Até o fim escrita por Isabella Cullen


Capítulo 13
As consequências


Notas iniciais do capítulo

Bem meus amores desculpa a demora! Beijos minhas lindas!



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Tânia estava de camisola, não dava para ver barriga porque ela era longa, cumprida.Parecia não ser dela pelo tamanho e escolha. Não fazia o tipo dela. Ela descia as escadas segurando no corrimão, como se fosse cair a qualquer momento. Ele se aproximou para ajudar. Ele a coloca sentada num sofá próximo da escada, o mais próximo.

– Bom dia sumido. – ela esta bêbada.

– Tânia... essa hora...

– Me deixa seu cafajeste! Já esqueceu quantas vezes acordou assim?

– Olha...

– Veio aqui por quê? Sentiu saudade ou se cansou daquela magrela sem graça?

– Não é nada disso...

– Tem certeza que você pode beber assim? Isso não deve fazer bem.

– O que você tem haver com isso? Não me deixou para ficar com a sua princesinha? Agora faço o que bem quero!

– E o bebê?

Ela para e o olha com surpresa.

– Como você...

– Eu soube e vim aqui...

– Está preocupado com seu filho então?

– Tânia você não pode beber assim grávida, isso prejudica tudo! Por que você não me contou?

– Edward... – ela começa a chorar compulsivamente.

Ele espera ela desabafar, a abraça forte.

– Eu estou aqui, já cheguei. Agora se acalma.

– Edward eu perdi.

O coração dele se aperta, uma vontade de chorar o assola.

– Perdeu?

– Sim, eu descobri e uma semana depois, antes de saber o que fazer...eu perdi. O médico disse que era normal, foi espontâneo. Eu não fiz nada... – ela volta a chorar – eu... foi culpa minha!

– Nada disso Tânia, foi algo que aconteceu. Você deveria ter me ligado.

– E estragar sua felicidade? Não sou tão egoísta assim. Todos me diziam que você estava bem... sei lá...

– Isabella... Mas eu teria largado tudo para resolver isso Tânia. Isso era mais algo mais importante.

– Teria mesmo?

– Tânia eu não te odeio, só não te amei.

–AMOU ELA! AMOU ELA! POR QUÊ? POR QUE NÃO FICOU COMIGO... EU ESTAVA LÁ! TE CONHECIA! SABIA QUE PODÍAMOS TER SIDO FELIZES... UMA FAMILIA!

Ela gritava e agora estava andando pela casa agitada, ele conhecia aquilo, ela deveria ter tomado alguma coisa com a bebida. Para suportar a dor, perder um filho, perder um pai para o filho... tudo junto. Ela não era tão forte assim.

– Tânia se acalma. Uma família construída por obrigação nunca daria certo. Eu gosto de você, acho que você pode ser muito feliz..

– Não continue Edward com essa baboseira de alto-ajuda. Eu vou ser feliz, EU SOU FELIZ! – ela vai para perto do bar. – OLHA MEUS AMIGOS! TODOS ELES ME CONSOLAM DIA E NOITE.

– Tânia você vai acabar se matando com isso. – ele chega mais perto dela. – Quantos comprimidos você tomou? – ELE SABIA QUE ELA NÃO ESTAVA SÓ BÊBADA.

– Não sei. – ela vai para trás do bar e se serve uma bebida. – Quer? Você costumava beber comigo. Vamos reviver os velhos tempos.

– Nada disso, olha quem está com você?

– Meus tios estão no iate, foram passear... um casal feliz! COMO NÓS DOIS DEVERÍAMOS SER!

– Tânia... – ele a impede de colocar o copo na boca. – Vou ligar para eles, você não pode ficar assim.

– O QUE VOCÊ TEM HAVER COM ISSO? NÃO TEMOS NADA! ME DEIXA.

– Não posso, eu gosto demais de você para isso. Desculpa se não posso corresponder aos seus sentimentos, se te fiz sofrer desse jeito... eu realmente desejo o melhor para você e eu não mereço suas lágrimas, sua bebedeira... o que fiz... mesmo sendo algo na época considerado normal. Não fique assim por mim, eu não mereço.

Ele a abraça novamente e Tânia chora, chora um choro intenso, guardado a sete chaves. Ninguém sabia do aborto espontâneo, ela estava guardando tudo sozinha, comentou que estava grávida e depois sumiu. Edward deixou ela extravasar, depois subiu com ela, a ajudou a se deitar, pegou o celular dela e ligou para os tios. Explicou por alto a situação e ficou com ela até eles chegarem desesperados. Era impossível não se sentir culpado por aquilo, Tânia estava arrasada, mesmo que o bebê não fosse planejado ela o queria e o perdeu, como tinha perdido as esperanças de ficar com ele. Ele interpretou tudo errado, Tânia amava ele e ele brincou com ela de uma maneira insensível e egoísta. Desculpas não seriam o suficiente. Ele escreveu um bilhete para ela e a deixou sob os cuidados dos tios e foi se encontrar com Isabella. Ela estava no carro aguardando, ele entrou coma cabeça baixa. Não falou anda. Ela só dirigiu guiada por Alec que tinha outro carro. Edward entrou no quarto sem falar nada e se deitou, ficou assim até a noite. Isabella não insistiu só ficou perto, muda. Palavras não iriam ajudá-lo.

– Deita do meu lado. – ele pediu quando viu que ela estava sentada no computador, já eram mais de onze da noite.

Pela manhã Edward contou tudo para Isabella, ela precisou disfarçar o horror da história, mas não comentou mais nada depois. Ele percebeu, de tarde, finalmente o olhar de admiração dela para a praia que dava para ver da grande janela.

– Você já veio ao Havaí?

– Nunca. É lindo.

– Vamos.

Ele a conduziu pelas ruas até uma praia mais distante. Era ainda mais linda, Isabella queria poder ficar ali sentada na areia para sempre, o sol tocando seu rosto, as mãos de Edward no seu ombro. Fechou os olhos e sonhou, eles dois deveriam comprar uma casa ali.

– Amei esse lugar, é mágico.

O sol estava se pondo e eles começaram a sentir o frio, mas ainda queriam aproveitar a tarde. Então ficaram sentados juntos, aproveitando o calor do corpo do outro.

– Eu te amo. – Isabella disse quase como um sussurro.

– Eu também te amo. Obrigado por me trazer a vida.

– Quem me deu vida foi você, obrigada.

Andando de volta para casa de mãos dadas eles curtiram a noite movimentada, as ruas iluminadas, os restaurantes abertos, uma vida emanava de cada lugar ou seria deles? Edward não sabia bem. Os beijos naquela noite diziam que tudo estava pronto, estavam prontos. E assim, sem nada impedindo, deixaram os beijos os conduzirem para onde o corpo desejava. Isabella não podia dizer que estava nervosa, ela queria, desejava, pedia, ansiava e Edward poderia dizer o mesmo. Não havia nervosismo e nem medo, somente dois corpos que sabiam exatamente o que queriam e tinham certeza que para sempre.

Como poderiam ser mais felizes que aquilo? Como a alegria que sentiam poderia aumentar depois de tudo? Acordar depois de uma noite de amor era ainda melhor que a própria noite, ela acordou com as mãos de Edward envolta dela e pode sentir o coração explodir. Pensou em todos os medos que ela teve durante semanas pensando que ele a deixaria assim que ela cedesse. Mas acordar com ele ali tinha um outro significado, a vida tinha um outro sentindo. Ela se levantou e foi no banheiro escovar os dentes e pentear o cabelo, demorou um pouco mais do que queria porque resolveu tomar banho, tirar o suor. Estar bonita para quando ele acordasse, parecia besteira se pensasse bem, mas queria fazê-lo mesmo assim. Colocou o roupão e o viu sentado na cama.

– Podia ter me chamado, um banho não ia fazer mal. – ele sorriu alegremente, a felicidade tomando conta de cada batida do coração, enchendo a pele e os órgãos. Como aquilo poderia ser melhor?

– Então vamos.

E eles recomeçaram, e eles não queriam parar nunca mais de se amar.

– Depois de Londres eu tinha planejado te levar para um hotel em Nova Jersey, achei que você deveria conhecer um pouco da cozinha de lá. – Edward disse no café da manhã. Os turistas já tinham ido para as suas atividades e o hotel estava vazio.

– Ainda podemos ir. Vamos marcar.

– Isabella acho que devemos começar a nos programar para você voltar para Londres.

– Como assim Edward? Você não me quer mais?

O medo tomando um formato concreto. Isabella ficou apavorada.

– Nada disso, mas a sua faculdade já esperou demais. Damos um jeito, passo o final de semana lá, você vem para cá... hoje em dia comunicação é algo muito eficiente.

– Edward...

– E parece que segurança é a prioridade. Todos quase te expulsam desse país sei lá por que! Então... Se você continuar com essa maluquice eu me mudo para Londres.

– E larga a faculdade?

– Eu estudo lá!

– Eu posso estudar aqui!

– Seu curso de pintura já acabou... agora você vai estudar lá.

– Não sei se consigo ficar longe de você. – era uma voz baixa, quase como uma confissão. Ela nunca tinha admitido aquilo para ela mesma.

– Eu me mudo, moramos juntos em Londres.

– Sua mãe vai detestar a ideia. Ele quer ver você formado e eu também.

– Isabella.. qual a urgência de sair do país? Me diga... a palavra segurança e Califórnia vem sempre juntas, eu vejo como Sue fala sobre você morar aqui, Charlie fica quase histérico. Larga de ser teimosa e cede, seja lá o que for... Eles levam muito a sério.

– Mas é sério. – a hora da verdade tinha chegado, ela deveria contar tudo.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo a história completa! Beijos!



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