Passado Obscuro escrita por LeitoraApaixonada


Capítulo 7
Capítulo 6 - A Pior Dupla do Mundo


Notas iniciais do capítulo

Heeey Cupcakes!! Como vão?

Desculpem pela demora hoje, acabei tendo que ir para a casa da minha avó de ultima hora e o cap ficou para postar mais a noite.

Musica do CAP: Rixton - Me and My Broken Heart
Beijooocas!!



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Vou até o shopping mais próximo e entro em uma loja onde se faz copia de fotos. Já lá dentro, tento convencer o vendedor de que a copia dessa foto precisa ficar pronta até o fim do dia e ele diz que precisa de pelo menos uma hora para terminar. Ótimo! Agora são 18:37 da tarde, o que me faz não ter tempo de pesquisar mais algumas coisas que eu queria.

Em quanto a bendita da foto não fica pronta vou até a Apple e pesquiso na internet “Universidade Estadual de São Francisco”, a faculdade que meus pais estudaram. Encontro varias informações sobre a Universidade e pego o endereço do Campus, anotando em um papel.

Quando o fui guardar em minha carteira vi o cartão de debito. Olho em volta e vejo um iPhone 5s, do qual eu sempre sonhei em ter. Abordo um vendedor em busca do preço.

– O de 16G está a partir de 649,00 dólares. O de 32G está 789,00 e o de 64G está 856,00 dólares. – fala o nerd parado em minha frente. Ele estala a língua nos dentes e sorri. – Estamos em promoção. Melhor aproveitar.

E eu aproveito, fazer o que? Não consigo sobreviver sem celular e ainda me restam 1144,00 dólares (compro o de 64G). Como disse, vou economizar, mas não tudo. Depois vou a uma loja de capinhas e compro uma. Ela é feita de vários M&M’s coloridos, como se eles fossem colados lá mesmo. Aproveito e compro um chip novo também.

A hora passou voando. A foto ficou pronta e eu agradeço o vendedor. Volto para a casa andando devagar. Estou tão distraída que só percebo uma sombra me seguindo quarteirões depois do shopping.

Acelero o passo e olho para trás constantemente. Um cara se esconde entre as sombras, mas sei que ele está me seguindo. Sua silhueta é alta e forte. Pego um caminho aleatório, desviando por vielas e becos, e acabo o deixando para trás. Fecho a porta da sala quando falta dois minutos para as 20:00 horas.

– Onde você estava mocinha? – meu pai pergunta irritado. Eu é quem quero gritar com ele. O que você tanto me esconde? O que? Mas me contenho.

– Na biblioteca. – respondo passando por ele e subindo as escadas. Ele me segue até a porta do meu quarto. – O que foi?

– O que foi? – ele imita a minha voz. – Estou ligando no seu celular faz dez minutos e você se quer atende! Como quer que eu fique sem noticias suas?

– Eu perdi o meu celular. – declaro. Uma hora ou outra ele vai ter que saber. – Mas já comprei um novo. Com o meu dinheiro.

– Como perdeu o seu celular? – ele pergunta com a sobrancelha levantada. Sua voz suavizou um pouco.

– Acho que na mudança. Procurei em todas as malas, mas não achei. – minto dando os ombros. Não quero que ele saiba sobre a praia. Deixo a minha bolsa na cama e beijo a bochecha do meu pai, mesmo estando um tanto quanto desconfiada dele. – Já desço para jantar.

Ele suspira pesadamente antes de responder assertivamente. Quando dá as costas pego a foto original e saio do meu quarto, indo a caminho do quarto de Sara.

Ela está no banho e aproveito a brecha para colocar a foto original em sua bolsa, como havia achado antes. Fiz cinco copias e vou tratar de esconde-las muito bem.

O final do dia é normal. No jantar tenho que contar como foi o meu primeiro dia de aula sobre os olhares atentos do meu pai. Sara acaba falando do “amigo” que me trouxe para casa e isso faz meu pai desconfiar que arrumei um namorado. Ajudo Sara com a louça e depois vou para a cama. Durmo pesadamente.

***

No dia seguinte acordo até antes do horário. Mesmo querendo não consigo dormir, então levanto-me e entro no banheiro para tomar uma ducha relaxante.

Limpa, entro no quarto e escolho uma roupa. Acabo ficando com uma calça jeans branca, uma regata azul petróleo com um fone de ouvido desenhado, um casaco azul escuro, o meu velho All-Star preto e uma bolsa também preta.

Penteio meus cabelos lisos e os deixo soltos. Desço as escadas e como um lanche de pão com manteiga na cozinha vazia. Subo novamente quando acabo e faço o resto da lição que faltava.

As 7:10 da manha Sara bate na porta do meu quarto e avisa que Ginna está saindo. Sigo até lá embaixo e dou tchau para o meu pai e para Sara. No carro não falamos nada, o que é ótimo. Quando chegamos cada uma vai para o seu lado.

Acabo encontrando Dora, Lírio e Ian na escada e sigo com eles para o segundo andar do prédio. O armário de Dora e Lírio ficam no quarto andar então elas continuam subindo. Ian tem o armário próximo ao meu.

– Então você tem um Fusca? – ele conclui parando ao meu lado enquanto abro o meu armário. Pego o livro de Convivência Social, minha primeira aula hoje. Sala B6, segundo andar mesmo.

– É, pode se dizer que sim. – respondo meio sem graça. Só contei a Ian sobre o Fusca, pois considero ele um cara legal. – E você, tem carro?

– Pode se dizer que sim. – rio fechando o armário. O sinal das 7:55 horas toca e antes que ele saia correndo para a sua aula, que é de Inglês, o seguro. – É uma moto. Qualquer dia te levo pra dar uma volta.

Entro na sala logo depois e acabo me sentando no meio, na parede do lado direito. A maioria das pessoas já estão em seus lugares e me ignoram. Começo a mexer no celular, mas paro assim que vejo a professora entrando.

– Bom dia a todos! – a mulher de cabelos vermelhos curtos exclama feliz até demais para ser apenas a primeira aula. A sala responde junta. – Hoje quero que vocês leiam a pagina 35 do livro.

Ela se senta em sua mesa e começa a mastigar um chiclete. Eu leio em cinco minutos e quando levanto os olhos vejo que a maioria das pessoas já acabou.

– Todos já acabaram? – pergunta acabando a conversa que começava a surgir. Respondemos afirmamente. – Ótimo. Agora formem duplas.

Olho em volta e vejo que a maioria já arrumou uma dupla. Começo a ficar desesperada quando a professora fala novamente:

– Meninos fortes, por favor me ajudem. Afastem as cadeiras e as mesas. Quero que deixem o meio da classe livre. – os meninos afastam a cadeiras. Todos estão ao lado de sua dupla e eu sou a única sozinha. Antes de voltar a falar ela paira o olhar em mim. – Oh, querida. Você não tem dupla?

– É. – respondo percebendo que o meu rosto ficou um pouco vermelho e quente.

– Alguém mais está sozinho? – pergunta para a classe que responde negativamente. – Tudo bem. Quando todas as duplas acabarem você pode escolher alguém para fazer com você.

Antes mesmo de eu conseguir responder alguém bate na porta. A professora fala um “Entre!” mais alto que o necessário. Não olho para a pessoa na porta, concentrada em meu livro. O texto fala sobre “Confiar nas pessoas”.

– Ótimo! – só levanto os olhos porque a professora está virada em minha direção. – Ainda bem que você resolveu aparecer, Andrew. Faça dupla com ela. – E aponta para mim.

É. Ele está parado bem na porta com aquele sorriso cafajeste que eu tanto odeio. Hoje veste uma camiseta vermelha e uma calça jeans normal. Quando seus olhos encontram os meus minhas pernas balançam.

– Quero que as duplas formem uma fila. Vou dar exercícios de Comportamento Social diferentes para cada dupla e avaliar vocês. Isso é como uma prova, só pra vocês saberem. – a classe inteirinha bufa, e eu não fico de fora.

A fila começa e eu fico um pouco antes do seu final. Quando penso que Andrew desistiu de fazer dupla comigo o idiota aparece ao meu lado.

– Eu disse que te beijaria, não precisa vir assim tão linda para a escola. – fala com a sua voz alternando de níveis, me olhando de cima a baixo. A primeira dupla avança para frente da professora.

– Puff! – faço esse som revirando os olhos. Ele dá uma risada baixa. Cruzo os braços. – Não quero conversar com você e você não quer conversar comigo. Então, vamos, por favor, só fazer essa droga direito e ir embora, ok?

– Você é quem manda, gata. – ele dá uma pausa e quando eu penso que finalmente livrei-me de suas conversas volta a falar com a voz animada. – Alias, descobri o seu nome, Jane.

– Que infelicidade. Agora vou ter que refazer a minha carteira de identidade. – exclamo com a voz trágica. Passo o peso do meu corpo de uma perna para outra.

– Ahm, e não fique nervosa com esse trabalho. – ele declara passando as mãos pelo seu cabelo loiro desarrumado. Seus olhos vão direto para os meus quando eu o encaro. – Essa professora me ama. Não vai dar menos que A pra gente.

– Eu não estou nervosa. – respondo ríspida. Percebo que a fila diminuiu muito desde que o exercício começou e nós somos os terceiros.

– Então acha que vai tirar dez? – pergunta divertido. Ai, eu quero bater nele!

– Não! Só não acho provável que a gente tire F em um trabalho de Convivência Social! Qual é! É só ser educada e pronto.

– Esqueceu quem é a sua dupla, gata? – tá, eu vou explodir.

– Não me chame de “gata”, ok? Não sou sua gata e nem sou um animal. Então vai ver se eu to na esquina e me deixa em paz.

– Próximo! – caminho até a professora que sorri com a nossa chegada. As duplas que já concluíram o trabalho, que são a maioria da classe, conversam perto de nós, perto o suficiente para ouvir o que vamos falar. – Nomes?

– Jane Morgan.

– Andrew Taylor.

– Certo, certo. – comprovo o que Andrew quis dizer com “amar” agora. Quando fala essas palavras a Sra.Moore olha bem nos olhos do loiro e parece viajar como uma adolescente. – Vamos fazer uma coisa diferente agora.

Lá vem.

– Fiquem frente a frente. – ela puxa o meu ombro com mais força que o necessário e eu me viro para Andrew, que também me olha. – Quero que se analisem.

– Isso é serio? – pergunto, mas é inútil. Já sinto o olhar de Andrew se passando por todo o meu corpo e durante alguns segundo me sinto completamente pelada. Ok, eu também faço isso com ele, mas não vem ao caso.

– Tá, já chega! – eu quero gargalhar da cara da professora qual o nome eu esqueci. Ela me olha com raiva, ou inveja, pelo modo que Andrew me encara. – Agora, digam verdades um na cara do outro, tanto físicas quanto de personalidade. Você primeiro Andrew.

Isso parece despertar a curiosidade do resto da classe. Agora me sinto mais do que observada. Andrew levanta as sobrancelhas e passa os olhos por mim novamente.

– Você é muito marrenta. – ele declara com um sorriso divertido dançando pelos lábios. A professora ri e isso não ajuda nem um pouco em minha raiva passar. Mesmo antes de ser autorizada falo:

– Você é um idiota!

– Você não se diverte em nada. – retruca ele.

– Seu sorriso é irritante.

– Odeio quando faz aquele biquinho.

– E eu odeio quando você levanta as sobrancelhas. – quando acabo de falar faço o biquinho de propósito.

– Quero te beijar agora. – a classe inteira começa a chiar e um corinho de “Beija!” surge ao fundo. A professora pede para que paremos mais eu não me contenho.

– Eu te odeio!

– E eu quero que seja a minha namorada.

– Parem! – a professora grita com o rosto vermelho e só então que percebo que eu também estou vermelha. O sinal toca e todos começam a se espalhar pela classe. A professora nos impede. – O que foi isso?

– Isso foi a demonstração de como eu odeio ele. – murmuro para mim mesma, mas Andrew e Sra.Moore acabam ouvindo.

– Eu poderia deixar os dois na detenção durante duas semanas, sabem disso não é? – ela começa e já sei que vou levar bronca.

– Desde que a gente fique em salas separadas. – declaro evitando olhar para o lado, que é onde Andrew está parado. Mesmo sem olhar sei que ele sorri.

– Olha, me desculpe professora. – Andrew está se fazendo de vitima quando fala isso. A professora assente, agradecida por ele voltar a ser o aluno perfeito (só que não). – Se quer saber, até quero me redimir.

– E como você quer se redimir, exatamente? – ela pergunta se fazendo de sexy. Ela acha que ele está dando em cima dela?

– Temos o trabalho da sua matéria para entregar na semana que vem. E eu ainda não tenho dupla. – começo a negar com a cabeça, desesperada. Andrew me olha e sorri. – E como sei que a Jane também...

– Nem pensar! – me intervenho.

– Espere Jane. – a professora faz um gesto com a mão e eu me calo. – Como professora de Convivência Social quero dizer que isso será muito bom para ambos os lados, quer dizer, fazerem esse trabalho juntos. Mesmo pessoas que se odeiam...

– Qual é! Ele é um idiota! – eu grito isso e sei que isso só faz com que Sra.Moore se convença mais de que é “certo”. Ou apenas faz isso para me deixar irritada.

– Eu aceito. Vocês dois vão ser dupla no trabalho.

– Mas... – reclamo.

– Sem mais, Jena Morgan. Agora vão para as suas outras aulas.

Saio da sala pisando duro. Além de ter que fazer esse trabalho idiota com um garoto insuportável Sra.Moore ainda errou o meu nome, que tem apenas duas silabas! Antes de conseguir subir as escadas para a aula de Inglês, Andrew me para:

– O que eu disse não é mentira. – meu cérebro demora um pouco para voltar a funcionar por conta da raiva, mas, quando percebo o que ele quer dizer, falo a primeira coisa que me vem à cabeça. “ E eu quero que seja a minha namorada”.

– É, o que eu disse também não é. – “Eu te odeio”.


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Notas finais do capítulo

Gostaram???

O próximo cap vai ter mais a ver com o passado de Jane... Aguardem...

Beijocaass!!



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