O Mundo de Narem escrita por Beatriz Rozeno


Capítulo 5
Sammy, o Sábio


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores *-* Capítulo novo, e agora, postarei de três em três dias. Então, o próximo capítulo saíra na quinta-feira!
Tenham uma boa leitura!



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– Mãe, posso sair pra passear? – pergunta a garota.

– Hoje é sábado Sofia! Não quer ficar em casa? – retrucou a mãe.

– Por favor, mamãe! Eu e Miguel vamos dar umas voltas de bicicleta! Deixa, vai!

– Você só anda com esse garoto nas últimas semanas! – ralhou.

– Ora, mãe! Ele é meu único amigo!

– Está bem, está bem! Mas eu quero você aqui na hora do jantar! Promete?

– Prometo – respondeu dando um beijinho na bochecha da mãe.

Há duas semanas, os dois amigos freqüentavam Narem diariamente. Depois das aulas, e no fim de semana. As horas que passavam no lugar eram extremamente divertidas, ainda mais quando eles passaram a mostrar coisas do mundo deles para os seres de Narem. Como um celular, que espantou metade dos pequenos duendes para dentro de suas casinhas.

A única coisa que os espantou nessas duas semanas, foi a história que Lydia contou sobre a guerra que acontecera à dois séculos atrás, quando todos os seres ficaram contra as fadas e as aniquilaram sem dó nem piedade. Fora nesse acontecimento, que a primeira rainha de Narem morrera, o que deixou Lydia no poder.

– Tentamos nos entender, mas elas não aceitavam nenhuma de nossas propostas. Foi trágico... O nosso povo jamais esquecerá a crueldade que viera da parte delas! – explicara Lydia.

– E o que vocês fizeram? Mataram a todas elas? – perguntou Miguel.

– Na realidade, lançamos um escudo protetor na área delas. O que agora vocês conhecem como Vale das Fadas. Os centauros tornaram-nas carnívoras, e muitas devoraram umas às outras. Algumas conseguiram controlar-se, e criaram um novo povo onde podiam viver sem matar-se umas as outras.

– Vocês tem certeza que elas não conseguem passar daquele escudo? – indagou Sofia.

– Temos sim. Elas perderam todos os poderes...

Tudo o que Lydia os contou, ficou martelando na cabeça dos dois. Pensando quem realmente eram os verdadeiros culpados por tudo aquilo. Mas, no final, acabaram aceitando os fatos. Sabiam que todos aqueles seres eram pacíficos, nunca que lhe fariam mal. Ainda mais agora, que estavam tão próximos.

– O que será que Lydia irá nos aprontar hoje? – pergunta Miguel.

– É difícil saber, sei apenas que será algo fantástico, como sempre!

– Só espero que não sejam unicórnios! Só de olhar, morro de medo! Ela queria que montássemos neles! – disse assustado.

– Não entendo o seu medo! Eles são tão incríveis! Brilham tanto, que fazem meus olhos doerem. Eu não vejo a hora de Lydia nos ensinar a montá-los!

– Você ficou maluca? Viu como são agitados? Vão nos derrubar no momento em que montarmos neles! Pode ter certeza!

– Você é muito medroso!

Deixaram suas bicicletas no declive do Sonho Azul, e seguiram a pé. Já sabiam o caminho de cor, não precisavam mais do confuso mapa de Lydia. Ao entrarem em Narem, já estavam sendo esperados pela linda rainha.

– Hoje, tenho uma surpresa para vocês. Acho que irão gostar. Venham comigo!

A rainha os levou até a Vale dos Duendes, e Sofia já esperava receber os xingamentos habituais. Dito e feito, quando chegaram, foram recebidos como “Palha” e “Graveto”. Assim que eram conhecidos no Vale dos pequeninos. Ao chegarem, Lydia virou-se para eles.

– Sabem, vocês já são considerados parte de nossa família. Então, decidimos lhes oferecer um presente. Darei a vocês um duende. Ele será o servo de vocês, disposto a tudo para salvar seus donos. Não se preocupem, um duende subordinado jamais poderá chamar vocês dos nomes que os outros chamam.

– Um duende? Lydia... Não podemos andar com um duende por aí! – diz Miguel.

– Não se preocupem! Duendes têm 50 centímetros, mas podem diminuir e ficar com apenas 2 centímetros! Podem guardá-lo no bolso se quiserem – respondeu sorrindo. – Sammy, Sammy!

– Sim, querida rainha?

Um duende muito interessante apareceu aos pés deles. Já estava um pouco velho, usava vestes vermelhas, botas muito peludas, um chapéu pontudo e uma pequena espada na cintura.

– Esses são seus novos donos!

– Oh! Que honra servi-los, meus senhores! – disse fazendo uma reverência. – Desejam algo?

– Primeiro de tudo, não nos chame de senhores! Nos chame de Sofia e Miguel! Está bem? – permitiu Sofia.

– Me desculpem, Sofia e Miguel!

– Então você é o Sammy? – perguntou o garoto.

O duende, agora muito mais solto, por ter recebido donos não exigentes, respondeu feliz, apontando a pequenina espada para cima:

– Ah, sim! Eu sou Sammy, o Sábio. Grande líder de incensáveis batalhas e guerras! O maior de todos os duendes já existentes e...

– Não precisa exagerar, Sammy... – interrompeu Lydia.

Passaram o resto da tarde rondando Narem, ouvindo atentamente as histórias do duende Sammy. A maioria era extremamente interessante, como a história dos sete duendes perdidos. Onde Sammy e mais seis colegas perderam-se na floresta e enfrentaram as mais terríveis criaturas, e depois, somente ele conseguiu sair vivo de lá. Já outras, eram confusas e cansativas de se ouvir. Como a história do rei George, que Sammy serviu, e de quem sabia os mais terríveis segredos.

– Acreditem em mim! Aquele rei escondia ouro! Mas, não era pouco ouro! Era muito ouro! Entendem?

Os dois apenas concordavam quando ele contava as histórias do rei George. Quando eram seis horas da tarde, de acordo com o relógio de Sofia, os dois resolveram sair. Poderiam ficar mais uma hora no Sonho Azul e depois iriam para casa.

O lugar estava como todas as noites, só que agora mais divertido com Sammy ao lado deles. Contando feliz, suas histórias mais inacreditáveis. Voltaram para casa, Sammy diminui a ponto de caber no bolso de Sofia. Depois de uma breve discussão, onde especularam todas as possibilidades, decidiram que o pequeno duende ficaria com Sofia. Pois seus pais eram menos desconfiados, e era ela que arrumava seu quarto. Ou seja, não iriam descobrir Sammy tão fácil assim.

– Boa noite, Sofia.

– Boa noite, Miguel.

Deram um tchauzinho rápido, e Sofia entrou em casa correndo para esconder seu mais novo presente. Feliz por ter tido mais um dia incrível e cheio de aventuras. Só não esperava o desafio que teria de enfrentar no dia seguinte.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo!