Passado Obscuro escrita por LeitoraApaixonada


Capítulo 10
Capítulo 9 - Xingando uma Vadia


Notas iniciais do capítulo

Heeey Cupcakes!!! Como Vão??

Não estranhem o nome do cap, vocês vão entender depois. E eu queria agradecer a Júlia Saurin por favoritar a minha fic! Sério, te amo garota. E eu estou em divida com a minha fã numero um também!! Não sei se eu já te agradeci, mas lá vai: OBRIGADA PELA MINHA PRIMEIRA RECOMENDAÇÃO gilbitchs!!! VOCÊ É MASSA!!
Mais um cap :)

Musica do CAP: One Direction - Little Things
Beeijoocass!!



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O resto do dia passa lentamente. Não paro de pensar em Ginna, Andrew e Harry. Como aquele idiota foi capaz de tentar me bater? Se Harry encostasse um dedo em mim chamaria a policia sem questionar.

Ginna deve estar péssima. Agora mais do que nunca preciso ajuda-la. Farei o possível e o impossível para que dê tudo certo nessa historia.

Andrew. Não sei o que sentir. Às vezes acho que estou furiosa com ele, tipo a ponto de empurra-lo de uma ponte. E outras, bem incomuns, acho que estou feliz por ele ter me defendido. Por justo ele ter me defendido.

O sinal da ultima aula toca. Todos saem da sala e eu não sou a única a correr para ir embora. Ash me ofereceu uma carona no intervalo e eu combinei de encontra-la na porta do estacionamento logo depois da aula.

Estou guardando minhas coisas no armário quando alguém para ao meu lado. Olho de relance para a pessoa e demoro um tempo até perceber que ela esta virada para mim, encarando-me.

– Já fez o seu trabalho, Jena? – pergunta a voz irritante da minha professora de Convivência Social, Sra.Moore. Ela me olha com as sobrancelhas erguidas e com um ar superior.

– Ainda não professora. E meu nome é Jane. Eu queria pedir para trocar de dupla, na verdade. – digo tentando imitar o mesmo tom que Andrew usou naquele dia, de arrependimento. – E também queria me desculpar por tudo.

– Olhe, querida – ela fala colocando a mão em meu ombro. – eu entendo você. Andrew é um pouco difícil, mas no final se mostra um garoto incrível. Por favor, tente.

– Tudo bem. – digo cansada de discutir. Ela se despede e vira as costas para mim. Desço as escadas e encontro Ash já dentro do carro, esperando-me.

Ela reclama um pouco pela minha demora, mas quando explico minha situação acaba cedendo. Ash já sabe da gravidez de Gin e, como a maioria da escola, ficou sabendo da atitude de Harry. Segundo ela aquela era a briga do século e eu havia ganhado.

– Sério, obrigada. – falo quando ela estaciona o carro em frente a minha casa depois de um caminho inteiro falando da briga. – Não tenho como agradecer.

– Agradeça saindo com a gente. – fala sorrindo mais do que o necessário. – Eu e a galera vamos jantar no Merkule’s amanha a noite depois da aula. E ai? Topa?

– É, pode ser. – concluo pensando. Eu precisava sair, esfriar a cabeça e rir um pouco. – Posso chamar a Ginna?

– Ahm... – ela suspira e fecha os olhos por um tempo. Eu sei que Ash e Gin não se dão bem, mas não custava tentar. – Tudo bem. Eu entendo o que ela está passando e vou relevar.

– Obrigada. A gente se vê amanha.

– Até!

Entro em casa e encontro Ginna vendo TV. Ela me abraça quando chego, ainda com os olhos inchados. Conversamos sobre as pessoas da escola, que já sabem sobre sua gravidez. Gin começa a chorar de novo mais eu a paro, dando um discurso falando que precisa ficar responsável com o filho que está por vir.

Depois ela admite que contou a Sara. Pelo o que eu entendi está tudo bem, mas sua mãe quer que a filha tenha mais responsabilidade agora que essa criança está por vir.

Quando Ginna dorme deitada no sofá subo as escadas e tomo um banho demorado. Coloco uma roupa confortável e faço as lições do dia. Acabo assim que Sara me chama para jantar.

Na mesa não falamos muito. Acho que todos ainda estão abalados com a gravidez de Ginna. Meu pai as vezes tenta puxar assunto, mas acaba sempre com uma pergunta não respondida. No final acabo perguntando do meu carro, só por perguntar mesmo. Depender das pessoas é muito chato. Ele responde que seu amigo já está a caminho, o Fusca vai chegar domingo no máximo.

Eu e Ginna subimos para o meu quarto e ficamos jogando conversa fora. Depois de alguns minutos o seu celular toca. É uma mensagem.

– É a Jessica. Disse que quer pensar no assunto antes de voltar a falar comigo. Ela acha que o que eu fiz com o Harry não foi certo.

– Essa garota é uma idiota! – digo tomando o celular das mãos de Gin. Ela protesta um pouco, mas assim que falo que vou fazer me apoia.

Mando uma resposta curta e grossa:

“Vai pra puta que pariu.”

Rimos mais um pouco e, depois que passa-se das 22:30 da noite, Gin vai dormir em seu quarto. Assim que sai vou até a minha bolsa e pego o papel onde fiz as copias das paginas do Anuário da formatura de meus pais.

Procuro menos da metade dos nomes na internet, no meu computador. Primeiro, para não ter que pesquisar a toa, comparo a sua foto de formatura com a foto que peguei de Sara. Achei apenas três caras que realmente se parecem com o loiro na foto até agora.

O primeiro é um tal de Tyler Harris. Segundo o Facebook é um especialista em maquinas de embalagens de miojo, o que me faz ter vontade de comer miojo. Chuto não ser ele após ver uma cicatriz em seu pescoço.

Jack Emerson é o segundo. Ele é bem famoso, pra falar a verdade. Sua profissão é tocar em bares. Não imagino minha mãe com um musico, já que ela sempre odiou cantar. Descarto essa opção.

O terceiro é Paul Lernnan. Alto de cabelos loiros e quase mais bonito que o meu pai, na época de faculdade. Procuro em suas fotos e acho uma que ele está mais novo. Só que há um pequeno problema. Seu cabelo bate na cintura, ou seja, não é ele.

Quase desisto. Passa-se das 23:00 horas e a única coisa que achei foram três caras de 23 que já comparei as fotos. Passo os olhos pelas paginas e, movida pela curiosidade de saber sobre o meu passado, resolvo tentar novamente, pela ultima vez.

O cara é um tal de Julian Fernandes. A aparência dele é parecida com o cara da foto no parque, mas seus olhos parecem mais cansados na foto do Anuário. Coloco no Google o seu nome, assim como fiz com os outros, e aparecem diversos resultados.

O primeiro diz:

“Homem é encontrado morto após briga em bar”

Abro o arquivo.

Hoje, as 02:17 da madrugada, um homem de cabelos loiros e idade por volta de 30 anos é encontrado morto em um beco sem saída nos arredores de São Francisco, Califórnia. A causa da morte não foi confirmada pela policia, mas o nome da vitima foi anunciado como Julian Fernandes. Julian acabou com o rosto deformado depois de receber diversos pontapés e chutes de seu agressor, que ainda não foi preso.
As investigações ainda estão ocorrendo, mas nada mais foi descoberto. O local está isolado e a policia procura suspeitos. “Um crime muito misterioso” é o que diz o delegado encarregado do caso, Bob Junior.
O corpo de Julian vai ser velado nessa sexta feira (23) e será enterrado no Cemitério Nacional de São Francisco. A cerimônia será fechada para a família.

A reportagem foi publicada em 2002, um ano antes da morte de minha mãe. Não vejo motivos, mas quero saber mais. Essa historia não pode acabar assim, com um cara que está morto guardando os meus segredos, os segredos que meu próprio pai está me escondendo.

Abro o segundo arquivo:

O mistério está ficando cada vez maior. A morte de Julian Fernandes não consegue ser explicada por peritos da policia. Nenhuma pista foi deixada no local e os investigadores começaram a achar que “briga de bar” não seja o real motivo de sua morte. Julian foi enterrado na sexta passada (23) e a família não deixou que os órgãos fossem doados. O delegado Bob prevê que a algo mais profundo nessa morte. “Acho que a verdadeira causa foi assassinato” declara ao Jornal Internacional.
“Até que a verdade seja descoberta não descansarei em paz” fala decidido o delegado para nossos repórteres.

Volto a pagina do Google. A terceira noticia me faz ficar boquiaberta.

Delegado que investigava morte de Julian Fernandes desaparece misteriosamente nessa quarta feira”.

O arquivo é comprido, falando sobre sua carreira. Então passo até a parte que fala de Julian:

Seu ultimo caso, que ainda estava em investigação, era o de Julian Fernandes, um comerciante achado morto na semana passada em São Francisco, Califórnia. Ele e seus peritos trabalhavam para tentar achar um motivo para a morte do homem, mas não conseguiu concluir a investigação antes de desaparecer.
A família de Bob está oferecendo dinheiro para quem tiver qualquer informação valida de seu sumiço. Se tiver alguma coisa a declarar ligue para a policia ou no telefone da família: +1 415-561-4323.

Rapidamente anoto o telefone em um papel. Volto a pagina do Google e pesquiso esse telefone, me dando o endereço da suposta casa da família de Bob.

Assim que acabo desligo tudo e coloco o pequeno papel com o endereço e o telefone em minha bolsa. Essa historia parece conter muito mais do que eu imaginava.


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Notas finais do capítulo

Misteeerio!! Hahahahaha!!!

Estão gostando??Preferem um cap por dia ou um a cada dois dias?? Respondaaaam!!

Beijooocas!!



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