Lonely escrita por Novaes


Capítulo 33
You need to be strong for her


Notas iniciais do capítulo

HEYYY, estou de volta, isso mesmo! Demorei por motivos que eu fiquei desanimada, mesmo tendo os capítulos todos certinhos, isso me desanimou um pouco, o fato de não ter tido muitos comentários, mas resolvi postar. E ahh, se eu demorar gente, não se preocupem o problema é que eu quebrei minha perna e agora tá sendo complicado para mim, tanto é que eu estou virando agora a minha madrugada por não conseguir dormir com esse gesso no meu pé :(
mas enfim
Vamos comemorar com uns flashbacks antes da segunda temporada, bom, esse flashback foi depois de Daryl ter saído, depois de ela ter descobrido a traição da mãe dela, e a Emilly piorando.
Sim, eu criei uma fanfic nova de Criminal Minds, para quem gosta já dei uma dica e tudo mais! Tenho fanfic de American Horror Story e Once Upon a Time também, todas um pouco mais atualizada que outras, espero que curtam okay?
Agradecimentos - moni



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P.O.V Effy

Flashback

http://www.kboing.com.br/birdy/1-1266919/

“Havia uma semana que Daryl havia ido embora, e Emilly mal podia falar, e as coisas em casa cada vez ficaram piores.

Estava no cais, e vi que Cook se aproximava, ele pegou o cigarro que estava entre meus dedos, e traçou um caminho para sua boca, bufei da atitude dele mas nenhum dos dois falaram nada.

Cook não era um amigo, mas sei que nos entendíamos infelizmente, ele me entendia e sabia o que eu sentia, eu era problemática e ele também, então ele sabia como eu me sentia, mesmo eu não falar nada mas ele que traçava seu próprio destino, e o meu... Já havia desistido de traçar o meu, por todas as coisas que haviam acontecido comigo, eu havia desistido de tudo.

– É uma droga – Cook se pronunciou se referindo a situação Emilly. Fiquei calada. - Ela é sua melhor amiga, deve ser um peso – Ele falou e logo após isso, suspirou. – Não imagino pelo o que está passando – Ele falava tentando me consolar.

– O que você quer? – Resolvi me pronunciar, mas não movi minha cabeça para o encarar, fiquei apenas olhando para o cais, e querendo me entregar ali mesmo, queria que minha dor passasse.

– Ajudar – Ele respondeu, e me virei o olhando meia confusa, mas não demonstrei muito, e peguei o cigarro, e tracei na minha boca, e continuei encarando o cais. – Pensei muito em Emilly esses dias, e nossa, isso é estranho – Ele continuava, e deu uma gargalhada pequena. – Eu sabia do que as nossas vidas eram sobre, só não sabia que seria ela que seria punida por todos os nossos pecados...

– Você está dizendo que Deus se revoltou? E resolveu punir ela por beber, fazer sexo, ou se drogar? – O cortei.

– Não, estou dizendo que fizemos coisas que talvez devêssemos nos arrepender, mas não, nunca nos arrependemos, certo? – Me perguntou, e eu assenti com a cabeça olhando para baixo. Uma mão minha estava apoiada no meu joelho, e a outra mão estava com o cigarro entre os dedos. – Ela... Ela me ajudou tanto, e...

– Tem muita coisa que podemos aguentar – Falei o interrompendo, Cook gaguejava muito, ele tentava encontrar as palavras certas.

– Então você apenas vai deixar ela morrer? – Ele me perguntou magoado, e eu percebi que ele me encarava.

– O que eu posso fazer? – Perguntei, e naquele momento eu lembrei de quem eu estava falando, ela era minha melhor amiga, é claro que eu tinha que tentar salvá-la de qualquer maneira, apenas não sabia o porque, mas estava desistindo cada vez mais de tudo aquilo.

As lembranças começavam a voltar, já estive ali, naquele mesmo cais, com minha melhor amiga e agora estou com Cook – Que não dá a mínima para nada, e agora está sofrendo por causa dela -, conversando sobre a morte da minha melhor amiga, isso era assustador, até para alguém como eu, que não dá a mínima para nada.

– Eu... – Cook tentava falar mas as palavras não viam, e podia ver seu sofrimento, então ele abaixou a cabeça, e eu virei para encara-lo.

– Você precisa ser forte – Falei e ele resolveu me encarar, se virando para mim.

– Por que? – Ele me perguntou me encarando.

– Porque é a única coisa que podemos fazer agora, Cook. Ser forte, vamos ser todos fortes por Emilly, não tem mais cura, ela está morrendo! Ela... Mal consegue falar! Precisamos ser fortes porque agora, é a única coisa que temos, e eu sei que ela vai ser forte por nós, e é por isso... – Falei e ele abaixava a cabeça mais uma vez, estiquei um pouco a minha mão, e apoiei ela no joelho de Cook para demonstrar que eu estava ali com ele, ele não levantou a cabeça, apenas comecei a lembrar de todos os meus momentos juntos de Emilly e me dava uma certa vontade de desabar e desistir de tudo, mas não podia, apenas tirei minha mão do joelho de Cook e apoiei no meu novamente, e coloquei minhas mãos no olho, limpando-o daquela lágrima que queria descer.

“Eu não estou chorando” – Falei para mim mesma, várias vezes, e me levantei mas antes me ajoelhei perto de Cook colocando minhas mãos em suas costas.

– Seja forte, Cook – Sussurrei para ele, tentando colocar aquelas palavras em mim. – Seja forte por ela, como ela foi forte por todos nós – Falei e o deixei lá, me levantei e me afastei um pouco. Logo o vi desabar, chorar de tudo um pouco, aquelas lágrimas eu reconhecia, aquelas seriam as minhas, aquelas lágrimas eram lágrimas de pessoas que sofrem todos os dias, mas que engolem o choro, e apenas passa por aquilo com um grande sorriso, ninguém se importa.

Eu corri para casa, mesmo sabendo que me sentiria da mesma maneira, e mesmo sabendo que não teria ninguém para conversar sobre aquilo, entrei dentro de casa, e pude ver o casal feliz, e o filho perfeito assistindo televisão, eles não me notaram, subi as escadas, tirando minhas botas, e me deitando na cama, eu comecei a pensar no dia em que conheci Emilly, éramos ainda crianças, nos dias feliz, e também naqueles dias tristes, e logo pude ouvir uma certa gritaria interrompendo meus pensamentos, eram risadas, logo desci as escadas, irritada, e pronta para dar um fora em qualquer um que fosse, e logo vi ele, ele era o melhor amigo do meu pai, e o cara no qual minha mãe estava se pegando enquanto ele iria trabalhar, ele se amostrava todo, e podia ver os olhares da minha mãe e desse homem grotesco, e meu pai – Um que eu não dou a mínima também -, sorria para o homem e o ajudava em qualquer situação, e tinha orgulho em falar “meu amigo”, patéticos, pensei comigo mesma.

– Mas que família feliz – Eu me pronunciei descendo os restos da escadas, e vi que todos me encaravam.

– Não venha destruir esse momento feliz – Meu pai ralhou.

– É? – Perguntei gritando. – Que momento feliz? – Perguntei para ele e ele me encarou. – É ridículo o jeito que todos aqui fingem que se amam, e que são felizes – Falei e ele me olhava repreendedor mas resolvi continuar, e segui meu olhar para minha mãe. – Você não contou para ele, mamãe? – Perguntei irônica, e vi ela olhar nervosa para meu pai, e logo me olhou de volta, balançando a cabeça negativamente implorando para eu manter minha boca calada, mas não segui sua ordem e resolvi continuar, e pude ver meu pai olhando para ela, nervosa, e depois olhou para seu melhor amigo. – Você prefere que eu conte? – Continuei perguntando mais uma vez irônica.

– Contar o quê? – Meu pai perguntou confuso.

– Como sua mulher anda se pegando constantemente com seu melhor amigo quando você está trabalhando? – Perguntei soltando a verdade, e vi ele me olhar chocado e magoado.

– Não é verdade! – Ele ralhou de novo se levantando e me olhando cara a cara.

– Não é? – Perguntei. – Fale para ele! – Insisti para minha mãe, e ela olhou para os lugares nervosa. – Vocês são todos patéticos, mas o mais patético é você pai que nem para ver que sua mulher fica com seu melhor amigo em todos os lugares da casa, no meu quarto, no quarto do meu irmão, e no quarto de vocês! – Eu continuava e ele me olhava todo raivoso, muitos teriam medo do que aquele olhar falaria logo em seguida mas continuei pois eu não tinha medo de nada.

– CALE A BOCA, SUA FEDELHA! – Ele gritou comigo e me acertou um tapa forte na cara, o impacto foi grande, suas mãos eram muito mais fortes que as da minha mãe, mas logo virei meu rosto, não sorri sadicamente, não fiz nada.

– VOCÊ É UM IDIOTA, um homem totalmente patético e covarde, bate na própria filha por não conseguir ouvir a verdade, e a verdade é que sua mulher transa com seu melhor amigo em todos os lugares da casa, quase na sua frente, mas você não percebe, não é mesmo? - O perguntei repreendendo-o e jogando toda a verdade em sua cara, minha mãe se levantou assim como meu irmão, e o tal do melhor amigo eles olhavam a situação atentos, e vi os olhares da minha família – mãe e irmão -, que estavam com medo da reação do meu pai.

– Cale a boca! – Ele falava me puxando pelos ombros e me sacudindo fortemente. – O que há de errado com você? – Ele falava sacudindo com mais força. – Isso tudo é por que a patética da sua amiga está morrendo? HUH? É por isso que você está colocando a culpa em todos? – Ele me perguntou, e logo eu o olhei surpresa e um tanto magoada com o que ele havia dito porque Emilly não era um assunto para ser tratado assim. Ele me empurrou para parede e logo senti o impacto da parede, e caí no chão diante tanta força

– MAS É VERDADE, SEU IDIOTA! Seu patético, aceite a verdade. Sua mulher está tendo um caso – Eu falei para ele pausadamente, e não me levantei do chão, e vi ele se irritar e me puxar pelos braços brutamente fazendo eu o encarar, e vi ele fechando os punhos e iria me socar, eu sabia daquilo, eu olhei no fundo dos seus olhos e continuei firme, logo vi que minha mãe começou a gritar desesperadamente e meu irmão veio confrontar meu pai, o puxando para si para ele não me bater. E logo meu pai continuava tentando avançar em mim, eu não saí do meu lugar, ficava ali parada, para saber o quão longe meu pai iria com isso, mas minha mãe estava atrás de mim e tentava me puxar para eu sair do lugar, eu não queria aquilo, e vi a fúria do meu pai se exaltar por todos os cantos da casa, vi que ele alcançava com os pés coisas de vidros logo as jogando para longe criando grandes impactos no chão. – Vamos! Vamos! – Eu gritava desesperadamente. E vi ele se soltar do meu irmão, o jogando no chão e ele tentava se levantar rapidamente mas meu pai avançou em mim pegando o meu braço fortemente de novo, e logo iria me dar um soco mas minha mãe segurou sua mão.

– É verdade, Tom, eu traí você! – Ela gritava desesperadamente. – Apenas não faça isso, ela está falando a verdade, não bata nela! – Ela gritava novamente e vi meu pai olhando para ela chocada, e meu irmão se levantando rapidamente e indo para frente da minha mãe com medo da reação dela, meu pai me olhava, um tanto magoado, ele não se arrependia do que fez comigo, mas eu tinha no meu rosto um tanto de vitória por eu estar certa em algo como sempre, e ele não acreditar, mas dessa vez foi diferente, ele ouviu a verdade.

– Como pôde fazer isso comigo, Megan? – Meu pai perguntou para minha mãe, magoado, e se jogou no chão se sentando logo em seguida, colocando o rosto entre os joelhos, e gritando raivoso, e logo ele alcançou coisas de vidro e começou as jogar no chão. – O que tem de errado com vocês todos? Eu dei tudo a você! – Ele gritava, e vi que tentou jogar um vidro no seu melhor amigo mas o mesmo saiu correndo, ele era um homem daquelas coisas, de sair correndo quando as coisas ficarem ruins. Minha mãe colocou as mãos no rosto, chorando logo em seguida, com vergonha do acontecido, meu irmão logo a abraçou de lado, falando que estava tudo bem e a levou para um lugar afastado.

Me mantive posta no mesmo lugar, e pude ver meu pai tirando o rosto do joelho e resolvendo me encarar.

– Você está feliz? – Ele me perguntou tentando ficar irônico mas não conseguia. Me agachei perto dele, e ele me encarava.

– Eu queria tanto te ver queimar no inferno – Eu comentei e ele me olhava raivoso – Mas respondendo sua pergunta, eu estou muito feliz agora! – Eu respondi me levantando e deixando ele sozinho, saí pela porta, e dei um sorriso vitorioso, mas sabia que aquela seria uma nova cicatriz que levaria para minha vida, fora a de Emilly, fora a de qualquer uma que eu já passei ali com minha família, eu tinha uma nova cicatriz, mas essa... Essa eu fiquei imensamente feliz de poder mostrar na cara dele que eu estava bem, mas a verdade era que eu não estava...”


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Notas finais do capítulo

Obrigadaaaaaaaaaaaaaaaa, eu tentei um capítulo longo e com muitos gifs, pois eu amo gifs, mas eu não posso colocar muitos gifs então, um basta!
Espero que estejam curtindo e peço pra vocês por favor, comentem! Isso é importante para mim! Amo vocês! Obrigada



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