Passado Obscuro escrita por LeitoraApaixonada


Capítulo 38
Capítulo 37 - Precisamos Conversar


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeey Cupcakeeeeeeeeeeeess!!

Como vããão??
Eu não demorei, né? Estou tentando escrever em todo tempo livre que tenho, então me agradeçam por isso!
E eu postei mais cedo por um simples motivo lindo e maravilhoso: RECEBI A MINHA NONA RECOMENDAÇÃÃÃÃO!!! Obrigada Kathy Cooper pela maravilhosa declaração de amor pela minha fic! Sua linda, gata, perfeita! Te amoooo!! Obrigada mesmo!

Musica do CAP: Musica Instrumental, Titanic - Tema da Rose e do Jack (sério, quem não amaaaa esse filme? Eu choro sempre que vejo, kkkk).
Beijoooocas!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/518420/chapter/38

Eram 2:37 da manha quando resolvi começar a andar de novo. Em meu celular já havia milhões de chamadas perdidas de Julian e mais trilhões de Andrew. Até mesmo Ash me ligara, provavelmente por pedido do loiro que me fez perder a cabeça.

Comecei a andar em direção a praia em passos lentos e pequenos. Eu já havia me recuperado das lagrimas e de todos os pensamentos idiotas que passavam em minha cabeça. Na verdade, a única coisa que eu queria nesse momento era me deitar e dormir.

Cheguei à orla minutos depois. Meu celular tocou e eu vi no alto da tela o numero de Andrew. Ignorei novamente. Sei que isso é errado, deixar Julian preocupado, mas o que preciso agora é ficar sozinha.

A rua estava vazia. Antes da famosa praia de Crissy Field um jardim lindo e bem cuidado se destacava. Dentro do jardim alguns bancos de pedra ficavam espalhados, dando vista para o mar e para o vento que vinha em direção ao continente.

Sente-me em um desses bancos, o banco mais próximo da praia. Cruzei as pernas e encostei o meu tronco no encosto de pedra. Fechei os olhos e respirei fundo.

Só foi eu conseguir relaxar para o meu celular tocar de novo. Eu bufei irritada e coloquei a mão dentro do bolso para desliga-lo. Não queria ninguém me incomodando durante as próximas mil horas.

Mas algo me deteve. Não era Julian, Andrew, Ian ou até Ash que me ligava. O nome de quem aparecia na tela era o de Sara.

Pensei durante um segundo antes de atender. Andrew teria a coragem de ligar para a minha antiga casa as 3:00 horas da madrugada? E quem me ligaria seria Sara e não Richard, meu antigo pai?

– Alô? – minha voz saiu rouca e cansada.

– Ahm, graças a Deus você atendeu! – Sara parecia elétrica do outro lado da linha. Logo que ela falou isso entendi que essa ligação era comandada por Julian ou Andrew.

– Olha Sara eu não vou para a casa, ok? Estou pensando e pretendo voltar apenas de manha. – eu justifico meu sumiço assim. Mas isso não parece agrada-la.

– O que? – a sua voz é confusa. Ouço, ao fundo da ligação, uma sirene alta. Meu coração fica apertado. Sara está em um hospital? – Jane, eu liguei para avisar que eu e Richard tivemos que vir correndo para o hospital.

– Por que? O que aconteceu com o meu pai? – parece errado eu ainda chama-lo assim, mas sempre que penso em Richard o tenho como meu pai e não como apenas Richard.

– Nada querida! O problema foi com Ginna.

– Que hospital vocês estão? O bebe está bem? E Gin? – as perguntas vinham de minha mente sem eu a menos controla-las. Droga Jane, cale a boca.

– Estamos no hospital do centro, aquele perto da nossa casa. É melhor você vir para cá, não posso falar o que tenho a dizer por telefone.

***

Eu fui correndo o mais rápido que consegui e chego ao hospital com as costas molhadas de suor. Assim que entro no grande prédio branco algumas pessoas que estão paradas no recinto me olham estranho. Não as culpo, eu devo estar horrível. Possivelmente meu cabelo pode ser confundido com um ramo de feno e minha pele deve estar vermelha, culpa do vento frio que faz na noite de São Francisco. Minhas roupas estão amassadas e ainda tenho o rosto cheio de lagrimas.

Vou primeiro a recepção central e falo o nome todo de Ginna. A moça loira que está me atendendo indica o terceiro andar do hospital, a área geriátrica.

Subo de escadas mesmo, dois degraus por vez. Quando abro a porta do local dou de cara com uma sala branca pequena com varias portas também brancas em volta. Há apenas três pessoas no recinto. A moça da recepção, Sara e Richard.

– Sara! – exclamo a fazendo se virar em minha direção. Eu corro até ela e a abraço forte. – Me conte o que houve. Onde está Gin? E o bebe?

Antes de responder Sara funga com o nariz e olha desesperadora para Richard. Meu pai, por si só, dá um passo em nossa direção e faz com que a morena apoie a cabeça no seu ombro.

– Ginna teve um sangramento durante a noite. Sara a encontrou desmaiada na porta do bainheiro. – declara Richard. Nós não nos falamos a tanto tempo que eu até tinha esquecido de como sua voz era bonita e suave, muito diferente da de Julian. Ignoro esse pensamento.

– E agora, como ela está? O bebe está bem, não é mesmo?

– Jane, eu não sei como vai ser daqui para frente. – Sara dá um passo a frente e coloca a mão em meu ombro. Só agora percebo que ela e meu pai estão de pijama. – Ginna tem uma gravidez de alto risco e pode até ter que ficar no hospital.

– Como assim?

– Esse não foi o primeiro sangramento que ela teve. Logo depois que você foi embora da nossa casa ela começou a se sentir mal e uma hemorragia começou. – Sara suspira antes de voltar a falar. – O medico disse que aquilo podia ser por causa do trauma da briga que você e Richard tiveram, mas então a hemorragia aconteceu de novo hoje.

– Quer dizer que o bebe e Ginna estão bem? – pergunto ainda com o coração na mão.

– Sim, mas nós teremos que ter mais atenção daqui para frente. Ela poderá perder o bebe a qualquer momento! – Sara recomeça a chorar, como se só agora visse a gravidade do que estava acontecendo.

– Acalme-se meu amor. Se Ginna te ver assim vai fazer mal para ela. – Richard coloca a mão no ombro de Sara e a faz sentar. Ele se volta para mim e pergunta educadamente. – Poderia ficar com a Ginna no quarto?

– Claro.

– É o numero 245.

Eu volto a caminhar, agora em direção a um corredor. De lá passo por vários quartos, que começam pelo numero 100. Assim que chego no 254 bato na porta.

– Entre. – a voz fraca de Gin enche os meus ouvidos. Eu mexo na maçaneta da porta e a abro, entrando no quarto logo depois.

É estranho estar em um hospital novamente. A menos de uma semana era eu deitada naquela cama. O quarto que Ginna está é bem parecido com o que eu estive, paredes brancas, poltrona creme e uma cama com um monte de aparelhos em volta.

– Hey Gin. – exclamo quando a morena me vê. Ela parece cansada, como se acabara de carregar um caminhão com as costas. Seus cabelos estão presos em um rabo de cavalo mal feito e tem um soro preso em seu braço esquerdo.

– Jane. – ela abre um sorriso pequeno quando me vê e ergue a mão direita, me chamando para perto. Eu vou até o seu lado direito e pego em sua mão.

– E então? O que aconteceu com você, hein? – eu me sento na poltrona que há ao lado da cama e tento parecer confiante. Ginna encosta a cabeça mais fundo no travesseiro e respira fundo.

– Não sei. Eu apenas senti uma vontade tremenda de ir ao banheiro e me levantei. Quando eu acordei novamente já estava aqui, deitada nessa cama.

– Você sabe que terá que tomar mais cuidado agora não é? – pergunto.

– Sei sim Jane. Eu e o medico já conversamos sobre isso. – uma pausa e um suspiro. – Vou ter que ficar no hospital um tempo e depois, quando eu conseguir voltar para a casa, terei que ter atenção 24 horas por dia.

– Pode contar comigo, viu?

– Eu sei Jane. – ela aperta minha mão mais forte. – Mas também sei que você está cheia de problemas.

– Você é a minha irmã, mesmo depois de tudo o que aconteceu. – declaro sorrindo. – Estou aqui para você sempre que precisar.

Antes mesmo de Ginna conseguir responder alguém bate na porta. Ginna revira os olhos e murmura algo do tipo: “Deve ser um enfermeiro”.

– Entre.

A porta se abre e de lá sai a única pessoa que eu não estava pronta para ver nesse momento.

– Precisamos conversar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vamos fazer um combinado? Quem acertar quem é ganha um doce. Sério, mando até por correio! Hahaha!

Beijoooocas!!