Lonely escrita por Novaes


Capítulo 21
We are Effy and Emilly - Effy's smile.


Notas iniciais do capítulo

OLÁ, mais um flashback e esse foi meu favorito - até agora - como eu disse antes, vai ter alguns flashbacks assim para vocês saberem como era a vida da Effy antes do apocalipse, ou seja, era um inferno da mesma maneira kkk, bom, eu ando triste esses dias mas vocês me dão forças para continuar, bom, eu queria muito agradecer o carinho de vocês sabe? A forma como me tratam, o amor de vocês por mim, e pela minha história, aliás eu nunca pensei que ela iria exigir tantos comentários, recomendações e etc, agradeço do fundo da minha alma para vocês... bom, meus momentos aqui estão difíceis.
Bom, quando eu escrevi esse capítulo, faz um tempo, eu não imaginava antes o quanto a vida podia ser tão frágil, mas depois de um tempo, depois de muitas coisas que aconteceram comigo, eu descobri que a vida é muito mais que frágil e a gente precisa cuidar muito bem dela pra essa coisa frágil não se quebrar.
Então sim, falar de morte pra mim é uma coisa frágil demais, eu sempre fico meia abalada com esse capítulo, a gente passa por cada coisa nessa vida.
E ah, só pra implicar aqui em dizer que a maioria das coisas que acontecem na fic, aconteceram comigo, não o apocalipse zumbi, mas todas as coisas e tals...
Música: http://www.kboing.com.br/birdy/1-1122783/
Tem que ser Birdy, viciei!



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Flashback

P.O.V Effy

“Estávamos eu e e Emilly no hospital, necessariamente nos duas deitadas uma ao lado da outra, ela me olhava firme, e sempre quando eu ia lá sentia aquela pontada de dor no coração, eu sabia que não tinha mais jeito que tinha que ser, ela iria me abandonar.

– Espero que saiba o que está fazendo com sua vida – Ela se pronunciou pela primeira vez.

– O quê? – Perguntei meia incerta.

– Effy, eu sei o que aconteceu posso estar doente mas não sou idiota – Falou estressada.

– O que você quer dizer com isso, Emilly? – Perguntei assustada.

– Você tem vários planos, Ef, eu te conheço, te conheço muito bem aliás... – Falou

– Eu irei colocá-los em prática, é só você...

– Eu o que? HUH, Effy? Melhorar? Eu não sou uma idiota Eff, o tratamento não está funcionando que eu sei, eu estou cada vez mais pior e te arrastando para isso – Falou me interrompendo, naquele momento meu coração disparou mais e mais, era como se todas as palavras que ela fosse falar a seguir destruiria de vez, me mataria – Sei que Daryl lhe deixou, mas você não está sozinha, você precisa seguir em frente.

– O que vamos fazer? – Perguntei assustada.

– Bem, eu vou morrer... O que você vai fazer? – Ela me perguntou.

– Não fale dessa maneira – Falei resolvendo a encarar.

– E de que maneira você quer que eu fale Eff? Essa é a verdade, eu estou morrendo, e... – Ela se pronunciou mas logo se calou e eu logo a encarei de volta.

– Ems?

– Eu estou... Eu estou morrendo! – Falou assustada me encarando com lágrimas nos olhos.

– E eu não vou nunca ficar melhor novamente, e... Meus pais, minha vida...

– Somos Emilly e Effy, você vai ficar melhor, não seja idiota! – Eu falei interrompendo logo ela pois aquelas palavras me doía mais que tudo.

– Eu ouvi o que eles disseram, Effy! O tratamento não está funcionando! – Ela exclamou tentando se acostumar com a idéia da morte.

– Vamos achar outro tratamento, Emilly – Falei.

Logo depois disso ela chorou como nunca havia chorado antes mesmo quando descobriu sobre seu câncer, ela tinha fé e eu não possuía nada, mas diria que se Deus fosse ouvir suas preces seria as dela mesmo, ela simplesmente no começo de tudo – que ela soube do câncer – ela disse que Deus tinha reservado algo maior para ela e a família dela, eu simplesmente achei aquilo uma besteira, mas agora, eu acho que até ela perdeu sua própria fé. E eu rezava – por mais incrível que pareça – para ele não a levar talvez, ele me levar se ele quisesse mas não ela, ela simplesmente não merecia aquele sofrimento de quimioterapia, de todas as coisas que ela está passando por alguns míseros cigarros, eu deveria ter aquela doença, eu deveria está no lugar dela morrendo, eu não iria me preocupar agora, iria morrer completamente feliz pois sabia que minha melhor amiga estaria a salvo. Ela chorava incontrolavelmente e exclamava que iria perder todos e fazer as pessoas que ama sofrer. Ela me abraçava forte, e chorava, eu apenas me deixei ser, a abracei forte também como se fosse a última vez.

Logo depois de um tempo, Emilly estava preocupada e não parava de chorar, eu tinha medo dela ter alguma parada cardíaca ou algo parecido, eu definitivamente estaria perdendo minha amiga de vez e não poderia falar o que sempre quis falar, que eu acho que ela não sabe. Eu estava tão assustada, eu estava com tanto medo que até assustava-me por sentir aquilo, um médico entrou sorrindo para Emilly e disse que ela precisava fazer um exame para ver como estava o câncer dela – se havia piorado ou melhorado um pouco - ela disse que tinha medo de ir sozinha então resolvi que iria entrar e ser forte por ela como ela foi forte por mim.

Ajudei ela a se levantar e ela reclamava que ainda não estava aleijada, apenas ignorei os seus comentários irônicos sobre a morte. Entramos na sala e ela apertou a minha mão firmemente.

– Pode se deitar, por favor – Falou a enfermeira do nosso lado, Emilly a obedeceu e deitou na cama e logo levantando as mãos para eu as segurar parecendo uma pequena criança com medo de algum exame no médico, apenas sorri num gesto de “Seja forte, Emilly” e segurei suas mãos, nesse exame ela precisava entrar dentro de um aparelho. O aparelho foi se mexendo.

– Você precisa soltar minhas mãos, Emilly – Falei acompanhando ela para dentro do aparelho.

– Effy? – Falou assustada quando eu soltei sua mão.

– Está tudo bem, Emilly! Estou aqui! – Falei.

– Sem se mexer, por favor – A enfermeira falou, olhei para trás dando um olhar repreendo-a para a mulher e ela entendeu que havia falado besteira e levantou as mãos brevemente como um pedido de desculpa.

Emilly fechou os olhos firmemente assustada com tudo aquilo, eu olhava a cena toda assustada e eu nunca havia ficado assustada em toda minha vida.

Depois de um tempo, Emilly finalmente saiu daquele exame e tínhamos que esperar seu resultado então a ajudei para ir para seu quarto, logo eu disse que iria arrumar algo para ela comer pois comida de hospital é uma droga.

Quando voltei vi logo ela conversando com um garoto – Não era da nossa idade, aparentava ter uns 13 anos – sei que era feio mas não pude parar de ouvir a conversa.

– Você vai ficar melhor – O garoto insistia.

– Não, eu não vou... Eu apenas tenho medo por...

– Effy – O garoto completou para Emilly.

– Ela sempre dá aquele sorriso desde criança – Falou Emilly meio assustada, e olhei para ela firmemente mas ela e nem o garotinho percebia eu ali.

– O que você quis dizer com isso? – Perguntou o garoto, e eu o agradeci mentalmente pois até eu não havia sacado o que seria esse meu sorriso.

– O sorriso da Effy – Emilly pronunciou- se pensando em suas palavras – Desde criança quando brincávamos, ela era a melhor em se esconder e quando ela ganhava de mim ela dava aquele sorriso, no qual sempre falava: Eu sou Effy, você não me conhece nem um pouco, e nunca irá conhecer – Falou Emilly assustada e eu pensei bem, aquela seria eu, ela me conhecia mas só o que eu deixava ela conhecer. Aquele seria meu sorriso. O garoto olhou assustado para Emilly e Emilly lhe lançou um sorriso e vi o garoto começar a chorar em seguida, lembrei dele por uns instantes pensando, aquele seria um irmão distante dela. Ele a abraçou fortemente, chorando desesperadamente e gritando: “Por favor, não me deixe Emilly, não me deixe...” Aquilo era uma das piores cenas que você poderia ver na vida, deixei a comida em algum lugar e saí, tinha que pensar, tinha que lembrar, eu tinha ao menos que respeitar."


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Notas finais do capítulo

Comentários? hahhahaa, obrigada por tudo, amo, amo, amo vocês ♥



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