Passado Obscuro escrita por LeitoraApaixonada


Capítulo 37
Capítulo 36 - Está Me Chamando de Puta?


Notas iniciais do capítulo

Heeeey Cupcaaaakes!!

Como vããããããooo?? Sim, eu demorei um pouquinho, mas sabem como a vida é um pouquinho corrida para mim, né? Ahm! E tem mais, eu também tenho vida social (fui a uma show ontem a noite que foi mara demaaaaaais!!).
Bom, bom... Ai está o cap! Hahaha, acho que não tenho o que dizer :) Quero apenas agradecer a todas, amo vocês!

Musica do CAP: Ariana Grande e Nathan Sykes - Almost Is Never Enough (Poooo!! Eu amava eles dois juntinhoooos!! Pena que acabou :(
Beijooooocas!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/518420/chapter/37

Uma semana se passou e nada mudou em meu coração.

Depois da minha briga com Andrew ele não apareceu mais na minha frente. Quer dizer, a não ser na aula de Convivência Social, mas era a mesma coisa do que não aparecer. Andy não me olhava, evitava sair da sala antes que eu e, no dia que eu tomei coragem para espera-lo do lado de fora, ele simplesmente saiu correndo corredor a fora.

O resto está normal. Ginna e eu saímos uma vez, para esclarecer o que realmente estava acontecendo entre eu e meu pai. Conversamos por horas e ela ficou do meu lado, dizendo que o que eu precisasse para pedir sem hesitar. Aliás, sua barriga está começando a aparecer mais, já que a morena está com 4 meses de gravidez.

Ash, Dora, Justin, Lírio e Logan ficaram super animados com a noticia do meu namoro com Ian. E quando eu digo “super animados” eu quero dizer que eles praticamente saíram gritando para todos que quisessem ouvir.

Eu e Ian. Ian e eu. Não sei por que, mas tenho a sensação de que não combinamos, em todos os sentidos imagináveis e inimagináveis. Foi uma das piores semanas da minha vida. Ele me fez sair com ele praticamente todos os dias e até me levou para conhecer seus pais, um exagero tremendo para quem completou apenas uma semana de namoro.

Meu pai tem sido incrível. Julian tem me dado tanta força e, quando eu chego da escola a ponto de chorar, é ele quem procuro. Parece estranho de se falar, mas Julian e eu parecemos ter uma certa de conexão, sei lá.

Hoje à noite teremos um tipo de jantar com toda a família. Não entendi porque, mas meu pai exigiu que tanto eu quanto Andrew estivéssemos presentes. A minha confusão foi porque Julian tem evitado me colocar no mesmo cômodo que Andrew desde que vim morar aqui.

Por exemplo, quando vamos jantar. Julian exige que apenas eu e ele ficássemos na mesa das 20:00 horas para frente. Já Andrew precisa ou jantar no quarto ou aparecer mais cedo na cozinha.

Ou até quando vamos para a escola, vemos um filme na sala e jogamos vídeo game. Andrew nunca é presente. Na verdade, ele nem se quer sai de seu quarto.

– Hey Julian. – eu chego em casa mais cedo que de costume. Sai da escola correndo para ver o que tanto me espera aqui e, principalmente, para evitar Ian, já que hoje fazemos uma semana de namoro.

– Oi minha filha! – Julian está sentado no sofá da sala com as pernas cruzadas e ainda usa o terno que foi para o trabalho. – Está bem?

– Sim. – caminho até ele, que me beija na testa. – Vai me dizer o porquê desse jantar?

– Claro. – me sento ao seu lado no sofá e ergo o meu corpo, curiosa o suficiente para até matar alguém. – Vou te dizer quando todos estiverem na mesa.

– Ahmmm! – reclamo com uma careta no rosto.

Assim que acabo de soltar o som da minha boca meu celular, que está no meu bolso, toca. Olho na tela e vejo o nome de Ian.

– Oi Ian. – atendo monotonamente.

– Onde está? Não te vi quando a aula terminou.

– Voltei para a casa, lembra que eu te disse que teríamos um jantar? – ele faz um som de concordância do outro lado da linha.

– Não está mentindo para mim, né?

– O que? Não!

– Jura? – sua voz era possessiva.

– Claro Ian! Acha que eu iria mentir para você?

– O Andrew vai estar ai? – fala raivoso. Parece que falar o nome de Andrew é igual a uma criança falar um palavrão, inteiramente proibido.

– Claro. Ele é meu irmão.

– Promete que não vai dar trela para ela? – Ian com certeza está com ciúme.

– Ian, ele é meu irmão! Irmão, entendeu? – eu estava começando a ficar com raiva. – Nada vai acontecer, pode ficar tranquilo.

Ele suspira antes de voltar a falar.

– Ok. Vamos ao cinema amanha para comemorar a nossa uma semana de namoro?

Não tenho como negar, então acabo aceitando. A ligação termina tempos depois e meu pai me olha sugestivo, mas não diz nada.

Vejo um movimento vindo da cozinha e de lá sai Quinn, a atual mulher de Julian.

Ela é linda. Cabelos negros até a cintura, corpo violão e um sorriso acolhedor. Mas não pense que a mulher é santa! Está mais para filha do capeta, se me permitem dizer. Não sei o que o meu pai, um homem tão bom, viu nessa vadia de primeira.

Quinn tem a típica personalidade de uma mulher de homem rico. É exibida perto das outras pessoas, mas assim que Julian chega ela abaixa a crina. Ahm! E ela é a mulher que vi na porta dessa mesma casa no dia que Andrew me ligou mentindo sobre a perda do bebe de Gin.

– O jantar está na mesa. – declara apontando para a sala de jantar. Julian se levanta e desliga a TV.

– Andrew! – grita chamando o garoto, que logo desce as escadas com um cigarro na boca. Ele desce rápido demais, como se estivesse no pé da escada, escutando a conversa. – Eu já disse pra você parar de fumar filho!

– Cuide da sua vida que eu cuido da minha, ok? – responde o loiro rispidamente. Eu reviro os olhos. – E então? Qual é a besteira desse jantar em família?

– Não é besteira. E você vai saber daqui a pouco. – Julian responde indo em direção a sala de jantar. Eu não o sigo de primeira, fico parada no meio da sala olhando para Andrew, tentando fazê-lo virar o rosto em minha direção.

Mas não acontece, como em todas as outras vezes que tentei. Então apenas rumo para o jantar e me sento ao lado de Quinn. Andrew joga o cigarro no lixo e faz o mesmo.

Já sentada está Hannah, com seu aparelho de respiração ao seu lado. Ela me olha com um sorriso no rosto e eu a cumprimento com um olhar acolhedor. Ela veste um vestido rosa e lembra-me de quando eu era apenas uma criança, sem problemas para esquentar a minha cabeça.

– Então, já que estamos todos aqui, posso anunciar o que quero. – Julian se levanta e todos da mesa o olham atentos. – Como sabem descobri que Jane é minha filha. E, para comemorar isso, resolvi que vamos fazer uma viagem.

– O que? Pra onde? – quem fala isso é Quinn. Ela parece animada.

– Eu ia para um hotel no interior da Califórnia, na cidade de Modesto, quando era pequeno. Não é muito longe daqui e é muito tranquilo. Vamos passar o Natal e o Ano Novo lá.

– O que? – Quinn parece magoada. Ela faz uma careta. – Pensei que iríamos para Nova York ou, sei lá, fazer um tour pela Europa! Mas ir para o interior? Isso é coisa de gente idiota!

– Quinn, querida, não estou pedindo a sua autorização. Eu já comprei as passagens e, caso você não queira ir, não vá. Mas eu vou levar a minha família.

– E se eu não quiser ir? – quem fala isso é Andrew. Eu sinto raiva em sua voz.

– Enquanto você morar debaixo do meu teto quem manda em você sou eu. – Julian fala isso com tanta dureza que sinto minha coluna tremer. Nunca o vi assim.

– Ahm, Andy, vai ser legal! – Hannah puxa a camiseta do irmão e sorri. Ele a olha e logo sinto a dureza em seu olhar melhorar. – Imagina, eu, você e a nossa nova irmã em uma hotel.

Foi só eu ser colocada na conversa para Andrew fecha os punhos. Eu mudo de assunto.

– Julian, será que isso é mesmo o certo? Quer dizer, eu aposto que essa viagem é muito cara e eu não tenho condições de te pagar.

– E quem disse que você vai me pagar? – Julian diz docemente. – Jane, você é minha filha. Tudo o que é meu também é seu.

– Relaxa pai, Jane só está assim porque vai ficar longe do novo namoradinho dela. – Andrew cospe essas palavras sobre a mesa como se não fossem nada. Eu o ignoro.

– Pai, eu não posso aceitar. Parece muito caro e eu acabei de entrar na família.

– E onde mais você ficaria? – meu pai pergunta.

– Ela pode dormir na casa do Ian, já que estão tão próximos. – Andrew está de braços cruzados e evita o meu olhar.

Tentei e muito. Mas, como daquela vez que briguei com Samantha, não consegui me segurar. Levantei do meu lugar e apontei o dedo indicador para Andrew.

– Olha aqui, seu garoto idiota, eu não vou mudar as minhas decisões ou a minha personalidade só porque você não gosta do meu namorado e...

– É muito mais do que isso Jane! – pela primeira vez em dias ele me olha nos olhos. Diz isso gritando e se levanta também. – A gente teve alguma coisa e de repente você faz isso!

– Filhos, parem de gritar. – Julian tenta acalmar a situação, mas isso só aumenta a minha raiva. Guardei tudo isso dentro de mim até agora e estou pronta para soltar tudo.

– Você é um ridículo que ainda não cresceu! Um mimado que tem tudo o que quer, mas uma novidade, a vida não é assim! – a casa parece um hospício, com loucos gritando por todos os lados.

– Parem! – Julian fala isso alto, tão alto quanto os nossos gritos.

– Você nem esperou a gente acabar e logo foi caindo para o lado do Ian! Você sempre disse que odiava a Samantha mais está parecendo com ela! – Andrew esperava uma resposta minha, mas ela não veio. O que veio foi o silencio na sala.

Aproveitei para olhar em volta. Hannah era a que tinha mais emoções no rosto. Lagrimas nos olhos e um olhar assustado. Já Quinn estava nos olhando como se não acreditasse no que visse. Baixei o olhar e deixei uma lagrima que estava acumulada cair.

– Está me chamando de puta? – o olhei de novo, bem nos olhos. Foi como se o mundo parasse. Senti seu olhar amolecer, mas sua expressão continuou dura, com o maxilar cerrado. Ele não respondeu, então repeti, com a voz mais alta. – Está me chamando de puta?

– Se é isso que acha que é. – Andrew dá os ombros.

– Respeite a sua irmã Andrew! – Julian parece furioso. – Você pensa que é o que, hein? Está de castigo até que eu decida que parou de ser idiota! E vai ficar sem seu carro. Agora peça desculpas a sua irmã!

Mas nem eu nem ele estávamos prestando a menor atenção. A única coisa que eu fazia era olha-lo e a única coisa que ele fazia era devolver o olhar com a mesma intensidade.

Eu sentia tudo passando pelo meu coração. E acho que Andrew também, pois, quando percebeu o que acabara de falar, do que acabara de me chamar, foi como se tivessem dado um tiro em seu coração.

– Jane, eu não...

Mas não o deixei terminar. Sai correndo em direção à porta da sala e sai da casa. Corri até não aguentar mais. E quando vi que minhas pernas iriam desabar deixei que elas o fizessem. Desabei e chorei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Agora a coisa ficou feiaaaaa :(

Deixem o que vocês acham que vai acontecer nos comentários :)

Beijoooocas!!