Amores De Guerra escrita por Kokoro Tsuki


Capítulo 20
Capítulo XX - Final


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores, tudo bem? ^^ Então, estou aqui finalmente finalizando essa história, e agradeço a todos que acompanharam e comentaram até agora, vocês são demais .< Espero encontrá-los em fic's futuras, e também na continuação dessa aqui 'Marcas de um Amor', em janeiro ~momento propaganda~ Mas agora vamos ao capítulo



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Amores de Guerra
Capítulo XX - Final
Nosso Amanhã.

Sasuke nunca gostou de acordar cedo. Isso era um fato que quase todos sabiam, incluse Hinata. Por isso mesmo, após terminar o café da manhã, repousou sua cabeça sobre o peito definido do maior, terminando por dormir junto dele durante alguns minutos. Este havia despertado durante a ação da moça, mes resolveu não se mexer e ficar ali, como seu braço envolto naquele pequeno e frágil corpinho. Simples atos assim o tornavam um homem realizado.

Naquele mês de março o clima mais agradável da Primavera prevalecia, o calor não era tanto, muito pelo contrário, perdiam feio para os ventos tranquilos que sopravam todas as manhãs pela Folha. O Uchiha também se deixou cerrar os olhos diante da situação, afinal, estar ao lado de sua menina tornava-se uma sensação única.

Na janela os pássaros cantarolavam baixinho uma bela melodia, como se os convidassem para sair da cama e ir aproveitar o dia que se formava. Mas quem disse que o alguém ali estava disposto? Muito pelo contrário, no momento tudo o que importava era estar um ao lado do outro, e assim ficariam durante muito tempo.
Se não fosse por Naruto, claro.

Chegar gritando na casa do melhor amigo lhe parecia uma boa ideia, parecia. Ignorou completamente a repreensão de Ino e o fez, penetrando o quarto de uma vez, fazendo com que encontrasse a cena dos pombinhos dormindo juntos... E de quebra, os acordando.

O flagra foi um tanto vergonhoso para o jovem casal, enquanto que para o Uzumaki, aquilo viraria motivo de brincadeiras pervertidas durante um bom tempo. Sasuke bufou diante a situação, entrelaçando seus braços na cintura da Hyuuga, que alegava ter que se levantar para falar com Ino.

— Viu o que vocês dois fizeram? Atrapalharam minha manhã perfeita! — o moreno resmungou ao acariciar a namorada, esta mais vermelha que um pimentão por ter sido pega dormindo com um homem.

— Ah, Teme, desculpe por não te deixar tirar uma 'casquinha' da Hina. — o louro zombou, vendo a menina enfiar o rosto entre as mãos e o rapaz fechar a cara.

— Só eu posso chama-lá de Hina, Dobe! — resmungou um perfeito ciumento, tirando risadas dos dois invasores. — Você não vão embora? — arqueou uma sobrancelha, recebendo um tapa de leve por parte de Hinata.

— Sasuke, seja gentil! — o repreendeu ao seu levantar, notando os olhares incrédulos e as mandíbulas caídas dos outros presentes ali. — O que foi?

'Sasuke'? Mas, hein? — antes que o Uchiha sequer abrisse a coca Ino exclamou, completamente confusa pelo tratamente imposto pela azulda. — Mas... Hinata, você...

A perolada apenas sorriu antes de sair do local, fazendo com que o namorado tivesse a mesma reação. Essa era sua menina.

[...]

— Estou feliz pela minha irmã. — Hanabi comentou para com sua mãe enquanto a ajudava a bordar um casaco. Trazia seus lábios curvados e os olhos baixos, relembrando de tudo o que havia acontecido nestes poucos meses. — Até que o tal de Sasuke fez bem para ela.

— Sim, você está certa. — Hikari respondeu calmamente, sem tirar sua concentração da agulha e da linha azul — Hinata descobriu naquele garoto um novo amanhecer.

— Eh? Como assim? — a amendoada arqueou uma sobrancelha, um tanto confusa com as palavras ditas pela adulta.

— Uchiha-kun sempre foi um menino tão fechado, e Hinata sempre teve os olhos dublados, ambos precisavam amar e ser amados, quando um surgiu na vida do outro. — explicou sem se voltar para a filha, apenas bordando. — Talvez se tivessem se conhecido antes muita coisa poderia ter mudado...

— Do que está falando? — a mais nova franziu o cenho, ainda sem entender a conversa da dama de madeixas escuras, recebendo somente um risinho abafado.

Como resposta obteve o silêncio e um virar de rosto, sua mãe finalmente parara de trabalhar no casado e voltara seus olhos para o Céu, o tão azul e ensolarado Céu, levando-a a fazer o mesmo.

Não houve algo que traduzisse as palavras de Hikari, mas no momento isso não importava, e passou a importar ainda menos quando Konohamaru chegou, chamando a jovem Hyuuga, que correu ao seu encontro.

O orgulho que brotava no seio daquela mulher não podia ser maior. Definitivamente suas meninas estavam no caminho certo.

[...]

Há alguns minutos o casal de louros havia saído, levando toda sua loucura consido, deixando Sasuke e Hinata sozinhos na casa do garoto — que atualmente a dividia com Naruto —, com o trabalho de lavar e guardar as louças. E quem fazia isso? Sim, o moreno. Afinal, ele jamais deixaria que sua princesinha quebrasse as unhas delicadas enquanto esfregava algum prato.

Ao lado se encontrava uma flor branca emburrada, dissera trezentas e cinquenta e oito vezes que faria aquilo. Mas o que recebeu? Milhares de argurmentos explicando o por que do homem da relação tomar essa atitude.

Sinceramente, Sasuke era um bobo.

— Poxa, me deixe te ajudar! — seus pedidos foram ouvidos? Não. — Ah, eu vou ficar aqui sem fazer nada? — mexia e remexia os pezinhos, sentada em cima da mesa se emburrava. — Eu quero ser útil!

— Vai ser muito útil se o meu Tomate ficar bem quietinho! — riu ao ver a expressão confusa da moça. Fofa demais. — Já terminei, Hina. Não precisa se preocupar! — caminhou até a geladeira, onde pegou um pote de sorvete, escolhido pelos dois na noite anterior, para depois da pizza.

Colocou-o em cima da mesa, tentando a namorada a abri-lo. Com um sorrisinho de canto a menina pegou uma colher, morango com chocolate, seu sabor favorito. Experimentou um pouco, sentindo o doce gelado lhe dar uma sensação ótima de frio.

O moreno não pode evitar gargalhar com as caretas feitas pela pequena, esta que, um pouco indignada com a reação do amada — e também querendo brincar um pouco — passou um dedo, sujo de sorvete no nariz do rapaz, este que de primeira não gostou, mas que logo estava retribuindo a brincadeira, lambuzando a bochecha da azulada.

— Essa é a minha vingança! — disse trinfante, sendo atingido na testa por uma bola lançada pela menor. — Mas o que? Isso é sacanagem! — resmungou entre risos altos, como podia estar irritado e contente ao mesmo tempo? — Ora, sua danadinha! — passou um pouco do doce nos lábios da jovem, logo lambendo os seus. — Agoro eu quero vingança... — antes que Hinata pudesse dizer qualquer coisa, ele já a estava beijando, lentamente.

O sabor de Hinata misturado ao sabor do sorvete lhe trazia uma ótima sensação, diga-se de passagem a melhor que poderia sentir. Ao se separarem por culpa do fôlego — fôlego filho da puta! —, sem se encarar por alguns minutos. Em suas mentes uma mesma ideia brotava, e podiam perceber isso pela expressão do outro.

— Vamos lá, Sasuke? — o chamou, pulando de cima da mesa.

— Sempre tomando a primeira atitude, hein, Hina? — tentou provocar enquanto a perolada subia as escadas, esta que parou para lhe mostrar a língua antes de desaparecer por entre os degraus.

Assim que deixou de enxergar-la, o Uchiha foi imediatamente para a sala, onde havia deixado alguns pratos restantes. Maldito Uzumaki e maldita Yamanaka! Como podiam fazer uma bagunça tão grande e sair de fininho? Devia escolher melhor os seus amigos.

Suspirou com tais pensamentos, levando os pratos para cozinha e voltando para o móvel ao lado, onde precisaria varrer, já que a Hyuuga parecia uma ditadora quando o assunto se tratava de limpeza.

Porém, durante sua pequena faxina não pode deixar de olhar o ramo de rosas que plantaram no último mês, já dando algumas pequenas flors. Flores brancas. Tais lembranças tornavam sua vida melhor ao lado da princesinha melhor ainda.

' — Sasuke-kun! — aquela voz penetrou toda a casa, chamando-lhe a atenção, que apenas resmungou em reposta. Sem se virar para a namorada que se encontrava afobada. — Não vai perguntar o que estou fazendo aqui?

— Não. — deu de ombros, desinteressado. — Você é minha namorada, desde que não traga o idiota do Naruto — ou qualquer outro homem — pode vir para cá a qualquer momento.

— Nossa, e eu pensei que ficaria feliz em me ver. — fingiu falsa mágoa, como se as palavras proferidas a tivessem ofendido. — Se é assim eu vou embora, até nunca, Uchiha-san.

Só havia um jeito de faze-la parar com o drama, dar atenção. Sempre acabava vencido por Hinata quando ela agia dessa maneira, chegada a ser irritante e cômico ao mesmo tempo. Contudo, a visão que teve não foi nada cômica.

Hinata se encontrava com o rosto e cabelos cobertos de terra, e também com manchas em sua roupa branca. Deixou o lábio inferior cair, surpreso, não só plea situação da moça, mas também pelos rastros de sujeira que deixara atrás de si ao entrar, impressionante.

— Mas... Mas que porra está fazendo? — não costumava falar palavrões ao se dirigir a dama. Por que? Por que ela sempre o olhava de forma repreensiva com um enorme bico, como fazia agora. — Digo, o que aconteceu com você? E suas roupas?

— Eu tenho uma surpresinha! — o agarrou pelo braço, tentando arrasta-lo para fora, sem sequer conseguir com que se levantasse do sofá, levando o leonino a rir. — Vamos, levanta! — em questão de força física, fora de um campo de batalha, ficava evidente a diferença entre os dois, tanto que a menina o ficou puxando e puxando por uns minutos.

Isto é, até que o moreno resolveu parar com a tortura e se levantar, levando consigo a garota, que ficou nas pontas dos pés quanto ele ergueu o braço. Riu com a careta feita pela mesma ao lhe encarar. Ficava tão fofa com raiva.

— Bem, para onde quer que eu vá? — perguntou baixando o braço, deixando que a menina pousasse os pés no chão.

— Lá fora! — pela cara travessa Hinata devia ter aprontado alguma, era isso que Sasuke sentia. E não duvidava nem um pouco disso.

A seguiu para os fundos da casa, onde viu um grande — e profundo — na terra, o que o fez ficar perplexo. Não pelo buraco, mas pelo fato de naquele lugar estar coberto de concreto. Ou melhor, estava.

Voltou-se incrédulo para a moça, que apenas fez dar um beijo estalado na bochecha do namorado, que realmente não sabia como reagir.

— Que tal plantarmos rosas brancas aqui? — perguntou ao fechar os olhos de leve, tirando-o de seu transe. Demorou um pouco para raciocinar as palavras ditas pela capricorniana, acabando por sorrir.

— Hinata, eu vou te matar!'

— Sasuke! — o chamado mais uma vez o fez despertar, encontrando aquele sorrisinho brincalhão estampado na face delicada que tanto amava. Vestida numa camiseta cor de rosa e com um shortinho azul. Ousada? Um pouco. — Qua acha? Muito vulgar?

— Nem a mais curta das roupas ficaria vulgar em você. — aproximou-se, colocando suas tão pesadas mãos nos ombros finos da menina, selando os lábios na testa da Hyuuga. — Mas se alguém ousar te olhar, juro que mato! — pode ouvir as baixas risadas por parte da menor, as brincadeiras ciumentas dele eram as melhores.

Com cuidado subiu nos pés dele, deixando-se conduzir uma dança imaginária. Sua cabeça repousada no peito másculo, podendo sentir um seu rosto cada batimento daquele pequeno grande coração. O dia estava sendo mais que perfeito.

Quando a mão do maior repouso sobre o queixo, imediatamente levantou a cabeça. Pérolas e ônix se cruzaram, sua sintonia ficava cada vez mais perfeita. Com o braço entrelaçado na cintura da moça saiu, seguindo pelas extensas ruas da Vila.

Todos os que viam o jovem casal acabavam por comentar algo, desde coisas maldosas a coisas a favor da união. Há quem dissesse que a garota estava sendo usada pelo rapaz. Quem acreditasse que era amor verdadeiro.

Quem dizia que combinavam. Quem falasse que não combinavam por serem contrários. E quem argumentasse que combinavam 'exatamente' por serem contrários.

Em seu trajeto encontraram amigos para cumprimentar, desconhecidos para acenar e flores para que o cavaleiro as colasse delicadamente nos cabelos da pequena princesa. E seguiram, parando algumas vezes para conversar ou comprar algo, sempre mantendo o foco em seu objetivo principal.

Não tiveram dificuldades para subir pelo caminho ingrime — pelo menos como da última vez —, ajudando um ao outro para não escorregassem e tivessem de recomeçar. Suspiros contidos foram liberados quando atingiram o topo, a alegria de observar Konoha de cima daquela montanha era grande, e aumenteva cada vez mais conforme se lembravam dos acontecimentos ali concretizados.

— Foi aqui, nosso primeiro beijo... — ia murmurando, sentindo lágrimas cristalinas apontarem em suas joias, que vulgarmente chamava de olhos, relembrar tudo aquilo só lhe trazia uma felicidade que não podia conter no peito. — Espero... Que tenhamos mais momentos como naquela noite... — completou sem olhar para o namorado, sendo imediatamente abraçada por este.

— Eu também espero... — confessou, o azul do Céu já se contrastava com o laranja e rosado do crepúsculo que se aproximava, deixando a cena ainda mais comovente para o coraçãozinho da pequena. — Mas, enquanto isso não acontece, eu quero fazer com que cada momento contigo se parece com o nosso primeiro toque, minha flor branca.

Nós faremos com que seja assim. — a resposta logo foi dada, o sentimento que pulsava dentro de si aumentava a cada carícia vinda de dele. — Eu te amo, Sasuke. — proferiu com um sorriso singelo, recebendo outro em troca, ia continuar a falar, dizer algo que completasse o momento romântico entre os dois, mas foi impedida pelos dedos do moreno, que a fez se calar.

— Não precisa dizer mais nada. — não podia usar um tom mais apaixonada, retribuía completamente a sensação da azulada, as borboletas no estômago denunciavam isso. — Só quero estar com você, — continuou, se aproximando cada vez mais do rosto da Hyuuga, suas respirações quentes estavam próximas, de um jeito, que até o hálito de sorvete vindo da moça podia sentir. — por que eu também te amo, Hinata.

Com isso selou os lábios doces, com cuidado, carinho, e com um grande amor, no qual, nem se quisesse, podia ser demonstrado num simples ato como o que faziam agora. Porém, no momento não importava, a única coisa que os dois queriam era manter os corpos ali, um ao lado do outro, para sempre.

E que esse sempre fosse eterno.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e também espero nos encontrarmos novamente em outras fanfics ^^ Até um dia, meus amores, e beijo na bunda