Escuridão do passado escrita por Queen T


Capítulo 37
Capítulo- 37


Notas iniciais do capítulo

Hey, voltei com mais um capítulo... E queria agradecer os comentários anteriores! Dedico o cap a vocês =D
Boa leitura!!



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Três semanas haviam se passado desde a vinda dos meus pais aqui.

Eram duas da tarde e eu assistia um filme com Luke. Esse era o nosso passatempo na maioria das vezes. Ele ia para a escola de manhã, e de tarde ficava em casa comigo.

Um dia eu perguntei se ele não tinha amigos, e o que ele respondeu foi...

(Flashback on)

–Tenho sim. Mas já avisei a galera que quero passar o maior tempo possível com a minha irmãzinha.

–O que?

–Você vai embora em algumas semanas, e quero aproveitar enquanto você ainda está aqui.

–Não é isso... Você disse irmãzinha. Eles vão pensar que tenho uns cinco anos de idade.

Ele riu.

–Bem... Não é pra tanto, mas eu sou mais velho. –ele disse orgulhoso.

–Não.

–Sou sim. Eu nasci primeiro que você. Pergunta pro pai.

Revirei os olhos.

–Eu não estou ouvindo isso. – ri depois disso. –Você podia chamá-los para vim aqui.

–Eles são bagunceiros. Não quero que você veja isso.

–Você não quer que eu os veja, ou você não quer que eles me vejam? –perguntei erguendo uma sobrancelha.

–Bem... Não é isso.

–É isso sim. –ri. – Awn Luke. Que fofo. Você está com ciúmes de mim. E não negue. Sei como é ciúme de irmão.

Ele revirou os olhos.

–Não exagere. É que eles são uns pervertidos.

–Não acho que chega a tanto.

–Isso porque você não os conhece.

–Tem razão. Então me apresente. Quero conhecer a sua “galera”. –fiz aspas no ar.

Ele negou com a cabeça.

–Deixe isso para depois. –neste momento o microondas apitou. –A pipoca já está pronta, e você já devia ter colocado o filme. –ele disse indo para a cozinha.

(Flashback off)

Estávamos assistindo “O chamado”. Sim, eu já havia assistido há muito tempo. Mas Luke não. Como isso é possível?

O filme estava bem no finalzinho, quando o telefone tocou.

Luke pulou jogando o balde de pipocas pro ar.

–Luke. –queixei-me tirando as pipocas que haviam caído no meu cabelo e na minha perna.

O telefone já havia dado três toques.

Olhei para ele e perguntei:

–Você não vai atender?

–Não mesmo. Se você quiser, pode atender. –Ele estava encolhido em um canto do sofá.

–Luke, pode ser uma emergência. Atende logo.

–Não é uma emergência.

–E como você sabe?

–Porque é a Samara.

Fiz cara de indignação. Não é possível que ele estivesse com medo.

–Luke... Não brinca. Você está com medo.

–Não.

–Isso não foi uma pergunta.

–Mas você está errada.

Ele levantou-se e caminhou até o telefone. E antes de atender, engoliu em seco.

–Alô.

–E aí cara. –Luke se assustou com a voz do outro lado da linha.

–Quem é?

–Quem mais? Sou eu. Henry.

–Henry?

–É. O que está havendo com você?

–N-nada.

–Sei... Eu estou ligando pra ver se você não quer andar de skate.

–Idaí?

–Idaí? –Eu podia ouvir a confusão de Henry.

–Você está ligando pra ver se eu quero andar de skate. Idaí?

–Cara, você vem ou não?

–N-não.

Levantei do sofá e peguei o telefone em minhas mãos.

–Alô.

–Quem é? –Henry perguntou.

–Rauany. Sou irmã do Luke.

–Sério? Luke tinha dito que você tinha cinco.

–Cinco o que?

–Cinco anos, oras.

–Ah, ele disse isso é? –Ergui a sobrancelha na direção de Luke, e lhe lancei um olhar de “teremos uma conversinha”.

–Disse.

–Então... Você e seus amigos não querem vir aqui em casa? Luke adoraria ter a companhia de seus parceiros.

–Ah, claro. Eu e a galera chegaremos em vinte minutos.

–Tudo bem. Até mais. –falei e desliguei o telefone logo em seguida.

Olhei para o Luke e berrei.

–LUKE...

Ele pulou. Coçou os ouvidos e me olhou.

–O que foi?

–Você disse para ele que eu tinha cinco.

–Cinco?

–Cinco anos.

–Er... Foi mal, maninha. –ele falou, mas eu pude notar que ele não estava arrependido. Ele balançou a cabeça e me olhou furioso. –Não era pra você ter chamado eles aqui.

–Porque não? –perguntei cruzando os braços acima do peito.

–Por que... Não. –ele abaixou o tom de voz na última palavra.

Ri sem humor.

–Luke, isso já está passando dos limites.

–Você está dizendo que eu estou descontrolado?

–Sim. Seu ciúme já está doentio.

–Eu não estou com ciúmes.

–Ah, não? Então me diz... Porque não quer seus amigos aqui?

–Eu não lhe devo explicações.

–Não precisa explicar. Essa resposta já foi o suficiente para eu ter minha conclusão.

–Any. –ele falou calmo dessa vez. –vamos parar com isso. Por favor! Nós nunca brigamos. E eu não quero que isso aconteça agora.

Suspirei.

–Você vai deixar seus amigos virem aqui?

Ele demorou um pouco, mas logo respondeu.

–Sim, eles podem vir aqui.

Eu e Luke estávamos ajeitando o apartamento, quando os amigos dele chegaram. Eu estava na biblioteca arrumando algumas coisas, mas podia ouvir as risadas lá na sala.

Coloquei o livro empoeirado em cima da mesa, deixando-o de lado, e também larguei o paninho.

Saí da biblioteca, e andei pelo corredor, caminhando em direção a sala.

Chegando lá Luke e seus quatro amigos estavam distraídos entre risadas.

Foi quando um deles virou-se, e eu pude ver. Eu agora encarava um par de olhos verdes. Nossos olhares não se desligavam um segundo sequer. Eu havia me esquecido de tudo e não sabia quanto tempo havia passado. Meu único foco agora era aquele mar de esmeraldas que me deixavam boba.

Atraída. Sim, essa era a palavra que me descrevia nesse instante.

E eu me perguntava como eu não havia percebido o quão encantador ele é.

Quando digo isso, é porque eu já havia visto ele uma vez. Sim, era ele. Eu havia me esbarrado com ele em uma das ruas de Londres algumas semanas atrás.


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Notas finais do capítulo

Ownn't que fofuraa *-*
Comentem ;)
Beijãoo, até o próximo cap