Walkers (Hiatus) escrita por Sarah Alves


Capítulo 1
Family


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Bom, essa é a minha primeira fanfic, primeira coisa que eu escrevo e que não será lida somente por mim. Decidi não começar com um prólogo, já começar com a história, mas esse capítulo parece um prólogo, já que é o começo de tudo.
É isso então. Good Bye.
Boa leitura e desculpe pelos possíveis erros.



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Como a maioria dos sofrimentos, esse começou com uma aparante felicidade.

A menina que roubava livros

Estou sendo perseguida por uma horda bem grande, não pude contar mas parecia ter pelo menos uns vinte. Minha adaga e minhas flechas não seriam suficientes para tantos. Droga.

Rapidamente procuro um lugar para me esconder, se é que isso é possível. Essa floresta só tem pinheiros. Uma árvore me chama a atenção por não ser como as outras, é enorme e com muitos galhos, mas o tronco é alto e reto, seria impossível escalar.

As vezes algumas ideias brilhantes (e ridículas) vem na minha cabeça em horas como essas. Então lá estava eu, Catherine Grace Muller, atirando minhas próprias flechas no tronco da árvore para servir como uma espécie de escada. Subi na primeira flecha, orando para que ela não quebrasse. Não quebrou. Graças a Deus. E assim comecei a escalar, era escalando e rezando, escalando e rezando. Não era muito alto, mas se eu caísse dali seria um pouco trágico, contando com o fato de que os zumbis apareceriam a qualquer momento. Cheguei ao primeiro galho e decidi ficar por ali mesmo, ninguém me veria. Por sorte eu tinha na mochila algumas cordas que usei para me amarrar, já que minha memória não é muito boa e não seria nada bom cair de uma árvore no meio da noite, em um apocalipse.

Parecia um belo lugar pra ficar, ficar pra sempre. Longe de zumbis. Mas era impossível, claro. Aquilo era uma árvore, não uma casa ou um abrigo. Eu estava ciente disso, seria só por aquela noite.

Acordei sobressaltada com um barulho estranho. Não, não era de zumbis. Era... Um choro de bebe. Espera. Um choro...de bebe? Não pode ser. Bebes ainda existem? Parece besteira pensar nisso, mas, no meio de um apocalipse? Como um bebe conseguiu sobreviver? Sem pensar duas vezes, tentei me levantar para seguir o som, mas minhas preciosas cordas me prenderam. Ainda bem que elas estavam ali, já que meu susto foi tão grande que já ia colocar os pés no chão e correr. O que não seria nada bom quando se está a uns seis metros do solo.

Depois de me desamarrar, pegar minhas coisas e descer da árvore, comecei a correr na direção do som. Cheguei a uma clareira, onde vi duas pessoas atacando vários zumbis, enquanto um bebe estava dentro de uma espécie de sacola.

Quando ela me viu, começou a vir na minha direção. Eu não sabia o que fazer. Alguns zumbis pararam de atacar as duas pessoas e vieram atras da bebezinha. Só eu podia fazer alguma coisa, já que os sobreviventes estavam muito ocupados tentando salvar suas próprias vidas e pensando que a criança estava segura na bolsa.

Eu poderia salvá-la, mas o que viria depois? E se aquelas duas pessoas fossem más? E se elas me matassem? Mas por outro lado, eu salvaria uma inocente. Salvaria alguém que merecia ser salvo. Quem sabe, algum dia, se o mundo voltar ao normal, esse bebe pode ser o nosso futuro, ela faria parte de uma nova população, ela estaria viva. Por um momento acreditei que tudo isso pudesse sim acontecer.

Então, como se fosse comum, caminhei até os zumbis, sem pensar em mais nada. Sem pensar que poderia estar morta em questão de segundos por aquelas duas pessoas, sem pensar que poderia ser expulsa por eles, sem pensar que poderia me apegar a aqueles sobreviventes e que depois eles seriam tirados de mim, como sempre.

Já com a bebe em meu colo, perfurei a cabeça dos mortos-vivos com um pouco de facilidade, mesmo tendo que usar somente uma mão. Talvez a criança estava muito assustada com aquela cena, porque notei que ela virou o rosto para o outro lado, como se não quisesse ver nada daquilo. Engraçado, ela parece entender tudo que está acontecendo.

— Acho que ela gostou de você. — disse a mulher loira, que parecia ter lágrimas nos olhos. Notei que a pequena criança mexia em meus cabelos como se fossem algum brinquedo.

— Eu me dou bem com crianças, acho. — respondi com um pouco receio, tentando não lembrar de todos os bebes que ajudei a cuidar no orfanato onde eu morava.

— Qual é o seu nome? Você está sozinha? — perguntou o homem. Apesar do tamanho bastante ameaçador, ele parece ser uma pessoa calma e até doce.

— Catherine, mas podem me chamar de Cath. O sobrenome não importa muito. — falei — Estou sozinha a algum tempo.

— Este é Tyreese. — informou a sobrevivente dos cabelos curtos, apontando para o homem. — E eu sou Carol. A bebe se chama Judy.

— Judy. Que nome lindo. — comentei, entregando a criança a Carol.

— É mesmo. Já que você está sozinha, Cath, não gostaria de vir conosco? Nós não somos um grupo grande e nem temos um abrigo próprio, mas acho que só de estar perto de pessoas vivas já é uma grande conquista, não acha? — pergunta Carol.

— Mas eu não causaria problemas? — digo, lembrando-me dos dois grupos pelos quais eu passei e que não foram nenhum pouco agradáveis.

— Problemas? Como você causaria algum problema? Você salvou a nossa vida, e também a de Judy. — diz Tyreese, enquanto procura algo dentro da bolsa.

— Em vez de sermos um grupo, seremos uma família. O que acha, Cath? — sinto uma sensação estranha a ouvir essa palavra. Nunca tive uma família antes, nunca conheci meus pais, nunca tive nem a chance de saber o que é estar no meio de pessoas que gostam e protegem você.

— Uma família? — pergunto com a voz um pouco esganiçada.

— Sim, você nunca teve uma família? — pergunta o homem, Tyreese, enquanto entrega uma mamadeira a Judy.

— Na verdade, não. Eu morava em um orfanato desde pequena, então nunca tive uma. — respondo olhando fixamente para o chão, tentando não chorar.

— Mas agora você vai ter. Agora você será parte da nossa família e eu prometo de nada de mal irá acontecer a você, Cath. Não enquanto eu estiver aqui. — promete Carol.

Parece uma promessa muito estranha de se fazer. Nos dias de hoje não existem promessas que durem por muito tempo. A qualquer momento podemos ser mordidos por um zumbi, morrer de fome, morrer de solidão. Mesmo tenho um certo receio em entrar em mais um grupo, penso no quanto seria bom ter alguém que me proteja novamente, alguém que eu possa proteger.

Ainda não tenho certeza de que devo aceitar essa proposta, posso simplesmente recusar e fugir dali, mas ao olhar para Judy, que me encara com um rostinho tão suplicante, sei o que é o certo a se fazer. Sei que devo ficar com eles e sei que devo proteger essa criança como se fosse minha família.

— E-eu quero. Eu quero fazer parte da família de vocês. — falo, mas dessa vez não consigo segurar o choro.

Dessa vez eu não estarei mais sozinha.


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Notas finais do capítulo

O que acharam da Cath? O que acharam desse encontro e dessa nova família?
Bom, essa é minha primeira fic, então por favor, entendam se estiver ficado muito ruim aheuhaeua Espero que tenham gostado. Revisei e revisem o capítulo inteiro, então, se tiver ficado ruim quero que me avisem para que eu arrume.
Obrigada, obrigada, obrigada.
Tudo de bom e The Walking Dead sempre.
Bjs, xoxo.



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