The Other Side escrita por Kuchiki Gaby


Capítulo 6
5. Eu Me Encontro Recuando no Tempo


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês meus amores n-n
Curtam bastante e Boa Leitura!
P.S: Larissa Abarai, Liam Leto kkkkkkkkkkkkkk ops, quer dizer Kiyochi Leto ~



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''I lost myself inside your great divide
[Eu me perdi dentro da sua 'grande divisão']
A sticky situation I don't seem to mind
[Uma situação complicada e eu não pareço me importar]
A mental uprising is so compromising
[Uma revolta mental é tão comprometedora]
I find myself slipping back in time
[Eu me encontro recuando no tempo]''

O dia seguinte chegou como uma pancada para Byakuya. Mal havia dormido, apenas fritando a sua cabeça com pensamentos desesperadores e se afogando em lágrimas. Lágrimas que há muito tempo ele não derrubava. Estava sofrendo, e muito. Não queria ter perdido Renji assim. Foi a ele quem tinha escolhido.

Passou praticamente o dia todo no quarto, angustiado, sem se conformar com a ida de Renji, que tudo que havia construído desmoronou, não passando de meros tijolos no chão. E eram justamente os próprios que o feriam, pois eles eram lembranças em pedaços. Só queria um pouco de sossego naquele fim de tarde. Mas parecia que isso era o que menos teria hoje, pois logo pode ouvir as batidas na porta.

– Com licença, senhor. – o velho empregado fez uma leve reverência. – Há uma visita para o senhor, Byakuya-Sama.

– Não quero receber visitas.

– Bem, achei que desejasse falar com Leto-Sama. – o ancião abaixou o olhar.

– Tudo bem. – Byakuya suspirou. – Desço em alguns minutos.

~

– Byakuya. – Leto o cumprimentou com um aceno de cabeça. Mas este nada respondeu, só deu uma rápida olhada, observando Hisana sentada no sofá da sala. – Bem, acho que precisamos conversar certo? – direcionou o canto dos olhos para Hisana.

– Oh, eu vou deixar vocês conversarem em paz. – ela sorriu docemente. – Vou estar no meu quarto. – olhou para Byakuya de relance, enquanto deixava a sala.

Assim que ela saiu Byakuya suspirou e os dois se sentaram no estofado, bem próximos um do outro. Sabia que podia confiar nele para confessar o quer que fosse. Deu um suspiro fundo e abaixou o olhar por alguns instantes.

– Você está bem? - Leto perguntou, vendo as feições tristonhas de Byakuya.

– Não... - o nobre ergueu o olhar para ele. - Renji foi embora.

– Eu sei. Esse é um dos motivos de eu estar aqui. - ele deu um pequeno sorriso. - Renji me procurou ontem á noite, e ele estava arrasado. Então decidi vir até aqui para ver como você está. E pelo que parece, nem um pouco diferente dele, não?

– Ele foi embora porque eu não resisti. - Byakuya suspirou. - Não posso negar que uma parte de mim foi receptiva. Eu fraquejei. Mas era ele quem eu tinha escolhido.

– Eu te entendo, de verdade. - Leto pousou a mão no ombro do moreno. - Não deve ser nada fácil.

– Não é mesmo, acredite. E a Rukia? Como ela está?

– Ela está bem, está na minha casa. - ele passou os dedos pelos fios negros. - Eu juro que tentei convencê-la a voltar para cá, mas você a conhece, ela é teimosa, não quer voltar de jeito nenhum. - suspirou. - Eu disse a ela que você precisava dela ao seu lado, ainda mais agora que o Renji se foi, mas parece que ela ficou mais irada. Ela detesta que eu fale nesse assunto.

– Mas por quê? Por quê ela não quer voltar? - Byakuya franziu o cenho intrigado.

– É por causa dela. - ele o encarou. - Uma vez ela me disse que não voltaria enquanto ela tivesse aqui. Eu vou até aproveitar a viagem para pegar algumas roupas que ela pediu.

– Não posso acreditar. - Byakuya levou as mãos á cabeça. - Rukia não é assim.

– Ela disse que não se sente bem perto dela. - Leto percorreu os olhos rapidamente pelo ambiente. - E sinceramente eu também não. Sinto uma coisa estranha quando ela está por perto. - ele sustentou o olhar estupefato que Byakuya lhe lançou. - Olha Byakuya, eu sei que ela é sua esposa, mas você não acha estranho, a forma como ela retornou, assim de repente? Isso não é natural, alguma coisa está muito errada aqui. - ele encarava surpreso a expressão intrigante de Byakuya. - Não me diga que você não desconfiou de nada.

– No começo eu desconfiei sim, e eu estava decidido a acreditar nisso. Mas ao passar dos dias ela se mostrou a mesma Hisana que ela sempre foi, então eu ignorei esse sentimento.

– Eu tenho certeza de que não a conheço tão bem como você, Byakuya, mas você não deve baixar a guarda. Sei que você está fragilizado com essa situação toda, mas você não pode se descuidar. - as palavras dele eram duras e Byakuya suspirou fundo, fechando os olhos ao ouvi-las. - Não sabemos o que realmente aconteceu.

– Tudo bem Leto, você tem razão. - o nobre concordou com a cabeça. - Mas não se preocupe. Eu já deixei bem claro que as coisas não voltarão a ser como eram antes.

Leto sorriu. Pelo menos Byakuya parecia determinado. Sabia que as coisas não deveriam ser fáceia para ele. Mas se preocuparia por ele, afinal achava aquela história muito estranha.

– Você aceita um chá? - Byakuya indagou, se levantando.

– Não, obrigado. - ele se levantou também. - Eu vou pegar algumas coisas no quarto da Rukia antes de ir.

– Tudo bem. - o moreno esboçou um leve sorriso. - Obrigado por ter vindo Leto. Volte quando quiser e, fique a vontade.

– Não me agradeça, afinal, somos 'quase' uma família. - ele sorriu. - Vou ficar por aqui mais um pouco. - os dois se entreolharam antes de Byakuya sumir por uma porta.

Ficou ali parado, sozinho. Sentira aquilo de novo, aquela sensação estranha. Mantinha a sobrancelha erguida e seu olhar mais do que desconfiado era lançado em direção á entrada da sala de estar. Em uma fração de segundo, seu shunpo extremamente rápido e discreto o levou silenciosamente á entrada da sala.

– Hisana-Sama... - Leto estreitou os olhos ao vê-la encostada na porta. - Pensei que estivesse descansando.

– Eu estava, mas... - ela ergueu uma sobrancelha, observando o rapaz. - Desculpe, mas acho que não fomos apresentados.

– Ah sim, perdão. - ele suspirou recompondo a postura. - Meu nome é Kiyochi Leto, sou noivo da Rukia.

– Noivo? - ela franziu o cenho, observando-o. Ele era alto, tinha cabelos negros, longos e cheios, num corte moderno e repicado. Os olhos eram frios e maliciosos, de um azul clarissimo. Ele era muito bonito, não podia negar. Sorriu. - Não sabia que Rukia ia se casar. Parabéns aos dois.

– Agradeço. - ele a analisou rapidamente. - Tenho de pegar algumas coisas que Rukia me pediu. - Leto se dirigiu até a escadaria e começou a subir os degraus. - Com licença.

Hisana apenas assentiu com a cabeça sorrindo. Quando o viu sumir pelos degraus suspirou aliviada, deixando de sorrir. Não havia gostado do jeito daquele rapaz. Ele tinha olhos... Espertos, observadores. Até demais. Hisana deu alguns passos para trás, adentrando a sala de estar, suspirando em desgosto.

– Aonde ele foi? – Byakuya retornou a sala.

– Quem? – ela franziu o cenho.

– O rapaz que estava aqui, Leto.

– Ah, sim. – Hisana ergueu as sobrancelhas. – Então esse é o nome dele... Ele subiu as escadas. – ao perceber que Byakuya se dirigia as escadas ela completou. – Você não me disse que Rukia estava noiva.

– Não tive a oportunidade. – Byakuya franziu o cenho. – Como sabe disso? Por acaso falou com ele?

– Sim. – ela abaixou a cabeça. – Mas só por alguns instantes... Eu preferi não alongar a conversa, tinha algo nele... – ela percebia Byakuya a encarando com o canto dos olhos, intrigado. – Os olhos dele são tão... Maliciosos, espertos e meio... Assustadores.

– Hmn. – Byakuya se virou, no intuito de continuar o seu trajeto. – Foi apenas má impressão sua. Não somente os olhos, ele é realmente esperto, mas é um bom rapaz. Eu confio nele.

O nobre subiu as escadas, privando seus olhos do ar de desdém que Hisana mantinha no olhar.

~

Leto já estava de saída. Pegou tudo o que Rukia havia pedido. Parecia que ela passaria um bom tempo com ele. Fechou a porta, mas ficou parado por alguns segundos. Tentava captar alguma vozes que cochichavam de longe. Caminhou sorrateiramente pelo corredor, seguindo o som das vozes, até chegar próximo a porta de um dos quartos. Deu uma olhada discreta para dentro do cômodo, ao ver hisana parada na porta que dava acesso a varanda. Ela conversava com alguém.

Se esgueirou em um canto perto da porta, tentando obter uma visão do que acontecia sem que fosse notado. Tentou sentir algum tipo de reiatsu, mas foi em vão, apenas captando resquícios da reiatsu de Byakuya. De onde ele estava, não era possível ver com quem ela conversava, e nem mesmo ouvir sobre o que tanto falavam, já que todo o diálogo era feito em tom baixo, discreto, se passando por inperceptivel.

Mas não para Leto, claro. Suas habilidades perceptivas não permitiam que nada passasse desapercebido. Inclusive quando Hisana olhou para trás e colocou seus reflexos á prova, quando saiu para fora do aposento e encarou o corredor, olhando de um lado para outro. Assim que ela entrou pela porta, fechou-a atrás de si, o que deu chance para que Leto saísse do breve esconderijo e descesse as escadas rapidamente.

Ele franziu o cenho intrigado. Ela estava morta há pouco mais de 50 anos e desde o seu retorno não saíra da mansão Kuchiki. Com quem ela estaria conversando? O moreno sacudiu a cabeça, espantando esses pensamentos por ora. Mas eles estariam ali, guardados na caixinha de desconfiança que ele tinha de toda essa história.


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Notas finais do capítulo

Pois é, pelo menos alguém nessa história tá achando tudo uma loucura né? ~ kkkkkkkk
Espero que vocês tenham gostado ;)
Obrigada pela leitura n-n LAs, apareçam xD
Beijos e até sexta!