Surviving to Hell escrita por Alexyana


Capítulo 7
Quem é você?


Notas iniciais do capítulo

Oi oi, como estão? Estou morrendo de tédio, por isso resolvi postar hoje mesmo. Adorei os palpites do capítulo anterior, mas acredito que ninguém acertou. E muito obrigada por todos comentários, isso me deixou tão feliz!!!
A todos que acharam que é o Carl: desculpem.



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— Virem-se lentamente com as mãos para cima — ordena uma voz feminina atrás de nós.

Cassie e eu trocamos um olhar, ambas adquirindo expressões desesperadas e assustadas. Decido obedecer a mulher, e sinalizo para que minha prima faça o mesmo.

Paro de frente para ela com as mãos trêmulas erguidas para cima. Consigo ouvir meu sangue pulsando no meu ouvido, e acho que essa é uma das vezes que parece que nosso coração vai sair pela boca. Ela ainda está com a arma apontada para nós e sua expressão é neutra. Seus cabelos são escuros logo abaixo dos ombros, e seus olhos castanhos são um tanto puxados. Ela parece ter uns vinte e doi anos no máximo.

— Quem é você? — resolvo perguntar, ainda com a voz fraquejando. Ela olha de mim para Cassie mais duas vezes antes de abaixar a arma.

— Samantha Gilbert. E vocês?

— Eu sou Emma e ela é minha prima, Cassie — digo um pouco mais calma. Cassie para ao meu lado e também está visivelmente mais aliviada.

Ouço o barulho da porta antes de senti-la bater com força em minhas costas. Pulo para frente assustada, e olho para trás dando de cara com uma Maddison brava e desesperada. Ela entra no recinto e estanca no lugar quando vê Samantha, que agora está apontando a arma em sua direção.

— Ei, ela é minha mãe! — protesto, com minhas costas ainda doendo devido a pancada.

— Quem é você? — minha mãe repete a pergunta que fiz há alguns minutos atrás. A garota hesita por um momento antes de abaixar a arma novamente.

— Samantha Gilbert.

— Maddison McLean — mamãe responde, ainda desconfiada. — O que está fazendo aqui?

— Estava atrás de suprimentos — Samantha responde. — Vim de Tulsa atrás de minha amiga, que estava em Atlanta.

— Você veio de Tulsa até aqui a pé?! — Cassie pergunta em um tom claro de surpresa.

— Bom, eu peguei carona com um casal de irmãos, que ficaram em Columbus.

— Você tem algum grupo? — mamãe questiona, já mais relaxada.

— Não, sou só eu — a mulher responde, transferindo o peso do corpo de um pé para o outro.

— Você pode ficar com a gente agora! — exclamo animada. Apesar de não conhecê-la senti uma espécie de simpatia para com ela, ou talvez seja só a falta de convivência com humanos que não façam parte de minha família.

— Não sei se seria uma boa ideia — Samantha responde.

— Ficar sozinha por todo esse tempo deve ser duro, podemos cuidar uns dos outros — mamãe fala, e fico alegre por ela não ter recusado a ideia.

Samantha parece hesitante quando balança a cabeça em concordância, mas me sinto feliz de qualquer maneira.

— Onde está meu irmão? — Cassie questiona.

— Falei pra ele ir procurando suprimentos do outro lado do vilarejo.

— Oh! Lá não é seguro, quando passei por lá quase fui pega por uma horda — avisa Samantha. Vejo o rosto de Cassie perder a cor no mesmo momento em que a frase é pronunciada.

— Ai, meu Deus! — mamãe se desespera. Ela abre novamente a porta, com todas nós a seguindo, porém algo no caminho faz com que ela pare. Sinto Samantha esbarrando em minhas costas — ainda doloridas — no mesmo momento em que esbarro em Cassie, devido à parada repentina.

— O que é isso? — ouço a voz de Seth questionar, confusa.

— Você quase me matou de susto, menino! — mamãe o repreende, porém o abraça logo em seguida. Cassie faz o mesmo, e parece que ela está esmagando o irmão.

— O outro lado está infestado, temos que sair daqui — Seth avisa, e todas nós concordamos. Só então ele nota a presença de outra pessoa. — Quem é ela?

— Esta é Samantha, a encontramos há pouco tempo — respondo. Imagino que ela já deve estar cansada de ouvir tanta gente perguntando “Quem é você?”.

— Pode me chamar de Sam — ela diz sorrindo cordialmente.

— Seth. — Meu primo se apresenta, e percebo que ele está encantado pela beleza da mulher.

— O que iremos fazer? Não podemos voltar novamente sem suprimentos. — Mamãe parece muito preocupada com isso.

— Eu recolhi alguns mais cedo, acho que duram pelo menos um mês — Samantha diz, deixando todos aliviados. — Estão em um apartamento aqui perto.

—------------ ↜ ↝ -------------

Depois de procurarmos a arma e munição no bar — que felizmente encontramos —, fomos ao tal apartamento em que Samantha deixou seus suprimentos.

Ela se mostrou uma mulher legal, apesar de não falar muito. É visível que ela não está nem um pouco interessada em Seth, mas ele continua insistindo. Tenho vontade de dizer isto a ele, mas não quero ser grosseira.

— Você encontrou sua amiga? — pergunto a Sam, que está recolhendo algumas poucas roupas em cima do velho colchão.

— Ela já estava transformada — responde parando um momento para me olhar.

— Sinto muito — digo, tentando expressar o mais sinceramente que posso minha tristeza, pois realmente me sinto mal por ela. Ela apenas assente com a cabeça, guardando as roupas em sua mochila. — Também não encontrei meu pai, mas tenho quase certeza que ele está vivo.

— É mesmo? Por quê? — questiona curiosa, e noto que ela não acredita muito nisso.

— Pois ele também era policial, e é muito forte e inteligente — afirmo convicta, até chacoalhando a cabeça para dar certa ênfase. — E você? Fazia o quê?

— Estava cursando jornalismo na faculdade local. — Samantha termina de fechar a mochila e a coloca nas costas. — Faltava um semestre para terminar.

— Legal! — exclamo saindo junto com ela do pequeno quarto. Estão todos na sala, já prontos para irem embora.

— Espero que Emma não esteja te enchendo de perguntas inconvenientes — mamãe fala olhando para mim, em uma clara indireta.

— Imagina, está sendo ótimo poder conversar com alguém — Samantha responde devidamente educada. Sorrio vitoriosa para mamãe, que apenas balança a cabeça.

Recolhemos tudo, e vi que teremos sopa enlatada por muito tempo. Saímos do apartamento e decidimos ir por outro caminho contrário ao que viemos, já que Samantha nos disse que lá provavelmente já foi ocupado pelos infectados.

Já está escuro, e estamos andando pela rodovia desde que anoiteceu. Teremos que andar uma hora a mais do que no caminho anterior, e também não é seguro acamparmos na floresta.

Fiquei ao lado de Sam por todo o percurso, e descobri que seu avô era um índio Cherokee, o que achei muito interessante. Mamãe me obrigou a parar de fazer perguntas há alguns minutos, e desde então um tédio absurdo vem tomando conta de mim.

Estamos todos em silêncio agora, Seth e Cassie estão na frente com a lanterna. Ouço alguns grilos ao longe, e a brisa fria bate em meu rosto, causando uma sensação agradável.

Um barulho diferente dos sons da noite é ouvido, e todos ficam automaticamente em alerta. É o barulho de sapatos em contato com o asfalto. Seth levanta a lanterna para iluminar além do chão, e vemos a silhueta de uma mulher ao longe.

— É uma infectada? –— Cassie sussurra, se agarrando ao braço do irmão.

— Acho que não, ela está sinalizando para nós — Seth responde. — Parece machucada.

Mamãe pega sua arma e a lanterna da mão de Seth, avançando um pouco a nossa frente. A mulher para, ainda protegendo o rosto da iluminação com o braço arranhado. Chegamos mais perto e abaixamos a luz, então a mulher abaixa o braço, mostrando seu rosto ferido.

— Lori?! — mamãe pergunta perplexa.


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Notas finais do capítulo

O que acharam da Sam? Esperam o que dela? E esse final? O que será que está por vir? O que acham que irá acontecer? O que querem que aconteça?

Eu atualizei o tumblr com nossa nova personagem:
http://surviving-to-hell.tumblr.com/

Pergunta de hoje: Qual a matéria favorita de vocês? E a que mais odeiam?
Minha resposta: Eu como sempre não tenho uma resposta exata, já que a cada bimestre eu mudo. No momento a que mais gosto é física e a que menos gosto é Português/Redação, porque odeio poesia e estamos aprendendo mais sobre ela agora.

Ah, última coisa: Viram a nova capa? O que acharam?