Os anjos não devem fazer pactos. escrita por Mana L


Capítulo 9
Capítulo 9- Nosso passado.


Notas iniciais do capítulo

Ninguém lembra do seu passado quando morre, isso acontece pra que posam recomeçar. Mas e se alguém lembrar? Como essa pessoa, anjo ou demônio iria reagir?



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POV Autora

Gajeel não podia se mover e aparentemente era o único consciente, Levy estava desmaiada ao seu lado e Lily estava nos braços de Lisanna “Oque esta acontecendo?” ele não conseguia entender.

– Oque você fez com eles? – ele tentou erguer a cabeça para olhar pra ela ,mas, o máximo que conseguiu foi voltar os olhos.

Ela parecia triste, cansada talvez, de toda aquela situação.

– Nada de muito mal, eu só não podia deixar eles ouvirem a nossa conversa. – Ela se aproximou e jogou um livro perto da cabeça dele. – Sabe oque é isso?

–Um dos livros da Srta. Mc...- ele reconhecia o cheiro, era o mesmo cheiro de Levy.

A albina sorriu.

–Mais que isso, é um diário... – ela se abaixou e abriu o livro, mas sem tira-lo do lado de Gajeel.- Eu quero que você leia as paginas marcadas.

– Por quê? – engasgou, a expressão dela voltou a entristecer.

– Porque você tem que deixa-la ir...- Disse Lisanna apontando para Levy. – Vocês não podem mais fazer isso.

O sangue dele ferveu, ele tinha acabado de conseguir tê-la e uma maluca aparece e diz que não, ele não ia permitir.

– Quem é você pra disser isso? – gritou, mas por mais que tentasse ele não conseguia sair do lugar.- MALUCA!

Lisanna tentou sorrir, mas falhou, ele gostava de Levy, a cupido podia ver isso nos seus olhos, Lisanna sabia que seria punida por isso, mas não se importava.

– Eu sou a culpada...- foi tudo que disse antes de se virar a começar a andar, indo embora. – Pelo bem da Levy deixe-a ir ou ele vai voltar, pra terminar oque começou... – e então desapareceu, sem mais nem menos.

A pressão desapareceu, permitindo que ele se movesse, mas ainda estava atordoado “ Oque foi tudo isso?” Ele foi até Levy, ela ficaria bem, só estava dormindo, assim como Lily, Gajeel levou-os para dentro e trancou a porta do galpão, depois deixou cada um em seu canto, algo o dizia que não era bom eles lembrarem do que aconteceu.

Quando tudo acabou ele se sentou em um canto esquecido do galpão, carregando consigo o livro que a cupido o indicara.

– Oque tem de tão importante em você? – perguntava olhando para o livro, ele abri-o na primeira marca sentindo o cheiro das paginas gastas, era o cheiro da anja, isso já o deixava mais confortável.

As notas dequele diário eram muito detalhadas, a dona contava seus dias de uma forma bem humorada e otimista, era muito familiar. De fato era tão bem escrito que ele conseguia visualizar as cenas na sua cabeça, se ele não tivesse sido ameaçado com aquele diário, talvez até o lesse com mais animo.

Mas algo mudou, de repente ele não estava mais lendo, os fleches estavam mesmo na cabeça dele, eram lembranças. Ele podia lembrar, não de tudo, mas algumas partes, a casa onde morava, a gangue que andava com ele e Levy, como ele podia lembrar de Levy?

Ele não sabia, mas de fato era ela, o sorriso era o mesmo. E ele também podia lembrar... Ele já tinha quebrado aquele sorriso um vez, antes do pacto.

As lembranças estavam embaçadas, não havia uma ordem lógica, era tudo muito confuso, mas ele podia ver ele e ela juntos, porém as escondidas “Porque escondidos?” ele não sabia, mas o sentimento era o mesmo que ele sentia quando estava com ela, alegria, se sentia especial, ele já a amou antes assim como sabia que amava agora, nada poderia deixa-lo mais feliz.

Porém sua felicidade durou pouco “Mas ninguém veio atrás de mim quando morri, onde ela estava?” Gajeel teve sua resposta da pior forma possível, ele não só assistiu, ele relembrou o pior momento da sua vida! O dia em que Levy foi tomada dele pela única pessoa que ele jamais poderia derrotar, a morte.

“Nós estávamos fugindo...” ele lembrou, mesmo que vagamente, ele podia ver ele e Levy correndo pelas ruas no meio da noite, eles iam embora “...mas algo deu errado.” Alguém estava atrás deles e Levy tropeçou “... ela não podia fazer esforço... mas porque não podia fazer esforço?” Alguém veio, um homem, mas Gajeel não pode ver o rosto, o homem apontou uma arma para seu peito “Ele ia me matar, porque não matou? Pensa Gajeel, pensa...” a resposta lhe veio junto com o som do tiro “Levy...”

Levy não tinha o deixado morrer, ela tomou o tiro por ele. O mundo de Gajeel caiu, mesmo sendo só lembranças, elas ainda eram reais. Depois do tiro tudo começou a seguir uma lógica, Levy caiu em cima dele logo depois do tiro, Gajeel só olhava para ela, mas pode ouvir o homem derrubar a arma e sair correndo, ele tinha matado a pessoa errada.

‘Levy, Levy acorda...’ ele tentou chama-la, seu coração quase parou quando ela abriu os olhos. ‘Tudo bem Levy, você vai ficar bem...’

‘Não me chame pelo nome...’ era isso que ela dizia com uma cara seria ‘... você nunca me chama pelo nome...’ sua voz foi sufocada por um gemido de dor

‘Lev-baixinha... não se esforce...’ além do tiro, tinha outra razão pra ela não poder se esforçar, ele só não lembrava qual era. ‘Você vai ficar bem anjinha, você vai...’ Levy o cortou ‘mentiroso...’ mas ela não estava mais seria, ela sorria, isso despedaçou o coração dele ‘...Gajeel’ ela o chamou ‘me perdoe...’ disse rindo com seu último suspiro, ele entrou em desespero, ela parou de se mexer e sabia que ela não se mexeria nunca mais.

Depois dessa sequência de lembranças tudo voltou a seguir sem lógica ou nexo, ele se viu em casa, seu coração batia, mas ele sabia que não estava mais vivo, morrera por dentro, junto com Levy. Pra ele foi muito fácil, pegar a arma que o assassino tinha deixado pra trás e simplesmente dar um fim ao seu sofrimento, ele era fraco... Levy, ela sim era forte, não ele.

Tudo, tudo estava fazendo um sentido terrível, até as palavras da cupido “Pelo bem da Levy deixe-a ir ou ele vai voltar, pra terminar oque começou...” Errado, isso estava errado e muito errado. Ele voltou a folhar o diário procurando qualquer coisa que pudesse lhe dar uma luz, na última pagina havia duas fotos, a primeira foi como se ele levasse um soco no estomago, uma foto dele e dela juntos e vivos, porém a segunda foto o despedaçou, uma foto de ultrassom, Levy, a sua Levy estava gravida, gravida de um filho seu! Sentia-se um lixo, se sentia pior que um lixo, mas ele ainda teve forças pra ler a nota na contra capa “Não leia! Diário de Levy Mcgarden.” Ele riu sem gosto, era mesmo muito burro “Srta.Mc, Mc de Mcgarden, era Levy, o tempo todo era Levy”

Gajeel não sabia mais oque fazer, como continuar? devia deixa-la? Ou não? E quanto ao filho? E o suicídio?

Tantas perguntas e todas sem resposta, mas a que mais o incomodava era:

“O que eu faço agora?”


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Notas finais do capítulo

POVO!!! Respostas e mistérios, só pra vcs!!!!
Bom, hoje n tem muito mais... >u
Kissus de chocolate pra todos!



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