Surviving to Hell escrita por Alexyana
Notas iniciais do capítulo
Oi oi, como estão? Estou morrendo de tédio, por isso resolvi postar hoje mesmo. Adorei os palpites do capítulo anterior, mas acredito que ninguém acertou. E muito obrigada por todos comentários, isso me deixou tão feliz!!!
A todos que acharam que é o Carl: desculpem.
— Virem-se lentamente com as mãos para cima — ordena uma voz feminina atrás de nós.
Cassie e eu trocamos um olhar, ambas adquirindo expressões desesperadas e assustadas. Decido obedecer a mulher, e sinalizo para que minha prima faça o mesmo.
Paro de frente para ela com as mãos trêmulas erguidas para cima. Consigo ouvir meu sangue pulsando no meu ouvido, e acho que essa é uma das vezes que parece que nosso coração vai sair pela boca. Ela ainda está com a arma apontada para nós e sua expressão é neutra. Seus cabelos são escuros logo abaixo dos ombros, e seus olhos castanhos são um tanto puxados. Ela parece ter uns vinte e doi anos no máximo.
— Quem é você? — resolvo perguntar, ainda com a voz fraquejando. Ela olha de mim para Cassie mais duas vezes antes de abaixar a arma.
— Samantha Gilbert. E vocês?
— Eu sou Emma e ela é minha prima, Cassie — digo um pouco mais calma. Cassie para ao meu lado e também está visivelmente mais aliviada.
Ouço o barulho da porta antes de senti-la bater com força em minhas costas. Pulo para frente assustada, e olho para trás dando de cara com uma Maddison brava e desesperada. Ela entra no recinto e estanca no lugar quando vê Samantha, que agora está apontando a arma em sua direção.
— Ei, ela é minha mãe! — protesto, com minhas costas ainda doendo devido a pancada.
— Quem é você? — minha mãe repete a pergunta que fiz há alguns minutos atrás. A garota hesita por um momento antes de abaixar a arma novamente.
— Samantha Gilbert.
— Maddison McLean — mamãe responde, ainda desconfiada. — O que está fazendo aqui?
— Estava atrás de suprimentos — Samantha responde. — Vim de Tulsa atrás de minha amiga, que estava em Atlanta.
— Você veio de Tulsa até aqui a pé?! — Cassie pergunta em um tom claro de surpresa.
— Bom, eu peguei carona com um casal de irmãos, que ficaram em Columbus.
— Você tem algum grupo? — mamãe questiona, já mais relaxada.
— Não, sou só eu — a mulher responde, transferindo o peso do corpo de um pé para o outro.
— Você pode ficar com a gente agora! — exclamo animada. Apesar de não conhecê-la senti uma espécie de simpatia para com ela, ou talvez seja só a falta de convivência com humanos que não façam parte de minha família.
— Não sei se seria uma boa ideia — Samantha responde.
— Ficar sozinha por todo esse tempo deve ser duro, podemos cuidar uns dos outros — mamãe fala, e fico alegre por ela não ter recusado a ideia.
Samantha parece hesitante quando balança a cabeça em concordância, mas me sinto feliz de qualquer maneira.
— Onde está meu irmão? — Cassie questiona.
— Falei pra ele ir procurando suprimentos do outro lado do vilarejo.
— Oh! Lá não é seguro, quando passei por lá quase fui pega por uma horda — avisa Samantha. Vejo o rosto de Cassie perder a cor no mesmo momento em que a frase é pronunciada.
— Ai, meu Deus! — mamãe se desespera. Ela abre novamente a porta, com todas nós a seguindo, porém algo no caminho faz com que ela pare. Sinto Samantha esbarrando em minhas costas — ainda doloridas — no mesmo momento em que esbarro em Cassie, devido à parada repentina.
— O que é isso? — ouço a voz de Seth questionar, confusa.
— Você quase me matou de susto, menino! — mamãe o repreende, porém o abraça logo em seguida. Cassie faz o mesmo, e parece que ela está esmagando o irmão.
— O outro lado está infestado, temos que sair daqui — Seth avisa, e todas nós concordamos. Só então ele nota a presença de outra pessoa. — Quem é ela?
— Esta é Samantha, a encontramos há pouco tempo — respondo. Imagino que ela já deve estar cansada de ouvir tanta gente perguntando “Quem é você?”.
— Pode me chamar de Sam — ela diz sorrindo cordialmente.
— Seth. — Meu primo se apresenta, e percebo que ele está encantado pela beleza da mulher.
— O que iremos fazer? Não podemos voltar novamente sem suprimentos. — Mamãe parece muito preocupada com isso.
— Eu recolhi alguns mais cedo, acho que duram pelo menos um mês — Samantha diz, deixando todos aliviados. — Estão em um apartamento aqui perto.
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Depois de procurarmos a arma e munição no bar — que felizmente encontramos —, fomos ao tal apartamento em que Samantha deixou seus suprimentos.
Ela se mostrou uma mulher legal, apesar de não falar muito. É visível que ela não está nem um pouco interessada em Seth, mas ele continua insistindo. Tenho vontade de dizer isto a ele, mas não quero ser grosseira.
— Você encontrou sua amiga? — pergunto a Sam, que está recolhendo algumas poucas roupas em cima do velho colchão.
— Ela já estava transformada — responde parando um momento para me olhar.
— Sinto muito — digo, tentando expressar o mais sinceramente que posso minha tristeza, pois realmente me sinto mal por ela. Ela apenas assente com a cabeça, guardando as roupas em sua mochila. — Também não encontrei meu pai, mas tenho quase certeza que ele está vivo.
— É mesmo? Por quê? — questiona curiosa, e noto que ela não acredita muito nisso.
— Pois ele também era policial, e é muito forte e inteligente — afirmo convicta, até chacoalhando a cabeça para dar certa ênfase. — E você? Fazia o quê?
— Estava cursando jornalismo na faculdade local. — Samantha termina de fechar a mochila e a coloca nas costas. — Faltava um semestre para terminar.
— Legal! — exclamo saindo junto com ela do pequeno quarto. Estão todos na sala, já prontos para irem embora.
— Espero que Emma não esteja te enchendo de perguntas inconvenientes — mamãe fala olhando para mim, em uma clara indireta.
— Imagina, está sendo ótimo poder conversar com alguém — Samantha responde devidamente educada. Sorrio vitoriosa para mamãe, que apenas balança a cabeça.
Recolhemos tudo, e vi que teremos sopa enlatada por muito tempo. Saímos do apartamento e decidimos ir por outro caminho contrário ao que viemos, já que Samantha nos disse que lá provavelmente já foi ocupado pelos infectados.
Já está escuro, e estamos andando pela rodovia desde que anoiteceu. Teremos que andar uma hora a mais do que no caminho anterior, e também não é seguro acamparmos na floresta.
Fiquei ao lado de Sam por todo o percurso, e descobri que seu avô era um índio Cherokee, o que achei muito interessante. Mamãe me obrigou a parar de fazer perguntas há alguns minutos, e desde então um tédio absurdo vem tomando conta de mim.
Estamos todos em silêncio agora, Seth e Cassie estão na frente com a lanterna. Ouço alguns grilos ao longe, e a brisa fria bate em meu rosto, causando uma sensação agradável.
Um barulho diferente dos sons da noite é ouvido, e todos ficam automaticamente em alerta. É o barulho de sapatos em contato com o asfalto. Seth levanta a lanterna para iluminar além do chão, e vemos a silhueta de uma mulher ao longe.
— É uma infectada? –— Cassie sussurra, se agarrando ao braço do irmão.
— Acho que não, ela está sinalizando para nós — Seth responde. — Parece machucada.
Mamãe pega sua arma e a lanterna da mão de Seth, avançando um pouco a nossa frente. A mulher para, ainda protegendo o rosto da iluminação com o braço arranhado. Chegamos mais perto e abaixamos a luz, então a mulher abaixa o braço, mostrando seu rosto ferido.
— Lori?! — mamãe pergunta perplexa.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O que acharam da Sam? Esperam o que dela? E esse final? O que será que está por vir? O que acham que irá acontecer? O que querem que aconteça?
Eu atualizei o tumblr com nossa nova personagem:
http://surviving-to-hell.tumblr.com/
Pergunta de hoje: Qual a matéria favorita de vocês? E a que mais odeiam?
Minha resposta: Eu como sempre não tenho uma resposta exata, já que a cada bimestre eu mudo. No momento a que mais gosto é física e a que menos gosto é Português/Redação, porque odeio poesia e estamos aprendendo mais sobre ela agora.
Ah, última coisa: Viram a nova capa? O que acharam?