Lonely escrita por Novaes


Capítulo 78
Like I was never gone...


Notas iniciais do capítulo

MEUS AMORES! Sei que eu demorei, demorei demais. Mais de um mês, foi mês meio longo, eu sinto realmente muito, eu odeio demorar e tudo isso, eu sinto muito! Eu odeio isso demais, eu sinto muito, sei que demorei vocês na mão, sei disso, e eu sinto muito muito mesmo, quero compensar com vocês! Vocês me deixam? Cá está um capítulo meio longo para vocês se acostumarem e eu quero a opinião honesta de vocês sobre Effy está de volta, quero voltar ao lado badass misterioso dela, o que vocês acham? Af, que saudades de vocês! Ainda bem que eu não irei demorar mais assim, prometo.
Vocês são e sempre vão ser meu maior prêmio, minha maior conquista na vida. Eu amo vocês demais, eu sou loucamente apaixonada por cada um de vocês e se eu estou aqui hoje, é por vocês. Acreditem! Obrigada por tudo mais uma vez, e aqui vamos para mais um capítulo e esperem os outros que vão vir logo, prometo. E me desculpem pela demora para responder, eu amo todos vocês e são todos bem vindos! Eu prometo que vou arrumar tempo, é que está tudo uma loucura, tendo provas de 1 em 1 semana sabe? E eu tenho dormido só 3 horas por dia, só estudando, então sinto muito mesmo! Estou fazendo meu melhor aqui.
Agradecimentos - Jubs VOCÊ TÁ DE VOLTA MEU AMOR, FICA SEMPRE! Lorrani Cantieri SEJA BEM VINDA MEU ANJO!
Confidbieber SEJA BEM VINDAA, FIQUEM SEMPRE!



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P.O.V Effy

Não sei se estava preparada, mas fiz o que deveria ser feito.

Não sou esse tipo de pessoa, não posso ficar me afundando nessa depressão e todos ficarem rindo da minha cara, vendo o quão frágil eu sou. Nunca fui de demonstrar nenhum pingo de sentimentos, talvez seja isso a razão de eu ter pessoas associando meu nome a coisas ruins, talvez eu seja ruim, ou talvez não há nenhum meio termo, sou ruim, não há nenhum talvez, ou acho. É a verdade, e eu preciso lidar com ela.

Lavei meu rosto com a água que Daryl me trouxe, e também me ajeitei. Seria hoje que iria descer, hoje que iria enfrentar todos. Sou Effy Stonem e eu não irei abaixar minha cabeça. Pelo menos, é assim que eu estou pensando.

Não conversei com Daryl sobre isso, não conversei com ninguém sobre isso, mas talvez tivesse sido a conversa com Hershel, aquele velho sabe como persuadir a pessoa, o que não deixa de ser ruim, porque ele fica apenas mexendo com a mente das pessoas, ah, aquele velho.

O barulho lá em baixo começou a ficar cada vez mais alto, ou seja, as pessoas já estavam de pé e fazendo seus devidos trabalhos. Ora, Effy, não há tempo de ter o beneficio da duvida, apenas vá, antes de abrir a porta e ela de repente fazer aquele rangido conhecido, na verdade, aquele som era um dos mais conhecidos e escutados nesses últimos dias, ele cessava o silêncio que permanecia naquele poleiro.

Finalmente coloquei a porcaria do pé na escada e desci-a rapidamente, comecei andar e o quanto mais eu andava, mais olhares caiam em cima de mim, eu tentei o máximo do tempo dar meu olhar confiante, poderia parecer impossível, mas eu precisava fazer isso de qualquer maneira.

Enquanto passava por aquelas pessoas e cada vez mais elas paravam o que quer que estivessem fazendo para me olhar, me lembrei então daquela época, quando eu entrava no bar, era assim que a situação ficava, todos os olhares em mim, e eu nunca entendi o porquê. Talvez elas achassem algo em mim que eu nunca vi. Minha aparência não era uma das melhores para falar a verdade, minhas olheiras ficaram cada vez mais aparentes, meu cabelo um tanto bagunçado, meu olhar profundo, alguma roupa estranha que não era minha na verdade, Beth me trouxe uns dias atrás um short e uma blusa, coloquei apenas minha camisa jeans por cima, mas ainda assim... Não via nada em mim que as pessoas achassem atraentes, talvez elas tenham medo, ou por alguma razão acham que eu posso tomar conta de mim mesma, por ter aquele estupido andar confiante que agora não me convencia em nada, aquelas armas e facas penduradas no cinto que eu tinha ali no short, e tentava cada vez mais ignorá-los.

Fui até a oficina, Daryl estava abaixado por alguma razão. Cheguei perto o bastante para me abaixar e ele me olhar um tanto mais chocado.

– Effy! – Ele me cumprimentou ainda atônito.

– E ai, bonitão – Eu tentei parecer confiante, vamos lá Effy, isso é quem você é.

– O que está fazendo aqui? –Ele perguntou se levantando enquanto eu me sentei na bancada ali e ele se encostou do meu lado pegando um maço de cigarro do bolso e o isqueiro e o acendendo em seguida.

– Todos temos trabalhos a fazer, Daryl – Foi minha única resposta e o olhei sorrindo de lado irônica.

– Então você está de volta? – Ele me perguntou enquanto eu tirei o cigarro da sua boca e coloquei na minha, tragando.

– Como se nunca tivesse ido – Respondi olhando para as pessoas em volta que ainda olhavam pelo canto dos olhos.

– Os ignore – Daryl me aconselhou.

– Não ligo para eles, como se não fosse suficiente o mundo ter acabado, eles ainda gostam de tomar conta da vida dos outros – Eu falei um pouco alto para que as pessoas que estivessem perto ouvirem, e elas ouviram e saíram falando de algo, provavelmente sobre mim.

Daryl riu. Na verdade, foi um dos poucos sons que eu ouvi Daryl fazer na vida, mas aquilo era uma risada como se fosse um começo de uma gargalhada e eu parei arqueando as sobrancelhas e o olhando.

– O quê? – Ele perguntou ainda sorrindo, e era um grande sorriso.

– Você está... Sorrindo? – O perguntei olhando-o ainda confusa.

Aquele sorriso de poucos segundos se fechou rapidamente e ele voltou a sua posição de bad boy como sempre fez.

E foi a minha vez de rir.

– Eu realmente escutei Daryl rindo? – Carl veio olhando em direção a Daryl, aparentemente ele estava perto, então ele me olhou chocado. – Effy? – Ele falou e veio andando ainda mais rápido e me deu um abraço, afaguei os dedos em seu cabelo.

– Sim, Daryl estava rindo. Acredita nisso? – Falei olhando para ele quando ele nos afastou, ele ainda tinha sua feição confusa por me ver ali, e surpreso demais ele ainda olhava para mim daquele jeito, e eu pisquei para ele afirmando que estava tudo bem.

– Não é como se eu nunca estou rindo – Ele falou e depois olhou para o outro lado. – Jesus – Ele praguejou baixo olhando agora para cima.

– Você nunca sorrir – Eu e Carl falamos em uníssono encarando Daryl que olhava para nós como se fossemos dois loucos, mas eu digo que se tivéssemos combinado isso antes não sairia tão perfeito e então olhei para Carl do jeito que ele me olhava, um olhar mantendo nossos segredos e ele sorriu. Escutei alguém o chamar e ele gritou algo como se falasse que já iria.

– Pode ir, kiddo – Eu falei e ele sorriu.

– Vejo você mais tarde? – Ultimamente ele sempre me pergunta isso, mas eu entendo, ele se apegou demais à mim, assim como eu a ele, e ele nunca sabe quando eu posso ter outro surto e sair por ai feito uma louca, então ele nunca estará 100% seguro que eu estarei ali, mas estou consciente e para falar a verdade, não quero decepcionar o garoto.

– Absolutamente – Eu falei e ele saiu sorrindo.

Ele está mais sorridente hoje, eu percebi.

– Sabe, esse garoto gosta muito de você – Daryl falou.

– Não irei decepcioná-lo mais, Daryl. Pelo menos não conscientemente – Eu respondi. Sei que ele estaria me dando uma bronca interna porque sabe o quanto Carl se importa comigo e eu sempre estou fugindo.

– Effy, esse garoto te ver como uma única figura materna que ele tem agora – Daryl falou e eu o olhei. Não estou mais sorrindo ou com nenhuma feição de alegria.

– Não diga essa droga, Dixon – Falei enquanto descia da bancada e ficava de costas para a pessoa, apoiando minhas mãos ali e abaixando minha cabeça.

– Não estou falando isso como algo ruim, você apenas precisa...

– Daryl, pelo amor de Deus, como eu posso ser uma “figura materna”, como você diz? Nunca tive uma mãe. Sou uma droga como pessoa, sou instável. O que eu vou fazer? Não posso simplesmente não ligar para ele... Carl é o garoto mais doce que já vi, e Judith, meu Deus. Como eu vou conseguir fazer isso? Eu não quero decepcioná-los mesmo eles tendo um pai como babaca, mas eu não sou uma mãe... Eu só não sou – Eu falei e ele me fez virar para olhá-lo.

– Não precisa ser uma mãe. Não precisa se colocar tanta pressão, você já faz mais que o suficiente, mas só para você saber, caso...

– Caso eu vire uma louca novamente e saia pela floresta sozinha e sem armas? Jesus, obrigada Daryl – Eu falei e ele bufou.

– Estou apenas falando – Ele respondeu levantando a ferramenta que estava em suas mãos e balançando em redenção.

– Preferia que não tivesse falado – Respondi e ele bufou de leve e se abaixou para consertar o carro.

– Sabe, talvez devesse tentar parar de ser tão amarga – Ele falou e eu percebi que tinha alguém atrás da gente, mas eu não olhei.

– Talvez você devesse parar de ser um babaca – Retruquei e ele riu. Olhei para o lado e vi Beth sorrindo, veio me abraçar de lado silenciosa.

– É, e talvez você devesse logo se resolver com seu... – Daryl se levantou e quando se virou, viu Beth e de repente, o que ele estava falando ele interrompeu e ficou olhando para ela, e eu só pude sorrir de lado, é, realmente, o Cowboy foi fisgado pela Greene.

– O que você ia dizendo, Dixon? – Retruquei e ele jogou um pano em cima de mim.

– Oi, Daryl – Beth como sempre doce o olhando com seu olhar doce, porém tinha desejo nele. Desejo de ter o Dixon, desejo de saber das coisas que não sabia.

– Greene – Ele cumprimentou e os dois ficaram mais uma vez se olhando daquele jeito. Daryl não fazia questão de desviar os olhares, já Beth tímida desviava, acho que não conseguia sustentar o olhar daquele jeito por muito tempo, apesar de que queria. Sei que queria.

– Okay, isso acabou de ficar estranho – Falei rindo e eles me olhavam feio. – O quê? Estamos todos em casa aqui – Falei fazendo um movimento com a mão generalizando.

Beth riu. Dixon ficou ainda emburrado, fui até ele e mexi nas suas bochechas.

– Pare, assim você irá ficar com rugas – Eu falei e ele tirou as minhas mãos da sua bochecha delicadamente.

– Você parece uma pirralha – Ele começou com seus elogios, estávamos cara a cara como sempre estivemos.

– E você parece com um babaca – Retruquei e ele fez uma cara fingindo estar chocado. Beth começou a rir.

– Ah, é? – Ele perguntou já dando passos atrás de mim.

– É – Respondi de má vontade e quando percebi o que ele queria fazer, comecei a dar passos largos para trás e então saí finalmente dali e eu vi que ele vinha atrás de mim. - Dixon, fique longe! – Eu já estava quase gritando andando para vez mais para trás e então ele chegou e me puxou me levantando para cima me jogando praticamente no seu ombro.

– Quem é o babaca agora? – Ele perguntou, olhei para o lado e vi Beth rindo.

– Você, imbecil! Agora me coloque no chão – Eu falei e ele riu. Novamente, ele riu.

– Ah, é? Seja uma boa garota, Stonem – Ele falou.

– Daryl... Oh, Beth, me ajude! Seu namorado não para de me assediar – Falei e ela apenas gargalhava. Bufei, ótima ajuda.

– Você é tão baixa – Ele falou enquanto me colocou no chão, ele ainda ria. Ajeitei meu cabelo que deveria estar num estado critico.

– E você continua sendo um babaca... Idiota e... – Eu falei ajeitando o cabelo e senti alguém atrás de mim, me virei rapidamente e vi a última pessoa que queria ver, mas sei que não era impossível de ver, pois morávamos no mesmo lugar. Rick. – E o que você está olhando? – Eu sei que não deveria me deixar levar, mas estava com raiva e então o interroguei e ele apenas levantou a mão em redenção, mas ainda me olhava com intensidade em seus olhos e não consigo entender o porquê. E de repente, aquelas suas duras palavras me invadirão a cabeça e cortei logo nossos olhares. – Sim? – Perguntei e ele apenas olhou para o outro lado e percebi que engoliu seco.

– Estou à procura do Daryl – Ele falou meio que entre gaguejos. Eu me virei para o lado que ele estava olhando, em direção ao Daryl que estava apenas daquele seu jeito sério como sempre.

– Daryl está bem ali – Apontei para ele que fez apenas uma careta enquanto passava.

– E ai, cara? O que foi? – Perguntou Daryl olhando diretamente para mim enquanto eu passava, não sei o que esse olhar significava. Ele tem que estar do meu lado.

Eu apenas o ignorei.

– Precisamos conversar – Escutei a voz de Rick e sentir seu olhar queimar em minhas costas. Eu apenas continuei andando até Beth que ainda estava na oficina.

– Ele está arrependido, sabe? – Beth tentava consertar as coisas com sua voz doce.

– Ótimo para ele, certo? – Eu retruquei e ela apenas abaixou a cabeça. – Eu vejo que você e Daryl estão se entendendo – Eu falei enquanto eu me abaixei para terminar o serviço de Daryl no carro.

Eu fui criada com ele, então tive que aprender algumas coisas para fugir da casa também.

Vi Beth ficar corada.

–Ah, vamos lá Beth. Sou eu, não precisa ficar toda envergonhada – Eu falei e ela riu.

– Talvez estamos, eu não sei – Ela respondeu ainda envergonhada. Eu apenas ri e fui consertar e Beth começava a falar certas coisas, tentei prestar atenção na maioria delas, na verdade, eu sei que estava escutando o que ela estava falando, mas ainda eu estava olhando em volta, todos voltando ao seu devido lugar e eu precisava achar o meu e me encaixar, ou sei lá, apenas dar um jeito de me encaixar nisso tudo, como Daryl disse, por Carl e Judith. Sei que não parece ser minha responsabilidade, mas eu fiz isso, garanti isso no começo disso tudo, não posso simplesmente abandoná-los. Preciso deles tanto quanto eles precisam de mim.


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Notas finais do capítulo

Amo vocês todos!



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