Twin Souls Almas Gemeas escrita por ninhacullen


Capítulo 32
Caçando


Notas iniciais do capítulo

ENJOY!



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Eu estava nervosa. Já fazia um mês que estávamos aprimorando nossos talentos para a guerra que com certeza iria acontecer. Nômades chegavam em turmas,todos sabendo dos boatos sobre a vampira transmorfa,loucos para salvar algo em ‘extinção’.


Charlotte e seu companheiro Peter eram amigos de muitos anos de Jasper e me trataram maravilhosamente bem.Traziam consigo os amigos,Mary ,Randall e Garret,que ficaram meio preocupados no início,mas também se acostumaram com minha presença. Também havia Alistair,Charles,Makenna,Lida e Nico. Alistair era um rastreador,que se recusava a falar comigo. Charles sabia se um juramento era verdadeiro,algo como Maggie fazia. Nico,com a força do pensamento,quebrava as coisas.Ou pessoas. Vladimir e Stefan eram os antigos nobres vampiros. Foram os primeiros a criar vampiros transmorfos e tinham um grande carinho por mim.Estava satisfeita com a amizade que tinha conseguido com todos.


E havia os lobos. Seth contou para Sam da minha situação e obviamente eles irão lutar conosco. Leah não estava satisfeita e também amedrontada. Pela quantidade excessiva de vampiros na mansão dos Cullen,mais e mais jovens estão se transformando,cada vez mais cedo. Agora o grupo está em quinze a dezesseis lobos: Sam,Leah,Paul,Jared,Quil,Seth,Colin,Brady, Anne, Prudence, Don, Mark,Sinclair, Robbert, Lance e Flynn. Parece que mais dois vão se juntar a eles.


“Eu...eu não agüento mais!” gritei me jogando no chão,enquanto ensaiava uma luta com Emmet. Todos nosso convidados estavam à nossa volta,treinando ou nos observando. Eu não queria dar muito piti...


“Que foi? Te esgotei?” Emmet riu,me dando a mão para eu poder me levantar. Mas eu não tinha forças.


“Eu...eu estou com sede.” Falei baixinho,com medo dos outros vampiros me escutarem. A última vez que bem...me alimentei,foi duas semanas atrás,com estoque de sangue que Carlisle conseguiu. Era frio,sem graça e não me saciava. E eu estava com vergonha de admitir.


Vampiros normais se alimentavam de vez em quando, mais ou menos uma vez por mês. Eu não conseguia. E tinha medo de me sentir fraca por isso. Tentei controlar minha sede por sangue quente e delicioso,mas eu não conseguia. Me sentia mais fraca e mais fraca,as entranhas se contorcendo. Era a sede.


“Vou pegar mais um pacotinho pra você na geladeira.” Emmet disse saindo em direção à varanda,com todos nos olhando.


“Eu não quero isso.” Falei, me levantando do chão e ajeitando minha saia de cintura alta. O bom da saia é que eu não tinha movimentos limitados como tinha quando usava short ou calça.


“Como assim você não quer?”Edward perguntou,saindo de um jogo de xadrez com Alice para ir me ver. “Você está com sede. Tem que se alimentar.” Ele voltou a dizer,o pânico estampado nos seus olhos.


“O gosto é ruim. O cheiro é ruim. Eu quero o sangue quente e delicioso como antes.” Respondi, me sentindo meio boba.


“Vejo que os Cullen tem uma carnívora na família. Isso não é conta as regras nem nada?” Garret falou,enquanto fazia uma queda de braço com Peter.


“Amanda...” Edward pediu,seus olhos nos meus. Ele tinha medo do que eu pudesse fazer. Quem eu poderia matar...


“Filho,é a dieta dela. Ela sente mais sede, sente mais rápido. Tente entendê-la. Ela precisa. Ela se enfraquece com esse sangue.” Carlisle disse,saindo de uma sessão de hipnose com Zafrina e vindo até nós.


“Vá, minha filha. Cuidado.” Ele disse,me entregando a chave do Aston Martin Vanquish preto.


Abracei Carlisle,como se agradecesse a oportunidade de me alimentar finalmente. Não esperei por Edward.Corri em direção ao carro,meu coração em um ritmo frenético enquanto ajeitava minha saia,acelerando o carro sem esperar  ninguém.


Me dirigi a Seattle,em alta velocidade,vendo o sol se por em meus braços,colorindo o carro com luzes coloridas. O vento batia em meu cabelo, cheiros e decisões me deixando meio tonta.Os cabelos voando com o vento me libertavam momentaneamente de toda aquela tensão sobre os Volturi. Aquilo era delicioso.


Vaguei pelas ruas movimentadas,à procura da minha...bem...presa. Cheiros me atraíam em volta.Sabia diferenciar já os cheiros de animais,de homens e de mulheres. Os cheiros masculinos eram diferentes,mais deliciosos. Um cheiro particularmente delicioso me chamou a atenção,junto com o bombear de sangue apetitoso.


Segui o cheiro,trafegando devagar pela avenida movimentada,quando o cheiro se extinguiu. O dono do cheiro tinha entrado em uma boate nova e bonita,bem iluminada e lotada de seguranças.


“Ei,vem para a ‘Sound’?” um rapaz moreno,de uns 20 e muitos anos me analisava.Senti em seu cheiro a intenção de perguntar meu nome.Seu cheiro era gostoso,mas não tanto quanto o do meu perseguido. “Eu sou o manobrista...”ele disse apontando para um crachá em sua camisa.


Sorri largamente,encostando o carro no meio fio e apoiando meus saltos 10 centímetros no passeio,me equilibrando. Joguei a chave para ele lentamente,o suficiente para que ele pegasse. Ele parecia deleitado em me olhar. Que lisongeiro.


“Tome conta do meu bebe!” exclamei,piscando um olho para ele,deslizando para a entrada escura onde um cara conferia as identidades. Por um momento achei eu teria que praticar meus ensinamentos de pronto socorro na aula de saúde.Eu juro que o batimento cardíaco aumentou sinistramente.


“Ei mocinha!” o gorila exclamou,barrando a entrada com seu corpo. “Clube para maiores de 18 anos.” Ele afirmou,como se isso fosse óbvio. O cheiro delicioso da minha presa arranhava minha garganta como nunca. Isso era um saco.


“Mas eu sou maior!” exclamei,olhando diretamente em seus olhos,minha voz deliciosamente sedutora. “Você me viu ontem,inclusive!”


Ele parou,meio embasbacado,pensando.


“Ah,sim!Claro que me lembro!Você é a...a...” ele sorriu,um pouco envergonhado,pedindo desculpas pela memória fraca.


“Isabella. Me chame de Bella,por favor.”respondi,sentindo a pontada de ironia na minha voz. Minha mãe iria rir. Se ela estivesse aqui.


“Claro. Me desculpe,memória fraca...sabe?” ele sorriu,simpático. Ganhou minha simpatia. “Pode passar por aqui,senhorita Bella!” ele exclamou,abrindo a densa porta de carvalho.


Ao entrar no pequeno já senti o cheiro impregnando minhas narinas,minha garganta se tornando mais e mais seca. Engoli com força a saliva que se acumulava na minha boa.Farejei o ar disfarçadamente, seguindo o rastro delicioso. Então o vi.


Ele estava meio apoiado na parede,tomando algo com cheiro forte.Seus cabelos louros eram meio bagunçados,estranhamente parecidos com o de Edward.Meio curtos e sem o glamour bronze,mas de qualquer forma, Edward deve ter inspirado o rapaz. Seus olhos eram um azul puxado para o castanho e ele seria bonitinho se eu não conhecesse duas coisas melhores.


“Oi.”falei,tentando manter contato visual,que era quebrado por ele.


“Oi.” Ele respondeu,enrugando a sobrancelha e passando as mãos no cabelo. “Eu te conheço?”


“Hum...Não. Isabella. Isabella Masen.” Falei, estendendo minha mão par cumprimentá-lo.


“Prazer. Noah Newton.” Ele falou,sorrindo. “Tenho 20 anos,sabe.” Ele disse, meio insinuando.


Mantive meu contato visual,tentando ignorar o cheiro apetitoso. Tinha pessoas em minha volta e não queria ser presa,nem nada do tipo.Só queria me alimentar voltar para casa. Continuando meu contato visual,puxei-o para dançar,seu corpo colado no meu. Sorri,evitando que minhas presas aparecessem.


Sua mãos percorriam meu quadril e um gemido de prazer saiu do meus lábios. Pude sentir as mudanças de suas decisões em seu cheiro.Três,dois...


“Você não quer ir para a minha casa?Eu moro sozinho...” ele começou,mas impedi-o de falar.Minha garganta estava impaciente.


“Vamos.” Sugeri,me entrelaçando em seu quadril.


Todos olhavam para nós,a luxuria no olhar dos homens e a inveja no das mulheres.


“Quero carro senhorita?” o manobrista perguntou,seus olhos indo para Noah. Me virei para meu acompanhante,querendo sua opinião.


“Eu moro bem perto daqui e...”Ele começou a falar de novo,mas interrompi-o. Cara,ninguém merece.


“Eu pego o carro mais tarde.” Informei,puxando Noah pela mão.


Ele tentava conversar comigo,contar sobre sua família,seus pais Michael e Jessica, seu curso na faculdade,as férias.


Porra.Que cara chato...


Apertei meu sobretudo branco,tentando ignorar o batimento frenético do coraçãozinho nervoso.Eu queria poder pular nele e sugar todo aquele sangue,o prazer em meu corpo. Mas eu tinha que fazer esse joguinho ridículo.Era uma merda.


“Eu moro aqui.” Ele disse indicando uma área pouco movimentada da cidade e um prédio mal acabado. Ele me guiou pelo enorme elevador,onde sua mão permanecia meio incerta sobre minha cintura.


A porta do elevador se abriu,mostrando um interior precário,com uma grande cama bem feita,uma mesa de vidro,um closet,uma porta fechada e uma cozinha americana. Abri meu casaco sensualmente,adorando por eu lutar com roupas tão bonitas. Esperei seu toque.


Nada.


Esperei mais um pouco.


Nada.


Me virei,levantando os olhos sensualmente e lambendo meus lábios.


Foi essa ação que o fez acordar.Seu corpo se lançou contra o meu,nos jogando na cama com força. Força pelo impacto da cama. Não senti nada.


Eu estava afogada em sensações.Eu e o Edward ainda não tínhamos nos pegado desse  jeito. Meu sensores de vampira me faziam senti prazer em tudo.Eu estava deleitada com aquelas sensações maravilhosas. E ia ficar melhor.


Acabei de tirar minha blusa,ficando semi nua na cama,agora desfeita. Ele me olhava luxurioso,sua barriga à mostra.


O tanquinho do Seth é mil vezes melhor. A do Edward também.


Não interessa.Eu vim comer,certo?


Comer no sentido de me alimentar, seus maldosos.


Lambi minhas presas bonitas e afiadas. O rosto de Noah se contorceu em pânico,seus braços tentando me empurrar. Mas eu já estava no seu pescoço e pelo gemido que saiu de seus lábios ele não ia se importar.


Ah,como eu adorava aquela deliciosa sensação de prazer,o sangue gotejando em meu lábios,inflando minha garganta seca.Gemi baixinho,me apertando contra o corpo da minha vítima.Noah me apertava em todos os lugares,sua virilha se esfregando contra a minha, seu corpo tentando se livrar das minhas ultimas peças de roupa.


Aí eu tive que parar. Eu não ia perder minha virgindade com um qualquer.Por favor!


Soltei o corpo desacordado de Noah na cama,colocando minha roupas e caminhando de volta ao meu carro. A sensação prazerosa de sangue me dominava ainda. Me sentia imbatível.


Mas o vento no rosto,retornando a Forks me livrou de toda aquela alegria fabricada.O que eu tinha feito? Sou uma femme fatale agora?Conquistando os homens para usá-los. Me rebaixar ao nível de súcubus. Um homem desconhecido quase tirou minha virgindade e eu gostei!Isso era errado.


Errado.


Errado.


Errado!


E incrivelmente delicioso.


Eu tinha virado uma vagaba de primeira. Me embolando com homens só para beber o sangue deles. Que bonito,Amanda. Sua mãe ficaria orgulhosa da filha.


Será que tem algum penhasco perto para eu pular?


Por que eu prefiro morrer.


Eu sou nojenta,podre,idiota,mesquinha,vil,cheia de fel.


Não bastasse meu caso extra com Edward (ou com Seth,dependendo do ponto de vista),agora eu fico toda saliente com os humanos homens.


Por causa do sangue!


Ótimo.


Era isso que eu precisava.


Se eu pedisse para Edward gritar comigo,ele gritaria?


Não.


Passei a ida inteira até a mansão reclamando como nesse momento seria bom ter uma estaca,ou uma água benta perto.


Eu precisava pensar.Ou me agarrar com Edward. O que viesse primeiro.


Corri até a cabana,arfando de dor,de desespero. As emoções eram muitas,excessivas,mas sentia que meu escudo (como Eleazar chama meu ‘protege mente’) saindo de mim. Forcei o escudo a sair,mas não consegui. Abri a porta de supetão.


“E como fo.. “ Edward começou,mas ele viu as lágrimas grossas de sangue saindo dos meus olhos. Fazia tanto tempo que não chorava,que assustei.


Sua reação no entanto não foi apavorada,ou adversa. Ele me agarrou pelos quadris,me jogando no chão,o barulho ecoando na floresta.


Libertei meus pensamentos, a vergonha  e a raiva das minha conclusões vindo para cá.


“Ei,babe...vai dar tudo certo!É da sua natureza.Natureza sexy...”ele riu,beijando minha jugular.


“Vai?”perguntei,arfando,prendendo sua cintura com minhas pernas.


“Com certeza!” ele gritou,apertando minha boca contra a sua e tirando minha roupa.


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Notas finais do capítulo

MUITO OBRIGADAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!
até o proximo capítulo!

BitesandKisses,
Ninha Cullen