jenny estaria morrendo de felicidade.

— Então... — Kaori mordeu o lábio inferior, sentindo o nervosismo tomar conta de si assim que lembrou do que acontecera mais cedo.

Houve-se um silêncio em todo o cômodo. Todos ali estavam ansiosos pela resposta da loira. Passos de um lado para o outro, foi o que foi escutado até que Jenny desse um sorriso, fazendo o coração de Nagumo palpitar:

— Prazer. — Se apresentou Jenny, estendendo a mão. Haruya franziu as sobrancelhas confusas. — Sou Jenny. O que você quer?

Todos ali presentes trocaram olhares desapontados, mas talvez o mais desapontado ali fosse o ruivo que encarava a cena sem entender. Era verdade que a última foto que mandara para ela era de dois anos atrás e que Jenny não era alguém muito interessada na aparência, mas ela tinha que o reconhecer!

— Ah, só queria me apresentar. Sou... hm, Burn. — Acabou por dizer, recebendo um olhar reprovador da irmã gêmea. Deu de ombros. — O prazer é todo meu Jenny.

— A Jenny não o reconheceu? — Yuuna perguntou abismada. — Mas o quê?!

Taiga deu de ombros, mas quem respondeu a pergunta foi Mila irritada com a atitude infantil que o irmão tomara:

— Eu tinha falado para o Haruya isso! Ela viu uma foto dela há muito tempo, não tinha como reconhecer. Mas ele é teimoso. Agora deve estar achando que ela é errada por não lembrar! Eu deveria dar uma surra naquele ruivo idiota e tingir ainda mais o cabelo dele de vermelho! — Gritou indignada.

Taiga tentou controla-la, preocupada:

— Calma Mila, as coisas vão se acertar. — Sugeriu.

— Eles não estão conversando? — Stéfanni perguntou erguendo as sobrancelhas. — Vai que ele conte agora que estão sozinhos.

○•○

Jenny apertou a mão nervosa com a forma penetrante que aquele garoto a encarava. Quer dizer, as meninas tinham saído do nada e a deixado ali! Sozinha! Com um garoto! Por quê?

— Então... Hm... Ainda acho que você quer falar algo. — Ela disse envergonhada.

O ruivo pareceu despertar com a voz da moça, balançando a cabeça:

— Ah, você está errada. Depois nos falamos. — Se virou, voltando a andar.

Quando não havia mais rastros dele no corredor, uma mensagem chegou ao celular da garota. Jenny arregalou os olhos confusos ao ler o conteúdo da mesma:

Se eu fizesse uma visita a você, será que conseguiria me reconhecer?” Nagumo Haruya.

○•○

— Então é tudo verdade sobre o time de futebol? — Questionou Mila curiosa.

Ela e Taiga estavam em baixo de uma árvore, com a sombra da mesma as protegendo do sol e as suas folhas balançando trazendo assim uma brisa leve e calma para perto de si.

Fazia tempo que as mesmas não conversavam assim. Daquele jeito. Juntas, como faziam durante a infância.

Aisaka vinha de uma família reservada, onde nas festas as mulheres se reuniam para falar sobre os filhos e maridos, os homens falavam sobre esportes, as meninas brincavam de boneca — pelo menos na época da última festa — e os meninos jogavam futebol.

Qualquer um que contrariasse essas regras era olhado com desprezo pelos outros da família.

Aisaka se lembrava de muito de um desses episódios e que fora a primeira vez em que conhecera a prima:

— Bonecas? — Uma garotinha de aproximadamente sete anos de idade franziu as sobrancelhas diante de tal proposta de uma de suas primas de segundo grau. Ou será que era terceiro?

Ela possuía cabelos castanhos amarrados em duas Marias-chiquinhas e usava um vestido branco, cheios de bordados daqueles que faziam qualquer um querer apertarem as bochechas de tão fofa que ela era.

— É. Bonecas. — Confirmou outra garota, que tinha as bochechas rosadas em um batom que parecia ter sido passado pela mesma já que ia desde a região do queixo até um pouco acima do nariz.

— Você tem outra sugestão, por acaso? — Questionou uma delas, com um tom irritado.

Taiga lançou um olhar institivamente em direção aos garotos que jogavam futebol do outro lado na quadra improvisava do clube onde toda a família se reunira. Ela se lembrou do que sua mãe dissera, mordendo o lábio inferior irritada:

— Sei lá... Por que não brincamos com nossos primos? — perguntou inocente, sem entender por que recebera inúmeros olhos incrédulos.

— Sério? Mas eles estão jogando futebol! Isso é para meninos! — Retrucou outra ali, com as bochechas vermelhas como se Taiga tivesse falado a maior barbaridade de todas.

— E? Quem disse? — A morena questionou.

A da ‘cara-batom’, franziu as sobrancelhas lançando um olhar irritado para a prima que sem entender, se deixou escutar o que ela tinha a dizer:

— Você é como a sua mãe, assim como a minha mãe vive falando. Garota chata! Se quiser jogar futebol, saia daqui! — Disse.

Taiga sentiu seus ossos enrijecerem e se controlou para fazer o que tinha segurado para não fazer por muito tempo. Prometera para sua mãe ser mais educada. Mas simplesmente não dava! Elas tinham falado dela! Da sua mãe!

— Para Sayuri. — Advertiu Mila, que até então não havia se pronunciado distraída demais com as guloseimas do bufê.

— O quê? Só estou falando a verdade! Não é verdade o que dizem? Que a mãe dela é uma...

Taiga cerrou os punhos, deixando as franjas descerem sobre o seu rosto e disse furiosa interrompendo Sayuri antes que ela dissesse algo que pudesse comprometer toda a animação daquela festa:

— Cala a boca, idiota. — Ameaçou. Levantou a cabeça lançando o olhar com intuito de transmitir tudo o que sentia e pareceu funcionar ao notar que a garota se encolheu com o mesmo. — Eu até poderia te socar agora, mas acho que sua cara já está vermelha o bastante por causa do seu batom, que a propósito, passou quando estava rolando no caminho?

Aquilo era novidade. A menina sempre recatada, quietinha, dizendo coisas daquele tipo? Até mesmo a própria Taiga encarou ceticamente a cena ao perceber quando os risos começaram e a pobre Sayuri se encolheu envergonhada.

Apenas tentando ignorar aquilo e torcendo para que sua mãe não percebesse, caminhou até a quadra onde estavam os meninos recebendo olhares confusos de todos ali presentes da ala masculina. Rapidamente os comentários começavam. Comentários ruins sobre a sua mãe.

Comentários que ela preferia não ouvir.

Preferia mesmo.

— Eu posso jogar... Futebol? — Ela perguntou nervosa quando ouviu um ‘o que está fazendo aqui?’ de um dos garotos que jogavam. Ela tinha cabelos vermelhos e olhos amarelados. Parecia bem mal-humorado ou talvez esse fosse só o jeito dele.

Ao ouvir isso, todos os meninos começaram a rir fazendo uma roda em volta da garota que se encolheu envergonhada:

— Por que não brinca de boneca, anãzinha? Se referiam ao fato de Taiga ser bem menor do que todos ali. — Não. Não vamos te deixar brincar com a gente.

Taiga já sentia os olhos marejarem por dois nãos seguidos. Por que era sempre assim? Sempre excluída, sempre deixada de lado. Por quê? Sua mãe já se levantava preocupada observando todo o movimento ali atrás ao redor da filha. Talvez não fosse certo ter pedido para a menor aguentar tudo calada.

Mas antes que ela pudesse pensar no que fazer, uma mão pequena tocou os ombros da morena a fazendo levantar a cabeça se deparando com uma menina bem maior que ela que tinha cabelos alaranjados quase loiros bem escuros. O ruivo, até então tão seguro de si, deu alguns passos para trás nervoso assim como fizera todos os meninos ali presentes:

— Não estão se achando muito, hein, seus merdinhas? Perguntou a garota retoricamente que apesar da idade, já possuía um linguajar bem inadequado para a mesma. Ela estralou seus dedos. — Que bom que resolveu perguntar Taiga, também estou morrendo de vontade de jogar futebol. Sei que os meninos devem estar morrendo de felicidade por isso, não é?

— C-claro que e-estamos, Nagase. Mas não há lugar aqui no time. Teríamos que tirar duas pessoas para colocar vocês. — Tentou escapar um deles.

A garota sorriu superior. Nagase era o pesadelo de todos os garotos ali por não ter rédeas e bater em todos os que a provocassem.

— Mas isso não tem problema? Vocês tiram não é mesmo? — Questionou ameaçadora, fazendo os garotos assentirem rapidamente para discutir quem seria o azarado ou sortudo que deixaria a brincadeira.

Taiga lançou um olhar grato à prima, dizendo:

— Obrigada. Meu nome é Taiga, prazer. — Se apresentou.

— O meu é Nagase, mas pode me chamar de Mila. Mas do seu nome eu já sabia. — Sorriu.

Taiga já sabia que ela saberia, mas guardou essa observação somente para si mesma. As duas sorriram uma para as outras e começaram uma grande amizade dali, nascida pelo o futebol.

— É. Sim. — Respondeu Taiga à Mila, com um sorriso empolgado. — Você tem que ver! Está sendo muito legal tudo isso! Fora o fato de que vamos jogar contra o Noboro, mas fora isso está muito divertido.

Mila franziu a sobrancelha confusa:

— Mas você não os admirava? Tipo, eles eram seu time favorito!

— Claro. — A morena deu de ombros. — Eu os admirava muito. De verdade. Mas infelizmente, as coisas não eram como pareciam quando os via na TV. Eles simplesmente eram um bando de machistas ordinários!

— UOU! — Mila exclamou surpresa. — Priminha, o que te dão nessa escola?

Taiga já ia responder quando avistou Fubuki passar lotados de papeis, enquanto tentava despistar-se de uma garota que não parava de segui-lo usando a desculpa do projeto.

Ela acenou insegura, e após passar os olhos pelo o local, o albino parou nela lhe devolvendo com um sorriso já que as mãos também estavam ocupadas. Mila ergueu a sobrancelha curiosa, segurando uma risada:

— Repetindo: O que te dão nessa escola? — Questionou curiosa. — Até um paquera já arrumou! Você tinha me prometido que nossos únicos paqueras seriam os caras do amor doce!

Taiga riu, tentando esconder a vermelhidão em suas bochechas:

— Mila! Ele não é meu paquera, e, aliás, você não pode falar nada. Lembra-se do reserva do time das Stars, aquele loirinho que parece uma garota? Eu descobri porque você tinha tanto interesse nos jogos, era só por causa dele, não é mesmo? — Retrucou, tentando mudar o mais rápido de assunto. E pareceu dar certo.

A mais velha corou — algo difícil para ela — e fez um bico profundamente irritado, dizendo:

— Ele não parece uma garota! — Reclamou.

Taiga riu:

— Era só isso mesmo que você queria falar? Nada como ‘Não, eu não fazia isso prima, eu só queria assistir o jogo mesmo’?

— Não. É verdade mesmo.

— Ok. — Bateu a mão na testa, dando várias gargalhadas. — Ok, Mila. Deixa eu me recompor. Espera. Ok. Vai ficar aqui até quanto tempo?

A garota respondeu pensativa, apoiando a cabeça sobre o queixo:

— Disse para minha mãe que ia assistir o seu jogo, mas como não sabia que dia seria ela me deixou ficar aqui por toda a semana. — Disse.

— Isso é ótimo. Se bem que vamos estar bem ocupadas essa semana... — Taiga pensou em voz alta.

— Mas o jogo não é só daqui 2 dias? — Questionou Mila confusa.

— É. Mas ainda precisamos de duas jogadoras. — Taiga se deixou relaxar com um tom entristecido. Seus olhos se iluminaram, fazendo-a encarar a prima animada. — Mila, você não tem mesmo nenhum interesse em futebol?

A prima já sabia o que vinha depois. E sinceramente, não estava muito a fim de correr contra garotos suados e brutamontes.

— É... Você sabe, acho divertido, mas não considero um esporte para ser levado a sério. — Respondeu finalmente, depois de longo tempo em silêncio de ambas.

— Mas é exatamente isso! — O brilho não sumia para a infelicidade da outra. Falar com a morena era como falar com uma garotinha de seis anos. — Por favor. Só tenta jogar conosco hoje!

Taiga finalmente se acalmou, deixando assim para Mila o livre arbítrio de escolher o que pretendia. Não que fosse fácil, afinal tinha uma garota encarando-a com olhos semelhantes à de um cachorro penoso na sua frente:

— E tem como dizer não?


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Aceito até desabafos! hahaha ♥ Acham que a Mila vai topar? E sobre o Nagumo?
Até mais ♥



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