Passado Obscuro escrita por LeitoraApaixonada


Capítulo 27
Capítulo 26 - Agora é o Camp Rock?


Notas iniciais do capítulo

Heeeey Cupcakeees!! Como vããão??

Eu vou beeeeeem pra caraaaamba!! Logo de primeira gostaria de agradecer a minha querida TheGirlWhoIsAlwaysReading PELA MINHA QUINTA RECOMENDAÇÃO!! EU TE AMO, SÉRIO! Obrigada, de coração.
Gostaria de agradecer também aos comentários e as favoritamentos de todas vocês, isso tem me ajudado muiiiito!!

Musica do CAP: Kaskade - Atmosphere
Beijoooocas!!



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O próximo percurso que fazemos é longo, mas eu não me importo. Estou curtindo tanto essa tarde que na ligaria se o mundo acabasse depois que o Sol se pôr ou se alienígenas invadissem o planeta.

– E agora? Vai me levar pra casa? – pergunto terminando de tomar o meu suco de laranja. Andrew, que está com as duas mãos no volante, tira uma e busca a minha, entrelaçando os nossos dedos logo depois.

– Nem pensar. Se você quiser poderíamos ir conhecer a minha irmã. – declara com a voz doce. Eu arregalo os olhos.

– A sua irmã, aquela que te deixa todo feliz de repente? – ele ri e eu assinto. – Claro que quero! Vou pegar um autografo com essa menina!

– Ahm, qual é! Eu fico feliz com você também. – declara deixando de olhar a rua por um segundo e vagando os olhos para os meus. Eu coro, por mais que pareça idiotice depois dos beijos que demos.

Passamos o caminho inteiro de mãos dadas e, assim que chegamos, ele solta a minha mão para abrir a porta. Assim que o faz me sinto vazia, como se eu já tivesse me acostumado com o seu toque.

A casa é pequena e fica em um bairro mais afastado da cidade, o que não me intimida. Quando morávamos aqui em São Francisco, antes de minha mãe morrer, também tínhamos uma casa pequena e eu nunca fiquei envergonhada com isso.

Assim que Andrew dá a volta pelo carro seguro em sua mão de novo.

– É a sua casa?

– Não, é a casa da minha madrinha. – declara arrumando o cabelo. – Lembra da Maria, não? Então, ela está cuidando da minha irmã está tarde e eu teria que vir busca-la depois da escola mesmo. Só adiantei as coisas.

– Sua irmã não vai à escola? – pergunto balançando nossas mãos enquanto caminhamos em direção à porta de entrada da casa.

– Ela... – parece que ele tem duvida se fala ou não, ou tem medo. Depois de um tempo coça a testa. – Você apenas vai ver Jane.

Não respondo. Andrew bate na porta de entrada quando chegamos perto e logo Maria a abre com um sorriso terno no rosto.

– O que faz aqui tão cedo? – pergunta para Andrew meio que ignorando a minha presença. Andy solta a minha mão para abraçar a madrinha.

– Nossa aula acabou mais cedo e eu resolvi vim ver como a pimentinha está. – declara me indicando com a cabeça logo depois. – Você já conhece a Jane, certo Maria?

– Sim, sim. – ela sorri para mim e ergue a mão. Eu a comprimento e entro na casa atrás de Andrew. – Você e ela estão namorando?

– Ahm... Não exatamente Dona Maria. – ele responde meio sem jeito.

– O que? Estão, como falam, “ficando” ou algo assim? – pergunta à senhora gorda com um ar de curiosidade.

– Nós estamos curtindo o momento, senhora. – respondo por Andrew, que me agradece como olhar.

– Querem algo para comer? – Andrew nega com a cabeça, mas mesmo assim a senhora gorda ruma para a cozinha. – Vou pegar algo.

Assim que ela desaparece pela porta Andrew pega em minha mão e me guia pela sala, fazendo com que eu me sente no único sofá que há lá logo depois. A TV está desligada e a sala parece um pouco mal cuidada.

– Obrigada. – Andrew diz baixinho, para que só eu ouça. Eu assinto sorrindo de lado. – Sério, Maria ficaria perguntando se estamos namorando por séculos se você não tivesse feito aquilo.

– E por que ela ficaria insistindo tanto?

– Porque eu nunca trouxe uma menina aqui antes. Apenas no cinema. – eu assinto e um sorriso grandioso se forma em meu interior. Ele nunca trouxe nenhuma, repito, nenhuma menina aqui. É ou não é para eu me sentir especial?

– Maria trabalha no cinema? – pergunto tentando disfarçar a minha animação.

– Sim, ela meio que é uma gerente de lá.

– Por isso você tem lugar marcado para todas as sessões? – ele assente em resposta e Maria volta com uma bandeja cheia de guloseimas e copos de suco.

– Espero que goste de biscoito de chocolate Jane. – ela exclama deixando a bandeja na mesinha em frente ao sofá.

– Eu ia dizer que a gente acabou de almoçar. – Andrew fala revirando os olhos. Maria faz uma cara de aceitação.

– Ahm! Então porque não vão lá ver a Hannah antes de comer? Ela está vendo um tipo de filme de musica.

Andrew confirma e se levanta, me levando com ele. Há uma escada perto do final da sala e nós a subimos rapidamente. Viramos a direita logo na primeira porta e, antes de entrar, Andrew me olha.

– Só... Não fique assustada ok? – eu o olho duvidosa. O que pode ter de tão... Horrível em conhecer a irmã dele?

Andy abre a porta e coloca a cabeça dentro do quarto primeiro, antes de me deixar entrar ou ver quem está dentro do quarto. A única coisa que sei é que a luz está acesa.

– Hey pimentinha! – Andrew fala de um jeito doce. – Trouxe uma amiga minha, ela pode entrar?

– Ela é legal? – uma vozinha um tanto quanto pequena pergunta do outro lado da porta. Eu solto uma risada tímida e Andrew faz o mesmo.

– Eu a adoro. E tenho certeza que você vai adorar também. – exclama vacilando o olhar entre a menina dentro do quarto e eu.

– Então... Ela pode entrar.

Com a resposta afirmativa Andrew pega em minha mão e aperta por um período de tempo, como se fosse um aviso. Logo depois abre a porta.

De primeira não sei se me mexi. Acho que algum tipo de chiclete gigante me prendeu no chão, porque a única coisa que eu coseguia fazer era olhar diretamente para a menina deitada na cama.

Depois senti Andrew me puxando pela mão, e eu entrei tentando parecer corajosa. Hannah me olhava dos pés a cabeça, e admito que eu fazia o mesmo.

Ela tem um aparelho respiratório do lado da cama e um tipo de tubinho que o liga com o seu nariz. Vejo que não mexe muito o tronco, como se sua respiração fosse dificultada. Lembro-me de mim, na infância, quando minha asma piorou seriamente. Os seus cabelos loiros bem curtos caiam em tranças bem feitas e suas pequenas mãos estavam apoiadas no colo. Ela parecia não sair da cama a muito tempo.

– Oi. – disse quando eu consegui. Andrew se sentou na ponta da cama e abraçou a pequena menina. Eu continuei de pé, apenas observando.

– Pimentinha, essa daqui é a Jane. Jane, essa é a Hannah, minha irmãzinha. – ele apontava uma para a outra e quando o olhar da garota pairou em mim consegui sorrir. Ela se parecia com Andrew e, da mesma forma que o irmão, era linda.

– Hey Hannah. – eu chego mais perto e me abaixo perto da cama, ao lado de Andrew. – Como vai?

– Bem e você?

– Ótima. – respondo ainda sorrindo. Não quero que ela pense que tenho dó dela, acho que isso apenas piora as coisas.

Quando minha mãe morreu a única coisa que eu odiava era que me olhassem com dó. Eu queria demonstrar que eu era forte o suficiente para aguentar aquilo, por isso não chorava na frente de quem eu amava.

– Você e meu irmão estão namorando? – ela pergunta olhando esperançosa para Andrew. Ele apenas dá uma risada debochada e a menina volta a falar tão rápido quanto parou. – Quer dizer, igual à Gabriela e o Troy de High School Musical?

– Não Hannah. Eu e Andy somos apenas bons amigos. – respondo sorrindo pela com comparação com HSM, lembrando-me de Andrew. – E então? O que está vendo ai na TV?

– É um tipo de copia de HSM. Eles tentam ser melhores, mas não conseguem, sabe? – ela aponta para o filme que estava passando e eu rapidamente o identifico como Camp Rock.

– Ahm, eu sempre amei esse filme! – falo dando a volta na cama e sentando do outro lado, fazendo Hannah ficar no meio de mim e de Andrew.

– Qual é! Admita Jane, HSM é bem melhor que esse filme! – Andrew fala encostando na cabeceira da cama e passando os braços em volta do ombro de Hannah.

– Tudo bem, mas as musicas que a Demi Lovato canta são demais! – exclamo também encostando-me à cabeceira, fazendo com que Hannah ficasse em um tipo de sanduíche, com a gente nas pontas.

O filme estava no meio e nós o acabamos de ver enquanto discutimos sobre qual é melhor. Quando chega naquela cena onde o Nick Jonas aparece, eu e Hannah começamos a gritar, dizendo que ele é muito lindo. Andrew apenas revira os olhos.

– Não revire os olhos para mim, mocinho! – falo tentando imitar uma mãe irritada. Hannah ri e, para a minha surpresa, uma almofada voa em minha direção, fazendo com que eu caísse no chão de bunda.

– Hey, Andrew Taylor! – eu grito com raiva. Nisso, Hannah já gargalha deitada na cama. Vendo a sua animação devolvo a almofada na direção de Andrew, que vem até mim e me abraça de costas enquanto lutamos. De repente os risos de Hannah param e nós a olhamos confusos.

– Eu queria estar ai com vocês. – declara com a vozinha triste. Logo que fala isso boceja. Andrew vai até ela e se senta no mesmo lugar que antes.

– Está cansada? Quer dormir um pouco? – ele está preocupado, só pela sua voz consigo ver isso.

– Sim. Será que pode apagar a luz? – ele assente e rapidamente se levanta. Eu me sento na cama ao lado de Hannah e a ajudo a se cobrir com um cobertor bem quentinho.

– E ai? Está gostoso ai? – pergunto quando acabo de cobri-la. Ela assente e logo num sorriso surge em seu rosto.

– Quer vir aqui comigo? Ai você pode me contar uma historia para dormir. – eu sorrio e assinto, me aconchegando com Hannah debaixo das cobertas. Olho para Andrew, que observa tudo de longe, encostado na parede do quarto.

– Que historia você quer que eu te conte? – pergunto fazendo carinho no cabelo loiro da menina.

– Que tal Peter Pan?

– Peter Pan? Nossa, nunca ouvi falar dessa historia. – minto colocando a mão no queixo para dar uma de pensativa. – Que tal você me contar essa historia?

– Sério que não sabe? – eu assinto e quando vê que é “verdade” mesmo, volta a falar com a voz cheia de animação. – É a historia de um menino que vive em na Terra do Nunca. Tem também a Wendy, uma menina que ele conhece pelas historias que ela conta.

– Nossa, então ela é parecida com você não? – pergunto com um sorriso no rosto.

– É, mais ou menos. – ela parece gostar da ideia de ser a Wendy. – Depois de um tempo Peter tem coragem de falar com Wendy e...

Ela conta a historia inteira e quando chega perto do final acaba adormecendo, como eu previ que aconteceria. Continuo acariciando seus cabelos por um tempo, mas assim que percebo que ela dormiu pesado me levanto e a cubro direito, dando um beijo em sua testa logo depois.

Levanto o olhar e vejo Andrew boquiaberto e com o olhar terno. Eu aponto para a porta e rapidamente saímos do quarto.

– Como fez isso? – pergunta com a voz baixa já no corredor.

– Eu meio que a encantei com a minha mágica, sabe? – ele ri e entrelaça seus dedos nos meus.

– Você não encantou só ela, sabia?

Eu sorrio e ele também. Andy junta seus lábios nos meus e me dá o melhor beijo que já recebi na vida.


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Notas finais do capítulo

Gostaraaaam??? Mereço comentários??

E eu estou demorando, mas pelo menos estou postando. Bom, resumindo, não vou abandonar a fic!

Beijooocas!!