O Mundo de Narem escrita por Beatriz Rozeno


Capítulo 15
Um novo ataque


Notas iniciais do capítulo

Hey Nareanos... Este é o nosso antepenúltimo capítulo. A Fic está chegando ao fim. Mas, aproveitem este capítulo ao máximo! Como estamos nos últimos, quero que prestem atenção nos mínimos detalhes, tudo deve ser percebido a partir de agora.


Tenham uma boa leitura!



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Era início da manhã, Sofia corria em direção à casa do amigo. Ouvira palavras assustadoras vindas do pequeno amigo duende, e precisava contá-las ao melhor amigo. Ao chegar em frente à casa, bateu fortemente na porta. Esperou observando as flores que a mãe de Miguel cultivava, até que enfim ele abriu a porta.

– Sofia? – ele percebeu o pavor em seu rosto. – O que aconteceu? Você está pálida!

– Vamos ali pro portão! Vem – disse ela puxando o braço de Miguel.

– Vai me dizer o que houve? – disse ele quando chegarem ao grande portão em frente à casa.

– Sammy viu Naomi atacando Narem! Você sabe a forte ligação que os duendes têm! E Sammy viu em sonho o ataque! Você precisava ver. Ele reproduzia os gritos das sereias, ele viu tudo e me contou. Precisamos ajudá-los Miguel! E tem que ser agora! – implorou.

– Onde ele está?

– Aqui no meu casaco! – disse apontando para o bolso.

– Eu vou pegar o meu casaco e já volto! Pode ir andando, eu já te alcanço!

Sofia seguiu pela estrada. Alguns minutos depois, Miguel a alcançou e os dois praticamente correram até a entrada de Narem. Pararam em frente à Sonho Azul.

– Espero poder voltar aqui ainda hoje – disse ela.

– Ei, não diga besteiras! Nós vamos voltar, sim! E tudo vai terminar bem!

Sofia apenas assentiu, com os olhos marejados. Continuaram caminhando, enquanto conversavam a respeito.

– Como ela conseguiu? Como conseguiu sair, assim tão rápido? – perguntou Miguel.

– Eu não faço a menor ideia.

Sammy se pôs para fora do bolso, aumentou um pouquinho para que pudesse ser ouvido.

– Dessa vez não foi pelo dente-de-leão, arrumaram alguma outra forma desconhecida! – disse ele.

– Você imagina o que tenha sido, Sammy?

– Também não faço ideia, menino Miguel...

Chegaram na entrada cheia de pedras. Sammy usou magia para ser mais rápido, e quando entraram em Narem, o que viram foi algo horrendo. Centauros, sereias, duendes e unicórnios encontravam-se mortos pelo chão fofinho. Muitos outros lutavam com fadas um pouco mais adiante, e muitas fadas também haviam sido mortas. Muitos seres aparentavam ter dificuldade em lançar feitiços nas fadas, o que queria dizer que as fadinhas de Naomi estavam mais poderosas do que nunca. Entreolharam-se assustados, procuraram Lydia por todos os lados, mas não tiveram um sinal sequer dela. E nem de Naomi...

Correram para a Vila dos Centauros, apanharam espadas e pêlo de unicórnio e correram para a batalha. Para Sofia e Miguel era mais difícil do que se podia imaginar. Não tinham poderes, e possuíam apenas as suas espadas para se defender contra centenas de serezinhos brilhantes com asas. Sammy correra em direção ao Vale dos Duendes, onde estava ocorrendo uma batalha sangrenta entre duendes e fadas. Obviamente, ele desejava ajudar seus grandes amigos. As sereias estavam praticamente todas fora do lago, eles nunca as viram todas assim, totalmente reunidas. Lutavam com destreza contra as fadas. Os centauros, além de usarem a sua extraordinária magia, também se utilizavam de seus arcos e flechas. Eram tão bons com suas armas, que dificilmente erravam o alvo. Até mesmo quando o alvo era algo pequeno e muito veloz. Os unicórnios ajudavam espantando as fadas para longe, já que elas odiavam o cheiro deles. E muitos também eram certeiros com os seus chifres únicos. Não era possível dizer quem estava ganhando, todos lutavam com muita determinação. Eles viam de tudo em meio à batalha, menos as duas irmãs, Naomi e Lydia.

Era inacreditável ver todos lutando daquela forma. E era impossível acreditar que as fadas ficaram reclusas por três anos. Pois lutavam como quem treinava suas habilidades mágicas todos os dias.

Sofia e Miguel acabaram obtendo um pequeno grupo de fadas para lutarem em particular. Elas os cercaram, e os afastaram o máximo que puderam para um lugar bem ao longe. Eram cerca de dez delas, e os amigos se defendiam das maldições mágicas com escudos que apanharam do chão no caminho. Eram de prata, e reluziam de um modo magnífico. Quando chegaram em uma grande parede de pedras, e não tinham mais para onde correr, investiram contra elas. Jamais imaginavam que se sairiam tão bem, acabaram matando grande parte delas. Deixando apenas uma, que parecia ser muito experiente, pois fugia com destreza dos golpes de espada, e parecia também resistir ao pêlo de unicórnio. E em um pequeno segundo de distração, a fadinha acertou uma maldição no peito da menina Sofia. Com ódio, Miguel acertou um golpe certeiro com sua espada de prata, matando a pequena fada. Largou sua arma no chão, e ajoelhou-se ao lado da amiga. Que tentava pronunciar alguma coisa, mas não conseguia. Seus olhos estavam cheios de lágrimas, e os de Miguel também logo se encheram de desespero. Ele apoiou a cabeça dela em seus joelhos.

– Sofia, olha pra mim! Olha pra mim! Fica comigo, por favor. Olha pra mim, olha pra mim. Respira devagar, devagar! Não me deixa, por favor! Eu te peço, não me deixa – implorava.

Seus olhos queriam se fechar. Mas Miguel jamais deixaria que tal coisa ocorresse.

– Não fecha os olhos! Não fecha! Olha pra mim!

Sofia fazia o que Miguel a pedia. Ainda estava com ele.

– É como a constelação de gêmeos! Você lembra? “Sempre juntos, não importa o que aconteça”. Por favor, Sofia, não me deixa...

Ele agora pedia desesperado. Precisava fazer algo, e imediatamente. Foi quando ela deu um sinal à ele. Levou devagar as mãos até o colar que ele lhe dera, o apertou com todas as forças que tinha. Apesar de não conseguir ouvir o que ela dissera, ele conseguiu acompanhar os seus lábios, e identificou o que ela quis dizer: “Juntos”.

Foi quando a situação se tornou desesperadora, a respiração de Sofia estava ficando fraca, a vida esvaindo-se de seu corpo bem devagar...

– Morra pelos seus atos, sua fada insolente!

Miguel assustou-se, e olhou em direção ao som. Era Aaron, um grande amigo de Sammy, que tinha acabado de cortar uma fadinha ao meio. O duende olhou para os dois, e uma pontada fisgou seu coração quando viu a menina nos braços de Miguel.

– Me ajuda, Aaron! Ela está morrendo! Me ajuda, implorou ele.

O duende aproximou-se deles. Analisou a situação com horror no olhar.

– Menino Miguel, lembra quando vocês dois me ajudaram? Quando eu, inutilmente, não sabia como conquistar aquela que hoje é minha esposa? Tenho certeza que deves lembrar-se. Você e a menina me serviram. E toda vez que alguém faz um favor a um duende, este lhe fica devendo um grande favor. Eu lhes devo um. Peça menino, mas peça da maneira certa.

Aaron encarou os olhos negros do menino, e Miguel sabia o que devia dizer.

– Aaron, eu te peço... Não deixe que ela morra.

O duende assentiu. Encostou sua pequena cabeça na de Sofia, uma luz um pouco fraca cercou os três. Mas, foi ficando mais forte. Enquanto realizava algo para ajudar, os olhos de Sofia se fecharam. Miguel percebeu que Aaron tinha chegado tarde demais, ela havia morrido. Mas o duende não saiu de perto dela, e após alguns segundos de puro terror, a respiração de Sofia foi ficando forte. Aaron saiu de perto da menina, e por fim, Sofia abriu os olhos.


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Notas finais do capítulo

Me digam o que acharam pelos comentários!
O próximo capítulo será postado no domingo!
Até lá!