Thunderbirdmon olhava fixamente para Garurumon, este retribuía com um olhar devastador, eles estavam esperando qual deles faria o primeiro movimento, Alex parecia estar confiante com o seu plano em servir de distração para seus amigos fugissem, embora Bárbara não concordasse com aquele plano suicida, fez-se um silêncio que logo foi interrompido por Thundermon
– Vamos logo irmão, vamos acabar com esses humanos! Disse o pequeno Digimon azul enfurecido. Thunderbirdmon olhava para Thundermon de um jeito frio e assustador e por conta disso, ele acabou se distraindo de Garurumon que havia sumido.
– Aonde está você? Perguntava Thunderbirdmon olhando de um lado ao outro. Um vulto branco saltou de uma altura considerável e o acertou no ferimento de suas costas.
– Rajada Garuru! Uivou o lobo. Da boca de Garurumon saiu uma rajada de energia quente de cor azulada que acertou em cheio as costas de Thunderbirdmon, o fazendo cair no chão, Alex diante daquele acontecimento avisou aos seus amigos para que eles fugissem imediatamente.
– Estão esperando o que? Questionou Alex. – Fujam depressa! Marcus pegou Hawkmon e o colocou nas costas, iniciando uma corrida em direção ao casarão sendo seguido por Bárbara e Lalamon. Alex não tinha entendido o motivo dessa decisão repentina de Marcus, mas percebeu que Thundermon começara a correr na direção deles, Alex também começou a correr até se esconder atrás da parede da porta de entrada daquele refúgio, sendo despercebido por Thundermon e logo voltou para fora para dar apoio ao seu Digimon.
– Thunderbirdmon seu fraco, se você não vai destruí-los, então eu mesmo irei com minhas próprias mãos. Disparou Thundermon a grande ave azul enquanto corria.
– Não me chame de fraco! Urrou a ave em resposta. Thunderbirdmon mais uma vez se distraiu e foi recebido com um forte impacto no peito, chegando a encostar suas asas pela terra.
– Ataque corporal! Bravou Garurumon com seu ataque. Thunderbirdmon ficou meio desorientado, porém novamente levantou voo. – Está desconcentrado? Perguntou Garurumon. Alex vendo aquela cena, pensou em afetar o lado racional de Thunderbirdmon.
– Sim Garurumon, ele está, aquele pequenino parece ser o comandante dele, ele não está gostando da forma que aquela bolinha azul está controlando ele. Disse Alex em um tom desafiador aos ouvidos da ave do trovão. Thunderbirdmon olhou furioso para Alex e resolveu ataca-lo, mas logo foi impedido por Garurumon, que com suas garras, conseguiu segurar as longas asas daquela ave.
– Vou te destruir humano! Disse Thunderbirdmon com um olhar insano.
– Logo você, um guerreiro que me parece ser tão orgulhoso de sua força e que nunca foi atingido por ninguém, deixar ser manipulado por aquele baixinho... o seu comandante. Provocava Alex.
– Cala a boca, Asa Faísca! O ataque saiu das asas de Thunderbirdmon e Garurumon que até então segurava as suas asas com suas garras, recebeu todo o dano, caindo no chão. Enquanto isso uma perseguição havia começado dentro do casarão, era Thundermon que corria atrás dos domadores para destruí-los
– É melhor correr mesmo seus inúteis, são fracos sem seus digimons, não passam de uma diversão pra mim. Dizim Thundermon de maneira sarcástica. Marcus que havia ficado um pouco para trás, resolveu se separar de Bárbara e começou a correr na direção de uma escadaria que tinha uma bifurcação para direita e para esquerda, ele resolveu pegar a da esquerda mas logo foi atacado. – Bola elétrica! Gritou Thundermon. O ataque acertou os degraus que estavam logo à frente de Marcus, o deixando sem saída.
– Droga, o que irei fazer, estou sem saída... Analisou Marcus, impaciente e preocupado com a chegada do inimigo. Thundermon então aproximou de Marcus mas foi acertado na sua nuca com algo pesado e caiu no chão bolando as escadas. Marcus olhava aquela para aquela cena com um alívio no peito, era Bárbara quer havia pego um paralelepípedo nos escombros do casarão e o jogou em Thundermon.
– Opa, muito obrigado, moça. Agradeceu Marcus. – Vamos fugir daqui antes que ele se levante.
– Vamos subir, lá em cima deve ter lugares para se esconder antes que esta coisa volte. Sugeriu Bárbara. Marcus acenou para a domadora que segurava Lalamon nos braços e juntos, começam a correr subindo os degraus. Lá fora, no clímax da batalha, Garurumon se recuperava de um ataque direto, enquanto Alex continuava com sua pressão psicológica sob Thunderbirdmon.
– Porque você está do lado das trevas? Não acha que seria melhor lutar contra ela? Questionou Alex. Thunderbirdmon começou a sorrir e debochar de Alex.
– Você acha que a Clave é as trevas? Disse Thunderbirdmon desdenhando Alex. – Ela apenas nos dá aquilo que nós desejamos, em troca disso nós que somos recrutados por eles e pagamos com nossos serviços. Alex Olhou para Thunderbirdmon com um semblante de raiva.
– O que você tanto deseja? Questionou o indignado domador. – Um mundo que era tão perfeito e você servindo de lacaio do mal para destruí-lo, é isso que você deseja? A destruição do seu mundo? Thunderbirdmon levantou voo e começou a recarregar suas asas.
– O que eu pedi para a Clave, eu finalmente encontrei! Respondeu o Digimon para Alex. – era um inimigo com qual eu pudesse lutar de igual para igual e você é este! Alex se surpreendeu com as palavras ditas por Thunderbirdmon.
– Se seu desejo é lutar com alguém forte, porque não luta contra a Clave? Disse Alex em um tom forte. – Tem medo dele? Thunderbirdmon parou de recarregar suas energias e desceu até o solo, ficando de frente para Alex
– O que você disse? Disse Thunderbirdmon encarando o domador. Alex foi surpreendido com seu digivice, que parou de brilhar, sua energia do coração havia acabado e ele estava cansado e ofegante, porém ele não esboçou nenhuma reação de medo.
– É isso mesmo, se você realmente estivesse procurando um adversário forte, enfrentaria Lucemon, o causador da destruição do seu mundo. Thunderbirdmon começou a refletir sobre tudo aquilo que Alex dissera, era a primeira vez que sua mente ficou tão confusa.
“– O que este humano está falando? Será se é verdade? Eu, a ave do trovão, ter medo? Eu deveria...” Pensou Thunderbirdmon confuso. Enquanto Thunderbirdmon estava preso em seus pensamentos, um pequeno Digimon o acertou em cheio no seu queixo, o fazendo cair no chão.
– Ataque de Chifre! Gabumon havia acertado o Digimon com sua técnica. Com o ataque, Thunderbirdmon caiu no chão desorientado e sentindo muita dor, era a primeira vez em toda sua vida, que ele sentia dores causadas por um inimigo.
– Thunderbirdmon pare com essas atrocidades. Pediu Alex em um tom moderado de voz. – você, um Digimon tão poderoso e está se sujeitando a ser escravo da Clave. Thunderbirdmon ainda estava pensando no quanto foi ferido, três vezes no mesmo dia, por um Digimon, sendo que o terceiro ataque foi desferido por um Digimon na fase Rookie. Ele permanecia inalterado, pensativo, ao que tudo indicava, o plano de Alex deu certo, não só por ter acertado mais dois ataques em Thunderbirdmon, quanto a parte psicológica.
Enquanto isso, Thundermon ainda perseguia os outros dois domadores dentro do casarão.
– Aonde estão vocês? Perguntava Thundermon em um tom de deboche. – Eu destruirei os dois e serei promovido! HAHAHAHA! Marcus e Bárbara haviam entrado em um cômodo que estava totalmente destruído pelo tempo, o teto era composto por um meio telhado, recheado de ervas daninhas e trepadeiras nas paredes. Marcus encostou Hawkmon na parede próxima a entrada daquele lugar que se parecia um saguão e observou atentamente a parede oposta aonde eles se encontravam.
– Você e sua Digimon vão subir nesse troço, eu tive uma ideia! Disse Marcus. Bárbara olhou atônita para Marcus, mas não pensou duas vezes e começou a escalar as paredes com o auxílio de alguns ramos das trepadeiras que ali haviam e quando completou a escalada, recebeu Lalamon ainda desacordada das mãos de Marcus.
– Seja lá qual for seu plano, tome cuidado. Disse Bárbara aflita. Marcus acenou com o polegar esquerdo para sua nova companheira, ele rapidamente arrancou alguns ramos da parede e começou a fazer uma espécie de rede, com os ramos entrançados de uma maneira rápida e eficaz, demonstrando muita habilidade.
– Só falta o pequenino aparecer. E não demorou muito, Thundermon apareceu no cômodo e logo foi surpreendido por uma rede lançada contra seu corpo pequeno
– Te peguei! Disse Marcus, mostrando um semblante feliz e realizado.
– Você acha que essa rede de galhos vai me deter? Questionou Thundermon com um sorriso na grande face azulada. Nesse momento, Marcus arrastou Thundermon para fora do cômodo e o jogou escada abaixo.
– Até logo pequenino! Despediu-se do Digimon. Marcus entrou no cômodo e viu Hawkmon acordado e se levantando lentamente, ele pegou então na asa direita de seu Digimon e correu em direção aos ramos que davam acesso ao teto do casarão, eles deram um gesto de confiança um ao outro, sem conversarem por conta da situação e subiram. Ao chegarem ao teto, perceberam que Bárbara não estava mais lá.
– Marcus aqui! Gritou Bárbara. Ele olha pro chão e viu Bárbara nos fundos do casarão com sua Digimon, agora acordada, flutuando perto dela.
– Como você chegou ai em baixo? Perguntou Marcus. Bárbara estava apontando para um dos ramos da trepadeira que consumia aquela parede externa, Marcus seria capaz de descer por ali, mas antes de começar a descer, ele juntamente com seu Digimon, foram surpreendidos por uma explosão sob eles, era Thundermon, mas furioso do que nunca.
– Seu fracote, como acha que iria me deter com aquilo? Perguntou Thundermon. – Você me fez parecer um idiota, não te perdoarei, Bola Elétrica! Thundermon brilhou e foi na direção de Marcus, destruindo o teto por inteiro, Marcus e Hawkmon foram então lançados para o alto, porém, garras afiadas os seguram no ar, era Thunderbirdmon que havia salvado suas vidas.
– Isso mesmo Thunderbirdmon, destruam-nos agora! Gritou Thundermon feliz. Mas para surpresa de todos, a grande ave azul apenas colocou o domador, desorientado e seu Digimon no solo e, logo em seguida, levantou voo novamente.
– Você não manda em mim, eu sou superior a você! Disse Thunderbirdmon ao seu parceiro. Thundermon ficou atônito com aquela situação.
– O que você está dizendo sua ave burra, sua missão é destruir esses domadores, vai me dizer que se aliou a eles, HAHAHAHA! Debochava o pequeno Digimon. – Seu patético, destrua todos agora, ou eu conto a Clave a respeito de sua traição.
– Eu não estou mais ao lado da Clave e nem estou ao lado desses humanos, eu sigo meus ideais. Thundermon caiu na gargalhada mais uma vez, parecia não acreditar no que a imensa ave do trovão estava falando. – Eu reconheci a força dos domadores, eles foram até agora, os únicos que conseguiram me ferir em combate, não tem o por que continuar lutando, eu já encontrei o que procurava.
– Não me fale uma besteira desta, Bola Elétrica! O ataque de Thundermon foi na direção de Thunderbirdmon com potência máxima e a grande ave apenas acompanhava o ataque com o olhar.
– Vou te mostrar a verdadeira eletricidade, Asa Faísca! Thunderbirdmon mergulhou nos ares, acertou o ataque mais poderoso de Thundermon, o deflagrando e direção de Thundermon acertando-o com sua asa que estava carregada eletricamente, Thundermon caiu no chão e virou milhares de bits, porém antes de desaparecer por completo, uma das faíscas de Thundermon voou na direção do horizonte. Alex chegou ao local e presenciou Thunderbirdmon observando os dados de Thundermon desaparecem.
– Ele parece ter entendido algo. Pensou Alex diante do cenário. Thunderbirdmon lançava um olhar furioso para Alex e Gabumon, este último estava ao lado de seu domador.
– Domador do Digivice azul, eu não me esquecerei de sua força, porém, na próxima vez que nós nos encontrarmos, eu te destruirei com todas as minhas forças. Disse Thunderbirdmon para o humano a sua frente. Alex olhava para seu adversário e apenas sorria, para o espanto de Bárbara que estava chegando próxima a ele.
– Está certo, estarei te esperando! Disse Alex confiante, como se tivesse selado ali, uma forte amizade.
– Mais uma coisa, existe mais dois de vocês envolvidos nessa guerra, o primeiro ainda não tive oportunidade de conhecer, o segundo, tenho certeza que vocês não irão querer conhecer, Adeus! Disse Thunderbirdmon enquanto levantava voo. A declaração de Thunderbirdmon levantou a curiosidade de Marcus que acabara de se levantar com certa dificuldade.
– Ei! Espera! Como podemos encontrar esses domadores? Aonde eles estão? Perguntava o domador do digivice vermelho, mas já era tarde pois Thunderbirdmon estava voando em uma velocidade absurdamente encantadora. – Droga, desse jeito fica difícil entender o porquê estamos aqui nesse mundo. Alex que até então estava lutando bravamente contra Thunderbirdmon, caiu no chão de braços abertos.
– Argh! Estou muito cansado, esse grandão me sugou todas as minhas forças. Resmungava o domador com um semblante de exaustão. Gabumon que estava ao lado de seu domador também se deita no chão, era um gramado macio de cor atipicamente avermelhado.
– Eu também, mas estou muito feliz por ter desferido tantos danos naquele Thunderbirdmon, estou orgulhoso de mim mesmo, estou cada vez mais forte. Bárbara que estava acariciando Lalamon, começava a olhar e admirar o céu.
– Não sei por que fomos escolhidos para estarmos aqui, eu só quero ir para casa, meus pais devem estar muito preocupados comigo, mas se for para defender o mundo da Lalamon, eu farei o que for preciso para isso, eu sei que somos capazes... A fala de Bárbara logo foi interrompida por Alex.
– Será se a as frutas foram afetadas pelo combate? Estou com muita fome! Bárbara olhava para Alex com a cara furiosa, por ele ter interrompido a fala dela, mas apesar de tudo que aconteceu há pouco tempo, acaba caindo na gargalhada, levando todos a rirem juntos daquela situação.
– Vamos comer então e depois iremos salvar o mundo, ou melhor, o Digimundo. Disse Marcus aos seus parceiros. Humanos e Digimons concordaram com a sugestão de Marcus e todos foram ao casarão para pegar o resto das frutas.
...
A faísca de Thundermon chegou a um ser estranho que estava em uma imensa floresta, escura por conta das folhas das copas das árvores que a cobria. Ao se aproximar do ser, ela se deflagra, se tornando milhões de bits
Desconhecido – HAHAHAHAHAHA! Destruirei esses domadores imediatamente!
C O N T I N U A....