At first sight escrita por BrunaBarenco


Capítulo 6
Capítulo 6: I think I know you from before


Notas iniciais do capítulo

HELLOOOU!

Eu sei, eu sei. Prometi que postaria mais rápido com seis reviews mas ontem eu ia postar mesmo, e então eu dormi. Pois é, humilhante. HUMILHANTE. Sou uma péssima autora. Mas estou aqui, de qualquer forma. Muito feliz com o número de leitores que aumentou , e com um capítulo novinho e que eu particularmente amei escrever. As notas estão aqui porque o Nyah! está veemente se recusando a deixar eu posta-las, mas qualquer outro dia arrumo o capítulo. Desculpem mesmo por isso, eu sei que atrapalha.

ENJOY ITTT! (e leiam as notas finais).



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I just want to know you better know
You better know you better now
I just want to know you know you know you

James fez uma careta. Ele adorava as primas, é claro, mas elas eram um pequeno problema. Roxanne podia ser tão ou mais escandalosa que o irmão gêmeo, e os dois juntos numa sala de cinema nunca davam muito certo. Ainda tinha Molly, saindo de casa escondida de Tio Percy. E claro, eles.

Depois de ter sido educadamente dispensado e obrigado a encarar as faces tão tristes quanto as que presenciam um enterro, feitas por Teddy, Fred e Alvo quando ele desligou o celular. Tinham mantido a promessa, e agora iriam se juntar as garotas no cinema.

–Elas falam durante o filme- Alvo reclamou.

–Você também fala- acusou Fred, já devorando a pipoca que tinha acabado de comprar. – E o James também.

–É diferente. Nós discutimos as diferenças do HQ pro filme, se é uma boa adaptação, se a cena tal acontece antes ou depois, procuramos onde está o Stan Lee... - James explicou como se fosse obvio.

–STAN LEE!- reforçou Alvo- A melhor brincadeira do mundo é procurar esse cara nos filmes.

–Onde estão as meninas? Elas disseram que iam trazer uma amiga. Companhia para o James- Teddy brincou, equilibrando duas pipocas grandes e um refrigerante.

Fred deu de ombros.

–Pode ser minha irmã, ter nascido dois minutos e meio antes de mim, mas eu ainda não sei magicamente onde ela está.

–Você podia usar seus superpoderes de gêmeos.

–Não existem superpoderes de gêmeos. Tem certeza que está na faculdade?

–A melhor aparição do Stan Lee foi em O Espetacular Homem Aranha.

–Não, Quarteto Fantástico.

–Capitão América 2 também foi legal.

James estava no meio de uma discussão com Alvo sobre o melhor cameo do criador de vários super-heróis da Marvel, quando de repente uma voz conhecida para ele falou.

–Ele não aparece nesse filme.

James sentiu o corpo ficar reto. Não podia ser. A vida era uma filha da mãe mesmo. Antes que ele pudesse virar para solidificar sua teoria (não, ele não confundiria também vozes agora, não depois de vê-la em cada loira que aparecia), Roxanne tomou a palavra.

–Pessoal, pessoal, esta é a digníssima e super difícil de ser convencida a fazer qualquer coisa...

–Roxanne!

–... inclusive ir nas miseras festas de família do seu padrasto. Ah, arrumei amizade com ela por algum motivo louco da vida. Dominique Delacour, esse é o resto da família Weasley. E Potter- Roxanne apontou para Alvo e James, que continuava de costas.

Ele se virou devagar e vislumbrou a garota. Era ela mesma. James sorriu para o nada. Coincidência era muito pouco perto disso.

Dominique cumprimentava Alvo agora. James colocou a pipoca na bancada à sua frente e virou na direção dela. Dominique demorou alguns segundos para percebê-lo. Ela cobriu a boca com a mão.

–James Potter?- ela ergueu uma sobrancelha, cobrindo a risada com as costas da mão agora. –Uau.

Os outros observavam a cena, meio surpresos e meio divertidos. James se adiantou e abraçou a garota a sua frente.

–Loira! Quem diria que a amiga das primas era você.

Dominique o empurrou.

–Você sabia? Que eu era a enteada do seu tio?

–Descobri hoje de manhã. Victorie que contou. – James respondeu, colocando as mãos atrás da cabeça meio sem graça.

Dominique parecia presa na indecisão de ficar brava com todos ou rir da estranheza da vida. Ela por fim abaixou a cabeça, envergonhada.

–Meu Deus, agora faz sentido.

–O que, Nique?- Molly perguntou interessada na conversa.

–Victorie. Ela chegou em casa cantarolando para mim “eu sei o que você fez noite passada”. – Dominique riu mais ainda. Ela voltou seus olhos azuis elétricos para James e ele queria continuar olhando ali por muito tempo. – Eu meio que achei ótimo isso.

–Você não imagina o quanto. Estou aliviado em saber que não foi apenas uma desculpa que usou para não sair comigo. - James riu também, aliviado de verdade. – E eu acabei saindo com você, Dominique.

Ela sorriu, levantando a cabeça e assentindo.

–Eu diria que é o destino, se acreditasse nisso.

Teddy pigarreou.

–Então, casal- ele frisou a última palavra, escondendo uma risada. – Vamos comprar os ingressos dessas mocinhas. - ele apontou para Molly e Roxanne.

–Meninas? Comprem o meu, por favor? Preciso comprar meus cachorros-quentes. - Dominique pediu, tirando dinheiro da bolsa e entregando a Molly.

A ruiva revirou os olhos.

–Você é estranha.

–Não sei como não engorda- acrescentou Roxanne. – James, vá com a Nique. – ela ordenou e James não sabia se aquilo era bom ou ruim.

As coisas com Dominique eram diferentes, e ele não queria ninguém interferindo no que quer que esteja acontecendo entre eles. Dominique o fazia esquecer-se de Jane, e como essa paixão platônica quebrava seu coração várias vezes seguidas.

Os dois conversaram banalidades enquanto andavam e na fila da lanchonete. Dominique gesticulava enquanto explicava porque não gostava de comer pipoca no cinema desde que tinha dez anos e se engasgou no meio de uma sessão. James continuava o assunto, sobre como era estranho comprar a pipoca e comer quase tudo antes do filme, e que não fazia sentido, devia ser só um mecanismo para o cinema ganhar mais na venda de comida.

Eles seguiam em direção ao cinema, James com a pipoca quase pela metade, Dominique e seus seis cachorros-quentes, mas mesmo assim ela tentava roubar um pouco da pipoca de James. Os dois riam, mais próximos do que amigos andariam, mas nenhum deles ligou muito. Ela parou a sua frente, balançando a sacolinha da lanchonete e colocando a mão cheia dentro do pote.

–Ahá!- Dominique disse com um sorrisinho no rosto. – Eu consegui- ela ficou na ponta do pé, a centímetros do rosto de James. Ele queria beija-la, ali mesmo, assim como naquele momento da noite anterior.

Antes que mais nada pudesse acontecer, alguém o abraçou por trás.

–James! Você por aqui?- Jane perguntou, olhando longamente para a posição de Dominique. Ela corou, e murmurou um “desculpe” para James baixinho. – Quem é ela?

–Dominique, essa é a Jane. - James respondeu, tentando sorrir para Jane. Ela ainda fazia o coração dele mudar de ritmo. Ótimo. Nada como ela aparecer para deixar aquela noite ainda mais confusa.

Dominique limpou a mão no jeans, e a estendeu.

–Olá, Jane. O James fala muito de você.

Ela sentiu os olhos castanhos brilhantes de Jane percorrerem todo seu corpo, como se a estivesse julgando. James parecia levemente abobalhado perto dela, como era de se esperar. Dominique quase quis rir. Claro. Ele era apaixonado pela melhor amiga. Ela era apenas uma distração.

Jane apertou sua mão, com um típico sorriso superior. Dominique nunca ia entender essa necessidade das meninas de serem “inimigas” umas das outras.

O celular de Dominique tocou.

–Roxy? Sim, sim, já acabamos. O que? Tá, estamos indo. Não entrem, suas vagabundas. Esperem aí.

–... uma festinha na casa da Kim Chang. Você podia ir. Tenho muito que desabafar- Jane tagarelava com James, mas ele mantinha os olhos na loira equilibrando seis cachorros-quentes e seu celular.

Dominique tocou seu ombro.

–Potter- ela chamou, quase rindo do que tinha entreouvido da conversa. – Temos que ir. O filme já vai começar. Molly está quase morrendo lá em cima, e Fred quase derrubou sua segunda pipoca.

James se virou para Jane.

–Hã, eu vou pensar nisso. Tenho que ir, Jane. Foi hum legal te ver aqui. Aproveite suas compras. – ele deu um abraço rápido na morena e acenou para as amigas dela, que acenaram de volta, logo voltando a sua rodinha e começando a cochichar. – Vamos ao passado e salvar o futuro mesmo que ninguém reconheça o feito.

–Só nós e o Wolverine. Quem sabe a Kit Pride lembre também?- Dominique respondeu, aos risos.

Parte de James, a parte que durante as últimas 24h não conseguia parar de pensar na loira, ficou chateada por ela não ter demonstrado nada nos rápidos momentos com Jane.

*****

–Melhor filme do X-Men EVER!- Alvo saiu gritando do cinema, jogando seu pote de pipoca pra cima e depois o pegando do chão e colocando no lixo. – E a cena do final?

– En Sabah Nur! Apocalipse!- completou Dominique. – Esse filme pisou. Não tive sono em nenhum momento.

James estreitou os olhos para a conversa animada entre o irmão e Dominique.

–Sim, pelo menos agora acho que vão levar a franquia para o lugar certo.

–A Jennifer Lawrence é gostosa. - Teddy comentou, e Fred fez coro.

Molly, entrando na onda, começou a listar todos os atores do filme que achava gatos. Os sete se encaminharam para a entrada do cinema, e sentaram-se, gritando spoilers para as pessoas que ainda estavam na fila. Uma hora depois, ainda estavam todos sentados no mesmo lugar.

–O que nós vamos fazer hoje?- perguntou Fred, girando o celular entre os dedos.

–Quote de Phineas&Ferb?- Roxanne perguntou, implicando com o irmão, que teve a madura atitude de mostrar a língua para ela, o que fez todos rirem. – Mas sério, mano, eu concordo com você. É um sábado à noite! Temos que fazer alguma coisa. Me recuso a voltar pra casa agora.

Teddy assentiu.

–Eu também acho.

Dominique riu dele, respondendo rapidamente uma mensagem de Victorie perguntando se ela ainda estava no cinema com “o boy magia Potter e a família sensação”.

–Você ‘tá na faculdade, colega. Podia ir a festas de faculdade, com garotas de faculdade e beber sem ter que correr da polícia. – ela apontou para Teddy, que estava vermelho. – Festas onde a Victorie vai.

Ela frisou o nome da irmã, fazendo Teddy ficar cor de rosa. Ele não respondeu.

–Entããão- Fred alongou as vogais ao falar, tentando quebrar o clima que Dominique tinha jogado na conversa. – O que nós vamos fazer mesmo?

James passou as mãos no cabelo.

–Bem, a Jane disse que... - ele começou, e Alvo fez uma careta, recebendo um olhar de censura do irmão. – Isso vai te interessar, babacão. Ela disse que iam para casa da Kim Chang. Se vocês querem tanto fazer alguma coisa, podíamos ir para lá.

–Os pais dela estão viajando- Roxanne comentou. - Eles sempre viajam quando ela os pega fazendo coisas indevidas.

–Isso é nojento- Molly comentou. – Como você sabe dessas coisas?

Roxanne deu de ombros.

–Ela está na minha classe de Saúde.

–Vamos, então?- Teddy perguntou, já se levantando e girando a chave do carro nos dedos.

–Aaah eu não sei se é uma boa ideia. – James se pronunciou ainda jogado em um pufe.

–Você que deu a ideia. Qual o seu problema, James?

–Já saímos ontem. Precisamos mesmo sair hoje de novo?

Molly revirou os olhos.

–Desculpas esfarrapadas.

Dominique levantou o dedo, como se estivesse dentro de uma sala de aula e quisesse permissão para falar.

–Eu meio que concordo com o James. Já fomos ao cinema hoje. Preciso entrar na depressão pós filme da Marvel agora.

Roxanne puxou a amiga para levanta-la.

–Você é uma antissocial.

Dominique fez uma careta.

–Eu vou, mas não prometo ficar muito.

Roxanne sorriu vitoriosa, abraçando de lado a loira.

–Sim. Hora da festa, crianças!

***

Dominique não podia acreditar que aquela era sua segunda festa em menos de três dias. Provavelmente era um recorde, uma vez que ela nunca foi muito de sair de casa. Preferia o Netflix a bebidas alcoólicas em copos vermelhos de plástico. A casa de Kim Chang, uma garota de Hogwarts que ela apenas tinha ouvido falar, estava menos lotada que a festa da noite anterior.

–Vai ficar parada aí, Delacour?- Molly perguntou, com as mãos na cintura. – Não precisa ficar com vergonha, quanto mais gente melhor. Vamos entrar, estou louca para beber alguma coisa.

Dominique balançou a cabeça, entrando atrás de Molly. A sala estava à meia luz, com jovens pipocando nos sofás. Teddy já estava dando em cima de algumas garotas em um dos cantos. Ela deu uma olhada ao redor, se sentindo uma verdadeira intrusa.

–Um pouco intimidante, não é?- James perguntou, vindo de trás.

Dominique levou as mãos ao coração.

–Que susto, James.

Ele sorriu meio de lado, estendendo um copo.

–Não se preocupe, é só agua. – ele bebeu um pouco do próprio copo. – Eu também não sou fã de beber todas. Pode parecer estranho, mas...

–Não é estranho. É... bom? Quer dizer, não sei. Eu sempre sobro como a única sóbria nas festas.

James assentiu. Ele não sabia o que era, mas não conseguia tirar os olhos dela nem enquanto ela bebia água.

–Eu entendo. No meu caso é um pouco pior, eu acho. De qualquer forma, quer sentar?

Ela fez que sim, balançando o copo.

–Bem, minhas amigas sumiram e me deixaram aqui. De novo.

–Aposto que não fizeram de propósito, Nique. - James respondeu, sem nem ao menos notar que tinha a chamado pelo apelido. Mas ela notou, e sorriu sozinha.

–Aposto que fizeram!- ela disse agora menos chateada. – Só não sei se fizeram por elas ou por mim- acrescentou baixinho.

Dominique nunca saberia dizer se ele ouviu ou não, mas James parou no meio do caminho, olhando para os lados. Ele estendeu a mão, largando o copo numa mesa e fazendo o mesmo com o dela.

–Vem. Quero te mostrar o melhor lugar da casa.

Ela não sabia o tinha dado em si, mas pegou a mão dele.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por terem lido!!!

WOW MUITA COISA ACONTECENDO, NÉ??? Agora eu espero que me amem, depois de tudo que aconteceu aí, hahaha. Ai, esses dois são muito muito amor .

Um assunto/aviso meio chato: semana que vem, eu tenho testes a semana inteirinha, então só devo conseguir postar mesmo sexta de noite ou sábado. Sorry . Mas vocês ainda são MUITOS e a pouca quantidade de comentários não se justifica. São sempre os mesmos (amo vocês, só para deixar claro), e eu queria demais conhecer os leitores fantasminhas. Apareçam! Comentem, recomendem, favoritem... Me mandem até MP se quiserem, eu não mordo.

—xoxo

Bruna



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