Passado Obscuro escrita por LeitoraApaixonada


Capítulo 12
Capítulo 11 - Mico é Apelido


Notas iniciais do capítulo

Heeey Cupcakes!! E ai? Estão bemm?

Entããão!! Eu queria dedicar esse capitulo para linda da Lady Herondale que deixou um suuper comentário dizendo coisas super fofas! Se está lendo isso, obrigada! Ti love!

Musica do CAP: Gloria Gaynor - I Will Survive (não estranhem, vocês vão ver porque no decorrer do cap).
Beijooocas!!



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Não acredito que estou fazendo isso. Minhas pernas tremem. Minhas mãos suam. Meu cabelo está preso em um rabo de cavalo por trás da peruca. A saia que Ash me fez colocar pinica a minha bunda. Minha camiseta verde fluorescente me faz parecer um cone de sinal de transito e ainda estou com um daqueles cachecóis de penas coloridas.

– Eles me pagam. – declaro com a voz ameaçadora. Ian está ao meu lado andando pelos corredores vazios da escola e ri da minha cara. Mas não pense que ele está melhor que eu em relação a figurino!

Ian veste uma calça vermelha colada, que lembra aquelas calças de super heróis, e uma blusa amarela que vem só até a metade da sua barriga, deixando seu tanquinho a mostra. Ele usa um tênis de corrida rosa e roxo e uma meia que vem até o seu joelho laranja. Seu cabelo tem glitter em todo o lugar.

– Sabe, eu acho que vai ser legal. – declara quando viramos o corredor do refeitório. Eu o olho chocada, mas antes de conseguir contra atacar vejo pessoas lá dentro nos olhando. Meu estomago se revira. – Tá, retiro o que disse.

Abrimos as duas portas duplas e assim que todos nos veem a conversa para. E todos começam a rir. Eu quase grito “Esperem, vem mais por ai!”.

Olho para Ash que já está com o celular plugado no amplificador de som. Ela assente, também rindo da nossa cara. Eu e Ian subimos em uma mesa e logo as pessoas tiram suas bandejas para dar lugar aos nossos passos.

Ash coloca a musica para tocar:

At first I was afraid, I was petrified

Kept' thinkin' I could never live

Without you by my side

But then I spent so many nights

Thinkin' how you did me wrong

And I grew strong, and I learned how to get along

Ian começa a balançar os braços sexualmente e eu não resisto. Começo a gargalhar junto com o refeitório inteiro. Ele está de um lado da mesa, que é grande, e eu estou de outro, então ele vem até mim balançando os ombros em sinal convidativo.

And so you're back, from outer space

I just walked in to find you here

With that sad look upon your face

I should've changed that stupid lock

I should've made you leave your key

If I had known for just one second

You'd be back to bother me

Quando esse verso começa Ian me gira e puxa as minhas mãos para si. Acabamos tão próximos que nem sei o que fazer de tão vermelha que fico. Mas Ian resolve isso logo. Ele começa a balançar igual a uma dança de balada mesmo e ai os chios começam.

Go on, now go, walk out the door

Just turn around now, cause you're not welcome anymore

Weren't you the one who tried to hurt me with goodbye

Do you think I'd crumble

Do you think I'd lay down and die

Oh no not I, I will survive

For as long as I know how to love

I know I'll stay alive

I've got all my life to live

I've got all my love to give

And I'll survive, I will survive

Hey, Hey!

O refrão da musica chega tão rápido! Eu e Ian começamos a andar pela mesa de mãos dadas. Eu não consigo parar de rir! Quando chegamos no meio da mesa percebo que todos a minha volta batem palma nos incentivando a continuar a dança. Ian pega o cachecol de penas coloridas de meu pescoço e, como agora estamos um pouco longe um do outro, ele começa a me puxar com o cachecol!

It took all the strength I had not to fall apart

And trying hard to mend the pieces

of my broken heart

And I spent oh so many nights just feeling sorry for myself

I used to cry, but now I hold my head up high

And you'll see me, somebody new

I'm not that chained up little person

still in love with you

And so you felt like droppin' in

And just expect me to be free

Now I'm savin' all my lovin'

for someone who's lovin' me

Eu e Ian gargalhamos. As pessoas nas outras mesas começam a se levantar e logo o refeitório vira um circo! Todos dançando em cima da mesa igual doidos, inclusive Lírio, Justin, Ash, Dora e Justin.

Go on, now go, walk out the door

Just turn around now, cause you're not welcome anymore

Weren't you the one who tried to hurt me with goodbye

Do you think I'd crumble

Do you think I'd lay down and die

Oh no not I, I will survive

For as long as I know how to love

I know I'll stay alive

I've got all my life to live

I've got all my love to give

And I'll survive, I will survive

A mesa que estamos dançando fica cheia de pessoas. A musica vai acabando com um tempo mas a animação não para. Só que ai... Um idiota que eu conheço bem grita:

– Guerra de comida! – Andrew, que está do outro lado do refeitório, se esconde atrás dos lixos logo que as pessoas começam a jogar a sua comida pelo ar.

Eu e Ian tentamos nos abaixar, mas a maioria das pessoas miram os alimentos em nós. Sinto almôndegas e pudins acertarem o meu cabelo e me encolho sobre os braços de Ian, que ri da minha cara.

– Vamos sair daqui! – grita por cima das vozes dos outros alunos. Ele conta até três e levantamos para correr. Ainda em cima da mesa sou puxada pelo próprio Ian.

– O que foi?! – grito vendo que ele não me solta. Sou atingida por um bolinho de chocolate no pescoço.

– Preciso fazer isso antes que a minha coragem acabe! – ele grita sorrindo. E vem em minha direção! Posso sentir seu halito, mas estou em estado de choque. Não consigo me mexer. Ian quer... me beijar?

Mas algo o para. Algo não, alguém.

– Parem já! – Sr.O grita na porta do refeitório. Ian se vira dois centímetros antes da minha boca e eu respiro aliviada. Acho que ninguém percebe, graças a Deus.

Ou Justin é besta ou tem uma surdez absurda porque, mesmo todos tendo ficado quietos, ele joga um hambúrguer para frente. E adivinha em quem pega?

– Meu Deus! Desculpe Sr.O! – ele se apressa em falar. O diretor limpa o molho que está em todo o seu rosto e vaga o olhar pelo refeitório. E ele para em... Mim?

– Sra.Morgan! Sr.Sullivan! – ele guardou o meu nome? E o de Ian também? – O que eu posso dizer de vocês dois?! O que acham que ganham quando começam uma guerra de comida no refeitório?!

–Mas nós não... – Ian começa a falar, mas para assim que vê a nossa situação. Somos os únicos em cima da mesa, dê pé. Eu estou mais suja do que a maioria das pessoas e Ian igualmente. Além do que, estamos vestidos iguais palhaços!

– Ainda vão ser caras de pau de negar?! – ele grita e a veia de seu pescoço pula igual a um canguru no cio. – Quero os dois na minha sala. E você também, Justin!

***

Levei uma bela de uma bronca. Eu, Ian e Justin vamos ficar hoje até mais tarde na escola para ajudar as faxineiras a limparem a nossa sujeira. Além disso também ligaram para os nossos pais e, pela cara de Sr.O, minha casa vai pegar fogo hoje.

Isso estragou totalmente os meus planos, pra falar a verdade. Ainda hoje eu iria até a casa de Bob, o delegado encarregado do caso da morte de Julian, o cara da foto que peguei de Sara.

Ian não falou comigo depois da “tentativa de beijo”. Assim que chegamos na sala do diretor ele pediu para falar conosco sozinhos. Eu fiquei por ultimo e acabei me atrasando para a aula de Matemática, fazendo o professor Thomas gritar comigo.

O sinal bateu e eu rumei para o refeitório. Ian e Justin já estavam lá acompanhados de Lírio, Dora, Ash e Logan. Quando me viram abriram um sorriso.

– O que vocês estão fazendo aqui? – perguntei apontando para todos menos para Ian e Justin. Ash caminhou até onde eu estava e sorriu alegre.

– Vamos ajudar. Afinal, que inventou esse negocio de aposta foi a gente. – ela declara jogando o cabelo ruivo para trás, o prendendo em um rabo de cavalo no alto da cabeça.

– Somos bons amigos, Jane. – sorri Logan com suas bochechas um pouco vermelhas.

– Na verdade, não fomos nós que começamos a guerra de comida. – reclama Lírio com uma careta. – Aquele idiota do Andrew me paga.

– Viram? Disse a vocês naquele dia! Se Andrew não estivesse jogando com a gente nem teríamos apostado o jogo. – falo amarrando meu cabelo em um coque. Pego uma das luvas que estão em cima de uma mesa e começo a recolher o lixo no chão.

– Agora concordo com você. – Dora observa carregando um saco preto até um canto do refeitório. Depois disso Ash coloca uma musica e paramos de falar. Até que não demorou muito para tudo estar no lugar certo.

– Meu Deus! Aleluia isso aqui acabou! – grita Ash jogando os braços para cima a fim de agradecer aos céus. Se meus braços não estivessem doendo faria a mesma coisa.

– Alguém quer pegar um cinema? Afinal hoje é sexta. – propõe Justin passando os braços por cima dos ombros de Lírio. Estamos andando pelos corredores, indo em direção a porta que leva ao estacionamento.

– Seria uma boa. – Dora dá os ombros, já mandando uma mensagem pelo celular. Logan também concorda, junto com Ash que até passa um batom nos lábios alegando que o moço que serve pipoca no cinema é um tanto gatinho.

– Não vai dar. – falo lembrando-me da bronca que vou levar quando chegar em casa. – Sabe, a coisa vai ficar feia lá em casa.

– Precisa de carona? – pergunta Ian olhando pela primeira vez em meus olhos desde que quase me beijou. Desvio o olhar para frente.

– Não. Ginna pode vir me buscar. – respondo já pegando meu celular dentro da mala. Ash chia e eu a olho.

– Vai fazer Ginna vir até aqui te buscar sendo que um gato feito o Ian quer te dar uma carona? – ela levanta as sobrancelhas insistente tentando me convencer.

– Valeu pela parte do gato, Ash. – agradece Ian rindo. Ash lhe dá uma piscadinha e depois faz uma cara de surpresa.

– Ahm, droga. Esqueci meu celular lá no refeitório. Pode vir pegar lá comigo, Jane? – pergunta e, antes mesmo de eu conseguir responder, me puxa pelo braço corredor a fora. Quando meus amigos não conseguem mais nos ouvir ela para. – Porque está negando tanto?!

– O que?

– Não se faça se desentendida, Jane! – ela olha para trás, mas quando vê que ninguém está espionando nossa conversa, continua. – O Ian está caidinho por você! Vai lá e aproveite!

– Eu não gosto dele! Ian é um gato e também é super gentil, mas... Não dá! – concluo começando a ficar vermelha de raiva e de vergonha. Ninguém nunca gostou de mim.

– Não dá! – Ash me imita não convencida. – Eu sei que tem mais alguma coisa nessa historia e ele tem nome e sobrenome.

– Pare disso Ash!

– Pensa que eu não vi como vocês se olhavam ontem a noite? – perguntou com a sobrancelha levantada. – Andrew te comia com os olhos e você ficava com ciúmes a cada toque que ele dava em mim.

– Eu não gosto dele! – concluo batendo o pé.

– Olha Jane eu não estou brava. – Ash diz sorrindo. Ela pega meu ombro e o balança amigavelmente. – Andrew é um gato. E eu não tô a fim, então pode gostar dele a vontade. Só me prometa que não vai fazer o Ian de bobo.

– Eu não gosto de nenhum dos dois. – pelo menos não ainda.

– Então qual o problema de uma carona? – não quero contar a ela sobre o quase beijo. Sem querer ser chata, mas Ash tem a boca maior do que tudo. Se eu falar, ela vai falar pra Lírio, que vai falar pro Justin, que vai falar pro Logan, que vai falar pra Dora e assim vai.

– Nada. – minto deixando o ar dos meus pulmões saírem. – Vamos voltar.

Aceito a carona de Ian por puro orgulho. Assim que saímos da escola nenhuma palavra é trocada. Ian sobe na moto primeiro e me entrega o capacete. O visto e subo em sua garupa. Passo as mãos pelo se quadril, o qual antes era um gesto inocente e que agora tem muitos significados. Ele sai com a moto.

Não conversamos no caminho também. Só solto o ar que prendo quando desço da sua moto um quarteirão antes da minha casa. Ian desce também e isso me faz recuar. Não quero falar sobre o quase beijo agora.

– Vou te acompanhar até em casa. A noite essa rua é mais perigosa. – declara fechando o compartimento onde guarda os capacetes. Caminhamos lado a lado.

A noite está fria. Agora são por volta das 19:00 horas. Ian está perto de mim, tão perto que com apenas um movimento posso pegar em sua mão. Chegamos uma casa antes da minha e o faço parar.

– Se meu pai te ver vou estar encrencada. – puxo a manga de seu casaco para que ele não apareça nem perto do meu quintal. Seus olhos pairam em mim.

– Você está estranha Jane. – conclui com a voz rouca. Estamos a dois passos de distancia um do outro.

– Eu não estou estranha. – respondo rapidamente.

– Então porque não olha diretamente nos meus olhos? – assim que fala isso Ian dá um passo para frente e ficamos na mesma distancia que quando ele tentou me beijar. – É por causa do que eu fiz?

Suspiro pesado.

– Não quero te magoar, mas eu não quero nenhum relacionamento sério por enquanto, Ian. – minha voz sai um pouco falha. Quando vejo que ele não fala nada continuo. – Não é você. Quero só um tempo pra pensar.

– Você é uma garota muito especial Jane. – ele fala sorrindo sem mostrar os dentes. Sinto minhas bochechas esquentando. – Podemos tentar quando você se sentir... pronta.

Assinto com a cabeça. Lhe dou um abraço e entro em casa caminhando lentamente. A primeira pessoa que vejo é Ginna, que me faz uma careta.

– Acho melhor você preparar os ouvidos. – exclama dando uma colherada na Nutella que carrega em mãos. Logo atrás dela vejo meu pai com uma cara não muito agradável. Boa sorte, meu inconsciente me deseja.


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Notas finais do capítulo

E ai??? Gostarammm??? E o mico??? O que acharam??? Vocês riram??? Hahahaha!!! Quer saber de T-U-D-O!

Beijooocas!!



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