P.O.V Effy

Flashback

“Saí daquele hospital levando broncas dos médicos, falando que eu era uma tola esperançosa, e eu realmente era, uma tola em pensar que Emilly iria melhorar, eu teria de colocar na cabeça cedo ou tarde: Emilly irá morrer, ela não era eterna.

Saí revoltada batendo as portas e olhando com um certo rancor para cada pessoa que eu via na minha frente, e segui com o carro para um dos lugares que eu conhecia: O bar do Jimmy.

Ok, eu sou de menor por um ano a menos, mas nem por isso Jimmy me impedia de beber até porque ele sabia que eu não era de se dizer “não”.

Adentrei no pequeno bar avistando logo de cara, uns homens me olhando com desejo, eu via em seus olhos, me olhavam de cima á baixo mas já estava acostumada com aquilo, aqueles homens me repugnavam mas não quero demonstrar fraqueza, até porque eu não tenho medo.

Me sentei no balcão pedindo o de sempre para Jimmy – Em dias como esse eu peço sempre uma garrafa de Whisky e bebo logo nesse mesmo dia – Ele me atendeu como sempre um sorriso no rosto mas não lhe dei nada, nenhum sorriso ou ao menos tentei ser gentil pois eu não sou, e hoje eu estou extremamente estressada, Tomei o liquido que desceu ardendo em minha garganta, mas eu não ligava, eu gostava daquilo tudo.

Logo vi os caras se aproximando mais de mim, bufei estressada pois eu não queria ninguém perto de mim.

– E aí, boneca? – Falou o cara mais alto tentando se aproximar de mim. Fiquei calada e vi que eles inventaram de se aproximar mais – Vai ficar apenas calada, boneca? – Falou ele e logo ele pegou as costas da sua mão e alisou meu rosto. Que atrevido, pensei comigo mesma.

– Oh, querido! – Falei tirando bravamente suas mãos de meu rosto e jogando para ele – Da próxima vez que você me tocar, eu vou puxar suas bolas! – Gritei estressada e vi uma série de “whoah” ou “Vai ganhar para uma garota?”, eu achava aquilo tudo ridículo, pois discutir comigo não era a melhor maneira, todos ali me conhecia, o cara ficou com medo da cara que eu fiz e logo resolveu se sair, bufei com aquilo e o velho dono do restaurante veio conversar comigo.

– Effy, um dia vai ter de parar com essas coisas, estudar, deixa a bebida de lado – Falou ele tentando me aconselhar.

– Eu não irei parar com essa vida, olhe para você... Estudou, parou de beber na adolescência e está assim, eu com certeza irei ficar melhor que você futuramente – Retruquei irônica.

– Você é demais – Falou ironizando também.

– Ela vai morrer sabe? – Perguntei e ele me olhou concordando e abaixando a cabeça.

– Onde está o Dixon? – Perguntou.

– Eu espero que morto – Falei seca e ele riu brevemente.

– Você nunca queria que aquele rapaz morresse – Retrucou o velho Jimmy.

– Pare de está me enchendo, velho. Vá trabalhar! – Falei e ele riu se levantando e se posicionando para o balcão. Logo vi que alguém gritava meu nome e vi que era Cook, meu ex ficante, e meus problemas por inteiro.

Ele é da escola, e como sempre, nós não somos boas pessoas. Já bebemos, fizemos sexo, eu já fiz de tudo um pouco ao menos, e ele fez uma parte dessa minha rebeldia.

– Já faz um tempo – Ele me cumprimentou.

– É, você deveria ter ficado por lá – Comentei seca pois não queria mais ninguém de lá.

– Vamos lá, Eff. Aproveite a vida, pare de viver pelo os outros por um minuto – Retrucou Cook estressado.

– Vá para o inferno! – Falei o empurrando.

– Ela vai morrer e você sabe! - Exclamou ele por impulso.

– Você... Quer saber? Você tem razão! – Falei e ele me deu um sorriso safado e me deu a mão, apenas aceitei. Ele me levou para dançar, ali no meio de todos.

Logo depois que a dança parou, ele me puxou para si o beijando, peguei logo em seus cabelos e o trouxe mais para mim, eu precisava daquilo e eu mais ainda precisava de problemas.

Ele me deu drogas, fomos para o banheiro e logo colocamos a quantidade no nariz, sentindo de novo aquele efeito maravilhoso em mim.

– Eu soube que você teve uma overdose – Falou e eu dei de ombros, e ele se permitiu rir, ele já estava sobre o efeito da droga – Minha garota! – Falou novamente e me puxou para si me dando mais um beijo, me imprensando na parede mas logo troquei nossas posições – Você gosta de comandar.

– E eu acho que você fala muito – Retruquei o beijando e logo ele começou a distribuir beijos no meu pescoço, mas logo lembrei que eu não deveria está fazendo aquilo, e muito menos com ele, logo o afastei de mim e ele me olhou confuso – Eu acabei de lembrar, não vale fazer sexo com você – Falei e ele me olhou ainda mais confuso, apenas dei a meia volta, voltei para o bar e me peguei meu velho e bom Whisky, deixei o dinheiro para o velho Jimmy e saí, recebendo atenções daqueles homens grotescos.

Saí na rua meio cambaleando pois estava sobre o efeito da droga, fui andando para minha casa e logo pude ver minha casa de longe, saí atrás dela, e entrei sem ser vista por ninguém, parecia ter ninguém em casa, mas logo ouvi uns barulhos vindo do andar de cima, logo subi as escadas tomando várias goladas de Whisky, e sem ser notada – Por mais incrível que pareça minha bota coturno não fez seu barulho -, ouvia gemidos, e mais barulhos vindo do quarto, logo tomei uma longa respiração pois não sabia o que encontraria ali, e logo vi, minha mãe aos beijos com outro homem, ela estava de sutiã e o homem estava um pouco despido.

Meus olhos logo se arregalaram, não podia ainda acreditar que estava vendo isso, e senti que algo deslizou de minha mão, o Whisky que caiu no chão fazendo barulho, e logo minha mãe me viu e logo tratou de se cobrir com algo que viu, e tentou afastar o homem que estava tentando colocar a camisa de volta.

– Effy – Minha mãe pronunciou mas não conseguia falar nada. – Você não vai falar nada sobre isso, vai? – Perguntou ela saindo do quarto para me ver.

– Você quer saber o que eu acho? – Perguntei para ela, que me olhou confusa.

– Como é, querida? – Perguntou ela tentando ser amável.

– Eu acho que você está parecendo uma vadia desesperada – Falei e ela me olhou chocada com o que eu havia dito. Ela saiu do quarto e foi para minha frente.

– E você? Quem é você para estar falando de mim? – Perguntou gritando.

– Eu sou Effy Stonem, e você? Quem acha que é? – Perguntei e minha mãe me olhou magoada com minhas palavras.

– Eu estou vivendo a minha vida, você só fica atrás de uma garota na cama de um hospital que está morrendo – Gritou ela mas vi que ela se arrependeu subitamente.

– Vá para o inferno! – Falei e a empurrei, e ela bateu as costas na parede e me olhou com um olhar de várias emoções, uma falava de raiva, outra de dor porque eu havia a empurrado, uma de sofrimento – Você nunca mais ouse falar dela! Me ouviu? Sua vadia – Gritei e depois desci irritada pegando mais uma Whisky que havia em meu quarto, e saindo de casa, batendo fortemente a porta.”