No One Else escrita por Nany Uchiha


Capítulo 2
Say "yes" to the craziness




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Naquele dia Hinata chegou exausta em casa, pensava na garotinha de olhos verdes, ela era tão séria, mas tão cheia de amor, alegria e pureza, era como um lindo cristal prestes a se quebrar. Então realmente haviam pais iguais ao seu, que tinham sim coragem de jogar ao seu próprio destino uma criança de quatro anos. Lembrava das frases que ouviu durante toda sua vida: “Irá para o melhor internato do país, lá aprenderá tudo o que precisa.”; “Você tem sorte de ter um pai rico Hinata, ele pode lhe dar tudo o que precisa”; “Você precisa se comportar para ser reconhecida pelo seu pai Hinata”.

Precisar, Hinata sempre ouviu das outras pessoas o que ela precisava fazer, precisava dizer, ou que precisava ouvir, porém nunca o que poderia querer, ouvir ou dizer. Por isso se sentiu tão mal ao ouvir Sasuke falar das necessidades de sua filha, pareia que estava ouvindo seu pai, de fato, homens de negócios, ou grandes empresários, não foram feitos para serem pais solteiros, isso deveria ser proibido. A Hyuuga tinha que tirar todo aquele problema da cabeça, ou enlouqueceria. Aquele não era um assunto pelo qual precisaria se preocupar, entrou no banheiro e ficou horas na banheira, sentindo a água perfumada acalmar seus nervos, porém apenas teve mais concentração no problema de Hana.

– Ora Hinata, pare de pensar nessa garotinha, quantas crianças passam por isso diariamente? Ela é apenas mais uma criança com um pai idiota... – se encolheu mais na banheira e mergulhou seu rosto até quase a altura dos olhos na água, seu cabelo estava preso e com uma toalha em cima, assim o molharia mesmo debaixo da toalha, sentou-se novamente ereta. – Mas o destino dessa criança foi posto em suas mãos Hinata. – Sempre teve mania de falar sozinha, afinal, sempre estivera sozinha desde criança, mas não achava estranho, já se acostumara a isso. Hinata levantou-se da banheira, colocou o roupão macio de microfibra e sentiu-o colar em sua pele, não estava com frio, àquela noite estava particularmente quente, foi até a grande varanda de seu quarto, e apreciou a vista do mar.

Sim, era um apartamento de luxo, o qual jamais conseguiria comprar ou manter com seu salário de educadora infantil, mas fora um presente de seu primo, quando seu pai havia morrido, dois anos atrás, a Hyuuga estava no último período da faculdade, ficou desnorteada, não sabia o que fazer, iria trancar a faculdade para administrar os negócios do pai, mas muitos acionistas protestaram, e a mesma sabia que nunca daria conta, então passou a administração de seus bens e da empresa de seu pai para seu primo, Neji, o mesmo tentara recusar, alegando que era um bem deixado por seu pai para si, mas Hinata sabia que não era tão simples assim, não poderia administrar todos os bens de seu pai sem falhas, e não podia pensar só em si, havia Hanabi. Ela estava desolada e ainda cursava o segundo ano do ensino médio quando o pai morreu, o futuro de sua irmã estava dependendo de suas decisões, portanto deixou Neji à frente de todos os seus bens, e o mesmo havia comprado o apartamento quando a Hyuuga mais nova alegou que não queria mais viver na mansão Hyuuga. Seu telefone tocou, fazendo-a assustar-se, olhou para o relógio e viu que eram 20:30, lembrou-se de Hanabi, ela não estava em casa e suas aulas na faculdade se encerravam entre 17:00 e 19:00h, dependendo do dia da semana. Logo sentiu seu coração apertado, pensando se algo ruim havia acontecido.

– Alô? – Atendeu sem nem mesmo ver o número de telefone, ouviu a voz de sua irmã, parecendo irritada do outro lado da linha.

– Hina? Onde você está? Estão todos te esperando. Não me diga que esqueceu que o baby chá de Tenten é hoje ? Já faz meia hora que começou, você deveria estar aqui, a madrinha nem aparece no baby chá do bebê, quer saber? TENTEN, A HINA NÃO QUER MAIS SER MADRINHA, EU POSSO?

– N-não! Hana-chan, eu estou me arrumando, não esqueci, foi apenas por que o pai de uma das minhas alunas a buscou tarde hoje, então eu me atrasei um pouquinho, d-daqui há meia hora eu chego ai! – Desligou o telefone apressada. Como pôde esquecer a festa de sua futura afilhada?!

Correu para o closet, pegou um vestido simples de alça, com estampa de flores com o acabamento em renda amarela, afinal, estava quente e era verão, e o baby chá seria na estufa da mansão, Neji e Tenten haviam se mudado para lá depois da notícia que seriam pais, à pedido de Hinata, a Hyuuga adorava crianças, mas não sabia se seria capaz de casar algum dia, então achou que a mansão era muito grande para ela morar sozinha, e Hanabi dizia que nunca iria ter filhos, então concordaram em morarem juntas no apartamento que Neji havia comprado e deixar a mansão para o primo. Para não ficar muito simples, colocou nos pés uma plataforma não muito alta, com flores amarelas e amarrou os longos cabelos em um rabo de cavalo, escovando sua franja para dar volume.

Havia comprado vários presentes para a afilhada, uma prova disso era seu quarto abarrotado de embrulhos com estampas de bichinhos, mas os levaria outro dia, já que não daria mais tempo, apanhou uma pequena caixinha envolta em uma fita meio transparente e brilhante, rosa. Pegou a chave do carro, e correu para o elevador, quando chegou às ruas, agradeceu o carro que Neji havia escolhido para a prima, não gostava muito de carros esportes, mas a velocidade do mesmo era bem-vinda naquele momento.

Quando chegou à estufa da mansão Hyuuga, Hinata sentiu-se revigorada pelas boas-vindas de todos os seus amigos, estavam todos lá, rindo se divertindo e dando declarações de como aquela criança era esperada e seria amada, infelizmente ou não, pensou em Hana Uchiha, aquela moreninha com lindos olhos verde-esmeralda, que transbordavam amor, pensou em como ela estaria agora, provavelmente dormindo sozinha, ou com um ursinho de pelúcia, será que havia ganhado um beijo de boa noite?

– Hina vem! Vamos abrir os presentes agora. – Encerrou seus pensamentos ao ouvir a irmã chamando-a, todos se divertiram à custa de Neji, que tinha que pagar uma prenda a cada vez que sua esposa vendada errava ao adivinhar um presente embrulhado, todos sabiam que a Hyuuga estava errando propositalmente. Todos foram embora gradualmente, já passava de meia noite quando o ultimo convidado, Rock Lee, amigo de Neji e Tenten da faculdade, se foi. Neji fora lavar seu cabelo, estava todo sujo de glacê de bolo, uma das prendas que teve que executar. Então Hinata sentou-se junto à irmã e Tenten.

– Então, Hinata, eu estava conversando com Hana-chan, e nós concordamos que depois que a bebê nascer eu vou precisar de ajuda... Eu sei que temos muitas empregadas aqui na mansão Hyuuga e que elas me ajudariam sem dúvida, mas...

– Estávamos pensando na possibilidade de eu me mudar pra cá, Hina, vai ser só por uns meses, eu só vou ter algumas aulas à tarde nesse período... Eu posso? – Olhou atentamente para a irmã, é verdade que sentiria falta da presença de Hanabi à noite, mas não podia sequer pensar em proibir a mais nova em fazer algo, ela já era maior de idade e independente, não era como se Hinata ainda fosse sua guardiã legal, apesar de não falarem em voz alta, estavam cada uma por si agora.

– Tudo bem, Hana-chan, a pequena Akemi merece muita atenção, amor e carinho quando ela nascer, mas eu continuo sendo a madrinha, nee Tenten-chan? – a Hyuuga mais velha fez um biquinho.

– Claro que sim Hina-chan! Se não fosse por você, eu e Neji nunca havíamos nos conhecido, e a Akemi não estaria no forninho. – deu uma risada e foi acompanhada pelas duas irmãs. Hinata lembrou-se do presente que havia em sua bolsa e foi bucá-lo.

– Então, Akemi vai ganhar a primeira pulseirinha da madrinha dela. – deu o embrulho a futura mamãe. Quando Tenten abriu o embrulho, seus olhos se encheram de lágrimas, haviam duas pulseiras iguais, mas de tamanhos diferentes, uma grande e uma pequena, de pérolas, parecidas com os olhos característicos da família, no meio haviam delicadas letras de ouro que formavam o nome “Akemi”, no fecho, que formava um coração, havia um pingente pendurado, o símbolo do clã Hyuuga, uma espécie de chama amarela.

– Oh, Hina-chan, são lindas. – Tenten já deixava as lágrimas escorrerem por seu rosto. – São lindas... Muito obrigada.

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Naquela noite Hinata retornou à sua casa sozinha, no dia seguinte Hanabi levaria suas coisas à mansão Hyuuga, quando finalmente deitou em sua cama no final do dia, estava exausta, e pensou na situação em que se encontrava, sua vida estava finalmente tornando-se sua, tinha seu emprego, o qual tomava bastante parte do seu tempo, mas adorava fazê-lo, Hanabi já estava tomando suas próprias decisões, Neji e Tenten tinham uma família agora, e ela estava lá, em plena sexta-feira, de madrugada, pensando em como sua vida era monótona e tranquila, não se sentia feliz, não era fundamental ou importante na vida de alguém, seus amigos e pessoas que antes considerava “família” estavam tomando seus caminhos, ela teria que procurar o seu. Pensou no cartão que havia em sua bolsa, num instante a proposta do pai de sua aluna pareceu tentadora, mas depois mudou de ideia, não iria entrar no meio de uma família mal estruturada daquela forma, por puro egoísmo seu.

“Corria pelos corredores alegremente, segurando firme a mochila branca nas costas com uma mão, a outra mão estava no chapéu estilo marinheira que fazia parte do uniforme do internato, aquele era o primeiro feriado no qual poderia retornar à sua casa, como sentia saudade de seus familiares, principalmente de sua mãe e sua voz doce... Também havia a nova integrante da família, uma nova irmãzinha! Chegou em uma grande porta dupla, a última que atravessaria até a esperada liberdade, por pelo menos duas semanas estaria longe dali, e junto dos que amava. Quando abriu as portas parou, procurando avidamente seu pai, mas ele não estava lá, somente a reitora do internato, a qual conhecia muito bem.

– Hinata, minha querida, sente-se aqui, está ofegante e com os cabelos bagunçados, não quer que seus pais a vejam assim não é? – a pequena garotinha de cabelos longos tão negros que tinham um brilho azulado, tez alva e olhos quase prateados, sentou-se, inquieta, na cadeira que lhe era posta.

Ouviu o estrondo de portas se abrindo e observou um homem de cabelos longos castanhos e olhos parecidos com os seus, na face uma expressão atordoada, atrás dele vinha um menino, dois anos mais velho que ela que parecia uma miniatura do homem. Viu a mulher que antes conversava com ela, levantar-se pomposamente.

– Olá, o senhor deve ser o pai de Hinata, não é?

– Tio... – o homem não tirava a expressão séria do rosto, - sou o tio de Hinata, - o homem deu um meio sorriso à garotinha sentada no outro canto da sala. – Vamos pequena. – Estendeu a mão para a menina, depois voltou-se para a mulher que estava no recinto. – Talvez ela tenha que voltar antes da data pré-determinada, quero que estejam cientes disso.

– Claro, senhor Hyuuga.

A Hyuuga mais nova olhava aquela cena sem entender muito bem, queria protestar, 14 dias já eram pouco, o que ele queria dizer com retornar antes? Mas fora ensinada desde criança que não deveria contestar nada que os adultos falavam, então aquietou-se e seguiu o tio e o primo para os portões de saída da instituição, vendo a limusine preta parada a alguns metros de distância, foi então que notou que o tio e o primo estavam vestidos com ternos pretos, e com um ar pesado, quase fúnebre. Quando entraram o carro a pequena ficou inquieta, não sabia o que estava acontecendo, se pronunciou quase uma hora depois, quando notou que aquele não era o caminho de casa.

– Tio...

– Sim minha querida? – o mais velho tentou dar um sorriso, porém não chegaram aos olhos, que estavam nublados de tristeza.

– O que está acontecendo? Por que não estamos indo para casa? Onde estão meus pais? Minha irmã nasceu?

– Ela nasceu minha querida, - a garotinha esboçou um grande sorriso. – Mas não estamos indo pra casa, por que sua mãe não está lá. – O sorriso desapareceu, e lágrimas brotaram de seus olhos.

– Onde está minha mãe? No hospital? Estamos indo pra lá tio Hizashi?

– Hinata, sua mãe não resistiu ao parto, ela se foi... – o resto do dia só vem a sua mente como um borrão, são memórias tão dolorosas que até mesmo os sonhos não conseguem reproduzi-las, lembra de despedir-se de sua mãe, já fria no caixão, lembra-se de gritar quando o mesmo foi afundado naquela profunda e horrenda cova, gritou que ela não ia conseguir ver de lá o pôr-do-sol que ela tanto amava, gritou que ela não ia conseguir cuidar de sua irmãzinha, que ela precisava dela, e ela também, foi quando seu pai a carregou e pediu para que sofresse em silêncio, pois sua mãe não podia mais ouvi-la, a única coisa clara da qual Hinata se lembra daquele dia, é a expressão de seu pai, estava vazia, mas ela não o viu derramar uma única lágrima.

Quando chegaram em casa, naquela enorme mansão que parecia abandonada sem o sorriso quente da sua mãe de boas vindas, seu pai trancou-se no escritório, sua irmã ainda estava no hospital, ficaria internada pelos primeiros meses, a única coisa que pôde fazer foi trancar-se em seu quarto e chorar o mais silenciosamente que pôde, para não irritar o pai. Quando sentiu-se seca, quando não conseguia mais nem soltar uma lágrima sequer, a garotinha foi até o banheiro, tirar aquelas roupas que para ela, estavam impregnadas dos sentimentos fúnebres daquele cemitério, Hinata olhou-se no espelho mas não viu seu reflexo, a única coisa que pôde reconhecer foi um rosto angelical e grandes olhos esmeraldas, que emanavam tristeza. Então ela não era mais uma criança, e sim uma mulher olhando aquela linda moreninha de olhos verdes chorando sozinha, igual a ela mesma, anos atrás, mas ela queria poder estar lá para ela...”

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Era um domingo de manhã, e lá estava ela, em uma padaria na parte nobre da cidade, à sua frente estava Kakashi, um homem de cabelos brancos e arrepiados, e uma máscara que cobria todo seu rosto exceto um olho, se não estivesse em um lugar tão movimentado e formal, estaria morrendo de medo daquela pessoa.

– Então, Srtª. Hyuuga, aqui está a cópia do contrato que está prestes a assinar, fique à vontade para lê-lo, o Sr. Uchiha, como verá ao longo das páginas, é um homem muito reservado, e isso é um precaução, tudo o que ver e ouvir na presença dos Uchiha será sigiloso, e ele pede descrição quanto aos seus familiares, pode dizer que irá trabalhar no exterior, mas terá que omitir como e pra quem irá fazê-lo, espero que entenda.

Não, Hinata não entendia, estava ficando realmente irritada com o quão petulante aquele homem poderia ser! Ele achava que ela iria espionar sua vida pessoal e seus negócios para então explodi-los na mídia? Ela sabia o que era ter uma família poderosa e no quão ruim era não ter privacidade alguma, mas em uma coisa concordava, não poderia contar a sua família o que estava prestes a fazer, eles iriam achar um absurdo! Eis o que faria: decidira aperfeiçoar seus estudos no exterior, isso mesmo! Não gostava de mentir para ninguém, mas era necessário. Por fim, assinou o contrato e entregou-o ao homem estranho.

– O Sr. Uchiha gostaria que deixasse seu número para contato, ele mesmo estará lhe deixando a par da data e horário da viagem. – mesmo a contragosto, Hinata pegou a folha de papel que lhe era estendida e escreveu seu número. – Creio que o Sr. Uchiha lhe deu o meu cartão, qualquer dúvida, estou à disposição.

– Obrigada, Sr. Hatake. – estendeu a mão, para cumprimentar o homem.

– Pode me chamar de Kakashi. – O mesmo pegou sua mão e beijou-a, olhando-a intensamente. A Hyuuga corou e puxou sua mão rapidamente.

– Se é só isso, Sr. Hatake, irei me retirar agora, se houver algo mais que eu precise fazer, pode me contatar. – Quando Hinata fez menção de levantar-se, ouviu uma risada do homem sentado À sua frente.

– Curioso... Muito curioso Srtª. Hyuuga.

– Desculpe, Sr. Hatake, não sabia que era engraçada. – Estava realmente chateada com o homem rindo de si à sua frente! Já não bastava o Uchiha idiota, ainda teria que lidar com o advogado babaca dele! “Tudo isso por Hana, ela não merece o pai imbecil que tem”, ficava repetindo como um mantra em sua mente.

– Srtª Hyuuga, o curioso é que a última vez que redigi um contrato para uma mulher à pedido do Sr. Uchiha, foi à cinco anos atrás, e devo dizer-lhe, ela era o oposto da senhorita. – Hinata se sentiu corar.

– Era a mãe de Hana? – Por mais que soubesse que aquele era um assunto delicado, a curiosidade falou mais alto. Viu uma sombra de sentimentos que não conseguiu definir no único olho à sua vista, e sentiu que aquele assunto era realmente um tabu para Sasuke e todos que o rodeavam, lembra que no ano anterior a Srª. Uchiha havia ido buscar pela primeira e única vez a filha na escola, ainda não era professora de Hana, então não prestou muita atenção. No dia seguinte viu no noticiário que haviam sofrido um acidente de carro, a mãe morreu na hora, mas a garotinha, na cadeirinha especial no banco traseiro do carro, não sofrera um único arranhão, talvez fosse por isso que ficara tão próxima da Uchiha nesse ano, ela sabia a dor de perder a mãe tão nova.

– Sim, vou lhe dar um conselho, Srtª. Hyuuga, nunca mencione esta mulher na frente de Sasuke, até Hana sabe que isso é um tabu, será essencial que se lembre disso durante sua estadia na casa do Uchiha.


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Notas finais do capítulo

Poisé fantasminhas.... Hope U like it :3