Traidores Interativa escrita por Absolute Beginners


Capítulo 8
Jean Gray - Corações arrancados, invocações dolorosas


Notas iniciais do capítulo

Olá, capítulo novo para vocês. Finalmente estamos chegando ao final da apresentação. Faltam apenas três capítulos (Uma ficha e os meus dois personagens) e vamos para a história real. Espero que estejam tão animados para ela, quanto eu.
Sobre o capítulo:
—> Este foi um dos mais sombrios que eu escrevi e talvez um pouco exagerado sobre todo o ritual e a dor. Provavelmente tem umas coisinhas diferentes do cânon no deus mostrado no capítulo, mas eu queria fazer uma representação do que ele é em seu poder e não de sua forma divina. E também isto seria uma maneira que ele havia feito para torturar a personagem, então é talvez esteja um pouco exagerado e sombrio demais. Mas, isto era apenas uma tentativa de marcar a personagem.
—> Este também foi um dos mais óbvios em relação a de quem o personagem é filho. Bom, espero que não tenha ficado muito ruim , mesmo que seja óbvio de quem ele é filho...Por favor, mandem suas opiniões sobre o que viram no capítulo. Estou um pouco nervosa sobre ele,
—> Este capítulo está programado, porque tive alguns probleminhas de tempo(As vezes temos que interagir com a família e é claro, descansar um pouco). Então não conseguirei responder os reviews, mas podem continuar mandando. Responderei todos depois.
Agora, aproveitem o capítulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/520201/chapter/8

Angelina deu um passo para trás. Seus olhos verdes arregalados de medo por algo que eu não podia ver. Ela tropeçou sobre seus próprios pés e caiu no chão. Um gemido saiu de seus lábios e ela se curvou para a frente tossindo o líquido rubro que eu mais odiava.

Não me movi da posição onde estava. Eu sabia, pelo menos agora, que se eu tentasse ajuda-la tudo apenas pioraria. Havia sido minha culpa que ela estava naquela situação. Meu descuido e minha ignorância, a estavam fazendo sentir dor e o frio de algo que eu conhecia bem. A morte.

Ela se contorceu de dor. Sua boca aberta em um grito silencioso, enquanto seus olhos já começavam a nublar. Pele ficando mais pálida e veias mais salientes a cada segundo. Suas mãos pareciam garras, segurando com força o chão, procurando por uma estabilidade. Uma chance de viver que nunca teria. Era terrível e eu queria desviar os olhos, mas não podia. Eu merecia aquilo. O rosto de pavor dela devia seguir-me pelo resto dos meus dias. Juntos com aqueles que já me perseguiam.

Caí sobre meus joelhos. Curvado para o chão, mas sem nunca tirar os olhos da menina sufocando e morrendo a minha frente. Minha culpa. Era completamente minha culpa que aquela garota bondosa e inocente, tão viva e feliz, que apenas queria me ajudar estava em agonia neste momento.

Meus olhos se apertaram, não havia lágrimas na parte de trás deles. Um assassino não podia chorar. Pessoas que andavam com a morte não mereciam uma ação tão viva como essa. Eu sabia disso, mas eu ainda gostaria que pudesse. Pelo menos, eu sentiria tanto agonia e estaria em tal fraqueza quanto a garota a minha frente.

Apenas um toque. Minha mente gritava que era algo simples demais para causar uma coisa tão grandiosa. Ela havia apenas esbarrado em um pedaço de pele descoberto pela luva e a manga do sobretudo. Como isto, está tão simples ação, pode causar a morte de alguém?

"E a partir de agora, eu o amaldiçoo, filho indigno. Por ser fraco e sujar a linha da vida com sua existência, criarei um castigo mais doloroso do que a morte. Você não morrerá, mas você terá que vê-la todos os dias da sua vida. Nunca em paz, nunca realmente vivo. Sempre com medo, sempre amaldiçoado. "

Raiva dominava minha mente, enquanto as memórias daquela noite odiosa e daquele maldito ser voltava para mim. Aquelas palavras que me condenavam a uma vida infeliz, a algo realmente pior do que a morte, agora soavam como um fundo terrível para a última respiração de Angelina. Seu peito subiu e seu coração bateu lentamente. Três vezes...duas vezes... uma vez...

Dizem que uma pessoa pode sentir e ver a morte quando ela se aproxima. Eu podia fazer as duas coisas, naquele momento. Ela - a morte- não era uma caveira com capa e foice, como nos desenhos animados. Não, era mais como uma sensação. Você não realmente via a morte. Mas você sentia.

Sentia o ar frio, doloroso e sombrio. O mau agouro em seu coração e o medo no fundo do seu ser. Era como estar em uma floresta escura, sendo apenas observado por os monstros que planejavam te matar em todos os segundos. Sentindo sua presença, tomando conhecimento de que eles estavam lá, mas sem nunca realmente ver.

Pelo menos era isso para os mortais. Eu tinha um bônus mais assustador. Eu podia, sim, ver a morte. Relances rápidos, mas o bastante para criar uma escuridão em meu coração. Seu sorriso sádico de dentes afiados, suas mãos esbranquiçadas e ósseas, com as veias azuis tão salientes como se fossem pintadas em mármore. E os olhos negros. Poços de escuridão que atraíam as almas a cair nelas para nunca mais ver o brilhar do sol.

E eles estavam fazendo isso agora. Olhando para o corpo de Angelina com uma adoração cruel. Sua mão assustadora seguiu em direção ao seu peito, o tocando de leve no lugar onde seu coração devia estar batendo. Sua boca se aproximou poucos centímetros de seu lábios e abriu de uma maneira anormal. O som de algo sendo sugado pode ser ouvido e a luz que devia pertencer a alma dela voou para sua boca e ele a engoliu. Seu sorriso aumento para proporções assustados e ele se virou para mim.

Eu sabia que não precisava de tudo aquilo para recolher a alma. Ele não precisava nem vim para fazer o trabalho sujo. O único motivo da própria morte estar aqui era para me torturar. Fazer-me ver que eu havia sido o culpado e que agora ele tinha mais uma alma, havia mais um morto, por minha causa. Doeria menos se ele me cortasse ao meio.

–Ela era uma garota legal. Estava estudando medicina. Queria salvar vidas. É uma pena que você a matou. - ele sorriu, enquanto eu continuava calado. O ódio era tudo que eu sentia naquele momento. Para ele, para mim e para tudo.

Ele me observou mais alguns segundo antes de se levantar por um momento. Sua mão ainda estava em seu peito e eu não conseguia tirar os olhos dela. Eu sabia o que aconteceria agora. Com a rapidez e a velocidade de quem apenas atravessa a água, ele perfurou seu peito. Não havia sangue quente jorrando e isto foi quase um alívio. Mas aqueles pequenos rastros frios, causavam mais repulsas dos que os ferventes.

A Morte retirou sua mão e na sua palma estava o órgão que alguns segundos atrás batia e proporcionava a vida. Ele caminhou um pouco até mim e sorriu antes de jogar, o pedaço de carne vermelha sobre meus pés.

– Acha que você já tem alguns dele, não é? Bom, este o primeiro coração inocente que possuíra. Guarde-o bem, alguns consideram isto uma joia. - Sua voz era leve e solta, claramente gozando de mim. - Não fique com essa cara, filho. Talvez tenhamos que nos ver daqui a pouco tempo. Afinal, você sempre invoca a morte.

E com uma risada final, da mesma maneira que veio, ele se foi. Em segundos, sem ninguém perceber sua presença além de mim. Mãos em punhos e dentes rangendo. Olhei para o coração na minha frente. Ele estava certo. Eu invocava a morte e causava a destruição. Mas... agora, eu queria causar a morte... Queria tirar os tronos e ter os corações de alguns seres em especial.

Sorriso cruel e vingança no coração. A escuridão e a dor sempre estiveram lá, mas desta vez, sobre o coração da primeira pessoa que havia sido morta pela maldição, eu havia decidido que eu queria sangue. Não rubro, mas dourado para comemorar minha vitória.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Traidores Interativa" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.