Lonely escrita por Novaes


Capítulo 77
What was left to miss?


Notas iniciais do capítulo

MEUS AMORES, DEPOIS DE MUITO TEMPO: ESTOU FINALMENTE DE VOLTAAA, YAY! Okay, quanto entusiasmo, Novaes, é que eu estava realmente com muitas saudades, acho que nunca passei tanto tempo sem escrever, de verdade, sem nem entrar no Nyah! Meu Deus, viajar assim acho que não consigo mais, tipo, passar tanto tempo sem escrever, mas espero que tenha outras viagens, enfim, vocês entenderam né? Mas que saudades, estou aqui para mata-las, desculpem a demora! Espero não demorar assim, e postar logo essa semana, realmente espero, mas segunda já volto a rotina, af, que dia triste para sociedade, mas okay, quero dizer que esse capítulo ficou do jeito que eu esperava e que estou feliz do jeito que as coisas estão indo nessa fanfic, quero saber cadê o pessoal, mas okay, vou relaxar! Espero que estejam gostando da fic, eu estou tão feliz por estar de volta e estar de volta pra vocês e vocês pra mim, amo todos vocês!
Agradecimentos – Ellie Caroline MEU AMOR VOLTOU! ALELUIA, ALELUIA, ALELUIA! Jubs meu anjo, seja bem vinda! Estou tão feliz com sua chegada.



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P.O.V Effy

Os dias começaram a passar devagar de novo, era como se eu não tivesse consciência do dia que era, ou de quanto tempo eu estava ali naquela torre, eu não saia mais dali, fazia um bom tempo que eu não ia lá em baixo, aliás, desde que cheguei aqui, e subi, não saí mais daqui, meus dias tem sido todos contados aqui.

E foram apenas 3 demorados dias jogada nesse lugar, é difícil dormir, quase não durmo, mas Daryl vem sempre aqui, toda hora ele está por aqui, Beth também tenta subir para conversar, mas não consigo conversar, ou melhor, não consigo responder todas as suas perguntas, que são muitas, então, ela que responde as minhas perguntas, e geralmente, estamos falando sobre o relacionamento dela com Daryl, que está andando, porém devagar. Maggie vem aqui de vez em quando, mas não é uma visitante de todos os dias, mas deixa clara sua preocupação, o que é estranho, eles não tem o que se preocupar, não sou nada. E claro, Carl vem sempre aqui, todos os dias ele chega com sua mochila cheia de quadrinhos e livros, e senta-se ao meu lado, apenas para ler, ele fica deitado no meu colo, ou apenas fica ao meu lado, lendo, ou conversando algo, menos do que aconteceu, até porque ele sabe, eu sei que sabe.

Carl ficou assustado desde aquele dia que me viu naquele estado, ele nunca me viu chorar, e provavelmente, foi a última vez que ele viu aquilo acontecer. Mas ele sempre está sorrindo, então acredito que ele apenas ama minha companhia, e eu amo a dele. Aquele garoto se tornou tantas coisas para mim no meio desse caos, perde-lo, com certeza vai ser uma das coisas mais duras que eu vou fazer, e espero não estar aqui para ver acontecer, mas não consigo parar de pensar nisso toda vez que ele está aqui conversando tão despojado comigo, como uma criança-adolescente que ele é, sempre imagino que aquele sorriso pode não estar aqui amanhã, e isso é duro, viver sabendo que vai morrer a qualquer hora é duro, mas... Saber que eu posso acordar sem ver aquele sorriso, ou ter aquela conversa boba, ou dar qualquer conselho, ou até mesmo cuidar do jeito que eu cuido, é muito pior.

Mas nesse exato momento, estou sozinha. E é como eu me sinto desde então, sozinha.

Apesar de tantas visitas, tanto tempo aqui, nesse caos inteiro, no meio dessa família, me sinto só e sei que estou só, o que é pior ainda.

Apesar do fato de que eu e meu irmão nos odiamos por razões completamente compreensivas, sempre pensei que algum dia eu poderia vê-lo novamente, ou poderíamos, eu não sei... Sempre pensei que quem morreria seria eu, e não ele, e quem teria que me matar, era ele. Mas foi tudo ao contrário, e não parei de pensar desde aquele momento nas crianças que fomos, poderíamos nos odiar agora, ou sempre, mas eu lembro que antes dos seus 9 anos, eu era bem mais nova que ele, nos entendíamos, porque ele tentava me entender, ele gostava da criança que eu era, porque ele queria ser igual, apesar de que ele era o mais velho, e de alguma forma, completamente estranha, ele tentava me proteger dos maus que tinha em casa, mas depois daquele incidente pequeno que ele não deve lembrar porque era pequeno demais da nossa tia e de toda confusão depois que veio nossos pais e ele simplesmente não me escolheu, as coisas ficaram cada vez mais caóticas, e o ódio começou a ser um sentimento mutuo, mas sei que não era ódio como eu e meu pai, eu e ele era apenas uma mágoa das pessoas que nos tornamos.

E todas as lembranças não iam embora, e ficava cada vez pior quando não tinha alguém puxando conversa comigo, ou apenas estando aqui para me distrair, era de tarde então provavelmente estão fazendo todos seus trabalhos, porque realmente, todos temos trabalhos a fazer, mas não vejo razão de sair desse lugar, eu estava me afundando, sei disso, não quero, até porque foram motivos idiotas que despertou tudo isso em mim, mas não consigo parar, apenas não consigo, e não sei como vou sair daqui, ou saio desse estado de depressão, não sou mais uma adolescente, não sou mais criança, não vou ter qualquer outra saída.

Num susto repentino, ouvi a porta se abrir, aquele maldito rangido era sempre, mas fiquei um pouco em alerta porque a essa hora, ou pelo menos agora, ninguém nunca vem, quando me virei, dei de cara com Hershel e aquele sorriso doce e leve que ele sempre carrega junto com aquela barba enorme dele, e ele levantou as mãos em redenção quando vi que eu estava em posição de ataque, não sei o que eu esperava, mas com certeza, não era boa coisa, ele fechou a porta e se aproximou, me virei ainda sentada para onde eu tinha meu foco, o que geralmente era só as árvores.

– Posso sentar? – A voz grave de Hershel me atingiu, eu apenas dei de ombros sem mover meus olhos para sua direção.

Ele se sentou do meu lado, não sei, mas já tinha uma leve impressão do que estava por vir, e sinto que não estava pronta para as conversas de Hershel, ou dos seus conselhos.

– Agora fazem oficialmente 3 dias que você não desce – Ele falou, eu fiquei na mesma posição, sem vida. – Effy – Ele chamou minha atenção, sei que queria que eu o olhasse, então fiz. – 3 dias que não vemos você lá em baixo, estamos preocupados. Todos estão com saudades da sua ironia, ou do seu humor diferente...

– Tenho certeza que sim – O interrompi ironizando.

– Vê? É disso que sentimos falta – Ele falou e me olhou sério agora. – O que está acontecendo, minha criança? – Ele me perguntou, doce como sempre.

Apenas olhei para baixo.

– Rick sente sua falta – Ele falou e eu ri irônica.

– O que restou para sentir falta? – Retruquei irônica.

– Quando você chegou e eu abracei você, foi como uma bomba estourando em mim, apenas olhei para os seus olhos e foi como ver tudo o que você passou, é muita dor que carrega no peito, isso está matando você – Ele falou enquanto eu o olhava, ele estava realmente preocupado. – Eu não sei o que aconteceu, e nunca vou saber, mas, Effy... Você não está sozinha, sabe, você sempre teve esse ar de mistério e intriga... Não sei o que falar, geralmente tenho o que falar, mas agora eu estou... Eu estou preocupado – Ele falou um pouco exagero. – Você esteve longe por 3 meses e conseguiu fazer o grupo inteiro pirar atrás de você porque você é importante e espero que saiba disso, oh, Effy... Vai ficar tudo bem, espero que saiba disso.

– Não, Hershel! Não vai, nada está bem! Está tudo um caos e o mundo está acabando, não está nada bem – Eu falei quase gritando olhando em seus olhos e ele me olhou um tanto assustado, e depois mudou seu olhar para compreensivo de novo.

– Oh, Effy, poderia dizer mil palavras, mas a dor que você guarda minha criança, só você pode luta-la, e sei que fará, porque você é forte, você é também corajosa – Ele me olhava nos olhos agora e tudo parecia querer voltar à tona de novo. Fechei os olhos por meio segundo e tentei controlar meus pensamentos, minha respiração, não quero sentir aquilo de novo, não aqui. Abri meus olhos e encontrei os de Hershel compreensivos. – Sei que a vida foi dura com você, não tenho palavras para descrever, mas quer saber um segredo? – Ele perguntou e deu um sorriso de lado. – Você é mais dura que ela, e vai conseguir derrubar tudo isso! Sei que vai, Effy, então essa é minha esperança para você... Que consiga derrubar cada um dos seus demônios, e sei que vai! E que perceba que não está sozinha, não mais – Ele falou se esticando para dar um beijo em minha testa, se levantando e saindo. Deixando-me lá, um pouco sem palavras, ou sem ação, as palavras de Hershel realmente me atingiram. Fiquei atônita, sem ação nenhuma e isso é um grande problema, será que ele estaria certo? Ou não? Eu realmente acredito que não, mas só de pensar naquelas palavras de Hershel, realmente me atingiram, e agora não sei como me sentir.

Sinto como se minhas memorias fossem voltar a qualquer momento.

Encostei minha cabeça na parede e pude ouvir a porta abrindo de novo, não abri meus olhos só quando senti alguém se aproximando e quando percebi, era Daryl segurando duas xicaras de café, ele parecia um pouco assustado quando eu abri os olhos.

– Você está bem? – Ele perguntou me olhando daquele jeito que ele me olha desde que me viu naquele estado.

Ele me ofereceu o café, peguei e ele se sentou perto o suficiente.

– Hershel estava aqui, ele apenas falou algumas... Coisas – Eu falei um pouco ríspida.

– Você está bem? – Ele perguntou de novo preocupado.

– Não – Eu respondi sincera. – Mas vai ficar – Assegurei e virei minha cabeça para olhar o pôr do sol lindo que fazia ali.

Daryl não falou nada, mas ficou me encarando que eu sei, com sua xicara na mão e ficamos apenas assim, encarando aquele fim de tarde.


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Notas finais do capítulo

Amo todos vocês!



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