POV: Ayusawa

*Entardecer. Mesmo dia*

Eu já ia sair, quando o Sharrkan passou por perto.

( Ele )- Vai fazer oquê agora, Ayusawa?

– Ah, não sei... acho que procurar um emprego...

– Ah, sério? Porquê o Sinbad está procurando um guarda pro cast...

Nem esperei ele terminar de falar, e comecei a dizer que queria o emprego.

– Sério que você quer? É só um guarda, não deve ganhar muito...

– É, pior que não né... Em todo caso, vou falar com ele, antes que alguém roube o meu lugar.

Fui para a sala do Sinbad.

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POV: Narradora

Ayusawa foi a sala do Sinbad. Bateu, na porta, esperou, e depois de alguém dizendo que ela podia entrar, entrou.

( Ayusawa )- Oi Sinbad, oi Jafar.

( Sinbd/Jafar )- Olá, oquê faz aqui?

– Ahn, bem, senhor Sinbad, ouvi dizer que o senhor está oferecendo um emprego....

– *cara de surpreso* Han, bem, estou. Mas por quê você o desejaria? Que eu saiba você está só de passagem.

– Na verdade, acho que não... se não for incômodo, gostaria de me estabelecer por aqui.

– Ah, claro... sua família deve estar por aqui não é? Tenho a leve impressão de ver alguém parecido com você aqui...

– Não tenho nenhuma parte da família aqui. Na verdade, eu basicamente não tenho família. Mas bem, que tipo de emprego o senhor oferece?

Sinbad e Jafar ficaram um pouco surpresos com isso.. Ela não parecia o tipo que tinha perdido algum parente. Mas logo o explorador de dungeons começou a falar.

( Sinbad )- De guarda, da porta principal. É um trabalho até difícil, pois muitas pessoas tentam entrar clandestinamente no castelo ao mesmo tempo. A maioria desiste depois de um tempo.

– Quanto seria o salário?

– Um simples. Aumenta conforme você melhora também.

– Aceito!

– Sério?

– Sim! Parece bom.

– Tudo bem. Então, mostraremos pra você o uniforme, e agora você tem um quarto permanente.

– Hã?

– É, empregados ganham os quartos. Vai ficar naquele?

O sorriso da Ayusawa não podia ser maior. Ganhara um emprego, um quarto e comida 3 vezes por dia praticamente de graça.

– Sim, por favor.

– Ótimo, Jafar, leve ela.

Foi bem estranho para Ayusawa andar com Jafar. Eles praticamente não falavam nada.

Quando chegaram ao armário de uniformes, Ayusawa ficou radiante de felicidade sem nem mesmo abrir o armário.

– Nem comecei, mas já gostei!

( Jafar )- Você gostou? A maioria das pessoas não gosta de empregos, e nem de ter que usar uniformes.

– Bem, geralmente eu gosto de trabalhar. E uniformes são bons, ninguém fica reparando no fato de você estar todo dia igual, porquê você é ''obrigado'' a usar uniforme.

Os dois começaram a conversar sobre o trabalho, até que Ayusawa foi escolher o uniforme. Havia um masculino, e um feminino, ambos pintados com as cores da bandeira de Sindria ( vermelha com detalhes em azul escuro e branco ).

O masculino parecia a farda que os soldados britânicos usam.

O feminino parecia a roupa de Ren Kouha, só que muito mais curta e mais feminina.

Ayusawa olhou para os dois por vários minutos. Até que, com um sorriso travesso, escolheu o masculino.

( Jafar )- Ué, não vai pegar o feminino?

– Que feminino?

– Aquele al..

Ela tinha pegado e escondido atrás de si.

– Não sei de que uniforme está falando. Mas, na minha opinião, gostei mais desse.

E colocou de novo, no canto, o outro uniforme.

– Ahn, Jafar, você sabe quando começo a trabalhar?

– Amanhã, as 8. Ah, e pegue sua arma também.

Ele deu a ela uma grande lança, com algumas fitas no final ( vermelhas e com uma faixa branca na ponta ).

– Ok, né, achei que ia usar a minha.. fazer oquê. Bem, tchau Jafar, até amanhã.

Enquanto ela ia embora, Jafar observa-a, pensando como será que ela lidaria com o trabalho.

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POV: Narradora

*Dia seguinte*

Ayusawa acordou, se arrumou, e já ia sair pra comer, quando viu o relógio.

7:55.

A garota saiu correndo pelo castelo, passando pela sala de café ( onde desacelerou um pouco para pegar um pão ), e vários corredores. Com uma mão olhava o relógio, com a outra segurava a lança, e o pão ficava na boca mesmo.

As pessoas olhavam estranho pra ela, 1º porquê não é normal você ver uma moça passar apressada com um pão na boca, e 2º porquê ela usava um uniforme masculino ( não que ficasse ruim nela ).

Chegou na porta. Abri-o... e viu um alvoroço de pessoas, e só um pobre guarda ( até mesmo magro ) tentando segura-las.

( Guarda )- Graças a deus você chegou, não vou aguent.. Espera, é uma moça? Mas que droga!!!

– Droga porquê? *pegando lança e ajudando*

– *resmungo* mereço mesmo... pedi para colocarem outro guarda comigo, e é isso que arranjo...

Ayusawa ficou muito brava com ele. Odiava machistas, racistas, bem, qualquer pessoa que tivesse preconceito.

Ela resolveu mostrar a ele que era boa, e começou a empurrar qualquer pessoa que tentasse pular o portão de metal, mesmo que ele estivesse aberto.

Em alguns minutos, o lugar estava quase limpo. Finalmente, empurrou o último pra fora, e colocou sua lança no vão verticalmente, como que para mostrar que ninguém iria passar.

– *ofegante* Oquê estava dizendo mesmo, algo sobre mulheres não serem boas guardas?

– Hunf, foi sorte. Eu teria feito tudo muito mais rápido.

Com uma cara de desgosto, Ayusawa ameaçou tirar a lança.

( Guarda )- *cara de desespero* Não, tudo bem, você foi boa. Mas foi sorte.

– *revira os olhos* Aff... Bem, até que horas será o meu turno?

– Acho que deve ser como o meu não acha? Com pausa pro almoço, termina as 18:00, quando vem os guardas noturnos.

– Ah... ficar aqui até o almoço... argh.

– Não sabia? Você é louca por acaso?

– *meio corada* Não.. só que... deixa pra lá. Bem, qual o seu nome?

– Meu nome é Alex.

– Alex? Que nome atípico.

– Falou a Ayusawa...

Ayusawa começou a gostar um pouco mais do guarda. Apesar de ter um mal-humor horrível, ele parecia legal.

O resto do dia, não aconteceu mais nada. Alguns aventureiros tentavam pular, mas não avançavam muito.

De vez em quando, os dois ficaram distraídos, e alguns cidadãos acabavam passando para dentro do castelo, e era Ayusawa tinha que correr atrás deles porquê ''Estagiários tem que correr mais''.

Mesmo assim, não aconteceu nada de mais o resto do dia.

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*De noite*

– *bocejo* Ah, Alex, que hora mesmo os guardas noturnos vem?

– Só as 18:00. Mas ás vezes acho que eles se atrasam por querer.

Ayusawa olhou o relógio. 18:12. Talvez eles realmente atrasassem por querer.

Alguns segundos depois, vieram 2 homens. Ambos com o uniforme.

( 1º homem )- Hey cara, que chatice de trabalho.

( 2º )- Né? Queria deixar esses dois ai, mas Sinbad achou a gente.... A, olha o manex.

Chegaram perto de Alex, bagunçando seu cabelo, e caçoando de seu nome e de seu físico.

Ayusawa queria ter ajudado, mas eles pareciam meio fortes.

Até que repararam a existência dela.

– Hey, quem é o cara?

Ayusawa ficou surpresa. Será que não tinham percebido que era uma garota?

( Alex )- É o... Ayko. Esse é o Ayko. Ele é novo.

( Homem 1 )- Haha, que nome engraçado. Dois guardas com nomes idiotas no mesmo turno, hahahaha.

Os dois homens continuaram caçoando dos dois, e depois os mandaram para dentro.

Dentro do castelo, depois de um tempo, Ayusawa começou a falar com Alex:

– Porquê você não disse que eu era uma garota?

– Oquê você acha? Dois retardados, iriam caçoar de você e de mim por sermos fracos e pequenos. Seria o eterno inferno.

– É... bem, acho que obrigado.

– *revira os olhos* Não precisa.

– Até amanhã...

Ayusawa foi dormir pensando naqueles idiotas. Será que se ela dissesse algo eles seriam demitidos?

Bom, seria melhor pensar no outro dia.

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Sala do Sinbad

( Jafar )- Você viu a Ayusawa? Com certeza ela sabe fazer seu trabalho.

( Sinbad )- É, ela até que ela é boa.

( Jafar )- Até que é boa? Eu achei ela ótima!! Ela acabou com qualquer um que tentasse entrar e...

Jafar percebeu que Sinbad começou a olhar para ele. Resolveu ficar quieto.

( Sinbad )- Estranho é que ela escolheu o uniforme masculino. Que eu saiba, havia um feminino lá também.

( Jafar )- Não é? Também achei estranho, mas não posso negar que esse ficou bom.

Alguém chamou Jafar lá fora. Ele pediu licença, e saiu.

Sinbad estava pensando... será que seu general sabia que se meter com o amor era muito mais perigoso do que qualquer dungeon?

Ele achava que não.