Desci as escadas em direção a saída enquanto discava o numero da minha mãe. Ao longe avistei os cinco já reunidos e me esperando para o sorvete que marcamos para depois da aula.

–Sua mãe deixou? – Sirius perguntou assim que cheguei até eles e enquanto eu dava um selinho em Lily.

–Estou tentando falar com ela agora, mas ninguém atende. – Informei. – E a sua? – Perguntei para minha namorada.

–Quando eu liguei disse que estava ocupada e me retornava mais tarde. – Respondeu a todos nós.

–Minha mãe deixou, desde que minhas notas divulgadas sexta-feira sejam todas maiores que 8. – Alicia nos comunicou.

–Isso não é problema para você, não é? – Marlene zombou antes de comunicar que também poderia ir, em troca de levar o cachorro de seu pai para passear durante duas horas, todos os dias, pelas próximas duas semanas.

–Só faltam vocês dois. – Remus informou olhando para mim e Lily.

–Eu sei, mas não consegui falar com eles ainda.

–Nem eu. – Lily também se justificou.

–Mas hoje ainda é terça-feira, temos tempo. – Lene nos tranquilizou e se virou novamente para Alicia, que já estava indo em direção a nossa sorveteria preferida, a dois quarteirões da escola.

Assim que chegamos ao local, Joe, o dono da sorveteria que nos conhecia e atendia desde o primeiro ano, nos cumprimentou pelos nomes e gastou alguns minutinhos conversando amenidades enquanto nos servia de nossos sabores prediletos.

Meu celular tocou assim que nos sentamos e o identificador de chamadas mostrava que era minha mãe retornando minha ligação.

–Oi, mãe. – Atendi e meus amigos diminuíram o volume da conversa para não atrapalhar a chamada.

–Você me ligou, querido? Está tudo bem? – Ao fundo eu escutei uma porta se fechando, indicando que ela havia acabado de chegar em casa.

–Sim, está tudo bem. Te liguei porque os pais de Sirius vão viajar e ele vai fazer uma festa do pijama na casa dele sexta-feira, e eu gostaria de ir também. – Pedi e ela ficou em silêncio por um ou dois minutos.

–Quem vai estar lá? – Perguntou por fim.

–Sirius, Remus, Alicia, Marlene, Lily e eu. – Respondi prontamente à sua pergunta.

–Não sei não, James, isso não me parece uma ideia muito boa para se ter aproveitando a ausência dos pais dele.

–Mãe, todo mundo vai. – Questionei e todos me olharam preocupados com qual seria sua resposta.

–Você não é todo mundo, querido, já te falei isso antes. – Argumentou e eu revirei os olhos.

–Mas eu gostaria de ir também. – Pedi novamente.

–Me deixe falar com Sirius. – Exigiu.

–Pra que? – Questionei confuso.

–Porque eu quero saber se os pais dele sabem dessa tal festa do pijama. – Explicou e eu passei o telefone para ele, que o pegou da minha mão com uma expressão tão confusa quanto a minha.

–Oi tia. – Falou com o aparelho já no ouvido. – Sim, eles sabem. – Respondeu depois de um momento de silêncio. – Tia, eu nunca mentiria para a senhora. – Rebateu e todos a sua volta riram baixinho com o assunto da conversa. – Sim, pode ligar para eles e confirmar. – Garantiu sorrindo também. – Sim, eu aviso para ele. Um beijo.

–Você pode ir. – Me informou enquanto devolvia o aparelho com sua melhor cara de “se não sou eu na sua vida”.

–A mãe de todo mundo deu trabalho assim? – Perguntei me referindo a todas as perguntas.

–Com a minha foi mais de quinze minutos de conversa, deve ter sido pior. – Alicia me confortou e os outros concordaram.

–Agora só falta eu. – Lily comentou distraída.

–Sua mãe vai deixar. – Marlene concluiu confiante.

Antes que eu também a tranquilizasse seu telefone tocou, indicando que sua mãe também havia escolhido a hora do nosso encontro para conversar.

–Olá, mamãe. – Cumprimentou e todos nos aquietamos para ouvir sua decisão. – Sim, te liguei para falar que o Sirius vai fazer uma festa do pijama sexta-feira e todos os nossos amigos vão, então eu queria perguntar se posso ir também.

Aguardamos em silêncio enquanto ela explicava a situação. Assim que terminou de falar ela esperou alguns segundos antes de voltar a se pronunciar.

–Não, eles estarão viajando. – Respondeu a famosa questão sobre onde estariam os pais do anfitrião. – Claro que não, mamãe! Isso é coisa da sua cabeça, todos estarão lá. – Negou veemente alguma afirmação que não ouvimos enquanto suas bochechas ficavam completamente vermelhas.

Observei com mais atenção enquanto ela escondia o rosto nas mãos e continuava escutando o que sua mãe dizia.

–Mamãe, pare com isso porque eu já falei que não. – Negou novamente enquanto eu tomava uma colherada grande de sorvete de chocolate, meu preferido. – Sim, eu tenho certeza de que não.

Garantiu revirando os olhos em minha direção com uma expressão quase divertida e aguardou alguns segundos antes de se pronunciar novamente:

– Mãe, fique tranquila que se eu quiser transar te garanto que chamarei o James para um lugar a sós, não vou traumatizar meus amigos fazendo isso em público! Está bem assim? – Falou de um jeito tão seguro que o susto fez a metade de meu sorvete que eu ainda não tinha engolido parar na mochila de Remus, à minha frente. – Não te disse que isso era coisa só da sua cabeça? James até cuspiu o sorvete de susto. – Comentou divertida, fazendo os outros rirem também.

Não olhei para as expressões em volta, apenas para seu rosto ainda levemente vermelho que continuava concentrado no que ouvia do pequeno aparelho grudado em seu ouvido.

–Obrigada, mamãe! – Agradeceu alegre, o que era um claro indício de resposta positiva que recebeu, e desligou o telefone.

–Ela deixou! – Informou empolgada e nós rimos.

–Lily. – Sirius chamou e ela olhou para ele incentivando-o a continuar. – Só quero que você saiba que eu não me sentiria constrangido.

–Seu ridículo! – Jogou um guardanapo nele para intensificar sua ofensa e todos nós caímos na gargalhada.

Passei a semana inteira dividido entre a ansiedade para que a sexta-feira chegasse logo e a necessidade de estudar para as ultimas provas. As notas foram liberadas na sexta-feira antes do intervalo e previsivelmente, contribuindo para o sucesso total da nossa festa, a menor nota de Alicia foi 8,25.

–Droga, eu deveria ter estudado só um pouquinho mais para história. – Comentou chateada.

–E eu deveria ter estudado um pouquinho menos. – Sirius interrompeu sua onda de tristeza. – Quem precisa tirar 6 em química? O suficiente para passar está ótimo.

Ela deu um tapa leve em sua cabeça e saiu rindo em direção a lanchonete, onde nos encontramos novamente minutos depois.

Passei a tarde organizando meus livros, cadernos e materiais escolares na estante onde eles passariam intocados durante todo o próximo e assisti um pouco de TV com minha mãe. Pouco antes do horário do meu pai chegar eu coloquei meu melhor pijama, carteira e escova de dentes na mochila e me arrumei para sair.

–Oi pai. – Cumprimentei assim que cheguei na sala e o vi já sentado ao lado da esposa.

–Oi, filhão. Já vai? – Perguntei me dando um beijo no rosto.

–Sim, nós vamos pedir pizza para jantar. – Informei beijando também minha mãe.

–Tudo bem. Precisa de dinheiro? – Ofereceu solicito.

–Obrigado, mamãe já me deu o suficiente. Até amanhã. – Falei já em direção a porta.

–Até, querido, boa noite.

–Ate, James.

Ouvi a voz de ambos me respondendo enquanto fechava a porta. Sirius morava a apenas cinco quarteirões de distancia, então em quinze minutos de caminhada tranquila eu cheguei a casa dele.

Toquei a campainha e ouvi uma voz muito familiar dizendo para deixar que ela atenderia a porta.

–Olá, amor. – Lily sorriu e pulou no meu pescoço antes mesmo que eu a respondesse.

Fechei a porta enquanto ainda a abraçava e correspondia ao seu selinho demorado.

–Lembre-se das recomendações da sua mãe, Lily. – Sirius comentou sarcástico.

–Vá se foder, Sirius. – Falei sem desgrudar nossos lábios e ela riu da mesma forma.

–Só faltava eu? – Perguntei olhando ao redor e vendo apenas três pessoas sentadas no sofá, mas uma mochila a mais no chão.

–Sim, a mãe de Alicia acabou de deixa-la aqui e ela está no banheiro. – Lily me respondeu andando em direção ao sofá.

Eu me sentei na poltrona de apenas um lugar e ela se sentou sobre minhas pernas, a cabeça repousada em meu ombro.

–Aliás, em festa de pijama as pessoas devem usar pijamas, James. – Remus observou.

Só então reparei nas vestes das pessoas ao meu redor: Sirius usando um samba-canção vermelho e amarelo que não combinava em nada com sua camiseta dos Simpsons, Remus com Calça de algodão listrada e camiseta branca básica, Marlene ao lado com uma roupa muito semelhante a de Remus, diferindo apenas na camiseta rosa e mais justa, e Lily no meu colo com um short preto e largo que terminava no meio de suas coxas e regata da mesma cor e um enorme coração pink brilhante na frente.

–Eu trouxe o meu, acho que os vizinhos não achariam tão normal em me ver de pijama pelo bairro. – Informei e ele assentiu. – Assim que Alicia sair do banheiro eu me visto.

–Então pode ir. – A voz fina e característica de nossa amiga soou de trás de mim e ela surgiu com uma roupa muito semelhante a de minha namorada, exceto pela estampa xadrez vermelha e branca.

Lily levantou do meu colo e eu me dirigi ao banheiro para vestir minha calça de malha azul marinho e camiseta da mesma cor. Voltei pra junto deles alguns minutos depois e Sirius já estava com o telefone e o cardápio da pizzaria em mãos, decidindo qual sabor pedir.

–E então, o que vamos fazer? – Nos perguntou após ser informado de que nosso jantar demoraria aproximadamente uma hora para ser entregue.

–Você não tinha planejado a noite inteira? – Lene perguntou confusa.

–Não! – Ele respondeu sincero, fazendo-a revirar os olhos.

–Que tal um filme? – Remus sugeriu.

–A gente pode ver filmes depois do jantar, porque se começar agora teremos que parar na metade. – Lily sugeriu, novamente em meu colo, e eu concordei com um aceno de cabeça.

Após alguns segundos de silêncio Sirius sugeriu casualmente, do jeito mais cínico do mundo:

–E se a gente brincasse de verdade ou desafio?

Escondi o rosto nos cabelos da minha namorada para rir, mas os outros não foram tão discretos assim. Curiosamente, Marlene foi a primeira a concordar, tão cínica quanto ele:

–Acho que seria legal. – Deu de ombros ao fim como se não fosse nada demais.

–Ok, já que todo mundo concorda vou buscar uma garrafa. – Comentou empolgado e já indo em direção à cozinha.

–Lene é só a Lene, Sirius, não é todo mundo. – Alicia comentou maliciosa, nos fazendo rir e deixando Marlene vermelha.

–Eu acho legal também. – Lily veio em socorro da amiga.

–Também topo. – Concordei para dar um empurrão a eles.

–Pronto, agora já somos a maioria. – Concluiu ironicamente e continuou seu caminho em busca do objeto necessário.

Minutos depois estávamos sentados em circulo no tapete da sala e com a garrafa já girando entre nós e mostrando a primeira dupla sorteada: Alicia e eu.

–Verdade ou desafio? – Ela me perguntou.

–Verdade.

–Covarde. – Remus zombou e eu ri.

–É verdade que você é apaixonado por Lily desde o primeiro dia de aula? – Perguntou sorridente.

Ok, aquilo foi constrangedor, porque eu nunca tinha dito a ninguém.

–Sim, é verdade. – Respondi envergonhado e ganhei um beijo da minha namorada.

A segunda dupla: Sirius e Remus.

–Verdade ou desafio? – Remus perguntou a Sirius.

–Verdade.

–Ninguém tem coragem hoje? – Lene zombou dessa vez, sorrindo de canto.

–É verdade que você inventou esse jogo só para ter uma desculpa e beijar a Lene? – Remus questionou mal contendo o riso.

–Uhnnnn... – Lily comentou tomando um gole de seu refrigerante.

–É verdade. – Respondeu de má vontade, e tímido como até então eu nunca o havia visto.

A troca de olhares entre eles durou segundos, mas não pude deixar de perceber.

A próxima rodada sorteou Sirius e Lily.

–Verdade ou desafio? – Ele perguntou e ela sorriu abertamente antes de responder.

–Desafio.

–Só as mulheres são corajosas hoje em dia? – Alicia questionou sarcástica, nos fazendo rir um pouco.

–Segunda porta do corredor à direita, cinco minutos sozinhos porque eu não quero contrariar sua mãe, e divirtam-se. – Desafiou sorrindo e apontou a direção em que deveríamos ir.

Todos nós rimos enquanto eu me levantei e a puxei pela mão em direção ao nosso destino. Entrei com ela no cômodo que me pareceu ser um pequeno escritório e enquanto eu fechava a porta atrás de nós Lily sentou-se sobre a mesa e me puxou pela mão para que eu me juntasse a ela.

Nos beijamos afoitos e eu acariciei toda a extensão do seu corpo desde a curva da cintura até as coxas grossas dentro do short do pijama enquanto ela despenteava meu cabelo de um jeito muito gostoso.

–Tempo esgotado, pessoal. – A voz do nosso anfitrião soou brincalhona da porta e nos separamos rindo.

–Vamos voltar para a brincadeira. - Ela me chamou depois de um selinho.

–Espera só um minutinho, por favor. – Pedi extremamente constrangido, na esperança de que não fosse necessário explicar para que ela entendesse ao que eu me referia.

Depois de uma olhadinha rápida na direção da minha calça ela riu baixinho e suas bochechas ficaram adoravelmente vermelhas quando ela me olhou de volta e eu dei de ombros num misto de desculpas e vergonha.

–Quem é o próximo? – Perguntei já sentado ao meu lugar de antes no tapete.

–Não vão nos contar se foi divertido? – Remus perguntou curioso.

–Sempre é divertido, Remus. Vamos voltar ao jogo logo. – Lily respondeu fazendo todos rirem.

A rodada seguinte sorteou Lene e Sirius, que estavam exatamente de frente um para o outro.

–Verdade ou desafio? – Perguntou desafiadora.

–Desafio, para você ver que os meninos são muito mais corajosos. – Ele respondeu do mesmo modo.

–Ok, então menino corajoso, te desafio a me beijar. Desafiou olhando-o nos olhos e o grito de empolgação em volta foi geral.

–Quem é corajoso aqui, hein? – Lily zombou e eu ri com ela.

–Está com vergonha agora, Blackzinho? – Remus caçoou e as risadas aumentaram.

Sirius disfarçou as bochechas coradas se inclinando para a frente, sobre os joelhos, e puxando a amiga para um beijo caloroso e demorado, ali mesmo no centro da nossa brincadeira.

O momento foi interrompido pela campainha tocando e indicando que nosso jantar havia chegado. Os dois se separam com um sorriso estranho um para o outro e para não quebrar ainda mais o clima eu me ofereci para atender ao entregador.

Durante o jantar e o filme que começamos a assistir depois, os dois acomodaram-se curiosamente no lugar ao lado do outro, e nosso amigo ficou espantosamente menos escandaloso depois do beijo que ele negava estar esperando ansiosamente.

A intensão era realmente assistir a um filme e dormir depois disso confortavelmente na cama a nós reservada, mas graças ao sono que nos venceu eu e Lily dormimos juntos pela primeira vez, acidentalmente, agarrados no tapete da sala de Sirius.

Acordei antes que todos eles e aproveitei meus vários minutos de glória com seu corpo relaxado e perfeitamente encaixado no meu, completamente despreocupada.

Os outros foram acordando aos poucos e nosso café da manhã de sábado já estava combinado em padaria nova do bairro, onde chegamos em menos de quinze minutos de caminhada, após algumas risadas e gritos para ver quem usaria o banheiro primeiro.

Caminhei com Lily até a casa dela e cheguei a minha casa quase na hora do almoço, então meus pais estavam reunidos na cozinha finalizando nossa refeição e eu me juntei a eles para conversar um pouco e aproveitar o sábado em família.

O primeiro fim de semana de férias foi aproveitado para dormir muito e extinguir todo o cansaço de meses de aula, e por isso no domingo não vi ninguém além da minha mãe, já que meu pai resolveu ir até a cidade vizinha visitar a vovó e nós dois preferimos ficar em casa.

–Olá, amor. – Lily atendeu o telefone empolgada na segunda-feira pela tarde.

–Oi, Lily, tudo bem? Estou com saudades! Como foi o final de semana com sua tia? – Retribui sua empolgação e questionei sobre os dois dias que ela passaria na cidade vizinha.

–Também estou com saudades. – Falou manhosa, como sempre. – Não foi muito legal, mas eu já sabia que não seria mesmo. – Queixou-se um pouco.

–Faz tempo que está em casa? – Perguntei curioso.

–Cheguei há mais ou menos quarenta minutos.

–Posso ir aí te ver, se quiser. – Sugeri já ansioso para vê-la.

–Podemos deixar para amanhã, James? – Pediu sem jeito. – Estou um pouco cansada e acabamos de chegar, mamãe está aqui gritando ordens para mim e Petúnia para desfazermos as malas logo. – Informou e eu consegui imaginar claramente a Sra. Evans fazendo isso.

–Claro amor. Como preferir. – Concordei de imediato, sem querer aborrecê-la.

–Eu vou até sua casa amanhã, assim almoço com você e sua mãe. O que acha? – Convidou-se e eu adorei, porque por mais que os pais dela fossem extremamente simpáticos comigo eu nunca consegui me sentir a vontade na presença da irmã mais velha.

–Ótimo, vou avisar minha mãe. – Informei mais empolgado e continuamos a conversar por mais alguns minutos antes de ela precisar desligar.

Deixei o telefone no criado mudo ao lado da minha cama e continuei lendo o livro do Dan Brown que comecei umas duas semanas atrás.

Uma batida rápida na porta me fez levantar os olhos e antes que eu dissesse qualquer coisa minha mãe entrou:

–James, querido, Martha acabou de ir embora e combinamos de fazer um passeio até aquela cidadezinha histórica amanhã. Então não estarei aqui quando você acordar, mas chego para o jantar, tudo bem? – Me informou sem colocar mais do que a metade do corpo para dentro do meu cômodo.

–Tudo bem, mãe, Lily viria almoçar aqui conosco amanhã, mas marcamos para outro dia. – Dei de ombros sem me importar.

–Vou fazer jantar a mais hoje então e deixo pronto para vocês comerem. – Prontificou-se e fechou a porta do quarto, apenas para abri-la novamente um segundo depois. – E juízo vocês dois. – Ordenou com o dedo em riste e não esperou minha resposta antes de realmente ir embora.

–Pode deixar, Sra. Potter. – Respondi para o nada, com um sorriso enorme estampado no rosto.