O Informante escrita por Jessyhmary


Capítulo 32
Crime Passional


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!! Nossa... Juro que estou com vergonha... Quando vi a data da minha última atualização, eu quase não acreditei... Mas, enfim... Meu semestre louco acabou e eu estou tentando me redimir, por isso peço paciência e amor a cada um! hahaha ^^

Muito Obrigada pelo apoio e continuem acompanhando.
(P.S.: Agora eu estou de Férias, o que significa, atualizações mais frequentes nas fics. *_*)

#BoaLeitura! :D



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Melinda ainda encarava o pedaço de papel como se um turbilhão de memórias lhe fossem injetadas ao mesmo tempo. Então era isso. Toda a dor que separava Romanoff e May, viera de um maldito e premeditado mal-entendido, forjado por alguém que deveria odiar Natasha com todas as forças.

– Eu reconheço o número do voo, mas esse nome...

– Não me espanta que você não o conheça. É um código em Russo. Ledi v krasnom”

“A Dama de Vermelho.” Eu entendo um pouco de russo. – Melinda respondeu, ligeiramente ofendida. – Só não sei o que isso quer dizer.

– E nem poderia.

– Do que se trata isso tudo, Natasha? Vingança? Conspiração?

– Tente: Crime Passional.

Melinda a observou por alguns instantes, esperando que Natasha soltasse uma gargalhada e gritasse: “Bazinga!” ou algo do tipo.

– Crime passional? – ela revirou os olhos e cruzou os braços na altura dos seios. – Alguém mataria os seus pais e transformaria a sua vida num inferno por causa disso?

– Você, mais do que ninguém, sabe do que as pessoas são capazes, May.

– Eu sei – Melinda seguia em direção à sala de controle, com Natasha fazendo a retaguarda. – Mas você é uma super espiã, eu esperava no mínimo um motivo mais decente.

– Tinha esse cara – Romanoff começava a explicar. – Que era meio alucinado por mim quando eu entrei na KGB. Ele era uns cinco anos mais velho do que eu, e foi a pessoa que mais me apoiou no começo... Mas depois ele começou a dar em cima de mim e eu tinha apenas uns 14 ou 15 na época. Eu disse que só queria amizade, mas ele não se conformou com a coisa. Um ano depois disso, nós voltamos a nos falar, ele me pediu desculpas por ter sido um babaca possessivo e a vida seguiu numa boa. Quer dizer, pouco antes dos meus pais morrerem ele havia sumido e eu achei que ele tivesse se metido em encrenca. – ela parou de falar por alguns segundos e virou-se para Melinda, da cadeira de escritório. – E ele me chamava assim: Dama de Vermelho. E jurou que um dia nós iríamos fugir juntos e aquela coisa toda. Foi ele, May. Ele ferrou com a minha vida por causa de um lance amoroso que não deu certo.

– Que belo gosto para homens você tem...

– Ha-ha-ha, muito engraçada. – a ruiva sorriu irônica. – O caso é que esse desgraçado forjou tudo, inclusive a própria morte, para que eu acreditasse que você era a responsável pelo atentado ao avião da KGB e nem mesmo te dei a chance de se explicar... Eu sinto muito.

– Deixa pra lá. – May sorriu e encarou a ruiva, ternamente. – O importante agora é encontrarmos esse cara e fazer ele pagar por tudo isso. Ele não apenas mexeu com a sua vida como somou os nossos problemas dentro da S.H.I.E.L.D.

– Ele terá o que merece, May. – Natasha posicionou-se atrás de um dos computadores enquanto Melinda vigiava a porta. – Ele mesmo marcou o nosso encontro ao deixar essa pista para que nós a encontrássemos... O meu admirador secreto não quer mais se esconder.

– Ótimo. Por que eu estou ficando cansada de procurar. – May sorriu ao ver a foto do desgraçado piscando na tela. Não era todos os dias que tinha uma chance daquelas. – É esse, o panaca?

– Esse mesmo. Aleh Kevork. O cara que me fez ir atrás de Dimitrov na Alemanha. O cara que provocou o acidente dos meus pais...

May piscou algumas vezes ao ler o que parecia ser um dossiê macabro de Aleh. A foto de uma doce garotinha lhe veio ao painel juntamente com seu nome em letras garrafais ao lado do quadrinho. Agora, Melinda recordara-se dela. Como podia nunca ter notado? Raina desde pequena já vinha ferrando com sua vida e com a de outros agentes da S.H.I.E.L.D...

– O cara que enviou Raina até nós com aquelas provas falsas... Era a Raina nos espionando o tempo todo!

– Raina? – Natasha a olhou em dúvida, franzindo o cenho. – Aquela menina que nós resgatamos dos exploradores?

– Não. A Raina que colocou o Phil dentro da droga de uma câmara para tentar ler as memórias dele. A Raina louca que causou a morte de muita gente. Ela nunca foi uma menininha inocente, Naty.

– Espera aí, espera... – Natasha levantou-se da cadeira e apontou para o monitor. – Você tá querendo me dizer que até a garota que chegou na sua casa com o recorte falso de jornal tem realmente parte nisso tudo?

– Você não sabe nem metade. – May revirou os olhos e aproximou-se de Romanoff. – A Raina é o demônio num vestido florido!

– E eu aqui achando que ela era a vítima...

– Ora, ora... Vejo que estão falando de mim.

Raina entrava na sala lentamente, suas mãos para trás escondia algo pequeno, mas que atiçara o olfato das duas mulheres que já estavam apontando armas para ela.

– Que bom que você veio. – Natasha pronunciou com nojo. – Vou ter o prazer de acabar com você enquanto minha raiva ainda está fresca.

– Eu não faria isso se fosse você.

Raina tirou o que quer que tivesse detrás dela e o mostrou para Natasha e May que olharam confusas uma para a outra. O que Raina estaria querendo com um prisma metálico e irregular como aquele?

– Eu não sei o que você tem nas mãos, mas nas minhas tem uma Glock G25 e meus dedos estão coçando para explodir os seus miolos.

– Eu até teria ficado com medo, mas sei que vocês estão com problemas maiores no momento. – Raina provocou com seu tom usual de deboche e superioridade. – E, nossa... Que triste o que fizeram com a Harpia...

– Olha, Raina... Você não apareceu em uma boa hora. Nós não iremos poupar sua pele dessa vez.

– Nem mesmo se eu disser que descobri sobre o passado de Skye?

May procurou manter-se firme, embora seu coração tenha falhado uma batida com as palavras de Raina. A desgraçada realmente sabia como tirar a Cavalaria dos eixos e não hesitaria em usar o instinto protetor de May ao seu favor.

– Não. – May deu dois passos na direção de Raina e a morena levantou os braços e o objeto misterioso para cima. – Não venha colocar a Skye no meio disso!

– Eles tentaram encobrir minha origem. – Raina narrava teatralmente, ignorando as palavras ameaçadoras de May. – A minha e a de Skye. Mentallo e Belova sabiam o que eu era. E tentaram me enganar. Mas eu encontrei as respostas quando encontrei este Cristal numa sala restrita do laboratório. A ciência às vezes pode se confundir com misticismo e crenças... Mas a origem – Raina sorriu, olhando o objeto em sua mão. – Da origem, ninguém pode fugir. E sua preciosa Skye será arrastada para o seu destino, mais cedo ou mais tarde.

– Eu já disse pra você não colocá-la no meio disso!

– Mas não sou eu que estou colocando ela no meio disso! – Raina ameaçou derrubar o fino prisma irregular que brilhava ao contato de suas mãos. – Ela já nasceu no meio disso.

E, apertando os olhos com força, Raina abriu a mão que segurava o cristal brilhante em azul.


CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

Eita... Olha a coisa ficando feia, Brasil...

O que acharam?? Beijos e Obrigada a todos pela paciência! :D

#Itsallconnected #StandWithSHIELD! :D