Fairy tales escrita por MatheusGreca


Capítulo 12
Seis Porquinhos.


Notas iniciais do capítulo

GENTE! Eu gostaria de agradecer vocês, pelos comentários dessa semana! Fiquei muito feliz com as visualizações que F.T recebeu, pelos favoritos e acompanhamentos! Vocês são demais! Novidades: Vou começar a por capa nos capítulos, porém elas não serão perfeitas. Falo com vocês nas notas finais, boa leitura.



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POV – Lipe.

A raiva me atingiu ao pensar que Melody estaria indo encontrar o namoradinho peixe. Forçando-me ao máximo para ignorar a afobação que ela tinha de sair da carruagem, foquei órbitas em Estrela. Que, retribuindo meu olhar, sorriu.

– Lipizinho, porque está com esta cara?- Interrogou-me curiosa, quando Melody bateu a porta do veículo.

– Que cara?

– Parece que está com raiva e meio triste. Sem aquele olhar debochado, ou o sorriso maroto de sempre. O que está acontecendo? Estou preocupada. - Era estranho pensar que a garota que quase me castrou se preocupava comigo.

– Ei, não é nada. Relaxe está bem? Estou contente por tudo que ocorreu na noite passada.

– Foram apenas beijos, não se sinta tão especial por isso. - Ela colocou a mão em meu joelho, reconfortando-me. Seu tom dava a entender que era apenas uma brincadeira, mas sentia que no fundo havia alguma verdade em suas palavras. – Temos que ir Felipe! Daqui a pouco o cocheiro vai nos puxar pelos cabelos por tamanha demora.

– Ai dele se tocar um dedo em você. - Então nossos olhares se cruzaram e pude sentir meu coração acelerar. Por algum motivo, senti que deveria me aproximar dela.

Lentamente me aproximei, porém já não olhava em seus olhos e sim em seus lábios. Aqueles lábios que na noite anterior pertenceram a mim. Numa dose quase absurda de paixão, nossas bocas se uniram e pude sentir seu arfar abafado se render ao meu beijo.

A força do desejo era mais forte do que eu. Sentia como se o céu azulado daquela manhã estivesse desabado sobre nossas cabeças e por consequência, feito-me perder o juízo. Não me negaria beijar aquela garota que me fazia esquecer dos meus problemas e do real motivo da minha tristeza. Não me importava com mais nada naquele instante, eu apenas a queria.

Nossos corpos se encaixaram sutilmente, como duas peças de um quebra-cabeça. Tive a sensação que fossemos feitos um para o outro. Quando ela deitou sobre o assento da carruagem, puxando-me pela gola da camiseta, vi em seu olhar o suficiente para sacar que ela me desejava exatamente da mesma forma que eu a desejava.

Percorri com a boca o contorno de suas bochechas, descendo por seu maxilar e indo até seu pescoço. Encaixei sua pele em meus lábios e a massageei com minha língua calmamente. Pude ouvir um gemido ser emitido por sua garganta, enquanto continuava a descer.

– Não, não! - Me interrompendo, empurrou meu peito para trás, cautelosa. - Eu não quero Felipe! Precisamos sair desse cubículo.– Ao erguer-se, pôs-me ainda mais para trás, se ajeitando ao assento. O que me fez pensar que estaria nervosa.

– Tem certeza? - A fitei incrédulo. Era notável o desejo em seus olhos, mas parecia que ela queria negar-se a ele. - Não estamos cometendo nenhum crime.

– Os súditos nos esperam Felipe, vamos! - Direcionando três toques à porta da carruagem, Estrela fez com que o cocheiro a abrisse. - Eu lhe espero lá fora, me perdoe mas, não sei o que sinto. - Ela apanhou a palmatória do “cara” de farda, se apoiando para descer. Assim fez, pondo os pés na terra do vilarejo e partiu a andar para o interior deste.

Sinto como se ela não confiasse em mim, mas, ao mesmo tempo, desejasse poder ter confiança! Não quero a enganar, não sinto nada por Estrela, apenas desejo. Por Melody sinto algo ainda mais forte. Como se eu estivesse enfeitiçado.

Meus pensamentos estavam embaralhados, tentando ignorá-los, a acompanhei na descida do “cubículo” e a segui para o interior da Vila.

***

Fazia uma hora que estávamos andando pelo vilarejo, trocando sorrisos e acenos para os súditos, que encantados, nos davam presentes. Estes eram encaminhados para o bagageiro da carruagem pelo cocheiro que nos acompanhava.

Ao passarmos em frente a um açougue, um homem de barba longa e grisalha nos parou. Seus olhos eram fundos e possuíam rugas e pés de galinha por sua volta. Suas vestimentas pareciam ser feitas de trapos, que sujos de sangue animal, davam-lhe a aparência de pobre. Ele fedia a carne morta, o que me incomodou.

– Majestades! - Curvando sua estrutura velha, realizou uma reverência rápida. - Estou contente em vê-los aqui. É sempre um prazer receber nossos tão amados governantes.

– Muito obrigada senhor! É um prazer visitar esta magnífica Vila. - Pronunciou Estrela, sorridente.

Mantive apenas um sorriso em minha boca, enquanto “a loira” fazia o trabalho de “agradá-lo”, eu não estava com cabeça para isso. Saco! O cheiro de carne era estupidamente forte.

– Eu tenho um presente para vocês! Nasceu a poucos dias, mas logo estará maduro e pronto para lhes proporcionar uma bela refeição. - Ele adentrou a sua loja, voltando em poucos segundos com uma trouxinha em mãos. Parecia que carregava um bebê, e na realidade, era um.

Um bebê porco, ou um porquinho. Era rosado e mantinha-se dormindo nas mãos velhas do idoso. Era um tanto bonitinho, mas meus pensamentos me levaram ao meu petisco favorito: Bacon!

– Oba, Bacon! - Exclamei, animado.

– Não, não! Nem pensar em comer esta pobre criatura. Eu cuidarei dela! - Estrela resmungou, assumindo o papel de mãe de um porco que poderia ser meu bacon, meu bacon! Ela o recebeu aos braços, acariciando suas pequeninas orelhas rosadas. - Só preciso decidir o nome!

– Bacon, meu bacon! - Enunciei, notando o quão ridículo soava.

– Felipe, não comece! Não acredito que você comeria esta pobre criatura. - Mostrando-me o porco, apenas me fez ter fome.

– Não briguem majestades. - Aquilo nem de longe parecia uma briga! - Eu tenho uns cinco no galpão logo ali atrás.

Estrela me olhou furiosa, e eu já sabia o que ela faria. Estava certo. Quando percebi, andávamos pela vila carregando seis filhotes de porco em mãos. SIM! SEIS! Ela resolveu " adotar " os seis.

" Estarão seguros em minhas próprias mãos. " Ela só pode ter fumado algo forte demais para seus neurônios agirem daquela forma.

– Não acredito que você adotou essas coisas. - Bufei, carregando dois pedaços de Bacon. Estrela carregava outros quatro. - Elas nascem para virar Bacon, Pernil e…

– ELES SÃO MEUS FILHOS AGORA FELIPE! - Gritou, furiosa. - Ai de você se um deles virar o " seu bacon "! Ups, a mamãe gritou… Nana neném, que o Felipe não vai pegar, mamãe foi fazer compras e papai foi trabalhar…– Cantou, pondo os animais para " ninar ".

– Consegue se ouvir? Isso é ridículo! São porcos, nada mais. PORCOS!

– E o que tem? As pessoas adotam cães, gatos, pássaros… Eu não posso adotar porquinhos fofos e meigos?

– Estrela, vou tentar ser o mais claro possível: Você notou o tamanho da mãe deles? - Me olhando magoada, interrompi-me. - A MÃE BIOLÓGICA, NÃO VOCÊ! Ela é imensa. Eles estarão com mais de doze quilos em poucos meses!

– E o que tem? - Repetiu, me irritando. - Uma mãe de verdade aceita seus filhos como são!

– Você só pode estar brincando!

– Não, não estou. E espero que aceite meus filhos assim como eu aceito a sua personalidade bipolar. Deu por hoje Felipe! Agora vamos. Quero visitar algumas lojinhas de coisas para bebês, vou comprar um carrinho fofo para os meus filhotes.

– PORCOS!

– Chega, me dê eles! Não confio os meus filhos em suas mãos! - Tirando os animais de minhas palmatórias, senti-me livre para fugir da maluca o mais rápido possível. Porém, algo me prendia a ela. E por algum motivo, eu queria o meu nome na musiquinha para os porcos. Mas em vez de " Felipe não vai pegar ", queria ser o “papai” que ela citava. EU SEI! Estou pirando.

– Espero que encontre uma creche acessível para os seus filhotes.

– Não seja ridículo, irei criá-los com as minhas próprias mãos.

– Eu posso ajudar. - As palavras saiam de minha boca muito rápido, não tive tempo de filtrá-las.

– Ata! Você quer comê-los, isso sim.

– Não! Estou falando sério! Eu posso ser o “papai porco”?

– Ã? Você não me achava ridícula por querer cuidar de porquinhos? - Cessando seu caminhar, ela fitou-me surpresa.

– Eles são uma boa desculpa para eu passar algum tempo com você.

– Hahaha! Você é tão bobinho Lipizinho. Precisa ter uma desculpa? - Antes que eu pudesse respondê-la, Estrela se virou na direção de uma pequena lojinha de maternidade. Eu fiquei ali, parado, observando minha " nova família " adentrar ao estabelecimento.

Agora éramos oito, eu, Estrela e os seis porquinhos.


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Notas finais do capítulo

Eu sei!!! Muitos de vocês querem mais um pouco de Melson, ou Melpe, mas tive que postar esse capítulo pois o próximo será tenso. Então, preparem-se! COMENTE, COMENTE! PF. Quero saber: Qual seu personagem favorito? Gostaram da capa ? xD Abraços.



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