Wander e os Colossos escrita por Kaick


Capítulo 4
Capítulo 4 - A Declaração


Notas iniciais do capítulo

Terceiro capítulo refeito.



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Agora, Wander e Mono com 17 anos, ele resolve falar com a dama que está apaixonado. Wander vai à morada de Mono, chamando-lhe, quando ela abre a porta:

– Olá, Mono!

– Oi, Wander!

– Você está ocupada?

– Não!

– Será que... podemos ir ao Pico da Cachoeira? Quero lhe mostrar algo.

– Claro! Pouco saio da vila sozinha, seria ótimo. Aproveitando seu convite, chegando lá, falarei algo para você.

O jovem vai ao estábulo do castelo de Emon para buscar Agro, ambos montam na égua, seguindo ao Pico da Cachoira, o pico contém uma grande árvore.

– Nossa, Wander, hoje está incrível! - diz Mono olhando uma deslumbrante paisagem ao alto de um pico com uma bela cachoeira e a luz do sol.

– Bom... Mono, é que... ao passar dos anos, minha afeição por você foi aumentando, e... Quero dizer... estou apaixonado... por você. Este lugar é o.....

Interrompendo-o, Mono o beija na boca, imediatamente Wander pensa em seus melhores momentos. Após o beijo Mono cai, dizendo sentir uma forte dor... Wander rapidamente a carrega e a coloca na Agro, montando, seguindo para a vila.

Chegando na vila, ele a leva para sua casa, e tomando os devidos cuidados. Mono acorda três horas após desmaiar, com Wander dormindo ao lado em uma poltrona, ela o acorda.

– Wander! - acordando o jovem

– Oi, Mono! Você está melhor?

– Sim! Alías, obrigado! Mas o que aconteceu?

– Após você me beijar, você desmaiou, e então eu te trouxe aqui. Será que isso não é um sinal para realizar outro rito oracular?

– Bem provável... Vou falar com meu avô! Por favor, ajude-me, Wander.

Wander a Mono ao castelo, chegando lá, procura por Lorde Emon. Ao achá-lo no salão principal, eles conversam:

– Lorde Emon! Mono desmaiou, e eu a levei para minha casa, e esperei ela acordar, ela quer falar com o senhor.

– Avô, é bem provável que esse desmaio seja um sinal para realizarmos um rito oracular.

– Você tem certeza, Mono?

– Sim!

– Tudo bem! Organizarei as coisas, e amanhã o faremos no Templo de Destino!
– Sim, obrigado!

Wander a leva para casa.

– Tchau, Wander. Obrigado!

– Tchau, Mono. Fique bem!

No dia seguinte, Emon reúne Wander, Mono, e chama algumas pessoas com influência espiritual elevada, denominados sacerdotes. Pega alguns símbolos e runas, alguns objetos e instrumentos. Mono senta-se no centro de um círculo, símbolo do templo. Emon faz um círculo de sal em volta desse símbolo. Ele coloca os objetos em volta de Mono, e algumas velas. Todos sentam-se, apagam as luzes e acendem as velas. Começando a tocar os instrumentos, é dito algumas falas:

– Sacrum numen illius ostendunt mortalibus divinatio ostende virtutem tuam, et divinationem. Donum datur contemplando, bonum et malum, vita et mors. Revela ad oraculum.

Mono entra em um estado de transe, tendo algumas visões e acontecimentos pré-futuros, contudo, na última batida dos instrumentos, as velas se apagam, e Mono cai. As pessoas vão recorrê-la, principalmente Wander. Mono, com a mão em sua cabeça, diz que, algo os aterrorizaria, sombras, aqueles criados a partir da luz, iriam devastá-lo.

– Não pode ser! - Diz Emon.

– Nós precisamos agir rápido. O objetivo dessas sombras sou eu. Nas visões... elas me usariam para cumprir suas ambições, então... meu futuro está marcado. Sabendo-se, que minhas visões nunca erram.

– Mas... Mono, o que exatamente essas sombras são e fariam? - pergunta Wander.

– Elas me usariam, para algo que não me foi revelado, não sei o que eles são, apenas que foram criados a partir da luz!

– Por quê você está tão calma?

– Nós não podemos fugir de nosso destino, precisamos aceitá-lo, como for. Esses destinos foram revelados por nossas divindades, precisamos respeitá-las!

– Mono, minha neta. Não quero que... essa vila sofra, talvez precisemos sacrificá-la, uma vida não vale por várias, um destino não pode ser cortado. Eu sei do que se trata, e, essas sombras nunca irão descansar... Perdoe-me, minha neta, mas tente entender!

– Tudo bem, avô. Como eu disse, não precisarei discutir para salvar vidas, afinal, nós salvamos a si mesmos, nós somos a própria salvação! Você tem razão, avô! O único meio para salvar nosso povo de uma devastação é... me sacrificarem. Não podemos pôr a vila em risco por uma simples vida. As vezes é preciso deixar de pensarmos apenas em nós, e pensar em todos ao redor.

– Mas... Mono... Você é o orá...

Interrompendo-o - Tudo bem, Wander... nosso tempo juntos foi curto, você não se sacrificaria para salvar nosso povo? Afinal, você é o meu único sentimento real sobre os homens.

– Mas... - diz Wander, chateado.

– O sacrifício não será simples assim! Não posso cometer o mesmo erro do passado! - Diz Emon.

– Como assim, Lorde Emon? - diz Wander.

– Precisemos procurar feitiços no qual sele o corpo, como divino, mas ela não tem influência, ela apenas foi escolhida pelas divindades, ela é uma pura e contempladora da natureza. Precisamos... NÃOOOO - Emon gritando com as mãos na cabeça.

– O que está acontecendo, Lorde Emon? - dizem os sacerdotes.

– Vocês não entenderiam!

Os sacerdotes se levantam mais uma vez, e dizem à Emon...

– Lembre-se, Lorde Emon, faremos o que for preciso ao nome do divino e à nossa vila.

– É que... essa sombra... seja... Dormin... Ele se proclama vários e que foi criado por nós, e são a vida e a morte, que coexistem na vida e na morte. Ele possue o poder de trazer de volta as almas do vago mundo. Eu o enfrentei, é algo monstruoso, para derrotarmos tivemos que sacrificar o que hoje, ainda existiria fisicamente, tivemos que deixar nosso lar e selá-lo nas extremidades do mundo nas terras ao sul, aquele lugar... se tornou proibido, o sono da alma. O contato com Dormin é... pecaminoso pela sua forma e poder. - Emon diz as últimas palavras chorando: Eles... eles... simplesmente nos decepcionaram, eles nos tiraram toda nossa divinação, meus amigos, parentes, as vidas estavam em minhas mãos... Tudo, em vão...

– Se acalme, avô!

– Lorde Emon, nossos sentimentos! - diz Wander.

– Sentimos muito, Lorde Emon, mas precisamos saber... o que é exatamente esse Dormin e qual seu poder? - dizem os sacerdotes.

– Enxugando as lágrimas - Aquele lugar começou a partir da ressonância dos pontos de intersecção. Eles são substítuidos por lembranças e gravados em pedra. Sangue, jovens rebentos, céu... E aquele com a capacidade de controlar os seres criados a partir da luz... Nesse lugar é dito que se o escolhido desejasse, ele poderia trazer de volta a alma dos mortos... Mas entrar neste local é totalmente proibido. A Espada Ancestral é a única no qual possui o poder de banir, mesmo não definitivamente, essa entidade desse mundo, lá é considerado outro plano.

– Hmm... você é um dos poucos que sabe sobre Dormin e viveu o nefasto momento da vida. Nós gostariamos de ajudar sobre esse destino amaldiçoado.

– Não! Destinos estão feitos em nossa harmonia. O destino é muito delicado, é preciso respeitá-lo e aceitá-lo. Se o sacrifício foi dito pela pessoa do próprio destino, então significa que precisamos fazê-lo.

– Concordo, avô!

– Obedeceremos sua vontade, Lorde Emon!

– Tudo bem! Precisamos ser delicados com Mono.

Todos saem do Templo de Destino, os sacerdotes seguem Emon. Ao saírem, Mono chama Wander, que saiu com uma face melancólica.

– Wander... Nós poderiamos passar o resto do dia no Pico da Cachoeira?

– Sim, Mono, como desejar.

Ambos vão ao estábulo buscar Agro, e partem para o Pico da Cachoeira.
Descendo de Agro, ambos sentam-se perto da grande árvore que habita o topo do pico, com uma maravilhosa visão à uma cachoeira e a gloriosa luz do sol.

– Sabe... Mono, você interpreta e aceita as coisas de seu jeito. Não acho que isso seja certo. Você completamente está desistindo da vida!

– Wander... Você sabe que minha visões estão sempre certas e que devo respeitá-las. Digamos que... quando você é escolhido pelos deuses, você não é apenas mais um pecador, mas sim uma mente iluminada através da influência do sacrifício divino, e assim penso!

– Sim, mas você não está pensando em você.

– Não, eu não estou pensando e nem penso em mim - a jovem se levanta e segue para a ponta do pico - Está vendo toda essa imensidão e beleza? Não é disso que somos criados? De toda a luz? A própria luz nos mostra nossa bondade e paixão à vida. Mas o que ela cria como oposto? A sombra! Nossa sombra faz o que a luz permite, quem ela imita? Nós mesmos! Ela é o nosso reflexo de maldade. Só se esvai para a sombra quem nela se reflete, assim vocês pensam.

– Por mais que eu não tenha entendido, e talvez não entenda, seria difícil explicar de um modo convensional?

– O que quero dizer é que o bem e o mal andam juntos, eles apenas pensam separadamente, mas não se objetam. São reflexos um do outro. Eles são apenas um com duas consciências. Diferente deles, eu não uso a sombra como um reflexo oposto, mas como uma visão de uma bondade diferente da luz, que não se precise pensar apenas em si, mas como aos teus necessitados e suas vidas dependentes de outras. E assim que sinto por dentro, uma paixão entre ambos, que nos permite desfazer de nós mesmos para o bem de outros.

– Acho que entendi! Você está dizendo que o reflexo e a companhia da luz... é a escuridão?

– Quase isso! Talvez um dia você entenda exatamente!

– Tudo bem...! Passamos nossa vida um ao lado do outro, eu sinto que devo interrompê-la nisso!

– Wander, já disse, não! Essa é uma decisão minha, por mais que nosso amor seja recente... eu sempre senti um afeto à você, pelo fato de querer, assim como eu, não de um mesmo modo, ajudar aos outros. Assim como tem feito comigo em todos esses anos.
– Eu fui apegado à você, e eu levo a proteção como uma missão em minha vida, e tudo dedico à você.

– Eu lhe agradeço, muito! Você sempre me ajudou e cuidou, agradeço por toda sua bondade. Acredito que os deuses também agradecem! Pena nosso amor durar pouco... Mas como sabemos, as relações não são o que queremos, mas o que precisamos para ter algo a se dedicar e nos alegrar.

– Eu sei que é errado, mas... - interrompendo-o, Mono o beija, logo o jovem se esquece o que ia falar.

Após o beijo...

– Os deuses não podem intervir nessa maldição?

– Acho que não! Meu avô disse que o momento de deuses nos salvar, foi quebrado por nós mesmos! Não sei o porque. Bem... aceito meu destino! Então... vamos?

– Acho que minhas questões nao são relevantes à você, assim seja!

Ambos montam em Agro, e ao estarem voltando começa a anoitecer. Quando voltando, passando por uma floresta, eles ouvem um som vindo do céu, e logo aparece algo como uma silhueta de forma humana negra seguindo em direção aos dois. Wander tenta proteger Mono, mas inexplicavelmente o mesmo cai no chão inconsciente. Mono não demonstra nenhum medo ou desespero, mas abraça a égua e evita olhar a silhueta, a silhueta toca em Mono, e com a cabeça virada para Wander, se evapora no ar.

Mono vira-se para ver pra onde a silhueta foi, mas não à ve, e tenta acordar Wander, empurrando-o e clamando seu nome.

– Aahn, o que aconteceu?

– Você desmaiou! Vamos!

Ambos montam em Agro e partem para sua vila! Mono acredita que Wander não lembra do que viu, e assim prefere deixar. Wander a leva para casa, e se despedem. Ele leva Agro ao estábulo, e se despede acariciando-a, dando alimento e água.

– Obrigado, Agro!

E segue para sua casa apé, onde descansa.


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