– América!- ele gritou mais uma vez- me desculpe. Eu não queria te machucar! Eu não queria te machucar! Eu te amo. Por favor, me perdoa?

– Maxon você... Você disse que não confiava em mim! Disse que tinha medo que EU contasse para ela – gritei. Meus joelhos bambearam e cai no chão chorando

– América! – ele gritou desesperado e se ajoelhou ao meu lado se esquecendo de suas costas que estava encharcada de sangue por sorte a camisa dele estava segurando. - Meu amor me perdoa? Fui um idiota o medo me consumiu...

– cale a boce Maxon- falei ríspida – fique quieto vim te ajudar e depois vou ao meu quarto

Falei e me levantei tirei sua camisa e cuidei de seus ferimentos. Rapidamente ele já estava enfaixado me viro para ir embora. Mas sou puxada por Maxon.

– por favor, América me perdoa.

– Maxon você me dilacerou. Você fez parecer que não confiava em mim e agora? Estou dolorida. Você fez uma coisa que não imaginei que fosse acontecer de novo. Eu não acredito que você não acredita em mim! Eu te amo demais Maxon- explodi- eu não aguento mais isso. Vou para o meu quarto. Avise sua mãe que não passei bem e não vou almoçar.

Digo pegando a chave que ficava em seu paletó e abrindo a porta. Dirigi-me aos prantos para o meu quarto por sorte as meninas não estavam ali. Deitei-me na cama e chorei.

P.V. O MAXON

Ela saiu do abrigo e metade de mim foi com ela. Sai também e agora eu precisava mesmo falar com minha mãe vou contar tudo não me importa o que meu pai vai dizer.

Já faz anos que isso acontece e agora minha mãe precisa saber. E já sei como e onde vou contar a ela espero que de tudo certo.

Fui em direção ao quarto dela. Sabia que este horário minha mãe estaria ali e não estava errado

– mãe?- perguntei ao abrir a por- posso entrar?

– entre

– mãe eu vim te avisar que América não passou bem e que não vai almoçar e não vai passear com você – digo escondendo o resto

– e você sabe o por quê? Ela já mal comeu no café

– o pior mamãe eu sei o que aconteceu sim, mas eu preciso falar uma coisa para as duas. Acompanha-me?

P.V. O AMERICA

Não tinha cabeça e nem animo para descer então fiquei deitada na cama. Cobri-me, mas não consegui dormir então fui ao piano e comecei a tocar a mesma musica que toquei para o Maxon (na primeiro capitulo pessoal) ate que alguém bate a porta. Abro e vejo que é o Maxon e a fecho em sua cara

P.V. O Maxon

Bato em sua porta. Ela a abre, mas fecha em minha cara. Não fiquei triste. Eu sabia que a tinha machucado, mas ela estava a algo além de machucada e magoada.

– Maxon o que você fez para ela?- perguntou minha mãe que estava atrás de mim

Eu não respondi e dei espaço a minha mãe que me empurrou. Ela bateu na porta e em resposta ela escuta um “Vai embora Maxon” bem choroso. Minha mãe me fuzila com o olhar e eu me encolho. Escutamos o piano de América e reconheço a musica que ela cantou para mim. Sinto uma tristeza tão grande bater em mim que me apoio à parede do outro lado do pequeno corredor.

Minha mãe volta a bater na porta e desta vez América a abre gritando, mas logo se cala. Minha mãe me chama e entro junto a elas no quarto.

P.V. A América

Levei um susto quando vi Amberly batendo a minha porta que tive de deixa-la entrar.

Sentei-me em minha cama e ela veio ate mim e me abraçou e acabei chorando em seu ombro. Então Maxon entra e nos vê ele se encolhe e se senta na pequena poltrona que havia ali. Escuto as palavras de apoio de Amberly que logo se senta ao meu lado.

– o que aconteceu entre vocês dois? – ela pergunta e eu soluço. Ela volta a me abraçar e fuzila o filho com o olhar – Vamos Maxon desembuche!- ela falou brava me assustando.

– Mãe... Há muito tempo que quero dizer isso... Mas... mas...

– Mas... – disse Amberly impaciente

– Mas tive medo e descontei tudo em América – ele diz e se aproxima de mim, mas me encolho e Amberly me aperta.

– E o que é? Vai me falar que vocês estão... - já entendi ela quis dizer se estamos esperando um filho

– Não é isso – interfiro – seu marido açoita o seu filho Amberly as costas dele estão cheias de... De cicatrizes. – digo e soluço no ombro de Amberly

– isso é verdade Maxon? Ele te machuca? Te... Açoita-te?- pergunta Amberly chorando também eu a aperto e ela chora em meu ombro assim como eu no seu. – deixe-me ver Maxon, por favor- ela pede soluçando. Ele tira sua camisa e mostra a faixa que pus ao seu redor. Me solto de Amberly e vou ate o banheiro onde esta minha caixa de primeiros socorros. Volto e ajudo Maxon a tirar suas bandagens.

Quando finalmente ela vê grita um não tão doido que deixo Maxon de lado e corro a até ela. Abraço- a e ela chora demais a ajudo a deitar na cama e volto a fazer o curativo em Maxon que olha com dor a mãe chorando.

Termino de fazer o curativo e ele a olha ela chora e soluça. Nesse instante as meninas abrem a porta:

– Meri... – a frase morre assim que ela vem à rainha. Vou ate elas e falo que não vou almoçar que estou cuidando da rainha e para elas não falarem nada a ninguém. Elas saem e eu tranco a porta. Maxon que observa a mãe e a mim vem ate onde me encontro e sussurra:

– me perdoa? Por favor, América eu não vivo sem você me perdoa?- tinha tanta dor em sua voz que não resisto e o beijo. Um beijo apaixonado onde permito que tudo o que sinto venha à mostra.

– isso é um sim?- ele pergunta meio bobo depois do beijo

– não! - eu digo ríspida e ele se encolhe- isso é um: sim! E eu também não vivo sem você – ele sorri lindamente e me abraça. Eu tomo cuidado com suas costas. Escuto um suspiro de Amberly e vamos até ela.

Ela esta pálida e chora eu me sento de um lado da cama e Maxon da outra.

– eu não acredito nisso – ela disse e passou a mão de leve pelas costas do filho - sabe América eu perdi dois bebes antes de Maxon e quando descobri que estava gravida dele ficamos tão felizes que fizemos uma festa para comemorar. A festa foi em céu aberto para todo o povo. Clarkson prometeu que cuidaria de mim e de nosso filho. E eu fui tola e acreditei. E você porque nunca me contou disso?- ela disse com dor na voz a mesma dor de quando eu contei a ela de meus pesadelos. A dor de ver deu filho mau de ver seu filho sofrer.

– tive medo de separá-los e... Eu realmente não sei – ele disse com uma vergonha perceptível na voz – me esculpe mãe.

– você o desculpou?- ela perguntou se virando para mim.

– sim Amberly. Não vivo sem seu filho e só dele falar aquilo para mim pude ver mais uma vez que eu não podia viver sem ele. – disse o olhando e ele abriu o mesmo sorriso do meu sonho.

– sabe Amberly – digo – esses dia teve um sonho. E neste estávamos eu e Maxon mais velhos eu estava deitada na grama e ele sentado. – ela sorri- ele me olhava preocupado, quando uma bela menina aparece esse senta em seu colo. Era nossa filha ela devia ter uns três anos. Tinha meus cabelos e os olhos dele. Ela sorria enquanto falava algo para ele que a escutava com os olhos brilhando. Quando eu sinto um chute no sonho percebo que estava gravida e conto a ele que abre o mesmo sorriso de agora. – eu digo e ela olha para ele que este um pouco ruborizado pelas minhas palavras.

– Own – ela suspira mais volta a chorar (não que ela tivesse parado só chora mais forte)

– mãe calma- ele sussurra

– América me promete uma coisa? - E assinto com a cabeça – se você e me filho se casarem você promete que vai cuidar dele?

– sim – os olhos de Maxon brilham e ele fala sem voz “eu te amo” e respondo também sem voz “eu também”

Depois de muito tempo Amberly pede que eu toque algo para ela no piano. Toco a musica que toquei para Maxon e depois toco outra mais para ele do que para ela

“LET HER GO”

Well, you only need the light when it’s burning low
Only miss the sun when it’s starts to snow
Only know you love her when you let her go
Only know you’ve been high when you’re feeling low
Only hate the road when you’re missin’ home
Only know you love her when you’ve let her go
And you let her go

Staring at the bottom of your glass
Hoping one day you'll make a dream last
'Cuz dreams come slow and they go so fast
You see her when you close your eyes
Maybe one day you'll understand why
Everything you touch surely, it dies

But you only need the light when it’s burning low
Only miss the sun, when it’s starts to snow
Only know you love her when you’ve let her go
Only know you’ve been high when you’re feeling low
Only hate the road when you’re missin’ home
Only know you love her when you’ve let her go

Staring at the ceiling in the dark
Same ol’ empty feeling in your heart
'Cuz love comes slow and it goes so fast
Well, you see her when you fall asleep
But to never to touch and never to keep
'Cuz you loved her to much
And you dive too deep

Well, you only need the light when it’s burning low
Only miss the sun, when it’s starts to snow
Only know you love her when you’ve let her go
Only know you’ve been high when you’re feeling low
Only hate the road when you’re missin’ home
Only know you love her when you’ve let her go
And you let her go

Ooooo ooooo oooooo
And you let her go
Ooooooo ooooo ooooo
Well, you let her go

'Cuz you only need the light when it’s burning low
Only miss the sun, when it’s starts to snow
Only know you love her when you’ve let her go
Only know you’ve been high when you’re feeling low
Only hate the road when you’re missin’ home
Only know you love her when you've let her go

'Cuz you only need the light when it’s burning low
Only miss the sun, when it’s starts to snow
Only know you love her when you’ve let her go
Only know you’ve been high when you’re feeling low
Only hate the road when you’re missin’ home
Only know you love her when you’ve let her go

And you let her go

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Bem, você só precisa da luz quando está escurecendo
Só sente falta do sol quando começa a nevar
Só sabe que a ama quando a deixa ir
Só sabe que estava bem quando se sente mal
Só odeia a estrada quando sente saudade de casa
Só sabe que a ama quando a deixa ir
E você a deixou ir

Olhando para o fundo do seu copo
Esperando que um dia você faça um sonho durar
Porque sonhos chegam devagar e se vão muito rápido
Você a vê quando fecha seus olhos
Talvez um dia você entenda o porquê
De que tudo o que você toca seguramente, morre

Mas, você só precisa da luz quando está escurecendo
Só sente falta do sol quando começa a nevar
Só sabe que a ama quando a deixa ir
Só sabe que estava bem quando se sente mal
Só odeia a estrada quando sente saudade de casa
Só sabe que a ama quando a deixa ir

Olhando para o teto no escuro
O mesmo velho sentimento de vazio em seu coração
Porque o amor vem devagar e se vai muito rápido
Bem, você a vê quando adormece
Mas para nunca tocar e nunca manter
Porque você a amava muito
E você mergulhou fundo demais

Bem, você só precisa da luz quando está escurecendo
Só sente falta do sol quando começa a nevar
Só sabe que a ama quando a deixa ir
Só sabe que estava bem quando se sente mal
Só odeia a estrada quando sente saudade de casa
Só sabe que a ama quando a deixa ir
E você a deixou ir

Ooooo ooooo oooooo
E você a deixou ir
Ooooooo ooooo ooooo
Bem, você a deixou ir

Pois você só precisa da luz quando está escurecendo
Só sente falta do sol quando começa a nevar
Só sabe que a ama quando a deixa ir
Só sabe que estava bem quando se sente mal
Só odeia a estrada quando sente saudade de casa
Só sabe que a ama quando a deixa ir

Pois você só precisa da luz quando está escurecendo
Só sente falta do sol quando começa a nevar
Só sabe que a ama quando a deixa ir
Só sabe que estava bem quando se sente mal
Só odeia a estrada quando sente saudade de casa
Só sabe que a ama quando a deixa ir

E você a deixou ir

Enquanto toco algumas lagrimas teimosa acabam sendo derrubadas termino de tocar e olho para eles ambos estão de olhos fechados, mas logo Maxon os abre a rainha dorme. Ele vem ate o piano e me da um beijo. Dirigimos-nos ate a sacada do quarto e ficamos ali em silencio

– eu tive mede de você nunca mais me perdoar – ele disse e eu o abraço

– se isso acontecesse teria de morrer para não ter que te ver – eu digo e ele beija minha cabeça.

– quando te vi chorando mais cedo eu queria chorar com você. Eu me desesperei. Sempre tive medo de ela descobrir tudo, mas agora depois dele quase ter te matado antes de ontem me fez pensar duas vezes. Eu não vivo sem você!- ele diz e me beija

– eu também não sussurro entre o beijo. Escutamos um grito que vinha de dentro do quarto e entramos.

Amberly estava sentada na cama ela chorava. Eu a abraço e ele faço o mesmo ele se senta de um lado da cama e ela apoia a cabeça em seu ombro enquanto eu faço carinho em seu braço e em sua mão.

– calma mãe – ele pede

– o que aconteceu? – eu pergunto para ela – você teve um sonho não foi? Sonhou que o rei o açoitava ate ele morrer não foi?- ela assente com a cabeça e ele me olha impressionado. – se acalme. Eu sei o quanto dói sonhar com isso. Mas ele não vai mais fazer nada.

– obrigada. Minha filha – ela fala e eu coro. Maxon sorri

– ela deve gostar muito de você América ela ate já te considera filha dela- ele diz rindo e eu jogo um travesseiro em sua direção. O travesseiro o acerta na cara. Ele não o havia percebido ate chegar a seu rosto. Percebo Amberly rindo e a abraço rindo junto com ela. - oh! As duas mulheres que eu amo se dando tão bem uma já se considerando a mãe da outra – ele diz e leva outra trave eirada, mas dessa vez de Amberly.

– pois eu a considero uma filha sim Maxon! Ela já me prometeu que vai te fazer feliz e vai cuidar de você!- ela diz e ele sorri

– eu sei mãe! Por isso a amo – ele diz e alguma lagrima escapam de meus olhos. Ele as limpa e me beija.

– América eu sei que você não quer nem pensar nisso mais já sabe o que vai fazer no aniversario do rei? – ela fala a ultima palavra com muita dor, mas se mantem firme.

– pensei em um quarteto de cordas e acho que vou cantar também.

– ótimo!- ela diz- por acaso a primeira musica que você tocou no piano a pouco você já havia tocada para Maxon?

– já sim por quê?

– ele me contou e eu queria a escutar desde que a mencionou – ela diz e deixa Maxon um pouco ruborizado

– Mãe!- ele chama sua atenção o que a faz rir.

– você pode tocar de novo? – ela me pede

– sim – toco mais uma vez e ela sorri

Depois de ter tocado uma vez minha barriga ronca e vejo que esta na hora do chá. Chamo minhas criadas e as espero no corredor. Peço que me trouxesse chá e biscoitos. Pouco depois Lucy aparece segurando uma bandeja e a deixa em cima da mesa e sai

– pedi a elas que trouxessem chá querem? – perguntei enchendo minha xicara. Ela se aproxima e pega um biscoito.

Conversamos o resto da tarde quando falta uma hora para o jantar eles saem do meu quarto e vão se trocar. Chamo as meninas e conto para elas a minha tarde e elas me prometem não contar para ninguém o que eu disse a elas.

Durante o jantar percebo olhar de Maxon em mim e de vez em quando eu retribuía. Eu olhava para Amberly sentada ao lado do rei ela tinha uma expressão triste, mas não falou nada. Fui uma das ultimas a sair. Quando finalmente sai encontrei com Maxon no corredor ele estava indo ao meu quarto. Ele estava de moletom e com a parte de cima de seu terno. Entramos juntos e vou ate o banheiro para me trocar. Ao sair vejo que ele já esta deitado quase dormindo. Deito-me ao seu lado e durmo em seus braços.