O Mundo de Narem escrita por Beatriz Rozeno


Capítulo 14
Uma ajudinha dos céus


Notas iniciais do capítulo

Olá Nareanos! Capítulo novo entregue na data prometida. E... quem diria?? Estamos na reta final de nossa história. Enfim, tenham uma boa leitura!! =D



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Enquanto Sofia se debatia nos braços da garota gigante, amiga de Oliver, a situação à sua frente era totalmente diferente. Miguel apenas encarava Oliver, sem dizer nenhuma palavra, sem demonstrar medo algum. Oliver ainda não tinha transferido nenhum soco no garoto, parecia esperar o momento certo, queria que ele implorasse. Mas Miguel prometeu a sim mesmo que jamais faria isso.

– Nos deixe em paz, Oliver! Eu estou te pedindo – tentou Sofia outra vez.

– Dá pra calar essa boca? – gritou.

– Olha aqui, Oliver! Eu juro que quando me soltarem, eu vou quebrar cada pedacinho dessa sua cara gorda! – Sofia havia perdido a paciência.

– Se você não calar a boca, eu juro que mandarei a Jones te dar uns belos socos também!

– Não toque nela – disse Miguel. – Você disse que seu acerto de contas era comigo, então não toque nela...

– Já chega, você teve muito tempo! – disse Oliver arregaçando as mangas da camisa.

Miguel não virou o rosto, não demonstrou medo, apenas encarou o gordo dos cabelos castanhos. Mas, o que viria a seguir, não era o que se esperava.

Oliver levantou o punho, Miguel fechou os olhos esperando pelo soco, mas ele não veio. Miguel abriu os olhos de novo, e o que viu foram várias linhas de luz, de diversas cores, segurando os braços de todos os amigos de Oliver. Eram linhas brilhantes e que pareciam ter uma força brutal, pois nenhum deles conseguia mexer os braços os as mãos.

– O que é isso? – perguntou um dos amigos dele.

As linhas de luz coloridas soltaram-se dos pulsos deles, e começaram a flagelá-los por todo o corpo. Tomaram chicotadas de luz na cabeça, no tórax, e até mesmo nas nádegas.

– Ei! – berrou Oliver.

As linhas coloridas os seguiram enquanto corriam delas, batendo e escalpelando cada canto do corpo deles. Sumiram de vista, e era possível ver apenas um pouco das luzes das linhas, até que sumiram completamente. Os amigos se olharam perplexos.

– O que foi isso? – perguntou ele.

– Não faço a mínima ideia!

Foi quando um ser muito pequenino pulou do topo de uma árvore e surgiu ao lado deles. Era ele, o duende do chapéu vermelho e das botas felpudas: Sammy.

– Esses humanos insolentes! Onde já se viu? Buscar briga justo com meus donos? Ah, não! Isso eu não aceito! E se voltarem de novo, invocarei os deuses da natureza para castigá-los – berrou ele apontando para onde haviam corrido.

– Sammy, foi você? – indagou Miguel.

– Claro que fui eu, menino Miguel! Quem mais os salvaria a não ser eu? Sammy, o sábio! – disse apontando a pequena espadinha de sua cintura para os céus.

– Muito obrigada, Sammy!

– Não precisa agradecer, não fiz mais que o meu dever.

Os dois ficaram olhando para o pequeno duende. Sorrindo de orelha a orelha pelo salvamento do dia.

– O que estão olhando? Ora, vocês têm um baile para ir! Vão, vão!

Sammy os espantou, e os dois correram para não perder o início da festa.

Ao chegarem, perceberam que o salão de festas estava mais agitado do que imaginavam. Meninos e meninas dançavam deslumbrantes em meio aos outros, alguns nem tanto assim. Sofia e Miguel acharam uma mesa, pediram um refrigerante e ficaram apenas admirando os outros dançarem. Algumas garotas que passavam pela mesa dos dois, perguntavam como ela havia conseguido aquele lindo efeito de cores em sua pulseira. Sofia dizia que eram efeitos digitais, e que as flores não eram reais. Embora eles soubessem o porquê daquilo.

As músicas que tocavam eram todas muito animadas, sendo assim, Miguel não sentiu vergonha em chamar a amiga para dançar. No início, foram um pouco desengonçados, mas logo pegaram o ritmo. Tudo estava indo muito bem, até tocar aquela típica música romântica de baile de formatura. Eles se olharam constrangidos, mas ainda assim, chegaram mais perto e começaram a dançar lentamente. Quando se sentia confortável, Sofia aconchegou a cabeça abaixo do ombro do amigo. Ela não pôde ver, mas o garoto havia ficado tão vermelho quanto o chapéu pontudo de Sammy.

Após duas horas de festa, foram escolhidos o rei e a rainha do baile. Uma garota metida da turma dos dois havia sido escolhida rainha, com certeza ela havia chantageado algumas pessoas para conseguir aqueles votos. E o namorado dela foi escolhido rei. E agora, era definitivo, eles haviam chantageado para conseguir os votos. Já que pareciam duas garças com roupa de festa.

Foram embora, mas antes de irem pra casa, passaram por Sonho Azul. Deitaram na grama fofa e observaram o céu.

– O que acha que vai acontecer com o Oliver e os amigos dele? – perguntou Sofia.

– Não vão querer aparecer por um bom tempo...

Após um curto silêncio, continuaram:

– Até que foi uma boa festa. Não acha? – perguntou Migel.

– Até que foi sim! Foi uma boa noite.

– Como estarão as coisas em Narem? – indagou Miguel.

– Devem estar bem...

– Você acha que a sereia estava certa? Sobre a profecia da Lydia?

– Não sei. Eu espero que não. Mas, não se preocupe! Eles são os seres de Narem, Lydia e os outros sabem se cuidar. Nada de ruim vai acontecer à eles.

– Preparem suas armas! Lecos, chame os centauros! – pediu Lydia.

Um tumulto se instalou em Narem, em pleno sono, os seres haviam sido perturbados. Naomi encarou Lydia depois de três longos anos. Elas conseguiram se libertar. Como? Ninguém sabia ainda...

– Sentiu saudades, irmãzinha? – perguntou Naomi.

Era tarde demais. A três anos atrás, fadas lutaram contra todos os seres de Narem. Mas, aquilo foi apenas uma demonstração, a verdadeira guerra ainda estava para começar.


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Notas finais do capítulo

Não deixem de comentar o que acharam ;) Como é a reta final da Fic, quero muito saber a opinião de vcs!! Aguardem, grandes surpresas estão por vir!!
Até quinta-feira Nareanos!!