Misguided Ghosts-Thalico escrita por Tia Ally Valdez


Capítulo 15
Meu Passeio Pela Montanha-Russa da Morte


Notas iniciais do capítulo

Eu tô aqui hoje postando para vocês porque a minha irmãzinha lindinha fez uma conta no Nyah só para acompanhar minha fic! E eu tô tipo... Chorando de alegria!
Esse capítulo vai para você, Amanda Jackson La Rue!
P.O.V da Thals!
Enjoy!



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Thalia's P.O.V

Eu morro de raiva de garotas que flertam com o MEU Nico...

E morro de raiva de morcegas enrugadas que tentam ferir o MEU Nico!

Mas aquela monstra foi despedaçada. Pela Katie e o MEU Nico.

Bem feito! É nisso que dá flertar e ferir o MEU Nico!

Mas o Leo não estava bem... Nem um pouco. Percebi isso no momento em que ouvi Calipso chorar.

Tá, tudo bem... Às vezes, a Calipso é meio frágil... Mas ouvir ela chorar depois de um ataque onde o Leo foi um dos atingidos não era coisa boa...

– Ele... - Começou Jason.

– Cala a boca! Não termine! - Soluçou Calipso. Ela olhou esperançosa para Nico. Ele balançou a cabeça e disse:

– É difícil dizer...

Calipso voltou a soluçar. Dessa vez mais desesperadamente. E eu lembrei de uma pessoa nesse momento.

Eu. Eu estava nessa mesma situação quando pensei que Nico havia me deixado... Nesse mesmo desespero.

Naquele momento, eu soube exatamente o que fazer...

– Tome... - Falei puxando uma corrente. Seu pingente não era um pingente qualquer. Era um frasco de néctar. Pequeno, mas toda vez que eu o reconectava ao fecho da corrente, ele se enchia novamente.

Calipso aceitou sem pensar duas vezes. Ela despejou todo o conteúdo na boca de Leo. E eu rezei para que ele não virasse cinzas.

– Leo... Fale alguma coisa! - Ela não obteve reação. - Seu estúpido! No início da droga da missão, você não parava de falar! - Ela socou seu peito. Depois olhou para ele de novo. - FALA ALGUMA COISA, SEU IGNORANTE IMBECIL! SEU... MAGRELO! - Ela socou novamente o peito de Leo. Depois deitou sobre ele e voltou a soluçar...

– Isso dói, tá bom? - Um sussurro baixinho veio de Leo. - Para sua informação, Soca-Cadáveres, você não é fraca...

Ela se sobressaltou e sorriu ao ver o sorriso de seu namorado. Depois o beijou. O que fez meu arrependimento voltar.

Eu devia ter continuado o beijo! E não parado ele quando Nico voltou!

Nico sussurrou um "ufa!" Eu olhei para ele.

– Você mentiu, não foi?

Ele me abraçou.

– Não queria prolongar o sofrimento de ninguém... Leo voltou porque estava por um fio quando bebeu o néctar... E outra, por falar em néctar, porque você nunca me contou sobre o colar?

– Sempre que eu te dava néctar, era com o colar... Por quê?

– Quando aquele bicho horrível te mordeu, fiquei quase vinte minutos procurando desesperadamente por um cantil de néctar. Aí, Percy chegou com três cantis.

– Nem pareceu preocupado...

Nico riu. Eu gostava de ouvi-lo rir... Era prazeroso saber que ele estava feliz. Mesmo depois de tudo o que passou.

Tomara que eu viva para fazê-lo feliz!

– Gente... - Chamou Annabeth. - Eu pesquisei sobre as pedras. E tenho uma ideia de seus guardiões. Já sei a localização de uma.

– Qual? - Perguntou Leo. Pelo jeito, já havia parado de tentar engolir o rosto de Calipso.

Está falando de quê? Você tenta engolir a cabeça do Nico!

– O cristal da água... Está em um parque aquático a uns três quilômetros daqui... Ao Norte.

– Você ouviu, Festus? - Disse Leo. - Ah, deixa pra lá. Esqueci que você não é mais uma figura de proa, amigo... Mas me deve uma blusa do Bob o Construtor!

Bob o Construtor? - Falei. - Caramba, Leo, que ridículo!

– Não fala nada, Thalia! Todos sabem que você assistia...

– Thundercats! E aí?! O Lion dá de dez a zero no seu Bob!

– É, mas o Lion não constrói casas! Nem conserta paredes!

– Quero que o Bob e aqueles caminhões irritantes vão para o Tártaro!

Leo mostrou o dedo do meio e foi para o painel de controles...

Infantil!

Nico me abraçou por trás, fazendo com que eu me assustasse.

– Thundercats?

– Sim. Algum problema?

– Não... É que eu também gosto... Mas Cavaleiros do Zodíaco é melhor!

Eu sorri. Caraca! Quase todos os mesmos gostos!

Quase! Ele gosta de falar de morte! Eu prefiro viver!

– Sabe o que é melhor?

– O quê?

– O Barney!

Nico riu alegremente.

– Prefiro os Backyardigans!

Rimos. Senti o Argo II se inclinar para para baixo...

– Estamos descendo... - Suspirei.

– Eu acho que já tenho uma ideia de qual seja o guardião... - Disse Annabeth.

– Qual? Onde você teve essa pista?

Ela apontou para onde estávamos pousando.

"Parque Aquático Krakenlândia"

Krakenlândia? Sério? Que falta de criatividade!

"Veja as nossas atrações! Inclusive a Montanha-Russa do Kraken!"

M... Montanha-Russa? Só pode ser piada!

É... Eu morro de raiva de Montanha-

Espera! Que idiota coloca uma Montanha-Russa em um Parque AQUÁTICO?!

Um idiota que não tem amor próprio.

O parque era abandonado... Não havia um sinal de vida lá...

Annabeth olhou.

– Pelo jeito, já dá para ter uma ideia, né?

Kraken... Óbvio, não? Só falta ele estar na Montanha-Russa!

– Na verdade, está... Eu pesquisei sobre o parque. A Montanha-Russa do Kraken não dá uma volta... Ela faz um caminho sinistro até uma espécie de plataforma que tem bem longe da entrada do brinquedo... Esse parque faliu porque no primeiro dia alguma coisa estava na Montanha-Russa... Ninguém sobreviveu...

Engoli em seco. Ótimo! Sabia que meu fim viria em uma Montanha-Russa!

– Suponho que os tentáculos de brinquedo na Montanha-Russa não sejam de brinquedo...

– Alguns são...

Alguns!

(...)

– Estou quase lá! - Disse Leo. Ele estava consertando o painel de controle do brinquedo... A Montanha-Russa era muito mais assustadora vista de perto. Já começava com uma subida enorme, depois uma descida tão íngreme que eu podia jurar que era vertical. Então vinham as malditas curvas...

O ideal para meu café da manhã do ano inteiro ir embora!

– Terminei!

As luzes do brinquedo se acenderam. Uma voz eletrônica masculina começou a falar.

– Olá, amigos! Prontos para a maior aventura aquática de suas vidas?

NÃO!

– Sentem-se em seus assentos!

NÃO!

Me sentei mesmo assim. Nico sentou-se ao meu lado.

Afivelem bem seus cintos!

Tá, isso eu não posso negar!

Apertei meu cinto até sentir que ele me sufocava... Nico notou minha falta de ar e afrouxou um pouco.

– Estou ao seu lado, principessa...

– Não sou uma princesa...

– É uma principessa guerriera...

Sorri e o beijei.

Segurem-se bem e curtam o passeio! Cuidado com o Kraken!

Com esse último aviso, a voz eletrônica soltou uma risada maléfica. Alavancas se abaixaram sobre nossas pernas e eu me agarrei na hora na que estava em minha frente.

O carrinho começou a se mover. E eu me sentia como se estivesse caminhando em direção à forca.

Ele subiu a subidona devagar, me deixando com MUITO medo.

– Leo! Acho que isso não é seguro!

– Eu também acho... Mas não venha me bater!

– Nós vamos morrer mesmo...

Percy, Annabeth e eu nos entreolhamos.

Há um mundo bem melhor... - Comecei...

Todo feito pra você... - Annabeth e Percy cantaram em uníssono.

O resto da música não pode ser cantado. Naquele momento, o carrinho estava no topo da subida e desceu velozmente, provocando gritos de terror... Sendo que o meu era o mais alto.

– EU JÁ POSSO VER O BARQUEIRO!

O carrinho fez uma curva fechada e eu me agarrei ao pescoço de Nico, rezando com todas as forças para que Hades acabasse logo comigo.

– SOCORRO!!!

Arrisquei abrir os olhos. O brinquedo estava prestes a fazer uma outra subida, e eu vi o que não queria.

– Nico...

Ele ainda estava de olhos fechados.

– Nico...

– Espere eu morrer!

– NICO!

Eu e Nico estávamos no carrinho da frente. Ele se sobressaltou e me olhou.

– O QUE FOI?!

Apontei para frente. Todos abriram os olhos.

– FALTA UM PEDAÇO!

– AH, MEUS DEUSES!

Tarde demais. O carrinho subiu até o fim e saiu dos trilhos. O pedaço à frente estava distante. E o vento era tão forte que eu podia jurar que nos sopraria...

Estava em desespero quando ouvi um som.

Um som de algo rasgando.

Me senti leve... No ar.

O cinto arrebentou!

Eu já estava berrando. Com tantas formas de morrer, eu ia me espatifar do topo de uma Montanha-Russa imbecil em um parque aquático com o nome de Krakenlândia!

Senti Nico segurar meu pulso. Mas na velocidade que nós estávamos, foi preciso muito de seu esforço para me segurar. Ele me puxou para perto quando o carrinho caiu na outra parte dos trilhos.

Com o tranco, Nico me puxou forte e eu caí sobre ele. Ele me abraçou com força e eu o abracei com mais força ainda... Sabia que estava chorando... E senti que ele também chorava...

Senti a velocidade do carrinho diminuir... Parando em uma plataforma... Bem distante da partida.

– Isso foi... - Começou Leo. - MUITO LOUCO! VAMOS DE NOVO?!

Nico o encarou com um olhar mortal eu soltei um suspiro de alívio que veio junto com um soluço. Sabia que estava tremendo.

– Shh... Você está bem... Já passou...

– Nico... - Chamou Annabeth. Ela apontou para baixo. - Bia saiu. ela está lá embaixo.

Ele bufou.

– Ela nunca faz o que mandam!

Leo arrancou os fios do outro lado para impedir o carrinho de voltar.

Olhei mais à frente.

– Olhem...

Um grande tentáculo rosado se erguia de uma piscina excepcionalmente funda. Ele se enroscava em torno de uma caixinha de vidro. Dentro dela, uma safira brilhava intensamente.

– A Joia Azul!

Corri até o tentáculo... Parecia imóvel.

De brinquedo!

– Thalia, espere! - Ouvi a voz de Nico.

Tarde demais. Peguei a caixa na hora e senti o tentáculo tremer... Ele se agarrou firmemente à minha cintura.

– NÃO! - Nico tentou correr até mim. Mas eu já me sentia puxada.

Puxada para as profundezas da água esverdeada daquela piscina. Ouvindo apenas os gritos desesperados de Nico ainda chamando meu nome.


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Notas finais do capítulo

Muahahahahah!
O que acharam da Montanha Russa? Tive a ideia quando fui ao Hopi Hari. Para definir em duas palavras o que eu achei daquele brinquedo: NUNCA MAIS!
O próximo capítulo sairá em breve... Enquanto isso, desesperem-se!
Bjs!