“Cara, estou exausto!” Seth reclamava no sofá da sala dos Cullen. Ele parecia mesmo muito cansado. Muito mesmo.

“Nossa, nem me fala!” Emmet gemeu na frente da Tv. Edward deu um sorriso.

Uau.

Primeiro sorriso em 14 horas... Parabéns.

“Você é um vampiro,Em. Vampiros não se cansam.” Edward alou com uma voz mais leve do a que ele tinha usado em todo esse tempo.

“A culpa é minha se eu esqueço desse pequeno detalhe?” Em bufou, mudando de canal.

“Pequeno detalhe?” perguntei me assentando ao seu lado na sala.

A risada fininha de Alice pode ser escutada tão clara por causa do silêncio na casa que levamos um susto. Mas era bom escutar esse som, afinal.

“Ei, você não vai ficar perto do seu namorado, não? Seth resmungou inaudivelmente atrás de nós no sofá, o rosto enterrado em almofadas.

“Você está morrendo de sono Seth! Eu não quero te atrapalhar...” sussurrei baixinho para ele.

“Você pode me atrapalhar a hora que quiser!” ele voltou a resmungar, tentando me achar com a mão, tateando às cegas.

Sorri, vendo o jeito atrapalhado e bonitinho que ele me chamava e me aproximei dele, tentando levantar seu corpo para apoiá-lo em meu colo.

Pô, ele era bem pesado.

Edward estendeu o braço e ergueu um Seth bastante sonolento. Me acomodei o melhor possível, respirando fundo e fazendo uma cara de algo que lembrava felicidade. Não sei se eu consegui.

“Será que são eles?” escutei uma voz indistinta chegando perto de nós.

“Pode ter sido um nômade. Eles são bem comuns nessas áreas... Não temos como ter certeza.” Uma voz mais clara falou.

“Nós temos que protegê-la, Carlisle. Protegê-la como um dever pelo Alfa de nosso bando e protegê-la por ser imprinting de um irmão. Se a perdemos...” Um silencio ficou entre as duas sombras sobre a porta de entrada, uma a qual era Carlisle.

“Nós sabemos. Também temos um dever de protegê-la, não somente pelo pedido de Bella - que sempre considerei minha filha- mas também o fato de ela ser um ente querido da família.”

Escutei um murmúrio mais rápido e silencioso, murmúrio o qual meus ouvidos simples e humanos não conseguiam desvendar.

Sabe, ser humano é uma droga.

O vulto de um cara alto e grisalho foi s aproximando de nós,seguido por outros mais baixos e jovens.

“Amanda.” Sam me cumprimentou com a cabeça.

“Obrigado pela a ajuda, hoje... Que dizer, ontem de tarde.” Disse, meus dedos embolando no cabelo de Seh (sério,ele não conhece pente?).

“Foi o nosso dever.” Ele disse solenemente.

O bando tinha sido muito útil,afinal. Por mais que Seth fosse incrivelmente rápido, o vampiro estava em nosso encalço. Foi então que a cavalaria (sem piadinha em relação ao tamanho dos lobos,ok?) veio uivando atrás do vampiro bad boy, a pedido mental de Seth. E ele, que provavelmente gosta da vida...bem, morte... bem...tanto faz, fugiu. Isso tudo em um intervalo de tempo tão curto que demorou para eu absorver.

“OH MEU DEUS!” gritei quando paramos em frente à casa que tinha acabado de abandonar. Todos estavam pardos na varanda, menos Leah. Ótimo.

“Hum, Amanda... O que estava acontecendo?” Billy perguntou, vendo  Seth sumir entre alguns arbustos.

SERÁ QUE ELE NÃO TINHA PRCEBIDO QUE EU NÃO ESTAVA A FIM DE CONVERSAR?

“Ai meu santo!” continuei murmurando, encarando floresta aparentemente calma.

Borrões apareceram na minha vista rapidamente e, do mesmo jeito que apareceram, sumiram. Só duas figuras estavam paradas ao meu lado.

“Você está bem?” a voz de veludo de Edward perguntou aflito.

“Bem??? Como posso estar bem?? Um vampiro sádico e desconhecido quase cortou a minha jugular fora!!!!!” gritei, chutando o ar como uma criança birrenta.

“Eu...nossa...eu...” ele não sabia o que falar. Vai ver que minha mãe sabia lidar com vampiros sugadores de sangue humano melhor do que eu.

Vi seu vulto correndo em encontro dos outros caçadores. Rosalie só se virou para conversar com as três figuras paradas que assistiam à minha pequena cena.

“Ei...Como você sabia que aquilo era um vampiro?” Seth perguntou,se assentando ao meu lado.

“Eu vi Edward caçando.Ele me explicou tudo.” Respondi, os olhos baixando ara a terra, enquanto meu coração batia mais devagar.

“Hum... Acho que ele não devia ter te contado sobre...você sabe.” Ele pegou minha mão. Como ele podia ser tão quente?

“Eu tinha que saber.” O jorro de adrenalina já tinha passado e só me restava o medo.

“É. Você é tão parecida com a Bella... É como se eu estivesse com ela...” Ele me olhou diretamente, um sorriso se formando em meu rosto. “ Uma Bella extremamente sarcástica, nervosa bemmmmm mais safada.” Eu sorri, mais aberto, o medo diminuindo. “ E com um sorriso lindo.”

“Agradeça ao meu pai.”

Ele levantou os olhos para o céu cheio de nuvens negras.

“Valeu, Jake!”

Passamos a maior parte do tempo assim,te que Carlisle ligou par a Rose e pediu para irmos até a casa branca, eu virou algo do tipo quartel-general.

Olhei para o Seth deitado em meu colo, pensando se deveria ou não acordá-lo. Ele podia dormir aqui...Parecia tão cansado... Mas eu tinha que pedir desculpas a alguém.

“Seth, querido, acorde... Sue deve estar preocupada...” murmurei, para não assustá-lo.

Ele bocejou alto,esfregando os olhos. Olhou em volta, encarou Sam por alguns segundos, m beiju e saiu pela porta.

“Acho melhor levá-lo de carro. Ele parece morto.” Sam disse,pegando minha mão e me olhando fundo. “Tenha cuidado,minha filha.”

Quando vi seu corpo enorme saindo pela porta, eu suspirei.

“Você é um atriz magnífica.” Emmet disse, sorrindo e com uma expressão divertida.

“Uma coisa que eu não puxei da minha mãe.” Bocejei.

Senti mãos frias no meu corpo, me carregando escada acima.

“Edward!” tentei gritar. “Eu sei andar!”

“Não neste estado!” ele argumentou,me apertando mais contra seu corpo.

Não lutei contra esse fato, depois de me aninhar mais nele. Meus olhos, no entnto, não se fechavam.

Senti a fofura do colchão contra minhas costas,o cobertor me esquentando. Minha voz estava presa na garganta. Será que ele tinha entendido que eu não estava com raiva dele? Vi sua sombra indo até a janela (ou parede), imóvel.

Respirei tentando achar palavras. Estava bastante difícil...

“Edward?” Murmurei, sabendo que ele iria me escutar. Ele se virou instantaneamente.

Não sabia se dava para ver em meus olhos a dor que eu sentia,ou a aflição, ou a vontade de morrer só por tê-lo magoado.

Só sei que no instante que fui começar a pedir desculpas, ele se atirou a mim, selando nossos lábios e me apertando contra seu corpo com tanta força que eu mal podia respirar.

E eu estava completamente feliz.