Time Well Spent escrita por Arabella


Capítulo 21
Detenção, ótimo


Notas iniciais do capítulo

Oi! Espero que gostem do novo cap ^^
Um obrigada especial a Natália, porque ela está aqui a muito tempo apoiando a fic e eu sinto muito por minha resposta no último review ter saído cortada!
É claro que não esqueci de você e obrigada mesmo pela dedicação que você assumiu com a fic



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P. O. V. Draco

Eu sentia o tempo passando por mim, me usando como ampulheta e se instalando aos meus pés. Podia senti-lo se acumulando, dando a sensação de que meus sapatos estavam repletos de algo pesado e me fazendo andar por aí como um inferi. As pessoas reparavam e minha velha desculpa de “estou meio doente” não estava servindo tão bem quanto antes.

Crabbe balançava a varinha na minha frente, tentando entender algo que Snape falava a frente da sala.

–Não é irônico? –Ele perguntou, repentinamente.

–O quê? –Consigo ouvir o tédio tilintando em cada nota de minha voz.

–Snape. Ali na frente, ensinando Defesa Contra as Artes das Trevas, logo esta matéria em especial. –Crabbe quase ri.

–É. Na verdade, sim.

Snape. Ele estava me dando arrepios com suas olhadelas durante as aulas e pelos corredores. Eu ainda me recordava de seus olhos negros estreitados e do lábio crispado ao me pegar beijando Luna na Torre de Astronomia e aquilo simplesmente me inquietava. Não conseguia acreditar que um momento tão particular e importante tivesse de ter sido divido com o homem que apenas queria roubar minha glória. A pouca glória que eu ainda tinha a oportunidade de dar aos Malfoy...

Subitamente, o rosto inexpressivo de meu pai me veio à cabeça, quando prometeu ao Lorde das Trevas que eu “daria conta do trabalho”. Eu teria que dar conta do trabalho, teria que dar conta...

–Malfoy, que feitiço aconselharia? –A voz de Snape cortou o ar.

Pisco os olhos algumas vezes, atônito.

–Sim?

–Que feitiço aconselharia na situação? –Ele agora andava até minha mesa, curvando-se como um morcego em seu traje escuro.

Suspiro longamente, tentando não encarar os olhos do professor.

–Não sei, Professor Snape.

Ele bufa e apruma as vestes, displicente.

–Malfoy, na minha sala após a aula.

P. O. V. Luna

–Faz algum tempo desde que você parou de andar com a gente.

Me viro para encarar o Harry. Seus olhos verdes me espiam por trás das grossas lentes dos óculos e suas sobrancelhas estão erguidas pelas extremidades centrais, de um modo digno de pena.

–Sinto muito, Harry. A escola –Ergo um dedo e o giro em espirais, indicando tudo ao nosso redor. –está simplesmente me enlouquecendo. Quando será a próxima reunião da AD?

Ele parece mais animado quando eu faço essa pergunta.

–Eu acho que o ideal é que seja nessa semana, na quinta. Você pode ficar checando a moeda que a Mione nos deu, é essencial que tenhamos algumas pessoas na sala para a dinâmica...

Ele continuou falando, entusiasmado, de feitiços e azarações que havia aprendido e como estava louco para nos ensinar tudo... Eu gostava de Harry, de verdade. Ele era aquele tipo de pessoa que jamais seria descortês ou rejeitaria qualquer um que tentasse se aproximar. Era o que fazia dele um de meus melhores amigos.

–Ahn, me fale se eu estiver sendo muito inconveniente.

–Pode me falar o que quiser. –Eu sorri, tentando lhe incentivar.

Ele suspirou alto. Eu não conseguia imaginar o que requeria tanta coragem, em especial de Harry Potter. O mesmo garoto que havia ganhado o Torneio Tribruxo e que havia enfrentado Você-Sabe-Quem sabe-se lá quantas vezes.

–Você e o Malfoy estão... Terminados, não é? –E, dizendo isso, suas bochechas coraram.

Eu sorri largamente para ele.

–Ainda se preocupa com isso, Harry?

–Você não respondeu a minha pergunta.

Suspiro, mas não apago o sorriso completamente.

–Sim, nós terminamos. –Não deixava de ser verdade, apenas tínhamos voltado.

Eu imaginava a reação de Harry se eu lhe contasse a mais lícita verdade: Assim que terminasse essa conversa, eu iria correr até a beira do lago, onde havia marcado um encontro com Draco. Eu ainda adicionaria, de modo cortês: “Para falar a verdade, você pode ir conosco, se quiser.” Ele iria simplesmente enlouquecer, pensei.

–Então, por que estavam juntos na Torre de Astronomia?

Aquilo em atingiu como um murro no estômago. Seus olhos verdes estavam coléricos e a voz dele havia tremido naquela pequena fala.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e revieews



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